monster

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Mas e se eu, e se eu tropeçar?
E se eu, e se eu cair?
Então eu serei o monstro?
Apenas me avise
E se eu, e se eu pecar?
E se eu, e se eu desmoronar? Pois é
Então eu serei o monstro? Pois é

BRUNO

Estava sentado observando os meninos jogarem tentando controlar a minha respiração, desde que Lua me contou que o Vaccari tentou beijar ela eu estava tentando com todas as minhas forças me controlar para não ir tirar satisfação com ele pois eu tinha prometido pra ela, mas não estava conseguindo.

– Eu ja tinha ido meter o cacete nele. – Lucas fala sentando do meu lado e olhando Vaccari treinando com Lucarelli.

– E você acha que não é a minha maior vontade?

– Faz as coisas certinho, se for pegar ele, não pega aqui dentro pra não dar problema pra você.

Olho para ele com o sangue nos olhos e balanço a cabeça negativamente tentando deixar meu lado racional tomar conta.

Assim que o treino termina eu entro para me trocar o mais rápido que posso, e saio sem falar com ninguém indo até a garagem.

– Gabriel? – O chamo e ele me olha surpreso.

– Oi Bruno.

– Quem você pensa que você é?

– Eu não sei o que a Lua te falou, mas ela estava lá dando bobeira, ela não mostrou que não queria.

– Ela não mostrou que não queria? Ela jogou a cerveja na sua cabeça, que tipo de masoquista você é? – Pergunto irritado e ele nega com a cabeça rindo.

– Foi um prazer sentir a boca dela. – Ele me provoca e eu perco totalmente o meu lado racional empurrando ele e sem pensar lhe dou um soco forte no rosto.

– Fica longe da minha mulher.

– Eu não acredito que você fez isso. – Ele se levanta totalmente irritado para vir pra cima de mim mas Lucas e Alan aparece do além me segurando e segurando ele.

– Não se mete com a minha mulher, eu estou falando sério Gabriel, da próxima vez não vou te dar só um soco. – Falo irritado e ele tenta vir pra cima de mim mas Lucas o segura mais fortemente.

– Vai Bruno, já deu. – Lucarelli fala e eu me solto dele entrando no carro e dirigindo até a escolinha de futebol que meu pai tinha matriculado a Maitê, meu sogro tinha ido buscar ela na escola pra acompanhar a primeira aula, e mesmo contra a minha vontade eu queria ver se ela era boa.

– Oi. – Eu o cumprimento chegando na arquibancada, ele força um sorriso para mim.

– Oi Bruno, ela está se aquecendo. – Ele fala apontando pra Maitê que estava no meio de outras crianças fazendo o aquecimento que o professor mandava.

Eu fiquei quieto olhando ela pois não tinha assunto com meu sogro, e por mais que o tempo passasse, ele não conseguia me aceitar, por algum tempo eu ficava mal por isso, mas depois eu desisti, não tinha o que ser feito.

– Eu preciso te falar uma coisa, não sei se aqui é o melhor momento mas acho que não terei outro momento sozinho com você. – Ele quebra o silêncio e eu o olho sem entender.

– Falar sobre o que?

– Eu, é difícil pra mim. – Meu sogro respira fundo e eu o olho preocupado. – Desde que tudo aconteceu com você e a Lua, e eu a vi daquela forma eu prometi que ia caçar você até no inferno, mas ela não queria, porque mesmo depois de tão magoada ela não conseguia falar de você como uma pessoa ruim, eu não aceitei bem quando vocês voltaram, eu não entendia como ela poderia ter te perdoado, não estava feliz no dia do casamento de vocês, eu só pensava como ela ficaria se as coisas dessem erradas novamente, era apego e cuidado de pai, e eu fui errado e reconheço isso agora pois você faz ela feliz todos os dias, eu nunca a vi tão feliz, sei que nada é perfeito sempre, eu tive vários momentos difíceis da minha vida com a minha esposa, mas sei que vocês ainda farão muita história juntos, então você me perdoa por ter te tratado todos esses anos de uma forma tão ruim?

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now