penhasco | bruno rezende

like i'm gonna lose you

Então eu vou te amar como se eu fosse te perder
Eu vou te abraçar como se eu estivesse dizendo adeus
Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar
Pois nunca sabemos quando
Quando o nosso tempo irá acabar
Então eu vou te amar como se eu fosse te perder.

LUA

– Bruno, está me ouvindo? – Falo chegando mais perto dele, que abre os olhos devagar.

– Eu ouvi sua voz mas pensei que tinha enlouquecido de vez.

– Graças a Deus. – Falo andando até ele e o abraçando, sinto seus braços em volta das minhas costas e eu começo a chorar quando sinto seu cheiro.

– Eu estou bem, não precisa chorar, você acha que vou ficar com cicatriz no lugar dos pontos?

– Eu chorando achando que você ia morrer e você aqui me perguntando de cicatriz?

– É que meu rosto é tão bonito para eu ficar com uma cicatriz.

– Você não existe Bruno, eu te amo tanto, tanto, pelo amor de Deus, não me assusta mais desse jeito, meu peito está até doendo. – Falo enchendo seu rosto de beijos e passando meu nariz sobre sua pele.

– O que você falou? – Ele pergunta segurando meu rosto com lágrimas nos olhos.

– Que eu te amo, eu te amo demais.

– Meu Deus quanto tempo eu quis ouvir isso, eu pensei que nunca mais ia ouvir essa palavra vindo de você. – Ele segura meu rosto com os olhos marejados e eu beijo sua boca com um selinho.

– Então eu falarei mais daqui em diante.

– Eu não bebi, eu juro que não, eu fui desviar de um cachorro que estava na via e acabei perdendo o controle.

– Se você está me dizendo eu acredito em você, acho que o Gui falou pra você que foi um traumatismo leve né? E que vamos te deixar a madrugada aqui mas provavelmente amanhã você vai ser liberado?

– Sim ele me falou, ele foi incrível comigo, ele é um bom médico. – Ele fala e eu sorrio concordando, Gui era incrível.

– Ele é um ótimo médico.

– Voltando a falar da cicatriz...

– Bruno você não vai ficar com cicatriz. – Falo passando a mão em seu cabelo e tomando um gole de água na garrafa que estava do seu lado, estava começando a me acalmar. – Meu Deus que susto que você me deu.

– Desculpa, desculpa mesmo. – Ele fala com uma carinha de cachorro sem dono e eu sorrio colando os nossos narizes.

– Eu te desculpo.

– Por tudo? – Ele pergunta e eu vejo o duplo sentido na sua frase.

– Por tudo, tudo, tudo. – Falo enquanto dou vários selinhos nele que sorri.

Fiquei mais alguns minutos com ele até meu Bip tocar avisando que tinha paciente chegando na urgência.

– Eu preciso ir, eu prometo que assim que tiver um tempinho venho te ver, isso se o Guilherme não te mandar pra casa antes.

– Tudo bem, você fica linda de jaleco Doutora Lua Maria. – Ele fala me olhando com os olhinhos um pouco fechado, provavelmente os medicamentos já estava te dando sono.

– Bobo. – Saio do quarto e caminho até o setor de urgência.

– Lua? – Alguém fala meu nome e quando olho para trás vejo Bernardo me olhando surpreso, e Vera atrás dele assustada