You're My Kryptonite | hs [Ed...

By sensatelouist

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ATENÇÃO: Comecei a escrever esta história há cerca de 2 anos, quase 3, provavelmente vão encontrar várias cen... More

You're My Kryptonite
Prólogo
necessity [1]
drunk friend [2]
cold green eyes [ 3 ]
be careful [4]
collision [5]
faint [6]
betrayal [7]
nightmare [ 8 ]
masturbation [ 9 ]
just mine [ 10 ]
erotic dreams [ 11 ]
stupid phone [ 12 ]
kiss you [ 13 ]
sorry savannah [ 14 ]
first kiss [ 15 ]
threesome [ 16 ]
you are mine [ 17 ]
support you [ 18 ]
kids [ 19 ]
lesbian [ 21 ]
jerk [ 22 ]
stay [ 23 ]
grumpy girl [ 24 ]
thunder [ 25 ]
promises [ 26 ]
same mistakes [ 27 ]
best friends [ 28 ]
lies [ 29 ]
proposal [ 30]
louis tomlinson [ 31 ]
i know everything [ 32 ]
i lost her [ 33 ]
friday [ 34 ]
the end [ 35 ]
Notas da Autora

father? [ 20 ]

22.1K 1.2K 194
By sensatelouist

Father? [ 20 ]  

You're all I ever need
Baby, you're amazing
You're my angel
Come and save me

All I Ever Need - Austin Mahone

-Harry-

                                                QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO DE 2013

O meu cérebro massacrava-me desde que deixei Emily tocar no meu cabelo. Eu ainda não estava ciente da gravidade da situação. Eu nunca em dez anos -desde que Savannah morreu- deixei alguém tocar no meu couro cabeludo. Naquele momento não sei o que se passou comigo , mas eu vi dor no seu olhar, o que me fez sentir mal, ainda por cima depois de ela ter chorado pela mãe.

O meu cabelo sempre foi preciso para mim, sempre foi uma das melhores lembranças com Savannah. Foi por ela que o rapei. Eu era todo dela e quando alguém toca no que ,ainda continua, a ser dela eu sinto que nunca mais vai voltar a ser dela.

« A minha cabeça repousa por cima da barriga de Savannah. O nossos corpos estavam esticados na grande cama de casal do seu quarto. Hoje seria o último dia em que teria o meu cabelo, amanhã iria rapa-lo e Savannah nem desconfiava já que mexia nele como se nada fosse acontecer.

Os seus dedos esguios massajavam lentamente os meus cabelos que ao longo do tempo começam a ficar mais cacheados. Se não o cortasse por Savannah não o iria cortar nunca.

Os meu olhos tornavam-se pesados, sabia tão bem a massagem no meu couro cabeludo. Se fosse por mim já teria adormecido mas não posso adormecer na cama de Savannah. Os seus pais vão chegar e eu tenho que ir  para casa às cinco.

"Harry estás-me a ouvir?" Savannah abana os meus ombros. "Vamos fazer alguma coisa ."

"Não quero sair daqui." Murmuro preguiçoso.

"Não precisamos de sair daqui."

"Não estou a perceber." Encaro o seu rosto perfeito.

"Eu quero perder a minha virgindade contigo." Ela confessa deixando-me de boca aberta.

"Não achas que é muito cedo?" Contraponho.

"Eu percebo-te Harry," ela encolhe os ombros. "Não queres perder a virgindade com uma careca feia que pode morrer dentro de meses." Ela suspira.

"Para Savannah." A minha mão cobre os seus lábios. "Eu nunca disse isso, ok? Tu és linda , se eu não gostasse de ti não estaria aqui contigo. Tu serás sempre a primeira. A primeira e a última."

"Desculpa." Ela murmura contra a minha mão. "Gosto muito de ti. Muito, muito."

"Também gosto muito de ti." Retiro lentamente a minha mão da sua boca. "Se estás preparada , eu também estou." »

Esse dia foi o melhor e o pior da minha vida. Nesse dia nós os dois perdemos a virgindade. E com isso tudo eu perdi as horas, não chegando as cinco a casa, fazendo a minha mãe perder a cabeça.

« Tenebrosamente o meu dedo carrega no botão da campainha. Dou alguns passos para trás esperando que alguém abra a porta. Eu estou tão lixado. A porta abre-se revelando a minha mãe enervada.

"Já viste as horas, meu menino?" Ela cospe baixinho para que mais ninguém a ouça. Ela é sempre assim, quer sempre passar a imagem de boa mãe, quando não é. Ninguém a conhece, só os de casa.

"Desculpa mãe." Adentro pela casa de cabeça baixa. Ela bate a porta de força fazendo o estrondo ecoar pela casa.

"Tu és um desrespeitador , um vagabundo." A sua voz vem de trás de mim,insultando-me. Eu não me movo.

"Eu não reparei nas horas." Desculpo-me.

"Por causa desse teu descuido o teu irmão está chateado comigo." Ela grita. O meu corpo estremece. "Ele não saiu por causa de ti."

"Eu não queria." A minha voz continua baixa.

"Cala-te." Ela grita agarrando nos meus cabelos. Sinto os meus cachos a ser puxados com força, cachos que à alguns minuto atrás eram agarrados, gentilmente, por Savannah. "Tu não querias? Eu sei que tu querias." Ela berra. "Porque tu tens inveja do teu irmão, tens inveja de ele ser melhor que tu em tudo. Nem uma namorada decente consegues arranjar." Vacilo para trás , quando ela os puxa com mais força. Os meus olhos lacrimejam.

"Para." Imploro. Mas ela não para , só me arrasta pelo corredor que vai dar a cozinha. "Só conheci a Savannah por causa de ti." Fungo mantendo o meu tom de voz baixo.

"Antes de ela ser uma doente." Ela cospe, irritando-me.

"Cala-te." Grito .

"Vê-la como falas." Ela repreende. Finalmente larga os meus cabelos quando chegamos a cozinha.

"Estende as tuas mãos." Ela manda enquanto abre uma gaveta. O meu coração bate fortemente no meu peito.

"Não por favor, não." As minhas lágrimas deslizam pelas minhas bochechas quando vejo a grande colher de pau.

"Agora vais aprender, vagabundo." »

Como tenho lembrança boas, também tenho más. A minha mãe odiava-me. Ela nunca me apoiava ou ajudava. Ela só me menosprezava. Já o meu irmão era tudo para ela. Quando o meu irmão de queixava que não tinha algo de bom como eu, ela retirava-me a mim só para o fazer feliz.. Ele até a podia tratar mal, mas ela ia continuar sempre a ama-lo.

A  única coisa boa que alguma fez por mim, sem saber foi sem dúvida, quando me mandou a casa da mãe da Savannah, se nunca me tivesse mandado lá nuca teria conhecido a Savannah.

Admiro muito a adoração de Emily pela sua mãe mesmo que ela não esteja mais viva. Posso até sentir um pouco de ciúmes por nunca ter uma figura maternal presente na minha vida mas sei que Emily merece.

Eu não fazia a mínima ideia que ela tinha perdido a mãe por causa do cancro. Isso faz-me recuar no tempo lembrando-me da primeira vez que a vi no cemitério. Ela deveria ter ido visitar a mãe como eu foi visitar o meu pai. 

O meu pai que é o meu herói , ele amava-me e eu sabia disso. Ele sempre foi um excelente pai para mim e eu nunca vou esquecer do amor que me deu. Ele sempre adorou a Savannah, ele dizia sempre que ela ia ser a sua nora. Ele foi um grande lutador, sempre aturou a minha mãe, sempre trabalhou para manter a nossa  família estável e não recebeu nada em troca. Eu também tive culpa, depois de Savannah morrer eu nunca mais amei ninguém.

Pode parecer estúpido, mas eu não consigo parar de pensar na Savannah. Em deveria parar, mas eu simplesmente não consigo. Ela foi tão importante para mim, e ainda é.  Tudo tem uma ligação com ela. Tudo vai de encontro a ela.

Diversas vezes uma pontada de culpa atingi-me quando comparo a Emily a Savannah. Deve ser as saudades ou simplesmente quero ver a Emily como a Savannah. Mesmo que isso não vá acontecer. E eu sei que nunca vou conseguir amar a Emily. A Emily é uma anjo mas nunca vai conseguir me salvar.

Acordo dos meus pensamentos quando oiço a pequena Danielle a chamar-me, no momento que chegamos a pequena sala de pintura.

"Diz princesinha," Baixo-me ao seu lado, estando assim da sua altura.

"Tu ouviste-me?" Ela resmunga colocando a mão na anca formando uma pequena ruga entre as suas sobrancelhas.

"Desculpa." Clamo.

"Eu queria-te perguntar uma coisa importante." As suas bochechas ganham uma cor avermelhada a medida que ela vai falando.

"O que vem dai, pequenina?" Puxo-a para o meio das minhas pernas, para que esteja mais perto de mim.

"Eu já não quero ser tua mulher." Profere com a maior naturalidade do mundo olhando para os seus , pequenos, dedos.

"Então porquê, já arranjaste outro?" Pergunto, acariciando a sua cabeça, careca.

"Não eu não arranjei outro," Ela aperta o meu nariz soltando um risada. "Eu queria-te perguntar, se tu não querias... se tu... "

"Podes dizer Dani."

"Posso-te chamar papá?" Ela dispara fazendo os meus olhos se arregalarem e a minha boca secar.

A Danielle não tem pais desde que nasceu. A sua mãe morreu quando ela nasceu e o seu pai desapareceu. Sendo esta a ala de crianças órfãs com cancro. Gosto de todas as crianças daqui mas sempre senti um carinho especial por Danielle. Ela é tão inteligente com sete anos e antes de ela perguntar eu já me sentia um pai para ela. Ela é mais valiosa para mim que qualquer outra pessoa. Ela é mais importante que Jade.

"Sim princesa, podes." Quando acabo de falar , ela enrola os seus pequenos braços no meu pescoço, enterrando a sua cabeça no mesmo.

"Obrigada Papá." murmura contra o meu pescoço. Sinto pequenas lágrimas caírem sobre a minha pele sensível.

Afasto-a um pouco pelos ombros para que possa ver o seu rosto. Pequenas lágrimas descem pelas suas bochechas. Levo o eu dedo as mesmas limpando-as.

"Não chores." Peço enquanto seco algumas lágrimas que teimam em cair.

"Eu amo-te, obrigada Harry." E mais uma vez abraça-me fortemente. Levanto-a, ainda abraçado a ela, rodando-a no ar. A sua gargalhada ecoa pela pequena sala, fazendo-me rir também a mim.

"Eu amo-te muito mais." Pouso-a serenamente no chão.

"Ainda tenho uma coisa para te dar." Danielle corre até uma gaveta retirando de lá uma folha. Corre de volta até mim estendendo-me o papel.

Agarro no mesmo vendo a folha rabiscada com desenhos amadores. Uma espécie de rapaz alto com cabelos encaracolados castanhos está desenhado no meio da folha -feito com pauzinhos- por baixo tem escrito 'Harry' com letras desajeitadas , ao seu lado encontrava-se uma menina pequenina que também tinha por baixo escrito Danielle. No cimo da folha encontrava-se em letras grandes : 'Obrigada Pai'

"Tu já tinhas escrito pai." Aponto.

"Eu fiz dois, um com pai e outro com marido." Ela esclarece fazendo-me sorrir. "Harry." Ela chama, eu assinto para que esta prossiga. "Ainda te posso dar beijinhos?" Pergunta inocentemente.

"Sim." Faço biquinho para que ela possa dar beijo. Ela bate os seus lábios nos meus rapidamente.

"Não podes dar beijos a mais ninguém." Diz, logo correndo par fora da sala. Sorrio uma vez mais para o desenho, saindo da sala.

Observo a sala ampla vendo Julie falar com Emily no canta sala , perto das prateleira com livros. O silêncio predomina quando chego ao pé delas.

"O que se passa?" Pergunto vendo Emily tensa e Julie com um sorriso na cara.

"Nada." Emily diz rapidamente quando vê Julie a abrir a boca para falar. "O que trazes aí?" Ela muda de assunto.

Decido esquecer o assunto, por agora, quando não estiver na presença de Julie falo com Emily.

"Um desenho que a Danielle me fez." Estendo-o pra que ela possa pegar.

Ela agarra-o cuidadosamente, assim que vê o desenho o seu rosto empalidece e as suas mãos largaram o desenho fazendo-o cair no chão. A sua boca move-se lentamente quando murmura: "Pai?"


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