anywhere

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Você está me pintando um sonho que eu
Quero pertencer, sim
Sobre as colinas e bem longe
Um milhão de milhas de Los Angeles
Apenas em qualquer lugar com você
Eu sei que nós temos que fugir
Em algum lugar onde ninguém conhece nosso nome
Encontraremos o início de algo novo
Apenas me leve a qualquer lugar, me leve a qualquer lugar
Qualquer lugar com você!

LUA

– Que cara é essa hein? – Bia pergunta assim que eu chego no restaurante, havíamos combinado de almoçar juntas e eu precisava contar para ela tudo que estava acontecendo.

– A única que eu tenho graças a Deus, estou com muita fome. – Falo enchendo a bochecha de Theo beijos ouvindo ele reclamar e dando um beijo na testa de Maya.

– Eu tenho batatinhas Dinda, mas eu não vou dividir. – Theo fala quando me sento reclamando de fome ainda.

– Tudo bem Theo, vou comprar uma porção maior que a sua e também não vou te dar. – Falo e ele estende uma batatinha pra mim que gargalho pegando da sua mão.

– O que queria me contar? Desde que você mandou aquela mensagem eu não paro de pensar nenhum minuto sobre o que é.

– O Bruno vai pra Itália, você sabia?

– Sim, ele falou para o Lucas, não te falei nada porque ele disse que ia te contar, não queria ser fofoqueira e passar por cima disso.

– Não, tudo bem... Ele me contou.

– Como você está?

– Eu tô bem, porque ele me chamou pra ir embora com ele, disse que arrumava um emprego para mim lá, e que poderíamos recomeçar do zero longe daqui. – Falo e ela abre a boca surpresa.

– Eu iria, papai disse que a Itália é linda. – Theo se intromete e eu gargalho.

– Eu também iria, a Itália realmente é linda, e é tudo que você queria Lua, recomeçar longe daqui, meu Deus!

– Eu não sei Bia, eu não tenho dúvidas que tudo que eu mais quero é recomeçar com ele, depois de tudo que passamos merecemos isso, mas ao mesmo tempo eu me sinto insegura, e se der errado?

– Você vem embora ué, você tem sua profissão, seu apartamento, sua família, seus amigos, se der errado você volta, é simples. Mas você não pode ir pensando que vai dar errado, você tem que ir pensando no quão certo isso pode dar.

– Eu não sei, ficar longe da minha mãe, você sabe como eu sou apegada a ela, não é como se fosse o Rio Grande do Sul, é a Itália.

– Amiga, a gente cria o filho para o mundo, a tua mãe sabe disso, você conseguiria ficar aqui sabendo que ele foi embora, e você não foi junto?

– Eu não ficaria. – Theo opina mais uma vez e eu e Bia começamos a rir.

– Para de se meter em conversa de adulto filho. – Bia fala e ele rouba uma batatinha do meu prato que o garçom havia acabado de deixar. – Mas eu concordo com ele Lua, eu não ficaria aqui.

A conversa sobre a Itália acabou ali, terminamos de almoçar e depois demos uma volta no shopping e compramos algumas coisas, no final do dia nos despedimos, entrei no meu carro pegando meu celular para ver se tinha alguma mensagem e encontro várias mensagens da minha mãe, e algumas de Bruno perguntando como foi meu dia e dizendo que estava saindo do treino.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now