you're still the one

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Veja o quão longe nós chegamos, meu bem
Podemos ter pego o caminho mais longo
Nós sabíamos que chegaríamos lá algum dia
Eles disseram: Eu aposto que eles nunca darão certo
Mas apenas olhe para nós seguindo em frente
Nós ainda estamos juntos, continuamos firmes e fortes

LUA

– Ele me bateu, e o papai falou que se alguém me batesse era para bater de volta. – Maitê explica para mim o motivo de eu ter ido buscá-la na diretoria da escola, minha bebê não era mais tão bebê, estava com seus 4 anos quase 5, era tão inteligente que as vezes me assustava.

– Ah, o seu pai falou pra você bater nas pessoas? – Falo preparando o meu discurso interno para matar o Bruno.

– Sim... – Ela pega a mamadeira de água colocando na boca e eu respiro fundo.

Chego em casa e procuro Bruno em todos os cantos encontrando ele tomando sol na beira da piscina, uma visão do paraiso? Sim! Mas eu estava brava e não iria dar o braço a torcer, então cheguei de fininho de uma forma que ele não me visse, e empurrei ele com tudo para dentro da água.

– PUTA QUE PARIU LUA MARIA VOCÊ ESTÁ LOUCA? – Ele grita tirando os cabelos do rosto, Maitê sai correndo de casa e começa a gargalhar vendo a cara do pai.

– Já falei pra você parar de falar palavrão perto da Maitê, segundo, que porra é essa de ensinar a menina a bater nos outros?

– Você falou palavrão mamãe, papai quero entrar na piscina.

– Legítima defesa Lua, eu imaginei que os meninos da sala dela poderiam fazer algo que ela não gostasse, ai falei pra ela descer o cacete neles, tô errado?

– Tá falando palavrão papai. – Maitê fala novamente e eu respiro fundo.

– SIM BRUNO VOCÊ ESTÁ.

– Tá bom, filha da próxima vez você bate neles mas sem a diretora pegar, pra sua mãe não ficar sabendo, feliz?

– Você está criando um monstrinho.

– Ei mamãe, eu não sou um monstrinho. – Ela faz um bico e eu pego ela no colo enchendo seu rosto de beijos.

– Eu estou brincando princesa, vamos almoçar, e  mais tarde o papai entra na piscina com você.

– Oba!! – Ela fala batendo palhinhas e entra gritando a Lia, Bruno sai da piscina e me pega de surpresa me abraçando, todo molhado.

– Bruno, que ódio.

– Você está estressada demais amor. – Ele continua me abraçando e eu lhe dou um tapa.

– Pode parar de ensinar essas coisas pra Maitê, as coisas não se resolvem na violência, ela nunca levou um tapa e eu não quero que ela bata em ninguém.

– Tudo bem, você está certa, desculpa. – Ele fala com carinha de chorão e eu sorrio segurando seu rosto e o beijando.

Eu e Bruno vivíamos muito bem, claro que tínhamos as nossas brigas, mas sempre nos entendíamos, o diferencial para nós foi como não deixamos o casamento de lado por causa de Maitê, sabíamos dividir muito bem os nossos momentos e nunca deixamos as coisas cair na rotina, educávamos Maitê com os ensinamentos dos nossos pais que eram muito ricos, ela é um doce de menina apesar da sua personalidade forte.

penhasco | bruno rezendeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora