CAPÍTULO 13

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Decido tomar café da manhã no quarto e dar um mergulho na maravilhosa piscina do hotel, antes de ir para a corrida. Depois da minha noite com Cole, estou me sentindo ansiosa, estranha, sei lá. Acho que um mergulho poderia ajudar. Cansar os meus músculos, oxigenar o meu cérebro e lavar as más energias.

Troco o pijama pelo meu maiô e vou para a piscina coberta, torcendo para que esteja vazia. Preciso relaxar, não ficar mais tensa porque tem estranhos me olhando e me julgando.

Dou uma espiada para dentro, antes de entrar, e vejo que tem só uma pessoa nadando. Nadando de verdade, se exercitando com vigor. Duvido que vá se importar com uma garota aleatória. Só preciso correr para mergulhar antes que ele, ou ela, saia da água. Então, me apresso para colocar as minhas coisas na cadeira mais próxima e mergulho em tempo recorde.

A cada braçada vigorosa que dou, sinto a tensão se esvair um pouco dos meus ombros. Volto à superfície em busca de ar e vejo que o desconhecido está se erguendo da água naquele mesmo instante, saindo da piscina. Costas definidas e musculosas, com gotas de águas escorrendo... UAU!

Olá, estranho.

Eu me sinto perdida em uma propaganda de perfume, com aqueles caras maravilhosos subindo no seu Iate na Costa Amalfitana, com o sol se pondo ao fundo.

- Quer casar comigo? - Murmuro para mim mesma e começo a boiar, xingando quando vejo o seu bumbum redondo coberto apenas por uma sunga vermelha.

Que saúde!

Passo para as suas coxas salpicadas de pelos claros e chego até os seus pés. A minha nova paixonite esbelta anda com passos largos até onde deixou a sua toalha e eu não consigo desgrudar os olhos dele. Onde eu compro um desses para mim?! Digam o preço e eu pago. Qualquer quantia.

Olha para cá, gracinha. Vamos ver se a sua frente é tão suculenta quanto a traseira.

Como se tivesse ouvido o que eu disse, o novo amor da minha vida se vira e eu quase me afogo.

- COLE?

Ele se assusta com o meu tom e faz uma careta ao me ver ali. - Por que você está gritando a essa hora da manhã, sua doida?

- Por que você está pelado, seu doido?

Ele olha para baixo, como se tentasse entender do que eu estou falando.

- Eu não estou pelado. - Revira os olhos. - O nome disso é sunga, Reinhart.Nunca viu um homem de sunga antes?!

Um com tantos lugares definidos? Não.

UGH!

Até a sola do seu pé deve ser definida.

- Também não é como se você já não tivesse me visto pelado. - Ele cruza os braços, escondendo uma parte do seu peito/tanquinho e eu quase choro de pesar.

- Não me lembre, Cole Mitchell. Apenas não me lembre. - Ele bufa e vai atender o seu celular, que começou a tocar em algum lugar na cadeira com as suas coisas.

Eu aproveito a sua distração para me afundar mais na água, me escondendo o máximo possível, deixando só o nariz de fora. Ainda não estou sentindo vergonha o suficiente para querer me afogar, não se preocupem.

- Cole. - Ele fala simplesmente. Sem “alô”, sem “olá”. Direto e objetivo.

Brincando com os limites da grosseria, como sempre. - Na verdade, eu sei onde ela está. - Se vira para me olhar e eu faço uma cara de interrogação. - Ela está comigo.

Minha nossa, essa frase pode ter tantas interpretações.

Algo se revira dentro de mim e eu faço questão de ignorar. Estou ficando ótima em ignorar. Ignorar é tão legal. O mundo é um lugar bem tranquilo quando você apenas ignora.

BAD SPROUSE || adaptação sprousehart Where stories live. Discover now