essa eu fiz pro nosso amor

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Essa eu fiz pra nós dois bêbados
Dançando numa festa de gente rica e sem graça
Essa eu fiz pra toda letra do Cazuza
Que eu decorei porque cê disse que gostava
Essa eu fiz pra sua mãe só porque ela é tão linda
E sempre sabe o que dizer
Essa eu fiz pras tuas quedas na calçada, tua risada alta
Essa eu fiz pra você

LUA

maio de 2013

– Meu Deus que lugar chato. – Falo encostada no ombro de Bruno que tenta controlar a risada, estávamos em um jantar que Fernanda havia preparado com toda aquela gente rica, nunca vi tanta comida ruim, por que gente rica comia mal se eles tinham dinheiro para comer bem?

– Deveria estar em um bar tomando uma cerveja e comendo um cachorro quente duvidoso, não ouvindo a Fernanda, reclamar por estarmos dançando em um jantar. – Ele fala no meu ouvido e eu mordo os lábios tentando não rir, Bruno havia conectado o bluetooth em uma caixinha e colocado um pagode do nada, todo mundo tinha nos olhando espantado, e mais espantados ainda quando ele me levantou para começar a dançar, tudo isso para provocar a Fernanda, e conseguiu.

– Por que ela é sua melhor amiga mesmo? Esses amigos playboy dela são chatos demais.

– Eu estou com dor de barriga e vou ter que ir embora.

– O que??? – Eu pergunto e ele gargalha.

– Vai ser a desculpa que eu vou dar pra ela para irmos embora.

– Eu já disse que você é demais hoje? – Pergunto rindo e ele nega com a cabeça segurando a minha mão para que eu levantasse.

– Fer, o jantar tá maravilhoso mas eu vou ter que ir embora, me deu uma dor de barriga, acho que não estou acostumado a comer as comidas apimentadas. – Ele fala e eu tento parecer seria mas a minha vontade era de gargalhar na cara dela.

– Nossa, será que foi alguma coisa que você comeu, quer algum remédio?

– Eu vou dar um remédio pra ele Fernanda, fica tranquila, vamos amor? – Pergunto e ele concorda segurando na minha mão, ele dá um tchau coletivo para os amigos de Fernanda e saímos mais que depressa do apartamento dela, quando entramos no elevador gargalhamos alto.

– Você deveria ser ator sabia? Meu Deus do céu. – Falo rindo alto, ele encosta na parede do elevador e coloca a mão na barriga rindo também.

– Vamos parar no primeiro barzinho que a gente ver. – Ele fala entrando no carro e eu gargalho colocando uma música para tocar no seu carro.

Paramos em um barzinho lindo, era cheio de luzinhas, super aconchegante, Bruno pediu três  cervejas e um hambúrguer enorme, eu pedi um suco de maracujá e um hambúrguer igual o dele.

– Eu nunca vou entender como as pessoas acham que aquilo é comida de verdade.

– Eu odeio peixe. – Falo mordendo o hambúrguer e me sujando toda, ele olha pra mim e gargalha em seguida.

– Eu até gosto mas aquilo estava ruim demais.

Comemos o nosso lanche e ele toma suas cervejas, depois saímos da mesa e sentamos perto do bar naquelas cadeiras altas, ele pede um drink e eu fico curiosa e peço para provar um também.

– Só um hein? Você nunca bebeu, vai ficar bêbada fácil.

– Não é assim também, não vai ser tão fácil. – Falo e ele ri, seus olhos estavam vermelhos o que indicava que ele já estava alterado, provavelmente pelo os dois shots de uma vez que ele havia tomado, o cara traz os dois drinks e eu provo com certo receio, porém meu Deus do céu, era muito bom.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now