A Batalha Final - parte 1

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Era ainda de manhã quando uma notícia foi transmitida na televisão. Pelo que o Prefeito dizia, os cidadão teriam de sair às pressas da cidade por tempo indeterminado. O motivo: era um mistério!

Pelo menos, um mistério para a maioria! Princesa não teve dúvidas do que se tratava quando os guardas chegaram em seu quarto, mandando que ela fosse com eles por conta de uma evacuação.  

Ela seguiu as autoridades até um carro preto e sentou-se junto de Robin no banco de trás, enquanto dois homens parrudos e de terno sentaram na frente. Saíram apressados da residência da MaisGrana, deparando-se com um congestionamento intenso na avenida.

— Todas as rotas que dão para fora da cidade estão congestionadas. — Robin dizia preocupada enquanto via as notícias pelo seu celular. Observou o céu acima delas pela janela, negro e levemente avermelhado, com algumas nuvens carregadas. A morena também tinha em mente do que se tratava aquela evacuação — Será que elas ficarão bem?

Princesa não a respondeu. Estava muda desde o momento em que soube da notícia, e Robin não sabia exatamente o que aquilo significava. Mas, pelo olhar dela, pela forma como suas sobrancelhas estavam franzidas e o modo como as unhas fincavam sobre o tecido do banco… ela não estava nada bem!

— Princesa, acalme-se, ok? — Ela pediu, agarrando seus ombros. — Vai ficar tudo bem. Nós vamos sair daqui à tempo.

Princesa capturou os olhos da garota, despertando por um instante do seu transe. Chacoalhou a cabeça levemente, forçando-se a respirar corretamente.

— E-Eu estou bem, Robin. Só estava pensativa. — Ela explicou firmemente.

— Tem certeza?

Princesa baixou o olhar.

— Sim… — Murmurou, voltando a olhar pela janela o cenário apocalíptico. — Tenho certeza!



[...]



Quando Ace ficou sabendo do ataque do Ele, não acreditava que seria tão cedo. Na realidade, sequer engolia a história de que seria solto pelas próprias pessoas que haviam o colocado naquele inferno para lutar contra o demônio.

Uma história maluca, sem dúvidas.

Mas então, o dia chegou. Os guardas foram até a sua cela, sem dizer nada, soltaram sua camiseta de força e o guiaram até o lado de fora. Mesmo a pouca luz daquele dia nublado fez sua visão se embaçar; meses apenas no escuro pareciam ter lhe causado certa fragilidade quanto à luz.

No portão de saída, foi recebido por senhorita Bellum. Ace sorriu, malicioso, observando a dama de vermelho dos pés à cabeça.

— Ora, ora! Então é você que veio me receber? Que belo presente os heróis me mandaram!

A mulher continuou a fitá-lo de maneira autoritária, com os braços cruzados.

— Apenas siga-me, senhor Ace. Blossom e os outros esperam por você.

A ruiva caminhou até um carro de luxo estacionado ali em frente, tendo a porta aberta pelo motorista, um homem, aliás, também muito grande e de aparência não muito convidativa. Ela entrou, observando o rapaz ainda ali parado, esperando que ele a seguisse.

Ace sorriu de canto. Assim que foi até o carro, parou na porta para mandar um tchauzinho muito bem humorado aos guardas que haviam o tirado da cadeia. Entrou e imediatamente a porta foi fechada. O motorista se pôs em seu lugar, guiando o carro rumo ao local de encontro.

Observou os dois, curioso. Eles haviam ido buscá-lo e colocado em seu carro, como se fizesse parte da família. Aquilo era diferente do tipo de tratamento que tinha na cadeia, onde sequer podia sair de um quarto escuro e ver a luz do sol.

Mundos OpostosWhere stories live. Discover now