bad blood

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Porque, agora nós temos um conflito
Você sabe, isso costumava ser um amor louco
Então dê uma olhada no que você fez
Porque, meu bem, agora nós temos um conflito.

LUA

Voltar em Paris depois de anos da minha Lua de mel me dava uma sensação boa, da última vez que pisei aqui eu não tinha ideia de como seria minha vida futuramente, não tínhamos chego na Itália ainda, era tudo muito incerto, hoje voltando aqui depois de tantas coisas boas, e com a nossa menina, era incrível.

– Que sensação louca né? – Bruno pergunta me abraçando por trás enquanto olhávamos seus pais brincando com a Maitê na grama.

Bernardo estava como técnico da França e isso com certeza estava pesando bastante para Bruno, e Vera tinha vindo para ajudar a olhar a Maitê já que tanto eu quando Bruno estaríamos trabalhando.

– Não imaginei que voltaríamos pra cá com nossa bebê, eu tinha vontade de ter filho mas não sei, é estranho pensar.

– Ela está animada. – Bruno fala vendo Bernardo colocar Maitê no ombro e indo mais perto com ela da torre.

– Você também vai ficar na vila olímpica? – Vera pergunta e eu concordo.

– Sim, mas todo o tempo que eu tiver eu vou pro hotel onde a senhora está, pra eu matar a saudade da Maitê né? Por que ela nem vai lembrar que eu existo com a senhora. – Falo olhando meu sogro voltando com Maitê ainda em seu ombro.

– Nos divertimos tanto que ela nem tem tempo de sentir saudade. – Vera fala e eu concordo rindo, ela era apaixonada pelo os avós, tanto da minha parte quanto de Bruno.

– Amor, você vai ficar com a vovó agora, tá bom? O papai e a mamãe precisam trabalhar, o vovô também. – Bruno fala para nossa filha que concorda com a cabeça.

– Tudo bem papai, eu e a vovó vamos assistir ursinhos carinhosos, não é vovó?

– Claro meu amor.

Bruno pega ela do colo do avô e enche sua bochecha de beijo, eu me intrometo e faço o mesmo beijando o outro lado de sua bochecha que não estava sendo beijado pelo pai.

– Nós te amamos meu amor, no primeiro jogo você vai entrar com o papai na quadra.

– Vovó comprou presilhas verde e amarelo para mim.

– Mimada demais. – Falo rindo e me despedindo da minha sogra.

Eu, Bruno e Bernardo pegamos um táxi para irmos para a Vila Olímpica, era a primeira vez que ficava com ele nela, pois das outras vezes por não fazer parte da equipe eu ficava em hotéis, era algo novo que eu estava gostando muito.

– Descansa bastante, amanhã temos um longo dia pela frente. – Bernardo fala para Bruno assim que chegamos.

– Pode deixar, descansa também pra você conseguir pelo menos chegar perto da prata, porque você sabe que a medalha de ouro é nossa. – Bruno o desafia e ele olha pro filho com cara de poucos amigos mas logo começa a rir se despedindo de nós.

Pego a chave e vejo que meu quarto era um andar a cima do de Bruno e eu iria dividi-lo com a fisioterapeuta.

– Acho que eu preciso ir descansar também, e me preparar psicologicamente porque se alguém se machucar eu vou ter que fazer o trabalho de médica e de psicóloga pra dizer pra pessoa que não vai dar mais pra jogar.

– Nem brinca, seria péssimo para nós perder alguém agora.

– E não irão, vou subir, descansa meu amor. – Falo ficando na ponta do pé para beijar sua boca e ele sorri me mandando outro beijo antes de eu entrar no elevador.

penhasco | bruno rezendeOù les histoires vivent. Découvrez maintenant