Eu ri com a memória seguinte. Me lembrando como era diferente na época. Querendo apenas uma noite de sexo com ele. Cabelos amarrados, roupas masculinas, sem maquiagem e ainda assim, linda aos seus olhos.

– Tudo bem, eu solto seu braço. – Me lembrei de ele dizendo, e me lembrei de como achei estranho ele obedecer com tanta facilidade.

Lembro-me de ele sumir da minha frente e eu encontrar seu quadril próximo ao meu rosto, e depois ver meus fios negros formarem uma cortina em torno do meu rosto, por estar de ponta cabeça, apoiada em seu ombro.

– Bruno! – Gritei e pedi. – Mande-o me colocar no chão! – Fora mesmo aquilo que pedi? Quão tola fui!

– Nem tente, Bruno. – Henrique o ameaçou com palavras e sorri com a lembrança.

- No que está pensando? – O Henrique ao lado de fora do box indagou e minha atenção foi voltada para ele.

- Nada. – Eu sorri, respondendo ainda com os resquícios das memórias.

- Ah. Você vai contar. – Ele pareceu ameaçador levantando-se do chão e vindo em minha direção. – Se não. Minhas mãos irão persuadir você... – Ele deixou a frase ameaçadora no ar. Mas eu só senti desejo. – Você sabe. Cócegas. – Ele explicou movendo seus longos dedos e eu ri.

- Não! – Me alarmei. – Por favor. – Pedi, enquanto sua mão já abria a porta que nos separava, eu a segurei, pouco me importando se meus seios balançavam enquanto eu fazia aquele movimento brusco.

Eu me lembrei do nosso primeiro beijo. Que foi dado depois de uma sessão de cócegas de surpresa. E sorri.

Eu não consegui segurar a porta de vidro por muito tempo. Ela estava escorregadia pelo creme em meus dedos e pela água em sua extremidade. Henrique foi mais rápido abrindo-a com pressa e fechando-a logo depois. Me encolhi até a parede.

- Não faz isso! – Esperneei, tentando parecer séria acima das minhas risadas desesperadas. Ele me assustou, empurrando uma mão na minha direção e puxando-a de volta com meu grito.

Ele já estava todo úmido. Cabelos colados na testa, olhos piscando, rosto avermelhado e peitoral completamente molhado, deixando a visão ainda mais excitante. Ok, eu tinha de parar de pensar naquilo! Sua cueca estava pesada, mal se segurando em seu quadril. E ah, como eu torcia para que caísse ali mesmo.

Ele notou minha distração e investiu contra mim delicadamente, me empurrando contra a parede e segurando ambos meus pulsos com uma mão. Fazendo as cócegas no ponto vulnerável da minha barriga. Ele só parou depois que eu pedi muito entre as risadas, sentindo meus seios saltitarem pelos meus movimentos de escape. Ele só parou, quando seu peito fez com que os meus parassem de saltar. Ele só parou, quando seus lábios investiram contra o meu. Eu não protestei contra aquilo.

*

Alguns minutos depois, Henrique me prendeu entre seus braços fortes e fez minhas pernas se erguerem em torno do seu quadril, enquanto eu sentia seu desejo por mim duro e sólido entre nós.

Beijá-lo novamente, praticamente na mesma situação em que estivemos no nosso primeiro beijo, foi como me entregar por inteiro para aquilo que tínhamos e aquilo que buscávamos ter. Eu o deixei explorar minha boca com sua língua. Deixei-o chupar meus lábios e mordê-los, provavelmente deixando-os vermelhos. Deixei-o chupar meu pescoço, enquanto a parede impedia que minha cabeça tombasse muito para trás.

Eu estava gemendo descaradamente, enquanto ele pressionava minhas costas contra a parede fria, em contraste com seu corpo em chamas diante de mim.

- Mais. – Eu pedi. Não sabia o que queria, mas ele pareceu saber mais do que eu.

Apenas MeuWhere stories live. Discover now