A Batalha Final - parte 3

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Quando Boomer despertou, percebeu que estava no corredor da escola.

O loiro visualizou ao seu redor, confuso. Ele não estava ali anteriormente, não? Ou estava? Não conseguia se recordar. Sua mente estava embaralhada e as rasas lembranças que tinha era de que algo importante estava acontecendo naquele momento, logo, teria de sair dali.

Primeiramente girou em torno de seu próprio eixo, procurando por um pé de gente. Sem sucesso. O local estava completamente vazio. Estranhou.

Resolveu então sair dali. Quem sabe encontraria alguém que lhe explicasse o que cargas d'água estava acontecendo.

Seu destino era o final do corredor de armários, onde estava a porta para a saída do prédio. Andou em direção à ela. Andou, andou, andou… mas nada de chegar ao local. Apressou o passo, mas se sentia em uma esteira, sem sair do lugar. Pior, a porta parecia estar se afastando cada vez que ele tentava chegar mais perto.

Ok, aquilo era muito estranho; Ele pensava.

Parou de correr, dando alguns poucos passos para trás e virando seu corpo na direção contrária, na esperança de encontrar outra saída. Assustou-se, porém, ao ponto de quase perder o equilíbrio, quando se deparou com os enormes olhos azuis da namorada, centímetros de distância dele.

Ela não estava ali antes. Ele sequer tinha sentido a aproximação dela.

— Ah, é você, Bubbles… — Ele falou, disfarçando que havia tomado um baita susto. Sorriu levemente, aliviado. Ao menos havia a encontrado. — Que bom! Onde estão os outros? O que aconteceu?

Ela não o respondeu. Permaneceu ali, estática, com um sorriso no rosto, o tronco ligeiramente inclinado para frente e os braços para trás. Boomer repetiu seu nome, confuso, mas ela sequer teve reação. Balançou as mãos em frente ao seu rosto, mas não houve nada.

Franziu o cenho.

— O que tá rolando aqui?

— Você é o maior, Boomer! — Disse uma voz ao lado dele.

Boomer se assustou, virando-se e se deparando com uma multidão de pessoas que o cercava. Todos estáticos, mas sorridentes.

— Mas o que…?

— Você é super legal! — Outra voz soou mais distante.

Boomer se virou novamente, procurando pelo dono da voz. E então, várias vozes começaram a soar, de todos os lados, próximas e distantes. Ele procurou, assustado, mas não conseguia ver nada que não fosse estátuas.

— Tá, isso tá começando a me assustar. — Ele falou se afastando da multidão com passadas largas para trás.

Enquanto se afastava, sentiu seu pé bater em algo atrás de si. Ele se virou, mas antes de ser capaz de fazer algo a pessoa que estava atrás dele caiu, espatifando-se como louça ao se chocar no chão. Boomer saltou para trás, em pânico. O som soou estridente e ecoou por todo o corredor, e então, as vozes cessaram.

Ele levantou o olhar, percebendo que as expressões das pessoas, antes felizes, agora haviam se transformado em faces de horror e raiva.

— Como pôde fazer isso? — Gritou um homem próximo dele.

— E-Espera aí, foi um acidente! — Ele se justificou.

— Uma pessoa como você não merece estar aqui! — Disse outro.

— Você não presta!

— Oh, Deus! Que tragédia!

— Vá embora!

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