friends

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Amigos apenas dormem em camas separadas
E os amigos não me tratam como você trata
Eu sei que há um limite para tudo
Mas meus amigos não me amam como você

LUA

Os meus dias estavam sendo complicados, eu precisei ocupar a minha cabeça e com isso consegui um emprego no hospital que fiz a minha residência antes de ir para Itália, era um hospital corrido, eu não tinha um segundo de descanso mas de certa forma isso era bom já que sem descansar eu não conseguia pensar em minha vida, não conseguia pensar no meu pai, que já tinha começado a fazer o tratamento e não estava reagindo conforme esperávamos, tinha ido em algumas consultas com ele, e estava tentando fazer o máximo que prometi para ele, que era estar do seu lado até o fim.

Eu e o Bruno continuávamos na mesma, porém não tão separamos como antes, como eu trabalhava até tarde ele buscava Maitê e ficava com ela e Belinha em casa, e na hora de ir embora as vezes eu convencia ele a ficar, e dormíamos na nossa cama, mas não havíamos nos beijado mais, nem nada do tipo, parecíamos realmente amigos, mas tudo isso era apenas um autocontrole muito grande, as minhas consultas na psicóloga estavam fazendo muito efeito, e o que ela mais falava era para eu não deixar me levar pela a emoção para depois se arrepender, se eu e Bruno estávamos nos curando dos nossos traumas para ficarmos juntos, precisávamos ir com calma.

– Eu amo praia, eu acho que sou uma sereia. – Maitê fala atolando os pés na areia.

– Pensei que você era uma fada. – Bruno zomba da cara da filha que faz a mesma careta que ele fazia quando estava bravo.

– Eu sou criança papai, eu posso ser o que eu quiser.

– Isso mesmo meu amor. – Falo sorrindo enquanto arrumo as coisas debaixo do guarda-sol para nos sentarmos, coloco uma toalha pra Maitê que logo despeja seu balde de areia com vários brinquedos começando a brincar, eu puxo a minha cadeira de praia mas para o sol e Bruno faz o mesmo sentando do meu lado.

– Aí, estava precisando de um solzinho. – Ele fala e eu sorrio.

– Deixa eu passar protetor em você, se não vai ficar vermelho e ardendo. – Falo e ele concorda mesmo contra sua vontade, ele parecia uma criança birrenta quando o assunto era protetor solar, ele odiava.

– Não sei qual a necessidade disso.

– Quer ficar gritando de dor toda vez que encostar o corpo em alguma coisa?

– Isso é melequento.

– Eu não sei porque tive filho com você sendo que você já é uma criança.

– Você é cheia de graça né Lua Maria?

– Tá malhando bastante em Bruno? Todo definidinho. – Falo passando o protetor em seu abdome definido tirando aquela casquinha porque eu não sou boba.

– Eu não jogo mais né? Se eu parar de treinar eu tô lascado.

– Está muito saudável.

– O que você quer dizer com saudável?

– Que você está bem gostoso. – Falo me abaixando para passar protetor no rostinho de Maitê que reclama igual o pai.

– Você também está bem gostosa, sua bunda está maior?

– Para de falar essas coisas perto da sua filha seu palhaço. – brigo com ele que começa a rir. – Talvez esteja, ou talvez seja o formato do biquíni, não saberemos.

– Se quiser passar no meu quarto mais tarde sem o biquíni eu posso te dizer se é ele ou não.

– Bruno? Você trata suas amigas desse jeito? – O provoco e ele nega com a cabeça. – Estou começando a ficar preocupada.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now