9 meses [1]

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Um mês e o tempo voa
Eu já sou
E você nem descobriu

São dois e chega perto
Mas eu ainda sou
Pequeno demais, viu?

Três meses e o tormento
Esse teu sofrimento
Eu também já posso sentir
Vê se aquieta o coração
Pra quando eu sair daqui


LUA

– Eu vou pedir uns exames, mas eu acredito que tenha sido só mal jeito mesmo. – Falo para Leal enquanto olho a sua perna.

Fazia 1 mês que havia chego na Itália com Bruno, e três semanas que ele havia se apresentado ao clube, desde então a rotina intensa de treino começou, eu sempre estava por perto, e a cada segundo era um susto diferente, os meninos se jogavam no chão e eu já imaginava um traumatismo craniano, eles pulavam e eu já imaginava uma torção no pé, enfim, surtada.

– Não pode ser nada, Lua. – Leal tinha torcido o pé no último treino e desde então estava sentindo algumas dores, eu precisava dos exames mas tinha quase certeza que era apenas o mal jeito.

– Vai ser nada não, e se for não vai ser nada sério ao ponto de te afastar dos jogos, umas semaninhas de repouso e está tudo certo.

– O problema é ficar de repouso né? – Ele fala e eu sorrio carimbando as guias dos exames lhe entregando.

– Deve ser mal de jogador de vôlei então.

Conversamos mais um pouco e ele sai do consultório, eu me sento olhando os exames dos atletas que havia chego ontem, eles eram muito rigorosos com a saúde dos meninos, então eles sempre estavam fazendo exames, e eu, o ortopedista e a fisioterapeuta sempre estávamos os avaliando.

– Doutora, preciso de uma consulta. – Bruno bate na porta e eu dou um sorriso vendo ele com o uniforme amarelo do Modena.

– Em que posso te ajudar? – Falo levantando e indo até ele.

– Estou com dor no corpo todo, acho que preciso ser examinado. - Ele fecha a porta a trancando e eu dou um sorrisinho safado ficando na ponta do pé para alcançar sua boca, ele abraça a minha cintura me puxando para sentar em cima da minha mesa, ouço algumas folhas cair no chão mas simplesmente ignoro voltando a beija-lo.

– Acredita que eu ouvi um idiota falando de você sem saber que você era minha mulher? – Ele morde meu ombro e eu cravo minha unha em suas costas.

– Hm, o que ele falou? – Pergunto jogando a cabeça para trás quando sinto seus lábios em meu pescoço.

– Que a nova médica era gata demais, e que ele ia inventar dor todos os dias, aí mostrei minha aliança para ele, e ele se fez de sonso perguntando se você era casada.

– Hmm, aí você quis marcar território deixando a voz mais grossa e enchendo o peito dizendo que era casada com você?

– Exatamente, ainda falei um "É MINHA MULHER" babaca.

– Que possessivo. – Ele tira o meu jaleco jogando ele cima do sofá e coloca suas mãos por debaixo do meu vestido, eu respiro fundo quando sinto seu dedo em contato com a minha intimidade.

– Quietinha, não vai querer que ninguém nos ouça né?

– Bruno aqui é meu trabalho sabia? – Falo fechando os olhos sentindo seus dedos trabalharem mais rápido.

– É o meu também.

Estava quase gozando só com o seu dedo dentro de mim quando ouço batidas na porta.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now