A Amante do Meu Marido (Concl...

By OlivinhaRodrigo

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+18 (hot fanfic) Camila Cabello vai atrás da suposta amante de seu marido para tirar satisfações. O que não... More

Apresentação das Personagens
01 • Treason
02 • Overcoming
04 • (L) The Biggest Mistake
05 • Camila Mendes
06 • Jaguar's Agency
07 • You're Welcome
08 • From Home
09 • (F) Sweetest
10 • Bets and Surprises
11 • (F) Without commitment
12 • The pression
13 • Good and Hot Blackmail
14 • (L) All Night
15 • (C) She Loves Control
16 • Revenge
17 • Lauren's back
18 • Charlotte
19 • (L) Take a Shower
20 • Hackers
21 • Loyalty
22 • Meeting
23 • Karla Camila
24 • Miami Beach
25 • (F) This Love
26 • Discovery
27 • Precipitation
28 • Playing dirty
29 • (L) Lustful desire
30 • November 25th
31 • If there's love...
32 • Fifteen minutes
33 • (L) Tokyo
34 • Gift
35 • (C) Leash
36 • Christmas Night
37 • Alexa Ferrer
38 • Back to Black
39 • (L) Solutions
40 • Last Piece
41 • (L) Table
42 • The Judgment
43 • Santa Maria, Cuba
44 • Michael's Promise
45 • (F) My Husband's Lover
(L) ESPECIAL 1 MILHÃO DE VIEWS

03 • You again?

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By OlivinhaRodrigo

Não se esqueçam de votar e comentar♥️Boa leitura, bbs.

•°•°•

— Noite difícil, imagino eu... — o timbre rouco e carregado de luxúria se aproximou gradativamente. Uma conhecida e até então evitada voz. — Você está bem?

Camila olhou com repúdio  aquela mulher, que até mesmo num lugar como este, tratava de se vestir com elegância e charme. A calça de linho preta larga nos tornozelos caíra perfeitamente com o top de gargantilha justo e decotado da mesma cor, pois realçava sua pele alva e sedosa, além de lhe atribuir uma certa presença, uma vez que Lauren era uma das poucas, senão a única, mulheres que usavam calça com saltos daquele lugar.

— Ei, não beba assim — tentou se aproximar, mas Camila levantou a mão, ameaçando lhe acertar um tapa. Logo, não viu outra alternativa que não fosse ficar a um metro e meio de distância — Vai ficar mal se virar tudo de uma vez só. — a latina deu de ombros, fazendo o contrário do que lhe fora ensinado. — Tudo bem, já entendi. — colocou as mãos dentro do bolso da calça, parada na frente dela — Você não me respondeu se está bem...

A latina pegou outro copo que encontrou em cima da mesa, ingeriu-o até a última gota, sem se importar se havia álcool, droga ou até mesmo veneno na birita. Fazia-o enquanto era observada. Camila também aproveitou para jogar seus cabelos de lado, cruzou as pernas, largando a taça na mesa, visto que também tornou a mirar a indesejável mulher dos olhos verdes.

— Pareço estar bem? — pergunta com um sorriso cínico nos lábios. — Olhe para mim e me responda, não está claro como estou me sentindo nesta noite?

— Tem a ver com o seu marido novamente? — dá um passo para frente, onde Camila fecha o semblante, como quem não aprovasse o gesto — Posso ficar aqui para conversar com você pelo menos? — Cabello entortou o nariz. — Quer beber algo? — e a outra continuava a olhando com cara de paisagem, pairando ou talvez lhe queimando viva com o olhar carregado de ódio.

Insatisfeita com o pouco caso, a magnata resolveu ir até o balcão de bebidas em prol de comprar algumas doses. Volta segurando, no total, uma bandeja de trinta e duas mini doses de drinques sortidos.

— Como não me falou se queria beber alguma coisa, comprei todos os sabores por não saber o seu favorito — coloca-o ao lado de Camila, que agora se mantém de sobrancelhas arqueadas, assustada, em suas contas aquela bandeja completa não custaria menos que trezentos dólares. — Sirva-se. — Lauren, por sua vez, escolhe aquela que é de manga. — Não é só você que está tendo uma noite difícil, Camila — diferente da própria, a empresária decide sentar-se no banco, enquanto que Karla se posicionava literalmente na beirada da mesa de pernas cruzadas.

— Qual a probabilidade de uma mulher rica e bonita ter uma noite difícil? — captura a dose de maracujá, olhando desafiadora Lauren Michelle que também virou a batida goela abaixo.

— Me acha bonita? — coloca o copinho na mesa, partindo para a próxima, desta vez de limão. A latina refaz o gesto de Lauren, agarrando a dose de cor azul.

— Eu não vou te elogiar. — mudou a atenção para o pessoal da pista.

— Certo... — discretamente esboçou um sorriso de canto, deixando o clima entre as duas em um repleto silêncio, ao que ingeria a dose.

— Seu problema envolve uma relação de quase oito anos? — retomou o assunto após alguns segundos.

— Não — termina por beber o drinque alcoólico, pronta para mais um: agora de morango.

— Elas são fracas — a latina diz referente a dose, indo para a terceira assim como a bela mulher das esmeraldas verdes. — Até parecem suco. — involuntária, Karla Camila deixou escapar um sorrisinho, prontamente também alegrando Lauren.

— A intenção não é que fiquemos bêbadas. — umedeceu o lábio inferior, acenando com a cabeça para que virassem a próxima dose juntas. Camila acabou por mirar um pouco abaixo dos olhos de Lauren, acompanhando o trajeto do utensílio até seus lábios carnudos e pintados por um batom vermelho tinto. Fazia-o tão concentrada que esqueceu-se de acompanhar a magnata no terceiro copo.

— Então qual que é? — Camila sobe o olhar novamente, dando-se conta de que estava tempo demais observando, se assim podemos dizer, a boca da outra mulher. Coisa que mulher homossexual comprometida no mundo faria.

— Deixemos o tempo falar por si só —  Jauregui piscou um dos olhos, percorrendo o olhar pelo torneável corpo latino, sorte a dela que não fora percebida pela própria.

Camila virou mais uma dose, essa passou rasgando por sua garganta. Seus sentimentos ficavam cada vez mais confusos enquanto Lauren continuava lhe observando atenta, sem discrição alguma. Os olhos verdes queimavam sua pele bronzeada, seus quadris sobrepostos na mesa e seus seios apertados pelo bojo. Camila não sentia diretamente essa sensação de cortejo, mas parecia atenta as intenções de Lauren.

— O que tem te decepcionado nesta noite, Lauren? — pela primeira vez a chamou pelo nome, e não por um apelido majoritariamente pejorativo. — Você não respondeu minha pergunta.

— Digamos que eu não tenha dado muita sorte com algumas companhias nesta noite. — pega outro copinho assim como Camila — Talvez você seja o reverso disso.

— Não sou uma acompanhante sua. — cortou-a rapidamente.

— Citei companhia, e não acompanhante — retruca na mesma intensidade.

Ambas ficaram em silêncio, desfrutando das doses, hora ou outra trocando olhares, mas ainda assim caladas.

— Aquele homem está te olhando — Camila indicou, gesticulando com a cabeça para um belo moreno de camiseta regata. — Parece bom o suficiente para você ou ele precisa ser casado?

— Não sei — estreitou as sobrancelhas, como se estivesse analisando-o — O que você acha, Camila? — novamente passou a ponta da língua pelo lábio inferior, de forma que capturasse algumas gotículas da bebida que escaparam de sua boca. Karla observou o espetáculo de perto, analisando o batom de Lauren, que ainda se mantinha em perfeitas condições.

— Bonito demais para uma mulher como eu — se embebedou, sorrindo de lado sem graça.

— Por que acha isso? — pareceu ofendida com a afirmação da mulher de Shawn e principalmente com sua reação de automenosprezo.

— Porque é a verdade — suspirou fechando os olhos, arqueando a cabeça para trás, ao que sentia o efeito das "doses fracas" balançarem a sua coordenação motora.

— O que te faz pensar assim, hm? — Lauren deixou de dar atenção as bebidas, onde se levantou ficando a frente da outra mulher. — Seu marido? — observa Camila fechar os olhos novamente, negando com a cabeça, pedindo em gesto que mudasse de assunto. — Não é porque ele não te valoriza que você não seja completa o suficiente para outras pessoas, Camila. — ao que tentou segurar o seu delicado queixo, Camila virou o rosto, resmungando. — Posso te mostrar uma coisa?

— Não é porque converso contigo também que quero de fato estar com você. Aliás, nem somos íntimas para você expor sua opinião assim — Lauren ri nasal de seu nervossísmo. Sabia que quando tocasse na ferida, provavelmente a cubana fosse reagir dessa maneira. — Talvez eu seja uma má companhia também, Lauren. Só estou aqui para beber de graça as suas custas. Não ache que vamos virar amigas por isso. — virou outra dose, enquanto encara Lauren semelhante há duas semanas atrás.

Lauren abre um sorrisinho de canto sem mostrar os dentes, apenas arqueando uma sobrancelha. A latina estava do jeitinho que desejava.

— Te deixa melhor soltar essas coisas em pessoas que não tem nada a ver com o seu problema? — zombou com aquela maldita voz sossegada e um sorriso arrogante. Exatamente como fez no dia que se conheceram. Camila odiava aquele tom.

— Você quem começou tudo isso... — parecia estar preso na sua garganta o rancor que guardava da mulher. Se ela provocasse mais um pouquinho, Camila a atacaria ali mesmo. — Saindo com ele, não se faça de desentendida. — também resolveu se levantar, peitando-a de frente, um pouco zonza, mas pronta para iniciar um debate.

— E você decidiu apenas me odiar, e perdoar ele, que neste exato momento deve estar te traindo com uma outra mulher que não vale o brinco que você usa.

— Isso não te convém- — Lauren capturou os dois braços de Camila com as mãos, impedindo-a que a tocasse num "empurrão". — Me sol-

— Escute-me, Camila — apertou a pele bronzeada com posse — Peço que apenas experimente dar uma volta até o meio da pista. Em seguida, volte aqui.

— Me solta! — se debruça, mas ao mesmo tempo não querendo ser.

— Vá e veja quantos olhares serão direcionados ao seu corpo. — aos poucos amenizando a pegada, suas unhas deixaram de apertá-la, dado que sua mão esquerda deslizara para a nuca de Karla que no mesmo instante respondeu-na com um arrepio involuntário. — Note o quão atraente você é para todos deste lugar. — num piscar de olhos sua boca já estava próxima ao lóbulo da outra, onde Camila se mantém imóvel, dopada pela bebida ou talvez pelos comandos roucos de Lauren Jauregui — A princípio... — sussurra baixinho, pois tinha entendido que havia controlado a situação. — Aquele homem que você julgou bonito minutos atrás, estava olhando para você, e não para mim. Somente para você. Na verdade, ele ainda continua. Perceba... — a ponta do nariz afinado de Lauren triscando a bochecha de Camila ao que colocava parte de sua franjinha atrás da orelha — Tome posse disso, Camila. Sinta o quão fascinante você pode ser.

A latina olhou ao redor, e realmente... Haviam muitos olhares indiscretos em sua direção. Inclusive o da mulher ao lado.

— Isso é loucura — balança a cabeça várias vezes, sorrindo para a proposta e tentando manter-se sã. Parecia ridículo. Tão ridículo que chegava a ser tentador. — Eu não preciso disso.

— Tem certeza? — novamente sussurrou no pé de seu ouvido, arrepiando-na — Talvez goste da sensação de se sentir cortejada por outras pessoas — Lauren segurou Camila pelos ombros, pondo-a a sua frente, virada para aquela multidão. Os quadris de Camila roçando levemente a cintura da magnata.

— E o que acontece se eu gostar? — mordiscou os lábios, sentindo a respiração de Lauren contra seu pescoço desnudo.

— Não sei, é uma escolha muito subjetiva. — já segurando os ombros de Camila, Lauren começou a massageá-los devagar, pois conseguia sentir a tensão que o pequeno corpo exalava para si. A massagem talvez ajudasse a aliviá-la. — Não vai saber se não experimentar. — vendo que Karla se mantinha atenta o suficiente ao olhar o pessoal, Jauregui aproveitou para deixar um carinhoso beijo em sua nuca. Rápido, mas ainda assim um beijo. O dócil perfume de Camila cravando em sua mente, instigando pouco a pouco seus instintos mais selvagens. Tinha para si que aquela noite estava ganha após ter feito o gesto e não possuir contestações por parte da latina — Vai lá, Camila. — seu queixo agora sobre o ombro esquerdo da mulher — E me conte a sensação depois. — seus corpos se tocando minimamente, se encaixando. — Estarei aqui te esperando, okay? — aproveitou também para encostar ainda mais nos largos quadris de Camila.

Confortável em demasia com a posição que a amante de seu marido lhe proporcionava, Cabello arregalou os olhos quando sentiu seu corpo ser levemente impulsionado para frente. Aos poucos o contato humano com outras pessoas que não fossem seu marido não lhe parecia uma má sugestão. Ela não sabia se era efeito da bebida ou a raiva que estava sustentando por Shawn, fato era que seus conceitos estavam mudando pouco a pouco.

Cabello demorou alguns segundos para voltar ao momento, mas decidiu — por mais que achasse tolo — fazer aquilo que a empresária havia desafiado: um pequeno desfile pela pista.

O primeiro passo dentro do piso iluminado foi como uma explosão de sentimentos. Seu coração bombeando mais forte, mais rápido. Então Camila olhou para trás, onde observou Jauregui acenar lentamente com a cabeça para que prosseguisse. Continuou o caminho, logo após sendo acertada por olhares que faltaram lhe queimar viva.  Olhares impressionados, que a cortejavam em minuciosos detalhes. Karla Camila pareceu gostar da sensação, olhava-os um a um nos olhos, sorrindo um tanto tímida enquanto praticamente desfilava na pista de dança. Notou ser desejada por mulheres durante o percurso. Diferente do que imaginava, não se incomodou, pelo contrário, percebeu que isso também a deixava animada, alimentada.

Tão pouco depois estava voltando a linha inicial, seguida por todo o tipo de comentário e olhar possível daquele lugar. Camila olhava para frente, queixo levemente empinado, postura correta, os saltos também a deixava na medida. Caminhava e automaticamente as pessoas abriam espaço para que ela pudesse passar.

Alguns metros a mais e já conseguia ver Lauren Jauregui escorada na mesa, tomando mais uma dose daquela batida. A magnata sorria convencida — aquele mesmo que julgava odiar. Agora sim ela entendia o real significado do gesto.

Mais uma vez, Camila Cabello não sabia se era efeito da bebida, mas aquele top de gargantilha preta da empresária não lhe parecia tão decotado na hora que saiu em direção à pista. Talvez estivesse. Talvez não. Talvez Lauren tenha dado o seu jeitinho para ficar ainda mais notória a ela. Nunca se sabe as intenções do próximo.

Por fim, Michelle umedeceu o lábio inferior com a mão esquerda dentro do bolso da calça, apertando-se para esvair a forte sensação que cada passo de Karla Camila em sua direção causava em seu ventre. Ela era definitivamente aquilo que estava precisando na noite. Aquilo que nunca provou, mas que ansiou por muito tempo: uma mulher de alto temperamento, convicta de seus ideais, leal; entretanto, insegura consigo mesma devido à experiências passadas. E Lauren adorava mulheres do tipo, adorava lapidar "pedras" que julgava serem preciosas.

— Solteira? — antes que Karla concluísse o percurso, um rapaz loiro parou em sua frente, impedindo sua passagem — Ei. — agarrou-a pelo antebraço, com força, mesmo sem possuir sequer intimidade.

— Não — Camila olhou assustada com a forma que o homem a segurou. — Me solta! — imediatamente fitou Lauren, tentando pedir ajuda através da conexão visual, pois, não estavam tão longe uma da outra.

— Qual é... — agora tentava puxá-la para o lado direito da pista — Vem aqui rapidinho comig-

— Algum problema por aqui? — Michelle chegou por trás, voz séria e audível o suficiente para o rapaz que soltou Camila ao observar que Lauren estava logo atrás de si com um semblante de poucos amigos.

Jauregui não era nenhuma santa com relação a relacionamentos fúteis. Adorava sair e dormir com mulheres de diferentes idades, valores e corpos. Definitivamente era seu maior hobby abordá-las no meio de um clube qualquer, paparicá-las e, em seguida, levá-las para cama. Porém, nunca o fez sem o consentimento das mesmas. Aliás, só avançava um sinal após entender que poderia. Em alguns casos, até perguntava se podia para não cometer graves equívocos.

Por ser cavalheira em demasia, exigia que os rapazes fossem também — o mínimo pelo menos, ou seja, respeitar o "não" da moça.

— Não. — o homem respondeu engolindo em seco, olhando para baixo.

— Ele me segurou sem a minha permissão! — Camila dedurou, ofegante e nervosa com a abordagem.

— Vem aqui — estendeu a mão para a latina, que tremia impacientemente — E você — apontou o dedo indicador para o garoto — Melhor não mexer com ela ou qualquer outra mulher daqui caso não queira terminar a sua noite numa delegacia. 

— E quem é você para falar assim comigo? — deu um passo para frente, lançando um sorrisinho sacana.

Lauren pôs o corpo de Camila atrás do seu, protegendo-na em gesto involuntário, ao que a própria degustava do espetáculo. Fazia anos que uma pessoa não se intrometia para brigar por sua pessoa.

— Não sei, dê uma pesquisada no Google que talvez você me encontre. — proferiu com um ar de superioridade que somente aquela mulher poderia ter na situação. — Capa da Vogue de mulheres americanas promissoras por cinco anos consecutivos. Dona da maior agência de modelos de Miami. — nessas o rapaz já tinha recuado com dois passos — E se for de seu interesse — mordiscou o lábio inferior, fitando rapidamente Camila que claramente estava adorando o término da discussão — Estou acompanhando essa bela mulher nesta noite — enlaçou com posse a cintura da cubana que não se importou com o gesto — Lauren Jauregui, prazer.

O garoto abriu um meio sorriso, completamente sem jeito.

— Tenham uma boa noite. — foi a única coisa que conseguiu balbuciar, ainda que de cabeça baixa.

— Estarei de olho em você, garotão — seus dedos apertaram o tecido do vestido de Camila quando o homem apertou os passos, saindo por completo — Você está bem? — mirou preocupada a outra mulher, que não fez cerimônia, dizendo que estava bem. — Está tremendo, quer um pouco de água?

— Não. — lembrou-se que a sua cintura ainda estava sobre a posse da amante de seu marido, logo, se desvencilhou, caminhando em passos apressados em direção da mesinha das doses.

— Como está se sentindo? — já novamente no cantinho das bebidas, afastado da pista, Jauregui indagou próxima a ela. — Tem certeza de que está bem? — a cubana lhe mirou de ombros, desconfiada com o excesso de preocupação de Michelle. — Me responda, Camila...

— Ótima. Eu estou ótima. — apesar do susto e de desconhecer o porquê de seu bem estar importar tanto para a outra mulher, seus olhos brilhavam com tamanha sensação, era como se tivesse encontrado um hobby.

Como se tivesse descoberto que o problema do seu relacionamento não fosse ela.

— Você daria uma bela modelo, sabe disso, não sabe? — seus braços minimamente em volta da cintura de Camila, hora ou outra tocando seus quadris. Lauren, diferente de outras ocasiões, nesta gostaria de sentir a confirmação de seus toques por parte da latina, mas entendeu o seguinte durante toda a noite: Camila não afirmava as coisas, ela apenas negava quando não gostava de algo — Uma linda modelo... — involuntários, seus olhos desceram novamente até a boca da esposa de Shawn.

— Não faz muito o meu estilo. — os olhos castanhos também escorregando até a boca da magnata que estava a sua frente. Não importava se estava desejando que uma mulher ou um homem a beijasse ali, a sensação era tão boa que Camila era incapaz de barrá-la. Em resposta, Lauren apertou o corpo de Camila com um pouco mais de pressão, vendo-a arfar indiscreta — Esse era o resultado que você esperava que a bebida me trouxesse, hm? — a voz arrastada, seu corpo meio leve e ao mesmo tempo ardendo em chamas.

Toda hora que a mão de Lauren deslizava pela pele bronzeada, fora do alcance do vestido, mais Camila esquecia do próprio casamento e dos valores que carregava consigo. O toque e a pegada eram bons demais para não serem aproveitados naquele momento.

— Depende... — abre outro daqueles sorrisos de canto, acariciando com a ponta dos dedos a cintura bem modelada por cima do vestido da latina — O que está sentindo, Camila?

— Um pouco leve  — o hálito de Camila indo contra o rosto da outra mulher. O gosto da bebida ainda estava vivo em sua garganta, assim como no de Lauren. — Mas consciente... Apenas leve.

— Certo... — Lauren a analisava com tanta atenção naquele lugar turvo, que faltava lhe despir no meio do mesmo. — Isso é bom, Camila? — sua mão esquerda subindo para agora tocar uma de suas mechas, onde a colocou atrás da orelha, deixando o pescoço de Karla a mercê. — Gosta de se sentir assim, hm? — a ponta de seu nariz deslizando por aquela parte anteriormente exposta. 

— Não sei... — arfou conforme viu que estavam sozinhas e ao mesmo tempo muito próximas. Não sabia dizer o que estava sentindo, era tudo tão confuso e novo.

No fundo torcia para que estivesse bêbada. Caso contrário, nunca se perdoaria por gostar de ser tomada pelas mãos da empresária Jauregui.

— Pode contar pra mim... — sutilmente seus lábios foram caminhando em direção à região que estava à mostra. Era uma das partes favoritas do corpo feminino para Lauren: o pescoço. Por sua vez, uma das mais sensíveis de Camila. — Você gosta disso? — seus lábios colados na pele bronzeada, onde ainda não a mordia ou beijava, apenas os escorava ali. 

O gesto fazia a cubana conseguir sentir a respiração quente contra o seu corpo. Cada segundo que Michelle ficava ali, naquela posição e em silêncio, mais forte o seu coração pulsava  e mais rápido suas pernas bambeavam. Por sorte, ela estava sendo muito bem segurada pela moça a sua frente. Com muita gana e vontade.

— Estou falando com você, me responda sempre que eu fazê-lo. — parou o que estava fazendo para novamente encará-la olho a olho. Por ainda segurar sua cintura com as duas mãos, pôde sentir o arrepio que os pelos de Camila transmitiram após a troca de olhares. Lauren sorriu com tamanha sensibilidade, pois adorava isso. Adorava perceber que tinha poder sobre aquela pessoa que havia escolhido para a noite — Quer um lugar mais reservado, baby? — uma de suas mãos agora tomando posse do rosto de Camila, até a sua nuca, onde ainda a mirava nos olhos, desfrutando do ceder de seu orgulho a cada palavra. — Posso arranjar para nós... — os lábios de Camila entreabertos, um pouco dopada, mas não que estivesse bêbada, o motivo de seu transe era a íris verde-escura dos olhos de Lauren Jauregui e a maneira persuasiva que soava aquele maldito tom rouco na voz.

— Eu-

"Olá? Atenção?! — de repente, o som parou de tocar e as luzes da boate se acenderam — Só um instante pessoal, é que tem um grupinho aqui procurando uma moça. — Lauren e Camila ainda trocavam olhares, coladas — Karla Camila, por favor, apareça no portão de saída. Seu marido e amigos estão te esperando". — anunciou o DJ.

Lauren imediatamente cravou as unhas curtas ainda mais no traseiro da mulher, fazendo-a fechar os olhos, suspirar e ao mesmo tempo morder com força seu lábio inferior para não soltar um gemido quando sentiu o aperto e o contato da outra cintura contra seu corpo.

— Fica comigo. — rosnou pertinho de seu lóbulo. As luzes novamente foram apagadas — Prometo que sua noite vai ser bem melhor aqui comigo do que com ele lá — a boca de Lauren invadindo o seu pescoço, beijando-na, chupando-na e neste exato momento mordendo-na para fazê-la continuar ali.

Uma sensação muito distante do que estava acostumada começou a tomar conta do corpo de Camila. Uma sensação tão forte que além de se arrepiar, sentia sua intimidade se apertar contra o nada — tão intensa, mais tão intensa, que a região chegava a doer hora ou outra à medida que era devorada pelas mãos e boca de Lauren Jauregui.

— Díos.. Lauren... — arqueou a cabeça para trás, revirando os olhos — E-eu preci-

— Posso te fazer se sentir a mulher mais desejada nesta noite, Camila. — sugou o lóbulo da pequena que novamente gemeu audível com o gesto — Posso te fazer se sentir mulher se ficar comigo... — sussurrou, ao que sua mão esquerda subia para apertar desesperadamente os seios por cima do vestido da cubana. — Você não vai se arrepender, eu prometo — deixou outro beijo em seu pescoço, ao que continuava estimulando-a em todos os pontos possíveis que poderia tatear.

"Seu marido está te chamando, Karla Camila" — o DJ novamente orientou.

— E-eu preciso i-ir — por fim, se desvencilhou dos braços quentes e aconchegantes da mulher das esmeraldas verdes. Camila arfava. Seu peito estava subindo e descendo ao que sua boceta se contraía sozinha, implorando para que fosse tocada, especificamente por Lauren. — D-desculpe-me... — sua boca entreaberta, seu cabelo levemente desgrenhado após os amassos.

Lauren suspirou, mas não se deu por vencida. Acenou com a cabeça, também respirando pesado, pois, havia feito de tudo em menos de um minuto para convencê-la do contrário.

— Estás cometiendo un gran error, Camila — soltou num murmuro, assim que Karla se virou de costas para pegar sua bolsinha. Por não haver som, a latina escutou-o de bom agrado.

— El error sería traicionar mi relación siendo infiel. — não entendia o motivo de estarem usando o seu idioma nativo na comunicação, mas chegou a conclusão que o tom rouco poderia cair ainda mais sexy aos seus ouvidos com aquele forte sotaque. — Obrigada pela noite e pelas doses, Lauren.

— Não há o que agradecer. Você está a perder o principal se sair agora. — Michelle abriu um daqueles sorrisos arrogantes ao final da frase conforme observava a indecisão de Camila entre ir ou ficar.

Seu semblante tranquilo deixava claro que quem estaria perdendo ao sair daquela forma seria somente uma pessoa. E com toda certeza não seria ela. Porque Lauren Jauregui nunca perdia.

Totalmente desajeitada com as provocações da outra, Camila deixou o lugar arrumando o vestido sem olhar para trás e com um peso na consciência. Assim que feito, se encaminhou para a porta de saída até dar de cara com a sua melhor amiga, Dinah, que também estava lhe procurando extremamente preocupada.

— O-Oi, Chee! — o sorriso mais amarelo que uma das doses de abacaxi que tomou.

— Meu Deus, o que é isso?! — se assustou ao ver o estado da garota — Senhor! Vem aqui agora! — arrastou-na para o banheiro, onde Camila foi obrigada a seguí-la— Meu Deus, aonde você se enfiou e quem fez isso em você?!!! — faltou se descabelar ao ver as marcas no pescoço da latina.

— Fez o quê? — sorriu, rindo do apavoramento da amiga, e um pouco área devido à excitação.

— Seu pescoço está todo sujo de batom! Tem uma marca enorme nele também! — Dinah deu com a mão na testa — Camila do céu! O Shawn não pode te ver assim!! — pegou o celular — Vou ligar pra Mani, assim ela pode avisar o Shawn que você vai dormir lá em casa, porque está bêbada e pode estragar tudo!

— O Shawn quem sempre estraga tudo! O problema foi sempre ele, e não eu, Chee! — retrucou risonha. Aliás, era a primeira vez que conseguia expressar isso em voz alta sem se culpar.

— Certo, Chan, mas é melhor você não ir assim pra casa. — Dinah mirava Camila com um certo tom de preocupação. Após quase duas semanas, era a primeira vez que ela a via sorrir tranquilamente igual agora. — Você consegue sair pela porta dos fundos comigo?

— Estou ótima, Dinah — Camila não conseguia parar de sorrir. Na verdade, a sensação de estar pagando com a mesma moeda era fodidamente excitante para ela. — Estou sóbria e ótima! — totalmente sóbria não estava, mas "ótima" e excitada...

Dinah pegou o telefone às pressas quando terminou de limpar o pescoço de Camila com papel higiênico e água, onde discou para a esposa e avisou do ocorrido. A latina, no mesmo instante, saiu do banheiro sem as ordens de Jane, rapidamente mirando o cantinho escuro das bebidas. Infelizmente a magnata não estava mais por lá e agora já não tinha tempo para voltar atrás e aceitar sua proposta indiscreta e tentadora.

— Vamos — Dinah chegou segurando a mão da menor que parecia meio atenta em procurar certas pessoas — Ela vai passar e pegar nós duas lá atrás. O Shawn tá querendo te ver, então precisamos ser rápidas.

— Foda-se ele — Dinah a olhou por cima dos ombros, surpresa — O que é?

— Nada...? — a garçonete queria rir, pois sabia que talvez estivesse ouvindo tudo aquilo por conta da bebida. Camila não era capaz de insultá-lo assim. Disso ela tinha certeza. — Vamos, passe para lá... — abriu a porta para a cubana, que caminhava sem tropeçar mesmo que andando de salto. — Tá escuro, consegue enxergar o chão? — antes um roxo no pescoço devido ao chupão do que um por um tropeço na calçada.

— Sim, Chee. — ainda de mãos dadas, Camila e Dinah se mantinham numa rua desolada e fria. — Só estou com frio. — Dinah envolveu a jaqueta que trouxe de couro preta, ao passo que se mantinha em sua cintura, para cobrir a outra mulher — Obrigada.

Dinah ficou parada junto a Camila esperando por Normani. Sua língua estava coçando dentro da boca a cada segundo que se passava. Ela olhava para Camila. Camila a olhava de volta, em silêncio. Então Dinah olhava para frente mais uma vez. Repetiu o gesto umas três vezes até ver que a lerda da melhor amiga bêbada não entenderia o que ela queria ouvir se antes não perguntasse.

— Tá! Quem fez isso em você?! — soltou os braços para pôr as duas mãos na cintura. — E cadê a sua aliança?! — Camila arregalou os olhos com a bravura repentina da mulher — Escondeu a aliança para um pervertido te chupar, sua safadinha? — agora cutucou-a com o cotovelo duas vezes, arqueando as sobrancelhas em gesto brincalhão.

— Eu joguei. — respondeu mirando a colega.

— Ah sim... que bom então. — Dinah abaixou a cabeça sorrindo divertida das trapalhadas de sua melhor amiga — Espera... — novamente arregalou os olhos, boquiaberta, ao se dar contar do que realmente escutou — VOCÊ O QUÊ?

— Joguei ela na pista e perdi. Não preciso mais dela. — disse como se fosse a coisa mais normal do mundo: jogar fora uma aliança de nove mil dólares. — Por quê? — o queixo de Dinah estava mais no chão que a própria calçada. — O que foi, Chee? Por que está me olhando com essa cara?

— Você perdeu a a-aliança?

— Eu joguei ela.

— Você perdeu ela!

— Joguei!

— VOCÊ PERDEU A PORRA DA  SUA ALIANÇA DE CASAMENTO! — quase se descabelou.

— Eu disse que joguei! Joguei por gesto voluntário!

— E como quer voltar para a sua casa desse jeito, madame?!! — estava quase puxando Camila para voltarem e mais uma vez pararem o som. — Precisamos encontrá-la ago-

— Eu não quero mais voltar, Chee. — Camila quem a segurou pela mão agora — Não quero mais ter que olhar para o Shawn e sentir tudo que eu estava sentindo.

— Shhhh — Dinah colocou o dedo indicador sobre os lábios da  latina — Você está bêbada. Tá tudo bem... — Camila franziu o cenho — Deixa a Normani chegar. Vai eu e ela procurar a sua aliança, tá bom? Não precisa se preocupar. Você pode descansar no carro.

— Mas, Chee-

— Lembra em qual parte jogou? — indagou preocupada. Dinah tinha receios de no dia seguinte ter que aguentar outro surto de Camila, arrependida.

— Não. — Dinah novamente passando a mão entre os cabelos, pedindo paciência aos céus enquanto respirava fundo para não dar na cara de gente que não estava na sobriedade.

— Do que se lembra então, hm?! — cruzou os braços, nervosa. — Pode me falar alguma coisa que não seja essa cara de paisagem? — Camila molhou o lábio inferior — Quem fez isso em você, Chan?

— A Lauren.

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E COMO ESTAMOS????????? Gente, o próximo cap tá tão, mais tão... QUENTE E VERGONHOSO! Tá o famoso: "ISSO É POR CONTA DA BEBIDA, TÁ? E NÃO QUE EU QUEIRA DE FATO!"

VOCÊS VÃO AMAR!!!!!!!! Kkkkkkkkkkk

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