A Amante do Meu Marido (Concl...

By OlivinhaRodrigo

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+18 (hot fanfic) Camila Cabello vai atrás da suposta amante de seu marido para tirar satisfações. O que não... More

Apresentação das Personagens
01 • Treason
02 • Overcoming
03 • You again?
04 • (L) The Biggest Mistake
05 • Camila Mendes
06 • Jaguar's Agency
07 • You're Welcome
09 • (F) Sweetest
10 • Bets and Surprises
11 • (F) Without commitment
12 • The pression
13 • Good and Hot Blackmail
14 • (L) All Night
15 • (C) She Loves Control
16 • Revenge
17 • Lauren's back
18 • Charlotte
19 • (L) Take a Shower
20 • Hackers
21 • Loyalty
22 • Meeting
23 • Karla Camila
24 • Miami Beach
25 • (F) This Love
26 • Discovery
27 • Precipitation
28 • Playing dirty
29 • (L) Lustful desire
30 • November 25th
31 • If there's love...
32 • Fifteen minutes
33 • (L) Tokyo
34 • Gift
35 • (C) Leash
36 • Christmas Night
37 • Alexa Ferrer
38 • Back to Black
39 • (L) Solutions
40 • Last Piece
41 • (L) Table
42 • The Judgment
43 • Santa Maria, Cuba
44 • Michael's Promise
45 • (F) My Husband's Lover
(L) ESPECIAL 1 MILHÃO DE VIEWS

08 • From Home

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By OlivinhaRodrigo

Necessito começar com as cenas quentes da fic 🤝🏻 ceninha de elevador para puxar o gatilho = combinação perfeita!

Boa leitura, amores. Por favor, não se esqueçam de deixar aquela sequência maravilhosa de comentários nas partes que gostarem e o voto (QUE É IMPORTANTÍSSIMO)!!!! Só assim para eu entender aonde posso melhorar ou reprisar certas cenas nos próx. eps!!! s2

Ah!!!! E obrigada pelos 4k de views! Vocês são demais ❤️

○•○•○

Os dois primeiros dias de Camila na empresa foram sossegados após a sua contratação "conturbada". A princípio, não estava tendo contato com Lauren e Alexa Ferrer, a líder principal dos set's, uma vez que era acompanhada unicamente por Keana Marie, uma bela e jovem profissional em treinamentos de novas modelos; e Becky, fotógrafa principal da agência.

— Você está ficando ótima nisso — Becky elogia, capturando suas últimas fotos. Era o terceiro dia consecutivo de Camila na empresa, em uma jornada de trabalho de oito horas de segunda a sexta. — Até agora foi a primeira a se adaptar tão rápido nos set's. Você já foi modelo?

— Não. — já eram cinco horas da tarde, mais uma vez exausta e faminta, Camila respondia-na com objetividade. Ademais, estava cansada, sua rotina de alimentação e autocuidado haviam se especificado drasticamente de acordo com os requisitos de Alexa. 

Ela tinha um peso padrão, não poderia ultrapassar ou diminuir esse. A alimentação de uma modelo deveria ser bem balanceada, ou seja,  Camila não poderia exceder, seja em verduras, legumes, de comidas oleosas ou até mesmo álcool. O ideal era manter tudo isso equilibrado e não se privar de nenhum tipo de alimento.

— Acho que por hoje já deu. — Becky ajustando a câmera e visualizando quais das 700 fotos iriam ser selecionadas para a revisão de Lauren e Alexa.

Ao fundo, a treinadora Keana desligou algumas luzes, caminhando em direção da latina.

— Posso tirar as roupas? — Camila indagou e a outra mulher balançou que sim com a cabeça. Keana era uma pessoa de poucas palavras, gostava de ficar no seu cantinho e de fazer somente aquilo que era de sua função, sem se expor muito. Não era improdutiva, era tímida, o que é muito diferente. — Certo. É naquela mesma cabine? — apontou para a sala 2.

— Isso. Deixe as roupas ali que eu as dobro e guardo logo em seguida. — dizia baixinho, seus ouvintes precisavam se esforçar em dobro para ouví-la.

— Certo, Srta. Marie. — Karla respondeu-na, se encaminhando a extensão. Antes, cumprimentou Becky, pois tinha aprendido que a mulher se retirava com câmera e tudo da empresa assim que terminava a sessão. 

No finalzinho da tarde, eram poucas pessoas que ficavam na agência, especialmente ao que se diz respeito o pessoal do departamento financeiro e administrativo. 

Camila trancou a porta, pegando seu celular que deixava em cima da prateleira do set. O vestido de estampa florido com mangas caídas que vestia, de uma das melhores estilistas cubana do mundo, era belo demais para não ser mostrado a Dinah e Allysson. 

Fofocas, desabafos e choro 

Camila: GENTE, OLHEM ESSE VESTIDO QUE TUDO! - 17:45 p.m.

Camila enviou uma foto*

Além disso, também começou a se trocar, colocando suas roupas casuais, calça e sapato social, acompanhada de uma blusinha de gola também com aspectos elegantes. Seu cabelo em coque, deixando apenas algumas mechinhas de fora. A maquiagem era a mesma do set, até porque estava com fome e com sono, precisava chegar logo em casa para fazer a janta e descansar.

Fofocas, desabafos e choro 

 Ally: Ainda mais lindo que o de ontem!! Amei! — 17:50 p.m.

Ally: Esse eu gostaria de ter para mim.

Dinah: Você fica com eles?! — 17:52 p.m.

Dinah: PQP, PERFEITO!

Camila: Não fico não, @Chee

Camila: Mas são lindos... 

Camila: Hoje eu provei uns trinta modelitos, eu acho.

Ally: Para quem não tinha paciência nos provadores, Mila, você está se superando.

Dinah: Por 20 mil também, né? 

Dinah: Se ela não superasse, eu fazia ela superar na marra.

Camila fechou a barra de mensagens, onde negou com a cabeça aos risos, deixando as outras duas continuarem o assunto no grupo. Já, já Normani se integraria a pauta. 

Como uma boa funcionária, dobrou as roupas por Keana, colocando alguns acessórios de ouro nos saquinhos deixados pela mesma. Ela não aceitava tratamentos diferenciados como as antigas modelos exigiam, pois não se sentia superior e nem inferior as demais colegas de trabalho. Isso arrancou elogios indiretos por parte da coordenação.

— Droga... — murmurou ao ver que tinha perdido um dos brincos que Keana lhe cedera. Brincos caríssimos que custavam três vezes o seu salário. — Droga, droga...

Saiu rapidamente da cabine, se deparando com Keana que tratava de organizar o estúdio para segunda-feira.  A mulher olhou assustada para Camila, que abriu um sorriso amarelo sem ter coragem de dizer o que estava acontecendo.

— Algum problema, Camila? — chamava-a pelo nome, diferente de Camila, que preferia usar "senhora" ou "senhorita" para qualquer e toda ocasião.

Especialmente para nunca mais ser necessário ser chamada a atenção disso por certas pessoas.  

— Desculpe, eu não entendi... — seja pelo motivo de Keana falar baixo, seja pela preocupação do bem perdido, Camila estava revirando o set de cima  a baixo. 

— Me parece preocupada. Está tudo bem?

— Sim, Srta. Marie. — parou o que estava fazendo para olhá-la nos olhos e respirar fundo. — Não, Srta. Marie, eu estou com um problema muito sério. — suspirou quase que chorando. 

— Eu posso ajudar em algo? — se aproximou com expressão preocupada. — É com relação ao pessoal daqui?

— Não, não.. — balançou a cabeça, vendo logo em seguida que o zíper de sua calça estava aberto. Prontamente o fechou de costas para Keana, constrangida. — É que...

— Boa noite, meninas. — de repente, aquele timbre rouco que não era escutado por exatos três dias se fez presente, abrindo a porta e cortando Camila. 

Ela e Alexa haviam voltado da conferência em New York com o empresário cubano para assinar o contrato. 

— Boa noite, Sra. Jauregui — a voz de Keana elevou um tom para cumprimentar a superior. 

Enquanto isso, Camila sentia uma queimação na garganta, estava completamente desarrumada e ainda por cima sem um dos itens valiosos da mulher dos olhos verdes. 

— Boa noite, Sra. Jauregui — após o delay de sete segundos, Karla conseguiu proferir alguma coisa, ainda que tremendo. 

— Estarei na minha sala ajeitando alguns relatórios. — olhava fixamente para os olhos castanhos de Camila — Keana, se precisar de mim, basta subir e bater na porta. Como é sexta-feira, as demais funcionárias saíram mais cedo, com exceção das seguranças Jefferson e Wolpi e a Ariana que está me ajudando na organização. Vão ficar por muito tempo aí? — a sala era pequena, onde mais um vez a fragrância forte de Jauregui tomou o ambiente. 

— Já estamos de saída, senhora. — A treinadora olhou para Camila que nitidamente expressava que estava com um problemão nas costas. — Vou só resolver umas coisas com Camila em relação a postura e poses no estúdio.

— Correto, bom trabalho a vocês duas. — sem muita expresividade, e ainda mirando apenas a cubana, Lauren se retirou do set. 

Por mais que o blazer cinza jogado em seus ombros e a maleta de negócios que carregava lhe passasse uma vibe prepotente, a empresária estava exausta, sua cabeça estava a ponto de explodir com tanta dor. Negociar em quatro idiomas em três sucessivos dias não era para qualquer um. Nem mesmo para a grandiosa magnata. 

— O que aconteceu?! — seus olhos arregalados e, pela primeira vez, indagou alto.

— O brinco de marca... — o queixo de Keana parando no chão — E-ele caiu e eu não s-sei aonde está, Srta. Marie — mais um pouquinho e já estaria quase fungando — ¡Dios mío, estoy tan apagada! ¡¿Cómo pierdo un pendiente tan caro?! — bateu com a mão na testa várias vezes, enquanto Keana revirava o estúdio, desesperada e sem entender nada do que a outra balbuciava furiosa.

Após se reestabelecer emocionalmente, Camila e Keana ficaram por mais duas horas procurando o pingente. Entretanto, não o acharam. A treinadora se prontificou de na segunda-feira vir mais cedo, antes das mulheres da limpeza, para novamente tentar encontrá-lo. Chateada, Camila confirmou a proposta e decidiu ficar por mais uma hora e alguns minutos no estúdio. Ela chorava, xingava, rezava e fazia promessas — tudo de uma só vez em prol do brinco —, mas no final das contas, acabou deixando o set de mãos vazias e com o coração apertado. O equívoco poderia resultar em seu desligamento ou na redução de seu salário mensal, tudo o que ela menos precisava agora que Lauren e Alexa estavam de volta. 

O grupo "Fofocas, desabafos e choro" estava bombando. Camila decidiu repassar as boas novas para as colegas enquanto chorava, que se preocuparam e se desesperaram tanto quanto a própria latina. Ela já imaginava alguém, na semana seguinte, lhe dizendo que, por ser uma profissional desorganizada e incompetente, estaria sendo demitida ou penalizada por isso, ao passo de reinstituir o valor do pingente. 

Caminhou cabisbaixa, limpando as lágrimas até parar em frente ao elevador. Apertou o botão, desejando descer para chegar em casa o mais rápido possível: não mais pela fome ou cansaço, mas pela ansiedade que estava lhe consumindo.

Karla sentiu o celular vibrar na cintura, logo, pegou-o, esperançosa. Tratava-se de Shawn avisando que não tinha horário para chegar em casa, dado que ignorou por completo a mensagem que ela tinha mandado hoje de manhã.

— Boa noite, é o térreo? — os pés de Camila cravaram tão quanto o de uma ginasta olímpica no chão. Ela arregalou os olhos, mirando a empresária que estava a sua frente, antes de assentir a  pergunta. — Por pouco não ficou presa aqui. Achei que tinha saído com a Keana. Sorte a sua que tive que fazer uma reunião antes.

Suas mãos tremendo, seu peito subindo e descendo e outras coisas quando viu-a segurar a porta automática, como se não fosse sair se a latina não entrasse ali.

Logo, Camila adentrou, mais uma vez tremendo por causa do ocorrido, mas entrou. Olhava para os lados, para baixo, para o corrimão, para os números dos andares, menos para Lauren, tudo menos para aquela mulher. Até que:

— Tenho algo para você — a voz rouca tomou o ambiente, puxando assunto, conforme Camila engolia em seco. Jauregui pôs a mão esquerda livre no bolso de seu blazer cinza, tirando dali com muita lentidão um pingente de ouro, ou melhor dizendo, o maldito brinco perdido. Karla ficou amarela, pálida, vermelha, roxa, todas as tonalidades, menos o seu bronze natural depois de vê-lo nas mãos da mulher. — Becky entregou-me antes de ir, viu caído no corredor. Já perguntei para as meninas que estavam comigo, mas ou é seu ou é da Keana. — analisou-a minuciosa — Deve ser da Keana. Você está sem brinco.

— É m-meu — uma mistura de alívio e aflição percorrendo suas veias. — Tirei-o p-porque tinha perdido, mas é meu s-sim.— mais uma vez engoliu em seco, segurando o celular em tela aberta, nervosa.

— Certo — estendeu-o para Camila, que ficou alguns segundos pensando se deveria ou não pegar o brinco avaliado em 60 mil dólares da mão de Lauren, pois tinha medo de tocá-la e tornar a sentir aquelas sensações confusas e esquisitas que lhe tomaram no dia de sua entrevista e no sábado do clube. — Eu não mordo, pode pegar. — abriu um sorriso de canto, acompanhado da vergonha de Karla, que pegou o objeto tentando transparecer normalidade. — Está gostando do cargo, Camila?

— Hunrum.

— Qual a parte que mais está gostando? — as portas do elevador se fecharam assim que a magnata apertou o botão térreo. 

— Isso é uma avaliação, Sra. Jauregui? — franziu o cenho com audácia. 

— De maneira alguma. — interveio. — Mas se não quiser comentar...

— Estou gostando de tudo, da minha equipe, da sessão, do ambiente... Não tenho o que reclamar de nada. — apresentava um pouco de intolerância na voz decorrido ao seu nervosismo.

Por que diabos o perfume de Lauren ainda continuava forte e por que o elevador estava demorando tanto para chegar ao andar? Ela pensava.

— Ótimo. Fico feliz de que esteja se adaptando, Camila. — Lauren discretamente tornou a mirar a cubana, desta vez revezando entre olhos e boca. — Tem um cílio...— deixou o espaço "seguro" que se mantinha para se aproximar de Karla com dois passos. — Espera, não se mexe. Está quase entrando nos seus olhos. — colocou a maleta de negócios no chão, elevando a mão esquerda até a pálpebra inferior dela para retirar o cílio inexistente.

Camila respirou fundo, fechando os olhos, uma vez que não entendia o porquê de seu corpo estar reagindo com uma simples gentileza. Os dedos delicados acariciando a sua pele. Seus rostos próximos. Bem próximos. Agora os olhos castanhos mais uma vez abertos, nesse curto período de tempo já estavam sendo direcionados aos lábios da magnata.

Camila mordiscava inquieta o lábio inferior enquanto Lauren se mantinha concentrada em retirar o "cílio" e limpar com a manga do blazer alguns resíduos de maquiagem que borraram após seu choro.

— Caramba, heim... — Karla resmunga, observando a demora tanto do elevador, quanto a da mulher a frente. — Está difícil aí? — Lauren abre outro daqueles sorrisos, se possível, ajuntando ainda mais os rosto. — Quer ajud-

— Você estava chorando, Srta. Cabello? — então Lauren estreitou as sobrancelhas, quebrando a inquietação da outra com sua voz rouca e séria. — Me parece triste ou preocupada, quer conversar?

Por fim, cumpriu o objetivo de tirar o cílio, ao que a respiração de Camila ficava cada vez mais descompassada.

— Ôh... Desculpe. — A magnata percebeu o estado dela, e antes que pudesse se afastar, fora segurada por Camila.

Por algum motivo muito estranho ela teve essa vontade de segurá-la de volta.

— Não, está tudo bem — respondeu em seguida. Os olhos verdes estavam tão clarinhos. A partir disso, Camila chegou a conclusão que com ou sem maquiagem, a outra mulher continuava linda. — O-obrigada, Laur... — proferiu com um fio de voz no exato momento que aquela sensação diferente a tomou. Era como se conseguisse novamente sentir os beijos e chupões no pescoço. O jeito que se sentiu quando estava com Lauren. Estava acontecendo de novo e aos pouquinhos Camila estava cedendo. 

Por sua vez, Lauren ainda não tinha entendido o porquê de ser novamente agarrada. Tinha medo de se precipitar e receber outra contestação. E por mais que a cativasse em demasia, tinha a ciência de que precisava de Camila 100% para o projeto. De maneira alguma ela poderia se sentir intimidada ou assediada, que se fosse rolar algo, que fosse com o consentimento de ambas.

As portas se abriram, Camila a soltou como quem estivesse frustada por tê-lo feito e Michelle não ter aproveitado os cinco segundos restantes do elevador — sentia que fora a última chance de retomar aquilo que foi interrompido na balada. 

Deixou o pequeno espaço, até mesmo se esbarrando na mulher. A reação frustante da cubana fora o suficiente para Lauren se dar conta da situação, indo imediatamente atrás dela.

— Camila! — caminhava com pressa, onde deixou sua maleta dentro do elevador.

— Boa noite, Sra. Jauregui.. — colocou as mãos no bolso da calça e novamente viu que tinha perdido o pingente. 

Sentiu outra pontada no coração — mais forte que a primeira. Sua visão ficando turva por instantes. Em seguida, virou-se para trás, onde enxergou o ouro reluzente. Camila não pensou duas vezes antes de passar pela empresária e entrar novamente no elevador. Previamente que o faz, deixou também seu celular cair desbloqueado no piso, mas ela sequer se importou, pois o preço do celular era avaliado em mil e quinhentos dólares, já o pingente... 

Mais uma vez tensa por tudo que havia passado durante o dia, teve muita, mais muita dificuldade em pegar o pequeno brinco — tempo mais que suficiente para as portas da máquina se fecharem e ela ficar presa lá dentro, visto que a máquina era automatizada a ir para o último andar assim que encerrado o expediente.

Lauren parou desconfiada no andar térreo, viu o celular de Camila jogado no chão e voltou para segurá-lo. Por algum motivo se arrepiou assim que olhou-o. Ele estava desbloqueado e logado justamente na conversa de Shawn Mendes.

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Naquele momento, Jauregui julgava ser uma mulher de ética e respeito. Jamais invadiria a privacidade de suas funcionárias. Jamais. Bastava desligá-lo que tudo estaria certo. Mas Lauren optou por olhar o celular, depois para o elevador. Rolou a barra de mensagens para cima por conta da curiosidade, viu o conteúdo e logo após se certificou de que a latina não estava chegando em seu andar. Mirou por longos e mais longos segundos a conversa e notou algo de diferente ali. Algo que não deveria ter visto em qualquer das hipóteses. 

Okay. Privacidade. Pensou, mas seus dedos já não conseguiam desligar o aparelho. Entretanto, foram capazes de escorregar a tela e apertar em um vídeo específico, ou melhor dizendo, O vídeo.

O espetáculo dera início e logo de cara tinha pernas e abdômen definido a mostras tão quanto aquele conjunto preto de renda deliciosamente pequeno que fez a magnata perder o foco e alguns sentidos essenciais, engolindo em seco e até mesmo se desequilibrando. Aquele corpo era simplesmente perfeito.

Não sendo o bastante, Camila ainda deu algumas voltinhas e cedeu a bela visão de seu traseiro redondinho, enorme e apetitoso. Ela sorria, sorria extremamente pervesa. Em seguida, ameaçou tirar o sutiã que vestia através de uma brincadeira lenta e luxuriosa, umedecendo o próprio lábio inferior e com um jogo de olhares que fizera Michelle se questionar diversas vezes de onde que tinha saído aquela latina. Ela tinha todas as características do seu inferno. Curvas, sorriso, olhar. Exatamente tudo.

Sem mais, a mulher mais velha saiu da conversa, desesperada, dado que estava em um ambiente espaçoso e seu corpo já estava esquentando como quem estivesse exprimida num sótão da Etiópia. 

Era o maldito efeito de Camila Cabello que novamente estava lhe tomando.

— Se você não aproveita, carinha... — alguns segundos após recuperar a sanidade, Lauren retomou o que fazia, agora olhando para a foto de Shawn, indignada que o homem  visualizou o vídeo e não elogiou Karla Camila, a sua modelo. — Tem quem aproveite... — negou com a cabeça, sorrindo.

Bloqueou o celular, antes mandando uma mensagem para Shawn, sem justificar o motivo, sinalizando que também não teria horário correto para voltar a casa e guardando o aparelho no bolso da calça logo em seguida. 

Assim que pronto, colocou as duas mãos no blazer, esperando atenta as portas do elevador se abrirem. 

Seus pensamentos fixaram a imagem da mulher latina implorando por cortejo, seminua, prestes a se despir sem pressa ao marido. Para Lauren, era uma ofensa vê-la tão necessitada e sem respostas. Uma mulher como Karla não deveria ousar em um dia clamar para receber prazer. Ela somente o merecia. Ponto. Com isso em mente, agora tinha para si que precisava reverter a situação e que Camila já tinha dado bandeira verde para isso. 

— Você tinha esquecido a sua maleta. Por pouco não ficou sem ela! — estendeu-a, com o brinco guardado no bolsinho de sua blusa. Camila estreitou as sobrancelhas no mesmo instante que avistou o sorriso malandro de Lauren estampado no rosto. Ela sabia muito bem o que aquilo significava. — Okay, aonde colocou o meu celular? — voltou com a postura mal-humorada, enrijecendo a mandíbula, sem paciência.

— Está no meu bolso. — a voz um pouco rouca, pois adorava o jeito mandão da outra e agora analisando o seu corpo de cima a baixo, via o quanto que aquela quantidade de roupas ocultava as deliciosas medidas do corpo latino. — Na volta eu te devolvo ele. — diz como se já estivesse tudo certo e as duas já tivessem entrado num consenso. — Vamos?— por sua vez, estendeu a mão esquerda.

— Perdoe-me, na volta você o quê? — colocou a maleta no chão, sem acreditar. — Sra Jauregui, me dá o meu celular! Eu não tenho tempo para brincadeirinhas! — caminhou no sentido da mesma. — O meu ônibus passa de 15 em 15 minutos e eu preciso ir agora! — Lauren ainda com a mão estendida, em silêncio, fitando-lhe. — Só me dá o meu celular, por favor... — arfou.

— Estou te chamando para sair comigo. — Camila sentiu um aperto no peito assim que arregalou os olhos. Ela também não tinha treinado este diálogo fictício. — Você aceita, Srta. Cabello? — não esboçava muita malícia quando convidou, o que deixou a latina com um ponto bem grande de interrogação na cabeça. — Eu posso te levar em casa caso não queira também.

— Está me chamando para um encontro? — aumentou três vezes o tom quando contestou.

— Para sair. E sim, um jantar. Um jantar amigável. Tenho certeza de que também está faminta — seu braço já estava ficando com câimbra de tanto estender a mão. — O que me diz?

— Qual é o porquê disso agora? — segurou o antebraço de Lauren, pedindo em gesto para que ela abaixasse a mão. — De repente um convite? Simples assim?

— Convenhamos que não seja tão "de repente" assim...  — soltou em resposta, fazendo referencia ao sábado anterior, visto que analisava as lindas feições confusas de Camila. — Mas isso é apenas um jan-

— Eu não vou transar com você! Me dá o meu celular, Lauren! Agora! — olhou desesperada para os lados, finalmente se dando conta de que estavam completamente sozinhas naquele enorme prédio.

Lauren não entendia a razão da bipolaridade, mas entendia o porquê de sua resistência. 

— Nem a carona? — arriscou.

— O meu celular, por gentileza. — mas a outra já parecia estar determinada — Me devolve ele.

A magnata enfiou a mão no bolso, resgatando o celular. Mostrou-o para Camila, sem sorrisos, e quando a própria pensou em puxá-lo, Lauren agarrou-o mais firme. Travaram uma disputa visual e contatual entre o objeto. 

— Você vai  repetir aquele mesmo erro, Karla? — proferiu com um tom explícito de indignação. 

— Erro? — usou a mesma tonalidade — Sra. Jauregui, meu marido está me esperando em cas-

— Não, ele não está. — cortou-a rapidamente — Você sabe que não está. Ele é apenas um idiota que não valoriza a mulher que tem. — finalmente afrouxou a pegada, devolvendo o aparelho. Após isso, não precisou de muito para a latina entender que Lauren havia lido as mensagens. — Vou refazer a minha pergunta, Camila, e prometo que será a última vez que tento isso a partir da sua resposta. 

Agora com o celular e o coração em mãos, Karla tentou não demonstrar que estava se sentindo intimidada.

 — Você aceita sair para fazer-me companhia num jantar ou uma carona até a sua casa?

— Eu não vou ser uma dessas acompanhantes baratas suas... — cruzou os braços, tentando se fazer de difícil. — Agradeço a proposta. — diz, e ao mesmo tempo implora em pensamentos para Lauren não deixar o assunto morrer por ali.

 — Citei companhia e não acompanhante. — aquela mesma frase ríspida tirou o chão dos pés de Karla por alguns segundos. Agora era seu cérebro que dava tela azul e reprisava com precisão os amassos de sábado. — Tudo bem. Isso foi um não para as duas propostas. Eu entendi. — acenou com a cabeça, dando atenção a sua maleta que estava abandonada no meio do piso. — Então... uma boa noite, Srta C-

— Espera! — segurou-a pelo braço precipitadamente — ... isso não foi um não... 

— E o que seria então? — pela primeira vez na noite sentiu que estava fazendo algo certo. Nunca pensou que ser segurada de volta por um mulher como Camila pudesse atiçar ainda mais os seus instintos. 

Dessa forma, não se conteve de umedecer o lábio inferior mirando apenas os dedos da mulher por cima de seu blazer. 

— Eu não s-sei... — quando soltou-a, fora a vez da magnata de tomar a posse, agarrando-na pela cintura com uma mão e fazendo-nas quase que selar as bocas devido a proximidade dos corpos.

— Você quer jantar comigo? — sussurrou baixinho, com voz mansa e carinhosa. Camila abaixou a cabeça, sentindo algo diferente tomar o interior de seu corpo. Especificamente em seu estômago. Estaria ela sentindo... Um frio na barriga? — Então quer uma carona até a sua casa? — a outra mulher não lhe encarou, portanto, a empresária decidiu por conta própria segurar com sutileza o queixo da modelo ao invés de sua cintura.

Quando o fez, Camila involuntariamente suspira como quem estivesse sem saber o próprio nome. Primeiro, porque teve que encarar a fundo aqueles colossais e atraentes olhos verdes. Segundo, porque o perfume de Lauren já estava mais uma vez impedindo-na de definir o certo do errado.

 — O que temos a perder? Somos mulheres adultas e estamos sozinhas... — o polegar deslizando pela pele bronzeada assim como seus rostos, que se aproximavam. A ponta do nariz de Lauren, por exemplo, já estava acariciando a bochecha de Camila. — É sexta-feira, Karla, estou a sua disposição para o que quiser nesta noite. — a voz saiu tão rouca, mais tão rouca, que a cubana faltou amolecer nos braços daquela mulher. Ela era simplesmente hipnotizante. 

— Está? — sussurrou manhosa conforme seus olhos castanhos desciam até a boca de sua chefe. Seu ventre apertando mais forte do que de todas as outras vezes que teve contato com a magnata. 

Camila tinha consciência que Lauren estava longe de ter a cara de um tipo de pessoa que só levava sua companhia a um jantar e, depois, deixava-a em casa. Ademais, o sorriso safado que esboçava neste exato instante tirava todas as dúvidas de Camila sobre suas intenções. 

— Estou. — não se limitou a também refazer o gesto. Sua mão começara a deslizar para a nuca de Camila, que se arrepiou e grunhiu com o carinho. Ela era sensível e mais do que nunca precisava disso. As confusões de sensações só pioraram a Karla quando seus corpos ficaram semicolados. — Aonde quer ir? — mordiscou a ponta da língua quase que selando as bocas no meio do gesto. 

— Pode me levar para um lugar mais "reservado", Sra. Jauregui? 

— Claro... — Ela ficou surpresa com o flerte retribuído. Era a primeira vez que isto acontecia depois de tantas tentativas. —  Tem algum lugar específico em mente, hm?— ameaçou iniciar o beijo ali, visto que já não estava mais aguentando aquela fodida vontade de senti-la. 

Mas para seu azar, Camila virou o rosto, afim de deixar um selinho provocante no canto de sua boca.

E entre pouco e nada, Lauren começou a optar pelo pouco de uma hora para a outra.

A ponta da língua de Camila umedecendo o próprio lábio inferior assim que sentiu outro toque carinhoso em sua nuca após beijá-la tão perto do lugar que ansiava. Sentia que Lauren só fazia daquele jeito para instigá-la. 

— Te aviso dentro do carro. — Lauren acenou com a cabeça, dopada pelo gesto anterior da cubana. — Vamos? 

— Okay. — terminou por separar os rostos, colocando a franjinha lateral de Camila atrás da orelha para enxergar melhor seus olhos castanhos — Vai na frente, baby, meu carro está na esquina a direita da rua principal. Em uma viela. — caminhou até a maleta de negócios.

— Não quer ser vista saindo com uma funcionária, Sra. Jauregui? — provocou, onde Lauren não precisou olhá-la para saber que Camila sorria malandra para si.

— Você quer? — Jauregui arqueou uma sobrancelha, no mesmo tom. — Podemos sair abraçadas ou de mãos dadas feito um casal pela rua, Karla. — esnoba.

— Na primeira esquina a direita, certo? —  Camila não esperou nem dois segundos para respondê-la de volta. Em sua mente, já que havia aceitado e não teria mais como voltar atrás, manter o segredo e transparência seriam as melhores opções. A magnata, por sua vez, afirmou que sim a pergunta, sustentando aquele sorrisinho de canto nos lábios. — Ótimo. Não demore muito. — exigiu, agora se retirando do piso principal.

Lauren acompanhou sem discrição alguma os quadris de Camila passarem pela porta. Acompanhou, admirou e desejou. Concluiu que eles eram enormes e ficavam ainda mais destacados numa calça social de cintura alta. 

Dois minutos depois, trancou as portas principais, cumprimentou as duas seguranças que passavam a noite como vigias da agência e concedeu algumas fotos a paparazzis e pessoas que lhe esperavam do lado de fora. O motivo do carro ficar na esquina escura a direita do prédio não era um mero acaso — afinal, tudo era planejado por Lauren antes mesmo dela saber que iria acontecer.

Alguns minutos após conseguir despistar as pessoas amontoadas, Jauregui caminhou em direção de seu carro a partir de uma saída estratégica que felizmente não fora notada pelos demais. Antes, checou os bolsos do blazer e se lembrou do chiclete extra menta que havia comprado durante o voo para ajudar uma garotinha.

Boas ações geram bons resultados.

E o resultado dela estava bem a sua frente neste instante, comendo, despreocupada, um... Salgadinho?

— Estava com fome? — Camila  encostada na lataria do carro, tranquila— Larga isso daí, podemos jantar em algum lugar decente. — destravou o carro, já mascando o chiclete.

— Você demorou muito e eu precisava me alimentar.— abriu a porta. —  Quer? — Lauren fez o mesmo. Antes, lhe olhou com repulsa. Nunca que colocaria porcarias como aquilo na boca. — O que é? Você não gosta? É de churrasco...

— Isso é... Isopor com sal. — entrou dentro do carro, sugerindo que Camila fizesse o mesmo. — É nojento. — por Deus que estava quase vomitando no próprio automóvel com o cheiro enjoativo — Vira mais pra lá esse negócio fedorento e abre um pouco a janela pro ar sair, por favor — aproveitou para ligar o automóvel.

— Sim, Sra. Jauregui — fez continência, colocando o cinto de segurança à  medida que Lauren lhe fitava. Ela estava adorando ter uma conversa mais aberta com a modelo. — O que é agora?

— Pode me chamar de Lauren fora do expediente, okay? 

— Eu sei que posso. — abriu a janela — Oh! O que é isso?!! — ficou de olhos arregalados e boquiaberta quando olhou para trás e encontrou uma garrafa jogada no banco traseiro — Champanhe??!!!

— Você gosta? Quer um pouco...? — Camila assentiu — Alexa quem comprou e acabou deixando aí. Pode tomar, já está aberto.

— Ela estava por aqui? — fez uma cara nada amigável para a empresária que negou com a cabeça várias e várias vezes.

Por algum motivo, a voz séria com sotaque afiado lhe deixava nervosa e ao mesmo tempo excitada. Adorava o jeitinho dela.

— Digo... Esteve — Os olhos atentos da mulher latina em sua direção — Mas não esteve dessa forma que você deve estar pensando. Levei ela em casa depois do nosso voo. Apenas isso.— para distrair o clima pesado, lentamente foi saindo da vaga de estacionamento, dando atenção à pista.

— Ah... Ela colocou a boca nisso daqui então? — apontou com desgosto para a garrafa de vidro.

— Alexa só usa taças. Mas eu coloquei, algum problema? — Camila nega, sobrepondo seus lábios sobre o bico da garrafa e dando um longo gole em seguida. — Aonde vamos? — a latina dando mais um gole, soltando um sorriso indecifrável ao que olhava para frente. 

Lauren achava tão sexy a cena que não media tempo para observá-la. Só retomou o controle de seu consciente quando ouviu a buzina do carro a direita avisando-lhe que tinha passado no sinal vermelho. 

— Vai direto. Na hora que for para virar eu aviso. — novamente se embebedou.

— Não pode beber muito rápido, Camila. — De olho na estrada e ao mesmo tempo nos gestos da outra, Jauregui lhe atentou. — Vai ficar bêbada assim.

— Sei que não. Uma pessoa já me falou isso uma vez. — o corpo de Lauren se aquecia a cada sarcasmo que saía da boca da cubana. Estava adorando a maneira que estava sendo tratada. — Coloca o cinto de segurança, Lauren.

— Não costumo usar. Ele machuca o meu pescoço. — em contraparte, Camila retirou o seu cinto, se curvando na direção da magnata. — O q-que está f-fazendo? — suas mãos tremendo numa intensidade jamais vista quando a mulher tampou sua visão com o corpo, pegou o cinto e puxou-o até a fivela. Por alguns segundos Lauren jurou que ela sentaria em seu colo quando o fez. — Você...?

— Segurança em primeiro lugar, Sra. — ao mesmo tempo que falava isso, já um pouco "alegrinha", estendeu o bico da garrafa até os lábios da empresária, obrigando-na a borrá-lo com seu batom — Vira a rotatória e depois vai à esquerda.

— Não vai me falar onde estamos indo mesmo? — profere depois de engolir o líquido enquanto Camila negava sacana com a cabeça, disposta a acabar com a garrafa de Champanhe antes de chegar ao destino — Okay...

Lauren pisou um tanto mais fundo no acelerador, visto que estava eufórica para chegar logo no lugar que a menor havia escolhido. 

Dito isso, no meio de tantas lombadas de uma comunidadezinha simples de Miami, acabou que extravasando e não enxergando uma delas. Por pouco não arrancou o sistema de escapamento de seu carro quando raspou na lombada.

— Droga! — Camila exclamou quando fora jogada para o alto que nem capelo de formatura.

Resultado: objetivo concluído.

O champanhe que tomava derramou-se por inteiro em sua blusa social — isso porque Camila, que colocava a segurança em primeiro lugar, não usava mais o cinto de segurança.

— Céus, me desculpe! — não sabia se dirigia, se olhava para a mulher molhada, se parava o carro ou se segurava as mãos da cubana para saber se ela estava realmente bem. Fato era que Karla Camila estava ensopada. — Você quer que eu-

Então a mais nova tirou a blusa sem cerimônia alguma. Sim, puxou-a com as duas mãos, arremessando-na no banco traseiro e, em moeda de troca, causou engasgos e mais dificuldade em lembrar do próprio idioma à motorista ao seu lado.

— ¡Maldita sea! — grunhiu, também desatando o coque e deixando as mechas lisas se desfazerem no líquido que estava reluzindo seu corpo. — Vou precisar ir sem a camiseta. Espero que não se importe. — colocou uma das mãos por cima da mão da empresária que estava sobre o câmbio.

Sem vergonha nenhuma na cara, a latina a alisou, fazendo Lauren se contestar o que ela tinha perdido no tempo da empresa até o carro para uma mudança tão brusca de personalidades de sua modelo.

Como gesto de refúgio, as três tossidinhas de Lauren saíram mais fracas e falhas do que o normal, onde se limitava a olhar somente para o pavimento da estrada. Caso contrário, não só ultrapassaria outros sinais vermelhos, como também causaria um acidente.

— Não. De maneira alguma eu me importaria. — longe de tudo e de todos, Lauren demorou para respondê-la porque seu centro estava recebendo alguns apertos, e o motivo era claro até para cego ver: a imagem tentadora da mulher melada de champanhe ao lado. — Está tudo bem. — tão bem que se demorassem mais cinco minutos naquele carro, Lauren julgava que enlouqueceria de tesão. Estava tão bem que sentia seus pelos se arrepiarem com os pensamentos sujos que a todo momento tomavam a sua mente desde que Camila resolvera tirar a blusa.

Lauren precisava muito mudar o foco, então acabou por mirar a estrada e depois o rosto de Camila, que agora não estava prestando muita atenção no que ela fazia, mas em colocar a garrafa de champanhe no banco traseiro.

— Que bagunça está esse carro, Lauren! — seus quadris empinados para cima ao que as mãos de Lauren formigavam para tomá-los com um tapa ou aperto.

Para saciar a vontade, Jauregui juntou um pouco mais as pernas enquanto seus pés comandavam os pedais. Com relação ao formigamento nas mãos, começou a apertar o volante com força, excitada, como se ele fosse aquele traseiro que ela tanto queria agarrar. Vou foder ela inteirinha. Pensou e novamente deixou o carro fazer um zig-zag no meio da pista desolada.

— Vira a direita! — se ajeitou mais uma vez no assento, novamente sem cinto. — Não vou poder sair assim. — murmurou e Lauren não ousou mirá-la. — Não posso entrar assim. — apontou para os seios melados de champanhe, agora sim acompanhada das esmeraldas que fechou os olhos assim que fitou a extensão, pedindo sanidade aos céus. O carro ficava a mercê dos comandos de Deus nesses instantes. — Encosta perto da árvore, Lauren. A gente já tá chegando.

A empresária da agência o fez com uma prontidão tremenda. Na verdade, não contestou nada do que Camila havia ordenado depois que a própria tirou a blusa.

— Que lugar é esse, Camila?

— Me dá o seu blazer. — Lauren tirou o cinto para fazer o que haviam pedido, pela primeira vez sem se importar de ter a pergunta ignorada. — Obrigada. — segurou-o, com um olhar perverso para a mulher mais velha.

— Vamos ficar aqui então? — seus lábios já completamente sedentos para beijar e chupar Camila. Estava tão excitada em vê-la daquele jeito, mais tão excitada, que mal se aquietava no banco durante a viagem.

Por sua vez, a cubana negou sem nenhuma pressa com a cabeça. O efeito da bebida não era a das mais fortes, mas ainda assim o suficiente para fazê-la se soltar para uma mulher. Levou o dedo indicador até a lateral do rosto de Michelle, onde alisou-a lentamente, arrancando suspiros da própria, enquanto se aproximava.

— Tu perfume es adictivo, Jauregui — Camila comentou com voz rouca e ao mesmo tempo carregada de excitação quando a empresária escorregou uma das mãos pela sua coxa, apertando-na. — Extremadamente adictivo, no tienes ni idea... — os lábios pertinhos uns do outro. 

Mais alguns segundos falando e Lauren forçaria um beijo. Já estava ficando louca pela tensão sexual que Karla carregava consigo e precisava se aliviar. 

— Tudo em você é viciante, Camila... — soltou a base de lufadas, quando novamente a mão de Camila se sobrepôs a sua, levando-na até o vale de seus seios molhados — Hm... porra... — geme sem discrição assim que os sente pela primeira vez. Durinhos e molhados. Com toda certeza caberiam em sua boca.

— Você é a primeira pessoa que me toca, com exceção do meu marido, Lauren. — cochichou bem baixinho, meio que roçando as bocas, ao passo que Lauren era induzida a apertar aquela região deliciosamente ensopada. — Me faça ver que fiz a escolha certa nesta noite, tudo bem?

Zonza, Jauregui demorou alguns segundos para afirmar que sim com a cabeça. O hálito quente com o gosto do Champanhe estava indo contra a sua boca, ao mesmo instante que sentia-o por cima do sutiã rendado da mulher.

— Hm.. Droga.. tem alguém ligando no seu celular. — infelizmente teve que avisar quando ouviu o aparelho de Camila tocar. Karla pegou-o e mostrou-o para a magnata, sinalizando que era seu marido. — Não vai atender? — indagou preocupada.

— Guarde-o e me devolva somente na volta, tudo bem? — colocou no colo de Lauren e continuou alisando a pele alva, o que fez a empresária respirar aliviada, onde afirmou com um "Hunrum" rendido, desligando o aparelho e colocando-o no bolso da calça. — Obrigada pelo Blazer — deixou-lhe um selinho e um gostinho de "quero mais" em Lauren, se desviando logo após — Vamos. — piscou um dos olhos, enquanto a mais velha juntava forças para se levantar.— Ah... Eu nem te falei aonde estamos indo, né? — a magnata assente, ainda aérea após o singelo selinho. — Essa é a minha casa, Lauren — apontou para a porta da frente quando saiu do automóvel. — Seja muito bem-vinda. Vamos ficar aqui nesta noite. 

•○•○•

Amante do Meu Marido acaba de começar para vocês.

Até a próxima, bbs

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