mulher maravilha

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Tem brinquedo espalhado pela casa toda
E as paredes rabiscadas com o giz de cera
Mudou de tal maneira
Nossa vida já não é a mesma
A gente já não dorme mais a noite inteira
Na mesa tem dois copos e uma mamadeira
Mudou de tal maneira
Nossa vida já não é a mesma
Tem um pinguinho de gente correndo na sala
Com o sorriso banguelo, eu não quero mais nada

LUA

Fazia um mês que Maitê havia nascido, esse mês foi o melhor da minha vida, talvez era cedo para dizer se ela havia puxado a minha personalidade ou a de Bruno, mas cada dia mais acho que fui passada para trás, a bebê era uma estressadinha, vivia de bico para todos os cantos, e sempre tinha os olhares curiosos para tudo, Bruno amava né? Já eu só sabia sentir preocupação.

Hoje depois de quase um ano morando na Itália, meus pais e os pais de Bruno estavam vindo para cá pra finalmente conhecer a Maitê, eu estava tão ansiosa, morrendo de saudade deles, acordei cedo e fiz um banquete de café da manhã com a ajuda da Lia, uma moça que trabalhava para nós e era um amor de pessoa.

– Olha quem acordou. – Bruno desde as escadas com Maitê no colo que tinha o famoso bico nos lábios e segurava o dedo do pai fortemente.

– Bom dia minha bebê mais cheirosa desse mundo. – Falo cheirando seu pescocinho fazendo ela se mexer no colo do meu marido.

– Que mesa linda, meu pai mandou mensagem dizendo que já pousaram e estão vindo para cá, mandei o endereço pra ele.

– Sim Bruno, mesa linda, para de comer as coisas que eu coloquei nela antes da hora. – Falo dando um tapa em sua mão e ele gargalha indo se sentar no sofá com Maitê.

– Eu acho que ela se parece com você de aparência. – Lia fala olhando Maitê.

– Eu também acho, mas ela tem tanto o jeito dele que as vezes eu fico confusa, ela tem a personalidade forte com um mês? Imagina quando tiver um ano? – Falo preocupada e Lia ri.

Terminamos de arrumar tudo e eu subo para tomar um banho rápido e trocar de roupa, quando desço as escadas vejo Bruno levantando para abrir a porta, eu sorrio e corro para os braços da minha mãe.

– Meu Deus meu amor que saudade, como você está linda, seu cabelo cresceu muito. – Ela fala segurando meu rosto e me dando um beijo demorado, papai mal olhou para minha cara, já estava mexendo na mãozinha de Maitê que estava dormindo no colo de Bruno.

– Eu estava com muita saudade mamãe, meu Deus. – Dou outro beijo nela e abraço meu pai.

– Ela é tão pequena, e linda, meu Deus esse cheirinho de bebê. – Vera fala beijando o pescocinho de Maitê, Bernardo olhava tudo com um sorriso bobo no rosto.

– Ela é pequena de tamanho, mas você não tem noção da manha e da marra dessa garota. – Falo abraçando minha sogra.

– Aqui se faz aqui se paga Lua, espero que o Bruno pague por tudo que ele me fez passar quando era pequeno.

– Mas a Lua não tem culpa dele ter sido uma peste, e ela vai pagar junto. – Meu sogro fala e eu sorrio.

– Para, eu não era assim, eu só gostava de brincar. – Bruno se defende e todos olham pra ele com um sorriso debochado.

Eu tomei meu café um pouco mais rápido que o normal, estava acostumada com isso, pronta para quando Maitê acordasse gritando querendo mamar, e não deu outra, coloquei a xícara na mesa ela começou a chorar, peguei ela no colo e subi para o quarto pra amamenta-la, alguns minutos depois mamãe entra com um sorriso.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now