CAPÍTULO 11

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Skeet nos recebe, dá algumas instruções gerais sobre a gravação de hoje e nos manda direto para a pista, porque só temos meia hora antes de ter que liberar o espaço. Não vou nem poder retocar minha cara de quem estava dormindo e babando pelas últimas horas.

Ótimo, apenas ótimo.

- E quem vai ser o sortudo que vai comigo? - Drew pergunta, esfregando as mãos animado.

- Eu. - Skeet revira os olhos. - Nós vamos primeiro, inclusive. E que Deus nos ajude.

Saímos por dentro dos boxes e passamos pelo pitwall para desembocar direto na pista, onde os abutres da imprensa não podem entrar. Nós nos aproximamos dos novos modelos - chamados Falcon Supreme - e eu suspiro de tristeza por não ser a pessoa que vai dirigir uma dessas belezinhas.

São perfeitos!

Dou um gemido cheio de pesar e ganho um olhar de curiosidade de Cole.

- Vocês são uns bastardos sortudos. - Resmungo, apontando para o esportivo brilhante na nossa frente.

- Se tivesse apagado aquela foto, eu poderia até cogitar te deixar dar uma voltinha. Mas, como não apagou... - Dá um sorrisinho cínico irritante e eu vejo o meu scarpin Saint Laurent indo embora com o vento.

- Garoto, se você soubesse a vontaode que eu tenho de violar aquela cláusula que me proíbe de te dar uns chutes na canela.

- Comportem-se, vocês dois. Estamos sendo gravados! - Skeet ralha com a gente, antes de colocar o seu capacete e entrar no lado do carona, não parecendo nada feliz com o próprio arranjo.

Nós ficamos assistindo tudo por um pequeno monitor instalado na pista.

Como o bom executivo engravatado que é, Skeet vai gritando o percurso todo, enquanto Drew apenas gargalha feliz. Nosso chefão se segura na porta, se segura na alça de segurança e tenta até segurar no Drew. Preciso dizer que foi um pouco ridículo. Como alguém que tem medo de velocidade chegou a chefe de uma equipe da Fórmula A?! Nunca saberemos.

- Você não vai gritar desse jeito, vai? - Cole pergunta ao meu lado e eu me resumo em revirar os olhos para ele.

- Me respeita, cara.

O carro estaciona cantando pneus e um Skeet muito branco desce com as pernas tremendo. Preciso morder os lábios com força para não cair na risada, porque realmente não esperava que ele fosse reagir assim.

PELO MENOS A NOSSA VEZ CHEGOU!

Eu coloco o capacete e me sento no banco do carona, assobiando baixinho ao analisar todos os detalhes do interior luxuoso. Prendo o cinto de segurança e esfrego as mãos com ansiedade, porque sei que esse bebê vai voar!

- Mostre do que é capaz, Bad Sprouse.

Eu provoco quando dá a partida e ele retribui com um sorriso de predador. Um sorriso malvado. Um sorriso de quem aceitou o desafio. Então, muda sua expressão para aquela mesma que nós vemos quando está na linha de largada, esperando as luzes vermelhas se apagarem.

Está focado, concentrado, pronto para conquistar o mundo.

Pisa fundo e sai cantando pneus. Eu sorrio ao sentir o motor sendo levado ao extremo, o barulho reverberando dentro do meu peito. Ele freia tarde na primeira curva e nós derrapamos de um jeito delicioso que só me faz gargalhar mais.

A sensação é maravilhosa.

MARAVILHOSA DEMAIS!

Na reta, chegamos a 270 km/h e a estabilidade continua perfeita, como se nós estivéssemos andando em trilhos.

BAD SPROUSE || adaptação sprousehart जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें