CAPÍTULO 10

781 102 63
                                    

Bato o pé pela centésima vez, olho no relógio pela milésima vez e ganho outro olhar divertido de Drew, que está comendo uma banana todo tranquilo e alheio ao meu drama.

- Você não vai mesmo acordar ele? - Pergunto sem acreditar na sua calma.

- Nem pensar. - E dá mais uma mordida, mastigando com um sorriso irritante.

UGH!

- Mas a gente vai perder o jato! - Protesto desesperada, tentando colocar um pouco de juízo nessa sua cabeça italiana perturbada.

- Eu não vou perder o jato, eu já estou em pé e vestido. - Dá de ombros.

Ele está mesmo. De um jeito delicioso... Bermuda de moletom que deixa ver alguns vislumbres da enorme tatuagem que tem na coxa, camiseta da Alpha e várias pulseiras estilosas...

- Ok, eu mesma vou acordá-lo. - Desço do banco alto e começo a marchar em direção ao corredor dos quartos.

- Eu não faria isso se fosse você. - Drew cantarola, mas eu ignoro.

- Alguém tem que fazer!

Eu exploro uma parte da cobertura que ainda não conhecia - a parte privada da torre de marfim. Tudo é decorado em tons de cinza e preto, o que deixa o lugar com um ar sombrio que combina bem com o seu dono. A primeira porta é um quarto que parece ser de hóspedes, bem arrumado, mas totalmente impessoal. A segunda só pode ser o quarto de Drew - colorido, cheios de pôsteres de bandas nas paredes e perfeitamente bagunçado.

Então, só resta uma porta. Espero que não esteja trancada... Tomara que não esteja trancada... Isso! Ela abre sem problemas e o interior está uma escuridão só. Ando até a janela e afasto as pesadas cortinas azul marinho, deixando a luz do sol de Ilaria inundar o espaço.

- Acorda, bela adormecida. - Eu chamo alto, mas Cole nem se mexe.

Bufo com impaciência e ando até a cama.

Sua expressão está serena e esse é um daqueles raros momentos em que aparenta ter a idade que tem... Também é meio chocante vê-lo sem o seu boné de estimação pela primeira vez.

O seu cabelo é mais claro do que eu imaginava. Cortado baixo dos lado e alto em cima. Os fios caem sobre a sua testa e os seus lábios cheios estão ligeiramente separados. Por um segundo, eu me permito admirar a sua beleza. Só por um segundo. Sem a sombra do boné, os seus traços se destacam e eu sinto uma vontade incontrolável de passar o dedo pela sua mandíbula para ver se é tão afiada quanto parece... provocar o seu queixo teimoso... sentir a temperatura da sua pele...

O meu segundo acabou.

Balanço a cabeça e me lembro de que esse pé no saco pode acabar com as minhas chances de andar em um jatinho particular pela primeira vez na vida.

- COLE MITCHELL SPROUSE, ACORDA AGORA. - Grito e ele se mexe um pouco, mas ainda não se levanta, nem abre os olhos.

- Sai daqui, Cruella. - Resmunga sonolento.

- Você precisa se levantar, imbecil.

Sua única resposta é virar de barriga para cima, pegar um travesseiro e esconder o rosto. A minha paciência se acaba e eu ando até o pé da cama, puxando a sua coberta com tudo.

Pior. Decisão. Que. Já. Tomei. Na. Vida.

Cole estava pelado, peladinho da silva, como veio ao mundo. Nada de pijama, nada de cueca, nada de nada. Quilômetros de pele se esticam na minha frente... Músculos, gominhos e uma enorme ereção matinal que me faz arregalar os olhos na hora.

BAD SPROUSE || adaptação sprousehart Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ