You're My Kryptonite | hs [Ed...

By sensatelouist

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ATENÇÃO: Comecei a escrever esta história há cerca de 2 anos, quase 3, provavelmente vão encontrar várias cen... More

You're My Kryptonite
Prólogo
necessity [1]
drunk friend [2]
cold green eyes [ 3 ]
be careful [4]
collision [5]
faint [6]
betrayal [7]
masturbation [ 9 ]
just mine [ 10 ]
erotic dreams [ 11 ]
stupid phone [ 12 ]
kiss you [ 13 ]
sorry savannah [ 14 ]
first kiss [ 15 ]
threesome [ 16 ]
you are mine [ 17 ]
support you [ 18 ]
kids [ 19 ]
father? [ 20 ]
lesbian [ 21 ]
jerk [ 22 ]
stay [ 23 ]
grumpy girl [ 24 ]
thunder [ 25 ]
promises [ 26 ]
same mistakes [ 27 ]
best friends [ 28 ]
lies [ 29 ]
proposal [ 30]
louis tomlinson [ 31 ]
i know everything [ 32 ]
i lost her [ 33 ]
friday [ 34 ]
the end [ 35 ]
Notas da Autora

nightmare [ 8 ]

28.1K 1.3K 117
By sensatelouist

Nightmare [ 8 ]

Can you be my nightingale?
Sing to me I know you're there
You could be my sanity
Bring me peace
Sing me to sleep
Say you'll be my nightingale

Nightingale - Demi Lovato

-EMILY-

        SEGUNDA, 5 DE JUNHO DE 2012

        O meu corpo tremia compulsivamente e cada vez ficava mais perto da parede. Eles quase me alcançavam, os seus sorrisos estavam enormes ao ver-me vulnerável, visto que não conseguia controlar as lágrimas que rolavam pela minha cara. Embati contra a parede fria, se esta não estivesse aqui já não estava de pé a esta hora. As minhas pernas fracassavam e o meu coração batia descompassadamente. Não podia fugir para nenhum lado, estava encurralada, numa barreira que eles faziam a minha volta.

Os seus risos ecoavam pelo beco sombrio e frio. Muitos deles punham a mão por cima da barriga de tanto rirem. Um soluço escapa pela minha boca e vejo um deles avançar dois passos, ficando bem na minha frente. Um grito agudo sai pela minha quando sinto a minha bochecha latejar depois da mão daquele rapaz, que não conseguia reconhecer , embater no meu rosto.

"Não é disto que gostas sua puta?" Gritou na minha cara e ri-se fazendo os de trás rirem-se também.

"Para." Murmuro com a voz trémula.

Ele ri-se e agarra no meu cabelo atrás do pescoço e rosna junto ao meu ouvido. "Devias morrer puta." Dito isto sinto uma joelhada atingir a minha barriga em cheio fazendo-me inclinar para a frente e cuspir involuntariamente. Tusso duas vezes, enquanto as lágrimas caiem cada vez mais rapidamente pelo meu rosto.

Um grito agudo sai da minha garganta quando sinto outro golpe no estômago desta vez mais forte, mas desta vez sinto o sangue passar pela minha garganta e ir parar no chão. Os meus joelhos cedem e vão de encontro ao chão, sentindo os vidros do beco rasgar a minha pele.

Nos próximos minutos só sinto socos e pontapés por todo o meu corpo, o ar não conseguia chegar aos meus pulmões, o choro e os soluços não ajudam na passagem do ar, tornando-se assim cada vez mais difícil respirar. Posso dizer que sentia a morte à minha frente. Ainda tentei com as minhas mãos me proteger de alguns golpes, mas é inevitável com a roda de pessoas à minha volta. Quando os golpes cessam, apoio-me nos braços, tusso e cuspo sangue.

"Ajudem-me." Tento gritar o mais que posso, mas é impossível.

"Ninguém te vai ajudar." Ouço cada vez mais longe.

"Todos te odeiam."

"Puta." Ouço um coro de vozes a chamar. Cada vez mais longe.

"Não!" Grito desesperadamente. Acordo sobressaltada e com o coração a bater num ritmo alucinante. O suor escorre por todo o meu corpo e sinto-me quente, muito quente. Levo a minha mão ao meu peito e sinto-o bombear freneticamente. Respiro fundo, tentando-me acalmar.

Olho em volta e não reconheço nada. Em que porra me vim meter? Estou num quarto grande e luxuoso, mas não é só um quarto, é uma suite, bastante luxuosa. A minha cabeça lateja e tento me lembrar como cheguei aqui e porquê. Um barulho na porta desperta a minha atenção e encolho-me na cama enorme.

"Oh já acordaste." Uma voz rouca soa pelo quarto, fazendo a minha pele arrepiar-se involuntariamente e as lembranças do que se passou no starbucks passarem pela minha cabeça. Sinto as minhas bochechas a aquecer quando me lembro do sucedido de manhã. Espera de manhã? Que horas são?

Sinto a cama a afundar e sento-me ereta observando o belo rapaz de olhos verdes. Por falar nisso, eu nem sequer sei o seu nome e já estou num quarto de hotel com ele.

"Harry." Ele apresenta-se sem tirar os olhos de mim, parece que esta a observar todos os traços do meu rosto. Por momentos esqueço-me de me apresentar ao Harry. Harry é um belo nome. Estava ver que nunca mais o saberia.

"E-Emily." Gaguejo um pouco e ele sorri de canto.

"Estás bem?" Pergunta e aproxima-se mais um pouco de mim. "Estás um pouco pálida."

"E-Eu estou bem." Passo a mão pela testa. O pesadelo ainda me deixou um pouco abalada, mas não quero que ele saiba.

"Tens de comer." Levanta-se desajeitadamente entrando noutra porta.

"Não, não é preciso." Levanto-me apressadamente, mas sento-me de novo quando as minhas pernas fracassam, procuro a minha mala por todo o quarto com os olhos, mas não a vejo em lado nenhum.

"Não te vou deixar sair daqui sem comeres." Aparece com um tabuleiro de comida e pousa-o em cima da cama. "Anda lá, não custa nada."

Bufo em desistência "Obrigada." Agradeço e pego num croissant. "Olha.... eu não tenho dinheiro para pagar isto." Informo-o, um pouco embaraçada depois de dar uma trinca no croissant.

"Não te preocupes." Ele riu-se e pega numa uva do tabuleiro levando-a até à sua boca. Os meus olhos fixam-se na mesma enquanto mastiga. Os movimentos da sua boca são tão calmos, sem dúvida tinha a boca totalmente perfeita - carnuda em forma de coração - e totalmente desejável. Oiço-o pigarrear e desvio o olhar da sua boca, envergonhada. "Come a vontade eu vou... hum... eu vou." Apontou embaraçado para uma porta.

"Sim, tu vais... vai." Dei um golo no sumo de laranja vendo-o, por cima do copo, a caminhar, desajeitadamente, para a porta que apontou. Depois de fechar a mesma pouso o copo e suspiro. O que se passa comigo?

Realmente eu tenho que ir embora antes que ele volte. Levanto-me apressadamente, mas as minhas pernas fraquejam novamente e chocam com o chão fazendo-me praguejar um palavrão baixinho.

"Emily." Oh merda, não era suposto voltar tão rápido. "Teimosa." Resmunga e num ato simpático estende-me a sua mão.

"Eu posso..." Apoio-me na cama e tento-me levantar mas os meus braços parecem gelatina, não tendo força para me levantar. "Não, não posso." Bufo e seguro na sua mão, ignorando o formigueiro. Num movimento rápido ele puxa-me facilmente para cima ficando o meu corpo a centímetros do seu. Sinto a tensão no ar, mas logo aumento a distância entre nós, sentando-me na cama atrás de mim.

"É melhor comeres." Ele aponta para o tabuleiro e afasta-se mais um pouco.

"Sim é melhor." Continuo a comer sentindo os olhos dele em mim. "Eu não sei como te posso agradecer."

"Não precisas, basta comeres."

"Isto deve ser muito caro e eu não te queria incomodar, nem sequer nos conhecemos." Meto uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

"Quantas vezes vou dizer para não te preocupares?" Ergue uma sobrancelha divertido. "E nós já nos conhecemos. Tu és a Emily."

"Agora sim, acho eu. " Profiro.

"Tens sempre que complicar as coisas?" Pergunta e senta-se num lado da cama.

"Pronto, já parei." Levanto as mãos em forma de rendição. "Eu acho que já estou melhor." Levanto-me, realmente melhor, e pouso o tabuleiro em cima de um móvel.

"Mas não comeste quase nada." Reclama.

"Já estou bastante melhor, portanto acho que vou andando."

"Nem penses nisso." Grunhe. "Vais ficar aqui."

"Ahn?" Pergunto confusa. "Não estou a perceber."

"O que ouviste, não vais sair daqui até amanhã." Avisa.

"Mas eu já estou bem." Cruzo os braços por cima do peito.

"Tu realmente és teimosa." Debocha. "Já é tarde, podes ir tomar banho e dormir aqui."

"Eu não quero incomodar." Murmuro.

"Não te preocupes que eu não durmo aqui." Graceja.

"Não, não é isso.. quer dizer... podes dormir.. espera, não." Bufei irritada pela minha atrapalhação. "Não estou preocupada com isso." Consigo dizer finalmente e ainda consigo ver o Harry a tentar não se rir.

"Fica à vontade, eu vou só fazer uma chamada."

"Oh, claro." Cocei a parte de trás da cabeça. "Harry." Chamei pela primeira vez o seu nome quando este já ia a sair pela porta.

"Eu comprei umas roupas para ti." Mas como é que ele sabia que eu ia dizer que não tinha roupa? "Estão à entrada da casa de banho" Dito isto saí do quarto deixando-me a olhar para a porta abismática.

Este rapaz vai acabar comigo. Oh se vai.

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