favorite crime

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Saiba que eu te amei tanto
Que eu deixei você me tratar assim
Eu fui sua cúmplice voluntariamente, amor
E eu assisti enquanto você fugia da cena
Olhos de corça, enquanto você me enterrava
Um coração partido, quatro mãos ensanguentadas
As coisas que eu fiz
Só para eu poder te chamar de meu
As coisas que você fez
Bem, espero que eu tenha sido seu crime favorito

LUA

abril de 2016

Eu ligava para Bruno preocupada, ele tinha brigado com o seu pai e chegou em seu apartamento dizendo que ia sair para esfriar a cabeça, eu não queria contrariar ele, apenas perguntei se ele estava em condições de sair sozinho afinal ele estava de cabeça quente, ele falou que sim e me deu um selinho demorado falando que me amava muito, esses comportamentos dele me deixava confusa, uma hora ele estava extremamente grosso, outra hora ele falava que me ama, fora que estava mais pensativo que o normal, e as vezes eu pegava ele de cabeça baixa como se realmente algo muito sério tivesse acontecendo, eu tentava conversar, chegava nele e perguntava se podíamos conversar, tentava passar confiança, mas ele apenas dizia que iria ficar tudo bem e que estava sendo apenas a pressão para as olimpíadas mesmo.

– Oi Lua, tudo bem? – Me surpreendo ao ver meu sogro do outro lado da porta.

– Oi Bernardo, entra...

– Cadê o Bruno?

– Ele saiu, disse que estava cansado e precisava respirar.

– Ele está me preocupando. – Ele fala passando a mão na cabeça e eu respiro fundo.

– Está me preocupando também, eu não faço ideia do que está acontecendo, ele não se abre comigo.

– Ele está super desligado, tá perdendo alguns passes importante no jogo, e esse foi o motivo da nossa briga hoje, ele tem que acordar pra vida, tentei conversar para ver o que está acontecendo, mas eu não sei o que fazer, desse jeito não vai dar de novo.

– Eu vou tentar tirar alguma coisa dele nem que seja na base do grito.

– Boa sorte porque eu tentei na base do grito e recebi mais gritos em resposta.

– Ele não é louco de gritar comigo, arranco a língua dele fora. – Falo e meu sogro gargalha.

– Como estão os preparativos para o casamento?

– Eu vou ver meu vestido amanhã, eu estou muito feliz.

– Eu também estou, acho que desde que te vi a primeira vez na quadra eu soube que você ia entrar pra família, e fiquei feliz, você é um doce Lua, todos são encantados por você.

– Obrigada, eu nem sei o que dizer.

– Não permita que ninguém te trate da forma que você não merece, mesmo que você ame a pessoa, mesmo que machuque. – Ele fala e eu entendo sobre o que ele estava falando, e vindo do pai de Bruno, machucou mais ainda.

– Obrigada pelo o conselho.

– Se conseguir falar com ele você me liga? – Ele pergunta e eu concordo.

Bruno chegou tarde aquele dia, mas não sozinho, Lucão trouxe ele, eu perguntei o que tinha acontecido e ele disse que o amigo ligou para ele chorando, e que ele foi atrás dele.

Joguei ele no chuveiro e tive muita dificuldade para tirar ele de lá, enxuguei ele e o ajudei a colocar um conjunto de moletom, nos deitamos na cama e ele deixa na minha barriga fechando os olhos, eu passo minha mão pelo seu cabelo molhado fazendo cachinhos nele, ele sorri e eu sinto meu coração errar a batida.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now