A Amante do Meu Marido (Concl...

By OlivinhaRodrigo

1.2M 70.9K 120K

+18 (hot fanfic) Camila Cabello vai atrás da suposta amante de seu marido para tirar satisfações. O que não... More

Apresentação das Personagens
01 • Treason
02 • Overcoming
03 • You again?
04 • (L) The Biggest Mistake
05 • Camila Mendes
06 • Jaguar's Agency
07 • You're Welcome
08 • From Home
09 • (F) Sweetest
10 • Bets and Surprises
11 • (F) Without commitment
12 • The pression
13 • Good and Hot Blackmail
14 • (L) All Night
15 • (C) She Loves Control
16 • Revenge
17 • Lauren's back
18 • Charlotte
19 • (L) Take a Shower
20 • Hackers
21 • Loyalty
22 • Meeting
23 • Karla Camila
24 • Miami Beach
25 • (F) This Love
26 • Discovery
27 • Precipitation
28 • Playing dirty
29 • (L) Lustful desire
30 • November 25th
31 • If there's love...
32 • Fifteen minutes
33 • (L) Tokyo
34 • Gift
35 • (C) Leash
36 • Christmas Night
37 • Alexa Ferrer
38 • Back to Black
39 • (L) Solutions
40 • Last Piece
41 • (L) Table
42 • The Judgment
43 • Santa Maria, Cuba
44 • Michael's Promise
(L) ESPECIAL 1 MILHÃO DE VIEWS

45 • (F) My Husband's Lover

24.7K 1K 1.4K
By OlivinhaRodrigo

 FINAL? CHEGAMOS! aaaaaaaaa

Estamos juntos, algumas pessoas no caso, desde 2021! Cara, quanto tempo, né?! ♥ À quem me acompanhou e acreditou na fic mesmo quando ela tinha 5k de views, muito obgda! Aos que chegaram depois e incendiaram os comentários, MUITO OBGDA TBM! ♥

O Capítulo final chegou, pessoal. Não pretendo me estender tanto aqui, mas quero agradecer a cada leitor que comentou, votou e deu engajamento a essa estória! São 377k de views! Mais do que tudo que eu poderia imaginar ou ansiar. Mt obgda pelo carinho de vcs.

Espero que hoje, dia 29 de janeiro de 2023, eu possa entregar um capítulo que encerre com chave de ouro essa fanfic que eu e mais duas pessoinhas pensamos e eu passei para o papel. Deu muito trabalho para pensar e colocá-la nos moldes, mas se em pelo menos um capítulo ela te deu emoção e te fez se sentir conectada, apaixonada, excit... okay! sinto que o meu trabalho está feito como autora♥

Vamos lá?

45/45 de A.A.M.M.

Comentem no Twitter o que acharam!

#FinalAAMM

•○•○•

Camila Cabello P.O.V.

Sabe aquela sensação de estar onde você sempre desejou estar? De que se você pudesse fazer algo, você não mudaria nada da sua realidade?

É cientificamente comprovado, somos naturalmente ingratos, pois buscar pela instabilidade e nunca estar plenamente satisfeito com o presente é uma característica do ser humano. Se temos tempo livre, nos irritamos por não estarmos sendo tão proativos quanto os nossos vizinhos. Se temos lazeres em demasia, não temos tantas conquistas. E vice e versa.

Então, conseguir afirmar com todas as palavras que eu estou extremamente confortável, hoje, na minha realidade de vida é um privilégio. Estou onde deveria estar, com quem eu sempre fui digna, pronta para explorar as surpresas que o universo ainda guardava para mim ao lado de Lauren.

Eu não sabia que esse desejo de completude existia em mim, pois há menos de um ano, eu não almejava coisas grandes ou recíprocas na minha vida.

Pois bem, o desfile final tinha se sucedido, junto carregando consigo todos os nossos problemas, promessas, riscos, além de trazer a tão merecida temporada de férias após a sessão de entrevistas e patrocínios que nós cansamos de conceder.

Em menos de um mês do desfile final, Jauregui movimentou mais de seiscentos milhões de dólares, abrindo sua tão sonhada patente em Roma, na Europa, e outra em Tóquio, na Ásia. Para se ter noção, essa quantia de dinheiro era maior que os últimos quinze anos de operação e existência da Jaguar's Agency.

Enfim, temporada de férias!

A vida em Paris, dormindo de conchinha com a mulher da sua vida em uma cobertura maravilhosa de um apartamento que dá de frente com a Torre Eiffel é perfeita. Isso eu posso lhes garantir, pois é o que estou vivenciando neste exato instante.

— Café da manhã? — murmuro à Lauren, que sempre que nós nos mantínhamos nessa posição confortável da conchinha, ela se negava por tudo a sair dela. — Amor... — ela afundando ainda mais o rosto na curva do meu ombro e pescoço, puxando-me mais para si, além do nosso cobertor, para cobrir seu queixo. Eu amava receber esse dengo de Lauren. E ela só costumava expressá-lo dessa forma quando ficávamos sozinha.

— Cinco... — exprimiu um fiozinho de nada com sua voz rouca. — ... por favor.

— Cinco? — estreitei minhas sobrancelhas.

"O que diabos é cinco?". Penso.

— Sim... — me virei de frente para ela, e Lauren fechou os olhos, fingindo estar dormindo.

— Cinco o quê, Lo? — sorrio meio atrapalhada, até porque Lauren apenas soltou uma palavra aleatória, onde voltou a se encolher entre meu corpo e coberta como se isso fosse uma resposta adequada à minha pergunta. — Estamos em Paris, amor... Vamos... — a chacoalhei com cuidado, tocando sua cintura por cima do tecido do cobertor. — Precisamos explorar essa cidade. Não podemos perder tempo.

Ela me trouxe para a minha cidade dos sonhos.

Era a nossa primeira temporada de férias juntas, poderíamos ir para qualquer lugar do mundo após esse boom da Jaguar's Agency e o reconhecimento do mercado, mas uma vez eu disse a Lauren, dentro do carro dela, quando os problemas atacavam nossas mentes e minha mãe tinha acabado de nos deixar no carro após descobrir sobre nosso relacionamento, que o meu maior sonho era conhecer e passear por Paris.

Minha mulher se lembrou disso.

Então, logo na primeira oportunidade que obteve, ela criou um cronograma totalmente voltado à cidade e me fez uma surpresa. Em Miami, fizemos as malas e eu só descobri o destino que teríamos ao chegar no aeroporto. Acho que não era preciso mencionar a gritaria que ficou o estabelecimento após eu saber da novidade.

Foi acordado sete dias de estadia entre eu e Lauren, estávamos, hoje, indo para o sexto, e eu queria conhecer todas as esquinas deste lugar assim como ela me prometeu fazer.

— Estamos explorando, Camz... — espertinha como só ela era, suas mãos percorrendo por debaixo da coberta a minha barriga até alcançar os meus quadris, se aproximando mais do meu rosto. — E eu explorei a madrugada inteira, não se lembra...? — se referia a noite "agitada" que tivemos. — Amei explorar cada curva dessa obra de arte... — É algo que todos deveriam ter o privilégio de experimentar, isto é, transar com a pessoa que você ama, tendo de fundo a iluminada e graciosa Torre Eiffel lhes assistindo. — E pretendo explorar mais...

— Boa tentativa. — soltei uma piscadela. — Porém, o cronograma vai ser o seguinte: café da manhã, primeiro. — resolvi tirar as mãos de Lauren que estavam prestes de apalpar minhas nádegas. Ela amava fazer isso para me desconcentrar. — Depois, caminhada pela cidade. — me levantei, segurando o nosso cobertor para tampar meus seios e corpo. — Em seguida, o almoço.. — Lauren coçando os olhos enquanto bocejava.

Estava nua na cama do hotel e essa era a minha definição de visão do paraíso: enxergar sob a luz da manhã seu pescoço e seios fartos com manchas vermelhas.

O vinho era meu pior inimigo na cidade mais romântica do mundo, eu sei. Não me lembro de muita coisa, mas me recordo de como Lauren se contorceu na minha mão enquanto eu a chupava-a cheia de vontade com a boca, e isso a noite inteira.

— [...] O passeio no museu, e só depois isso que você está desejando.

— Tudo isso? — perguntou com falso tom indignado assim que se pôs sentada sob a cabeceira da cama, olhando para o tapete do quarto, raciocinando quem era e onde estava. — Sem recompensas para mim hoje? — fez um biquinho fajuto.

Era boa em persuadir. Foi exatamente com essa conversinha que ela me convenceu a transar em um banheiro de um barzinho no primeiro dia em Paris. A deixá-la me penetrar com dois dedos no banco traseiro do táxi no segundo dia, quando estávamos bêbadas e eu usava um vestido curto de alças. Ou no terceiro, quarto e quinto dia, que subimos de madrugada pela escada de emergência e nos amassamos entre as paredes estreitas, de salto e bêbadas, onde até agora não sei como conseguimos chegar neste quarto sem nenhum hematoma ou filmagem comprometedora.

Enfim, estávamos no sexto dia.

Hoje, eu precisava manter o cronograma, do contrário, eu poderia lavar minhas mãos por Lauren e ao seu charme insubstituível, pois amanhã sairíamos na parte da tarde para o aeroporto e não daria tempo de explorar nada.

— Eu vou tomar banho. — lhe lancei um olhar sério, dizendo-a entre o gesto que não, não era para ela entrar no banheiro e me tomar de fininho, por trás, como vinha fazendo toda manhã. — Olha, já são... — vejo na tela do meu celular que está na cômoda o horário. — Dez horas. Nem sei se terá café da manhã ainda, meu deus...

Lauren termina por jogar suas mechas de lado, o que a torna mil vezes mais sexy e intimidadora do que o habitual com seus malditos olhos verdes. Ela olha para o cobertor que eu seguro, tampando meu corpo. Não era por vergonha das minhas estrias, celulites nem outros detalhes que eu o segurava - aliás, Lauren vinha fazendo um excelente trabalho diário beijando e tocando essas partes para que eu não me sentisse insegura sobre ser ou atraente o bastante para ela.

Eu só segurava esse cobertor, porque se eu estivesse sem ele, tenho certeza que eu não estaria aqui, tendo tempo para refletir como eu estou fazendo agora com vocês, sem ser atacada pela mulher de olhos verdes que me corteja cheia de duplas intenções do outro lado do quarto. Ela tinha acordado.

— Poderíamos pedir o café da manhã no quarto... — se levantou, onde rapidamente relutei, dando dois passos sentido o banheiro ao ver que o meu tempo de sossego com Lauren tinha acabado de se esgotar.

Suas mechas meio rebeldes, seu corpo completamente nu e marcado pela minha boca. Seus olhos... oh, seus malditos olhos e as pupilas dilatadas em tão pouco tempo.

— E você poderia me dar uma recompensa por estar sendo uma ótima companhia durante todo esse tempo, baby... — quando me dou por mim, cá estava ela novamente, toda delicada pedindo permissão para ter o edredom sobre o seu controle. Como negar a um pedido desses, meu deus? Como eu consigo negar ela? — Como casal, devemos alinhar os nossos desejos... sim?

Ai, ai, essa conversa fiada...

— Eu peço a maior cesta de café da manhã que você já experimentou na vida... — abriu um sorriso de lado, já tinha desvendado os efeitos que ocasionou em mim somente ao fazê-lo despretensiosa e nua. — Em troca... — arfou, claramente excitada. — Em troca você me deixa te dar um banho bem gostoso dentro da nossa banheira.

Estava nela pela sexta vez na semana. Nessa maldita conversa fiada!

— Eu sei aonde você quer chegar, Sra. Jauregui.. — meus olhos conectados nos seus enquanto ela caminha lentamente na minha direção. Lauren era uma mulher tão bonita. Tinha trinta e sete anos, e até as leves marcas da experiência que carregava no rosto pareciam me excitar.

— Que bom que sabe onde quero chegar. Assim podemos fazê-lo mais rápido.

Trinta dias no mês, até nos dias de ciclo menstrual.

— Não tenho alternativas? — minha pergunta foi banal.

Eu sabia e até mesmo desejava que a resposta fosse negativa. Era um privilégio ter Lauren me desejando até nos instantes que não deveria. Ser provocada no limite dia e noite. Cogito até que tenha sido por isso que eu tenha me apaixonado tão rápido por ela: a forma que soube me valorizar e me cortejar mesmo quando não havia razões ou intimidade.

— Por que você me negaria, amor...? — não contenho o meu sorriso bobo, essa maldita sabia jogar. — Apenas quero te dar amor e carinho, nada mais que isso para a minha princesa, vida.

Conheço-a há mais de nove meses, pois estamos em maio, e eu conheci verdadeiramente Lauren em setembro do ano passado.

Não era novidade alguma ela soltar essas provocações fiadas, entretanto, era impressionante como ainda surtia o mesmo efeito:

Me arrepio quando o edredom deixa de cobrir a minha pele, sendo prontamente recebida pelo corpo um tanto mais forte e alto da minha mulher em troca. O cheiro do seu cabelo, do seu corpo após a nossa noite alucinante de sexo quente. Amo a maneira que está beijando meu pescoço enquanto toca toda respeitosa a minha cintura. Me sinto pertencida, maluca, por esse toque - e gosto de me sentir assim desde que o experimentei.

— Amo sentir o seu corpo nú no meu, Camila. Eu estou viciada nisso. — confessou quando suspirei mais rendida à pegada. O edredom ficou no chão, bem como meu cronograma e sanidade. — Deixe-me tomar banho com você... — pediu toda manhosa, beijando meu pescoço daquela forma lenta e quente que me fazia revirar e respectivamente fechar os olhos. — Eu não quero perder um segundo ao seu lado. Desejo apenas te dar carinho agora... — de imediato, vou perdendo alguns sentidos. —...te ensaboar, te enxaguar... — seu nariz tocando a pele do meu pescoço, bochechas. — Cuidar de você, Camz.

Selei as nossas bocas ao invés de falar "eu te amo". Beijei-a de frente para a sacada, que tinha às portas abertas em direção do ponto turístico francês. Um beijo sem língua ou toques desesperados, mas ainda sim suficiente para nos entrosar, fazendo-nos se mover até o banheiro, escovar os dentes juntas: colocando a pasta de dente na minha escova, mostrando-me como eu deveria escovar minha boca, pegando fio dental e se voluntariando a passá-lo para mim.

Tudo aquilo era de um cuidado e um zelo tão absurdo, mas tão absurdo, que eu me limitava a raciocinar em demasiado sobre a maneira que ela me tratava. Minha resposta para esses gestos? Oh, ela veio na hora do nosso banho. Em como enxaguei seus fios, me colocando por trás de Lauren na banheira, onde ela encostou suas costas nos meus seios, e eu pude ensaboá-la delicada e amorosamente do jeitinho que ela merecia, com toda a calma e atenção do mundo. O shampoo, a hidratação, os beijos enquanto dividíamos essas funções tão simples...

...eu estou perdidamente apaixonada por essa mulher, e que bom que estamos em uma das capitais mais românticas do mundo para que esse sentimento pudesse transbordar sem objeções.

— Vem, mami... — assim que prontas, com roupas casuais para sair, eu estendi minha mão à Lauren para que pudéssemos adentrar o elevador como um casal. — Beija a minha bochecha, amor. Quero tirar uma foto. — No último andar e dentro do elevador vazio, sugeri de tirarmos uma daquelas fotos em que Lauren fica por trás, segurando minha cintura, conforme minha única função é bater a foto e abrir um sorriso bem bonito. — Pronto. Ficou incrível. Você gostou? — Lauren rapidamente assente. Sequer viu como ficou a fotografia, mas ela acreditava no meu senso crítico, por isso não se deu ao trabalho. — Reposta na sua conta também. Vou te marcar.

Subo a imagem para o Instagram antes mesmo de sairmos pela porta principal do hotel. Era impressionante como todas as minhas fotos com Lauren costumavam sair boas logo de primeira.

— Oh, eu esqueci de te falar uma coisa, amor. — quando estávamos na calçada, prontas para pegarmos o nosso táxi, a empresária chamou minha atenção. Nossas mãos estão entrelaçadas. — A parte da noite do nosso cronograma, ela será alterada...

— Vamos precisar mudar o quê? — minha indagação saiu tristonha.

Eu realmente queria conhecer o Museu do Louvre, o maior museu de arte do mundo. Eram mais de 30 mil obras de artes, algumas peças até super famosas, como era o caso da Monalisa de Leonardo da Vinci e a famosa pirâmide de cristal, símbolo do museu.

Tirando esse maravilhoso museu, o resto eu aceitaria a mudança sem hesitar.

— Na verdade ela se manteve, eu apenas precisei acrescentar uma coisa.

— O quê? — indago.

— Um jantar em Le Jules Verne. — seu sorriso é sem mostrar os dentes. A maneira que expõe o nome soa como algo muito elegante.

— Que legal, e ele é muito longe daqui?

— Não, amor. — manteve o suspense com aquele sorrisinho contido que eu tanto adorava. — Ele é dentro da Torre Eiffel. — e ela falou com indiferença, como se fosse uma refeição na padaria da esquina.

"Dentro da Torre Eiffel".

Bastou ouvir tais palavras para o meu coração acelerar mais vezes que o necessário. Olho assustada para Lauren que vagamente assentia com a cabeça. Jantar dentro de um restaurante localizado na Torre Eiffel? Que loucura boa! Eu não sei se tenho roupa à altura para entrar naquele lugar! Não sei nem se a minha etiqueta de modelo é suficiente! Mas quem liga?! É um jantar dentro da Torre Eiffel!

— Meu deus... — não pisco meus olhos porque estou impossibilitada. — Meu deusssss!!!!!!!

Sem querer, começo a saltitar de felicidade no meio da calçada, atraindo atenção dos demais pedestres. Depois, corro para abraçar e beijar Lauren na boca.

A viagem toda era bancada por ela, que se recusou a pegar das minhas economias. Segundo suas palavras, era um privilégio poder conceder os meus desejos e presenciar cenas como essas. Não sei quanto custa um jantar dentro da Torre Eiffel, mas tenho certeza que ele não é mais caro que o preço de uma memória que vou carregar para o resto da minha vida com a mulher que eu tanto amo.

— Você gostou, Camz? — ela me pergunta realmente preocupada quando nos separamos e o táxi chegou. Jauregui queria que eu estivesse confortável nos lugares que ela escolhia e programava para nós. Até o momento, eu não tinha nada a reclamar do tratamento de rainha inglesa que estava recebendo.

Até massagem nos pés feita por Lauren eu ganhei.

— Se eu gostei? — pus a mão direita no meu peito, fingindo estar indignada com sua interrogativa. — EU AMEI! Lauren, isso daqui é coisa de outro mundo! — será que ela conseguia ver o brilho dos meus olhos? Eu posso desmaiar de felicidade após essa notícia. — Tipo, as pessoas normais apenas tiram fotos na frente da Torre! Nós ainda vamos jantar dentro dela?! Imagina a visão que deve ser essa cidade, Lauren! Ai meu deus, eu estou muito feliz, amor!

O motorista nos esperava, mas eu não me impedi de selar nossas bocas em público novamente. Era divertido pensar que aqui as pessoas não se importavam com um beijo homoafetivo tanto quanto em Miami ou em outras partes do mundo. Não nos olhavam abismados ou indiferentes, até porque estávamos em uma das cidade mais românticas de todas, e se um casal não pode demonstrar amor aqui, aonde mais o faria?

— Okay, eu preciso me controlar... — digo a mim mesma após testemunhar tamanho escândalo que fiz. As vezes penso que Lauren até sente vergonha desses meus picos de felicidade, apenas não fala nada porque me ama muito, e diferente de Shawn, jamais ousaria estragar o meu momento.

— Não, Camz. — segurou minha mão quando tentei me desvencilhar. — É tão bom visitar essa cidade e ter a sua alegria me acompanhando. Através da sua animação, eu sinto como se estivesse fazendo isso novamente pela primeira vez.

Uma mulher viajada e experiente. Era isso que Lauren era: uma mulher experiente e viajada, onde seu passado hora me remetia ao céu - pela pegada, pelo romantismo e cuidado que adquiriu com o tempo - e inferno - acredito que não tenha necessidade de descrever os contras, sim..?

Se não fosse suas experiências passadas, metade das coisas que visitamos sem necessidade de agendamento prévio ou pesquisas na internet aconteceria. Foi assim em Tóquio, Londres, Nova Iorque e demais cidades. Minha mulher já conhecia tudo, e era tão bom poder me sentir segura, de saber que ela me levaria aos melhores lugares sabendo da excelência que possuíam, que o passeio se tornava mil vezes mais satisfatório sem essas dores de cabeça comuns.

Porém, me recuso a lembrar da primeira foto que vi de Lauren em Paris, acompanhada de outras seis mulheres que sorriam mais aberto que casa invadida para ela.

Em novembro do ano passado, em Charlotte, eu fiz ela apagar todas as fotos com possíveis mulheres que ela tinha comido e postou uma foto apenas para se ostentar. Óbvio que ela negou qualquer uma das minhas acusações, mas eu já conheço essa peça, sei o sorriso que essa maldita dá quando está com duplas intenções, e tenho certeza que a mulher loira de decote provocativo com a mão em uma de suas coxas daquela foto não estava no seu quarto de hotel para tratar de negócios ou demonstrativos contábeis.

Ela não só apagou as fotos, como também deixou de seguir centenas de outras mulheres.

— Eu te amo muito, obrigada por essa surpresa linda, amor... — já dentro do automóvel, não perco tempo. Selei minha boca com a de Lauren, dando início a outro daqueles beijos repletos de amor, sem necessidade de inserir a língua.

Ao final, fizemos todo o nosso percurso, almoçamos em um lugar muito bonito, de frente para um canteiro de flores ao qual eu roubei uma rosa e dei para a minha mulher. Após a visita no museu, voltamos para o nosso apartamento na base das sete e quinze da noite. Nossa reserva era às nove e meia, então isso nos possibilitou tranquilidade na hora em que fomos nos arrumar.

Nos arrumamos em banheiros diferentes. Eu insisti em fazer uma surpresa agradável para Lauren, certamente pensando em retribuir da maneira mais simples às dezenas de surpresas que ela estava fazendo por mim diariamente.

No quarto, eu terminava de fazer meu babyliss nas pontas do cabelo. Optei por usá-lo solto, já que era de preferência da minha mulher e mais prático também. Minha maquiagem estava pronta, com sombras escuras gradientes nas pálpebras, um delineado mais delicado - o mesmo que Lauren julgava amar em mim -, iluminador, rímel, blush, e claro, o batom vermelho que não poderia faltar para essa ocasião. Minha maquiagem estava mais forte para esta noite, semelhante as dos desfiles que Tiffany fazia em mim, pois sempre que eu me lembrava do lugar que estávamos prestes a visitar, eu entendia que esse exagero era necessário.

Com relação ao meu vestido, ele era longo e trabalhado com um tecido preto, tendo fenda aberta na minha perna direita. Não era de alças, haja visto que tinha um cumprimento que cobria o meu pescoço. Não possuía mangas. Foi feito por uma colega que conheci no Colorado, em um desfile, e eu havia o reservado para uma data especial: neste caso, o jantar.

De fato, eu queria impressionar minha mulher. Fazê-la se orgulhar ainda mais de andar comigo pelas ruas de Paris, segurando a minha mão e me anunciando como sua companheira.

Estava borrifando meu perfume quando Lauren deu dois toques na porta, demonstrando que também já estava pronta.

— Posso entrar? — ela pergunta, tal como nunca tivesse me visto nua.

— Pode, amor.

Deixo o frasco da fragrância em cima da mesa ao lado da cabeceira, perto do nosso abajur.

— Eu preciso pegar o meu... — deu o primeiro passo, o que foi mais que suficiente para se manter imóvel ao lado da porta. — Nossa... meu deus.

Abriu um sorriso apaixonado, certamente sendo retribuído pelo meu, ao ver a minha mulher trajada em um terno preto, salto alto, além dos cabelos lisos e a maquiagem leve que ela mesma tinha feito. [foto de capa]

Os olhos verdes. A postura de mulher de negócios. Ah, como eu me lembro do primeiro dia que eu vi Lauren naquele condomínio deixando a Mercedes Preta... foram exatamente nessa sequência: olhos verdes, postura de mulher séria, de negócios, terminando por suas roupas caras e chiques.

Meus problemas começaram ali, e continuariam aqui até que ela mudasse essa personalidade.

— Camila, você precisa ir com calma, amor... — disse entre suspiros, finalmente caminhando com seu olhar malicioso na minha direção. — Assim eu não aguento, vida. Que roupa!

— Você está tão bonita com esse terno também. — e eu falava pra valer. Lauren hoje, embaixo do blazer, trajava um top mais informal do que o seu habitual, e aquilo realmente me pegou de surpresa. Estava encantadoramente sexy. — Linda. — me aproximo de seu corpo, sentindo o cheiro daquele perfume forte e característico invadir as minhas narinas, me entorpecendo da melhor maneira. — Eu te amo, Lauren.

Era um frio na barriga misturado com um aperto no peito sempre que eu falava essa frase olhando em seus olhos. Tudo se intensificava quando havia esse contato visual, soando como se eu pudesse me conectar a sua alma apenas expelindo tal frase.

— Eu te amo mais, vida. — com calma, enlaçou a minha cintura com um dos braços, acariciando o meu queixo com a outra mão. Suas esmeraldas mirando a minha boca. Eu nunca tinha sido tocada dessa forma verdadeira até encontrá-la.— E é um castigo para mim sempre que você coloca esse batom vermelho.... — minhas mãos acariciando suas costas, cheirando seu perfume gostoso. Se continuássemos assim, em poucos segundos eu seria capaz de desistir do jantar a fim de esvair a paixão que sinto pela minha mulher, beijando-a. — Eu amei o seu vestido, Camz. — carinhosa, começou a beijar o meu pescoço, fazendo carinho no meu ombro. — Céus, você é a mulher mais linda do mundo! — esboçou um sorriso de orelha a orelha após tornar a me fitar nos olhos.

Eu estremeci por dentro.

— A segunda, porque a primeira é você! — ah, esse sentimento leve de completude!

É impressionante como o sorriso dela me alegra. Eu fecho meus olhos e já consigo ver o rosto de Lauren. Penso na minha mulher vinte e quatro horas por dia. Logo ela, sem sombras de dúvidas, era a minha outra metade.

Por sinal, esse sentimento não era característico de Paris.

Ele esteve presente em Miami, em Charlotte, quando estávamos longe uma da outra ou até quando ela estava do meu lado.

No início, não o nomeávamos pelo receio que tínhamos de estragar tudo.

— Perfeita, amor... você está perfeita. — digo entre alguns suspiros. Era difícil raciocinar quando Lauren ficava em silêncio, apenas me olhando cheia de desejo e amor, pronta para burlar alguma regra e me mostrar da forma mais tradicional o quanto eu era dela.

Mas isso era e sempre foi amor.

Da primeira à última vez que essa mulher me beijou na boca, olhando nos meus olhos, sorrindo, me provocando, eu não consegui parar de pensar nela.

Agora que já tínhamos confessado o sentimento uma a outra, eu posso afirmar ao mundo que amo Lauren, e tinha certeza disso todas as vezes que ela me elogiava e o meu coração disparava no peito. Como era bom poder ser cortejada e tocada por ela, sabendo que no dia seguinte, quando do acordássemos cansadas, ela ainda estaria ali, segurando a minha mão, desejando um futuro brilhante comigo.

Nunca aconteceu com Shawn da maneira que acontecia com Lauren. Um sentimento limpo e puro de qualquer objeção. Não precisava de esforço para fazer dar certo com ela, mas se precisasse, o esforço vinha em conjunto, e não só de uma parte.

Sou grata por poder enxergar a magia do relacionamento após encontrá-la, pois do contrário, eu ainda estaria aceitando o mínimo, achando-o suficiente a mim, presa ao meu casamento infeliz com Shawn.

— Não me olhe assim... — Lauren umedecendo o lábio inferior ao que segurava o meu maxilar, arqueando meu rosto tal como a qualquer instante fosse selar nossas bocas. — Vamos ter tempo para brincar, mami... — como não usava batom, apenas um gloss, Lauren umedecia e mordia o próprio lábio inferior. Eu já já tinha essa mesma sorte. — Vem...

Após alguns amassos e provocações no ouvido, que por pouco não resultaram na minha maquiagem borrada, eu convenci Lauren a nos direcionarmos ao tal restaurante da Torre Eiffel de táxi. Deixamos o nosso quarto, sabendo que em breve aquela cama estaria mais ocupada e quente como nunca esteve.

De mãos dadas no banco passageiro, trocando carinhos, admiravámos a bela vista da cidade arcaíca e muito charmosa francesa. A noite, Paris tornava-se mais encatandora. As luminárias, os postes antigos, as casinhas, a Torre Eiffel iluminada... Era tão bonita que nosso trajeto durou oito minutos, e após pagar a viagem e sairmos do carro, ficamos paradas admirando, além de fotografar a belíssima paisagem turística.

A trilha rente ao restaurante do segundo andar da torre estava abarrotado de pessoas, que esperavam do lado de fora, na fila. Pessoas chiques, com trajes caríssimos Louis Vuitton. Enxergo muitos sapatos scarpins de sola vermelha. Uau! Muitas pessoas ricas – me alegra pensar que atualmente faço parte de uma delas após as comissões que recebi.

Ao chegar, é impossível não se apaixonar pelo local, afinal, trata-se da Torre Eiffel. Lauren percebe o meu sorriso surpreso.

É fácil identificar o acesso privado através do pilar sul. Os simpáticos mordomos conferem a nossa reserva e o guiam através de uma pequena sala de estar e elevador panorâmico.

Lauren e eu estamos andando de mãos dadas, entrando no estabelecimento pela lista VIP, consequentemente recebendo olhares incomodados de centenas de casais heterossexuais na fila - estes que tinham idades relativas entre os "pares".

Minha mulher reservou quatro mesas: uma que já íamos ficar para jantarmos, e outras três que ficariam um tanto ao redor da nossa — muito provável para que ninguém nos atrapalhasse durante o jantar.

Me arrepiava o cuidado que ela usava para separar os nossos compromissos. Jauregui queria que saísse perfeito, com isso certamente eu me sentia cuidada por ela. E acrescento: nenhuma sensação carnal poderia superar essa. Até porque, o cuidado que ela me propunha seria para a vida. Vinte, trinta, quarenta anos... e eu ainda vejo Lauren reservando jantares como esses, dizendo-me o quão bonita sou, comprando buquês de rosas, fazendo-me se apaixonar pela milésima vez por ela.

— Você primeiro. — cavalheira, estendeu a mão para que eu passasse a sua frente, saísse do elevador panorâmico e caminhasse pela primeira vez em um dos lugares mais atípicos e inesperados da minha vida.

Estou boquiaberta, suspirando apaixonada, olhando todos os detalhes do restaurante e vista da Cidade Luz.

— Você está tão bonita, Lo. Estão olhando para você, veja... — digo em um sussurro para a dona da Jaguar's Agency, que de pronto, tornou a entrelaçar nossas mãos, demonstrando aos presentes que éramos um casal.

Muitos homens e mulheres olhavam para a nossa direção.

Ao contrário do passado, não me intimidava mais este cortejo alheio, pois eu já estava acostumada com esse tipo de atenção durante os meus desfiles.

— Não, meu bem. — disse com toda a calma do mundo. — Estão olhando para você.

Me contenho de olhar de imediato assim como um dia fiz na boate quando conheci Lauren Jauregui. Pela primeira vez em meses, posso afirmar que ela estava completamente errada quanto ao que me dizia.

Todas aquelas pessoas não estavam apenas me fitando. Elas, na verdade, estavam mirando nós duas. Nós duas. Nós, como um casal.

Aperto mais minha mão na de Lauren, tomando um pouco de seu calor para mim.

Ela sorri enquanto nos dirigimos para nossa mesa. Me olha, acaricia minha pele com seu polegar. Eu estava tão feliz de estar experimentando tudo aquilo com ela. Especificamente nesse instante, eu me sinto a mulher mais zelada e amada do mundo.

Lauren ainda segue olhando para mim enquanto eu a amo em segredo. No entanto, eu também estou fitando seus olhos verdes, por minha vez, com um sorriso apaixonado esboçado.

Posteriormente, ela puxa a cadeira para que eu possa me sentar. Meus olhos ainda nos seus. Ela abaixa seu rosto com um sorriso tímido após eu passar por ela. Queria me dizer algo. Eu sinto que sim.

Após nos aconchegarmos à mesa, admirando a bela paisagem à frente, somos indagadas por um dos responsáveis do estabelecimento se éramos alérgicas a alguma coisa. Eu o aviso que não, já Lauren, pede uma atenção mais especial aos crustáceos e leguminosas.

— Qual vinho as senhoras desejarão? — ele falava em inglês, pois deveria saber que éramos estrangeiras.

Que bom, porque eu não entendia bulhufas em francês.

— O da casa, por favor. Nos surpreenda. – Lauren diz para o homem experiente de cabelos grisalhos, que assente com um belo e educado sorriso.

— Com prazer, senhoras. Com licença.

Lauren está ao meu lado. Sua mão sempre busca pela minha em baixo da mesa. Diferente dos outros dias, hoje ela está muito mais carinhosa e menos ansiosa para 'o pós jantar'. O que eu deveria falar?

Qualquer excitação poderia – e obrigatoriamente deveria – esperar enquanto tínhamos uma vista tão maravilhosa quanto essa. A Cidade Luz... Céus! Ela é tão bonita e romântica.

Seguro a mão de Lauren conforme direcionava minha atenção à ela.

— Obrigada por me trazer aqui. É o lugar mais lindo que já vi na vida.

Lauren prossegue acariciando minha mão com seu polegar. Seu sorriso está tão leve e realizado, que me limito a imaginar como estaria o meu nessa altura do campeonato.

O vinho chega, então fazemos os nossos pedidos. Logo, era apenas eu e Lauren, a maravilhosa vista da cidade francesa e um bom vinho italiano de 1932. Eu não poderia desejar nada acima disso. Era a melhor experiência que, como um casal, eu poderia imaginar.

— Camila? — alguns minutos depois, a voz de Lauren ecoou entre o nosso silêncio.

Educada, eu viro meu rosto para ela. Lauren ainda está segurando e acariciando a minha mão. Sua boca está entreaberta, respirando... desregulada?

— Sim, vida?

Jauregui tinha razão quando me falava o quão assustador é quando eu a chamava pelo primeiro nome. Soava como se você tivesse feito algo errado.

— Eu... — por fim, cortou o gesto anterior para colocar o punho na boca. Deu três tossidinhas. – Bom, eu...

Uma mudança repentina, eu diria.

Lauren estava tão leve pela tarde e manhã. Muito mais carinhosa e detalhista que o seu habitual. Não tentou preliminares desde o café da manhã, pelo contrário, até um buquê de flores na nossa volta do museu ela comprou pra mim. A nossa ida até esse restaurante, as fotos românticas que tiramos e tantas outras que me fizeram se apaixonar centenas de vezes por ela somente hoje...

— Eu amo você. — disse feito uma adolescente que confessa pela primeira vez sua paixonite pelo crush. Tão linda! Suas bochechas ruborizaram e eu tenho certeza que as minhas não estão diferentes, pois era e sempre será muito bom ser elogiada por Lauren, sentindo, desta forma, que tudo o que fala para mim é de coração e recíproco.

— Eu também te amo, Lauren. — para amenizar seu nervosismo, eu lhe esboço um sorriso verdadeiro. Deve ser muito especial para ela me trazer aqui. Aliás, estava sendo muito especial para mim também.

— Eu... — engoliu em seco enquanto eu continuava lhe fitando. — Eu gostaria de te falar mais uma coisa antes de prosseguirmos.

Okay...

Someone to Stay

Meu coração já começa a se inquietar no peito. Lauren ajeita a gola de seu blazer. Ela ainda está olhando nos meus olhos, o que me faz ter a sensação de poder desmaiar a qualquer instante dependendo do que fosse me revelar.

— São mais de nove meses que eu tenho a honra de estar ao seu lado. De ter a sua companhia. — assenti. Minha garganta começa a queimar. — Eu vi o seu progresso, Camila. Vi a mulher que se tornou. Vi as dificuldades que passou. Os medos. Tudo que teve que enfrentar para construir uma nova vida aos vinte e oito anos.

Ela relembrar dessa maneira o meu passado me fazia encher os olhos de lágrimas. Céus! Literalmente é uma vida construída em nove meses, pois eu não tinha perspectiva nenhuma antes disso. Meu casamento do jeito que estava, nas condições financeiras que eu me mantinha e até pela minha dependência emocional no meu ex marido, era perfeito na minha visão. Cresci tanto ao lado de Lauren que posso afirmar que hoje sou muito mais "cabeça", mais feliz, mais respeitada, completa e amada do que um dia já foi. Meu presente e futuro prometem serem melhores que o meu passado. Eu devo isso a ela e a confiança que me depositou logo no começo de tudo.

— Me sinto tão honrada de poder participar da sua vida. De ser essa pessoa que, quando você precisa de um ombro, está ali. — concordei devagar com a cabeça, certamente me controlando e mordendo o cantinho da minha boca para não atrapalhar seu discurso e selar nossas bocas. — Você é a mulher mais inteligente, bonita, interessante, atraente e forte que eu já conheci. Eu sinto tanto, Camila... tanto por estar ao seu lado neste momento. Eu sinto amor. Sinto sorte. Sinto paixão pelo seu sorriso e companhia.

— Lauren... — mais alguns segundos e minhas lágrimas cairiam. Era melhor ela parar.

— Tudo que eu puder fazer por você, eu vou fazer, Camila. Pela sua felicidade, pela sua paz e vida. Você pode ter certeza disso. — minha garganta continua queimando. Meu coração está palpitando tão forte que sinto minha respiração falhar. Meu deus, nesse instante eu amo tanto Lauren, que eu tenho vontade de me levantar de onde estou sentada e gritar para o mundo inteiro o quão bom esse sentimento é. — Eu quero cuidar de você. Protegê-la. Fazer conchinhas todas as manhãs, e implorar para que você não saia, porque eu te amo muito, Camila, e esperar mais vinte e quatro horas para ter esse momento com você é tempo demais para mim.

Não me contenho, e começo a chorar. Se olho para os lados, vejo a emocionante vista da cidade francesa. Portanto, me mantenho fitando minha mulher e ao discurso mais bonito que já proferiu para mim. A bobona aqui já estava se derramando em lágrimas mesmo, do que adiantava disfarçar olhando para os lados?

Lauren me transbordava por dentro a ponto de me emocionar. Ela precisava saber disso.

— Eu já te falei isso uma vez. — sua mão brincando com a minha. Sua voz cada vez mais falha, prestes a também se emocionar. — Mas eu faço questão de repetir para que você nunca se esqueça: você mudou a minha concepção de relacionamento, Camila. Eu juro que eu não tinha perspectiva nenhuma de amar outra pessoa após o meu divórcio. Era tudo tão vago...

— Ai, amor... — minhas lágrimas desciam sem nenhum empecilho. Que vergonha! Penso. Mas no mesmo instante, me lembro que estava recebendo uma declaração de Lauren. Vergonha seria não se emocionar ouvindo-a tão verdadeira só para mim assim.

— Eu nunca vou esquecer todas as lições que você me ensinou sobre amar, Camila. — seu suspiro lento, assim como suas palavras. Ela era dona do próprio discurso. Falava sem pressa, fazendo as palavras deslizarem feito poesia sobre sua boca. — Do momento que segurou minha mão quando eu mais precisei. — sua mão se apertando mais na minha. Eu vejo os olhos verdes de Lauren se encherem de lágrimas. — Você me guiou diariamente para realizar a promessa que fiz ao meu pai. Em como o respeitou e me respeitou, você não faz ideia do quão importante aquilo foi para mim: ter uma pessoa em que eu pudesse confiar, me ajudando a passar pelos momentos difíceis, me dando carinho, me apoiando ou puxando minha orelha sempre que achava necessário.

Lauren matava e morria pelo homem que de tudo fez por ela enquanto em vida. Não era meu papel desprezar esse sentimento, mas, sim, fortalecê-lo.

Mesmo sem conhecê-lo, sou grata a Michael Jauregui e à mulher incrível que ele - sozinho! - educou e criou com muito amor.

— E eu acho que é exatamente sobre isso um relacionamento: apoio mútuo, amor, respeito, carinho... — abaixei minha cabeça, secando minhas lágrimas que já eram muitas. — Quero poder estar ao seu lado da mesma forma que você esteve para mim por mais nove, cem, dezenas de milhares de meses, meu amor. — aquilo me desestabilizou imediatamente, onde não adiantou de nada secar minhas lágrimas, pois comecei a comecei a novamente chorar para Lauren enquanto sorria para a sua fala. Era tão bom quando ela vocalizava seus sentimentos, que por sinal, eram recíprocos aos meus. — Cuidar e amar você, essas são minhas únicas promessas para a nossa eternidade, Camila... — sempre dava pequenas pausas para poder respirar, completando seu raciocínio. — Felicidade e completude são consequências que eu sei que... — mais outra pausa. —... virão no nosso dia a dia se eu for boa nessas outras duas coisas que eu mencionei. Eu tenho certeza que posso... que posso te amar e te fazer a mulher mais feliz do mundo todos os dias. E é isso que eu quero, amor: te fazer feliz.

— Ai meu deus, vida, que lindo! Ah, eu te amo! – pensei em colar nossas bocas, mas vi que ela ainda desejava falar algumas coisas. E como se não bastasse, chegou um momento que Lauren precisou me passar o guardanapo da mesa para a chorona aqui secar as lágrimas.

— E aproveitando que e-estamos aqui, Camila...

Estou secando meus olhos quando Lauren deixou de segurar minha mão. Mais alguns segundos e minha maquiagem estaria borrada!

— Karla, eu t-tenho certeza absoluta que você é o amor da minha vida. — Lauren respirou fundo e eu também. — Não quero perder mais nenhum instante da minha vida deixando de te chamar pela palavra certa.. Quero construir uma família com você, amor. Realizar os nossos sonhos. – minhas mãos estão tremendo. Lauren está olhando nos meus olhos. Está nervosa. Suas bochechas estão vermelhas. E ela não sabe se sorri ou se deixa seus lábios tremerem. Eu estava prestando bastante atenção nela até que... Aí meu Deus! — A-amor... eu te amo muito... — Lauren retira do bolso de seu blazer uma caixinha vermelha no que eu deixei o guardanapo cair no chão, arregalando meus olhos com as duas mãos na boca.— C-Camz, você aceita se casar c-comigo...?

Sabe aquele momento que o seu corpo congela, o momento passa a ficar em câmera lenta, mas o seu coração continua batendo rápido no peito?

Pois é.

O pedido de Lauren me deixou assim: com um delay devido ao misto de sensações que me tomaram naquele momento.

Um misto de sensações porque seis meses após eu terminar uma relação de mais de dez anos, contando a fase do namoro, eu estava prestes a ingressar em uma nova. Era assustador pensar que em nove meses que conheço Lauren eu fui muito mais cortejada, reconhecida e respeitada do que quando estava com o meu ex marido. Quantidade não é qualidade, e eu comecei a aplicar esse ditado na minha vida após conhecer Lauren.

Me lembro de ter falado com minha mulher, umas duas vezes antes de nós nos declararmos, que eu não via sentido em começar outro casamento após o divórcio. O irônico era que Lauren, de coração e verdadeira, repetiu as mesmas palavras. Ambas viemos de relações conturbadas. Ela, por Alexa explicitar estar interessada apenas em seus bens. E eu, bom...

Eu amo a vida e a maneira que ela nos faz mudar de concepção em um curto período de tempo. A Camila de nove meses atrás jamais imaginaria pensar em estar em Paris, em um restaurante como esse, apaixonada novamente, só que dessa vez por uma mulher que a faz sentir um frio na barriga sempre que toca sua cintura, beijando sua boca.

Eu não sou a mesma Camila de nove meses atrás, assim como não sou a Camila receosa para relacionamentos de oito ou sete meses passados.

A Camila "ousada", que desejava explorar sua "sexualidade" com medo de ficar dependente sexual e emocionalmente de outra pessoa também não estava mais aqui. Já a Camila insegura sobre as intenções de Lauren, sobre o tipo de relação que ela gostaria de levar comigo, e se o que tínhamos ou não ali era mais do sexo, desapareceu.

De alguma maneira bem específica, mas cuidadosa, Lauren conseguiu romper todas as minhas objeções ao longo desses nove meses. Eu não digo apenas pelo bom sexo que ela me dá não. Eu estou falando da maneira que ela me olha, me toca, na maneira que Lauren cuida de mim, e eu pela primeira vez consigo ver eternidade nesse gesto feito por outra pessoa. Me sinto tão feliz ao lado dela, que seria egoísmo de minha parte adiar esse momento por mais tempo.

Lauren me olhava ansiosa e aflita, a mão que segurava a caixinha e apontava para mim tremia um pouco, ela estava nervosa e foi aí que eu percebi que eu estava demorando demais para respondê-la.

— Sim! É claro que sim, amor! Eu aceito me casar com você, Lauren!!! — despertada dos meus pensamentos, eu não me controlo, onde me levanto da minha cadeira e vou até a sua para lhe abraçar. Lauren também se levanta, colocando a caixa de alianças em cima da mesa. Seus olhos estão marejados, então assim que eu sorri para ela, afirmando várias e várias vezes que sim com a cabeça, também às lágrimas, minha mulher de imediato abre um sorriso apaixonado, deixando o choro de alívio misturado à felicidade invadir seu corpo. Estávamos chorando quando Lauren segurou meu rosto com as duas mãos. — Eu te amo... e eu prometo ser a melhor esposa que você poderá imaginar...aí meu Deus, eu estou tão feliz!

— Desde o princípio eu já sabia que seria, Camz. — disse sôfrega, com um sorriso feliz assim que separou nossos rostos. De fato, o sentimento era muito forte em nosso peito para conseguirmos falar alguma coisa sem sermos tomada por uma falta de ar. — Céus! Eu te amo muito... — colou nossas testas, ainda que segurando o meu rosto com as duas mãos. Por minha vez, meus braços rodeavam e acariciavam sua cintura por cima do tecido do terno. — Muito, amor..

— Eu te amo muito mais, minha esposa linda...

Tem coisas que a gente fala que foi o coração que nos obrigou a exprimir. Designar Lauren como esposa foi a melhor coisa que eu já pude experimentar na vida. Meu corpo inteiro se arrepiou, e por estar próxima a Lauren, eu pude sentir o dela fazê-lo também.

Algumas pessoas em torno, um pouco longe da nossa mesa, presenciavam a cena. Alguns respeitosamente nos aplaudiam, outros, apenas continuavam suas conversas. Mas eu juro que não estava com cabeça para nada disso no momento. Lauren olhava dentro dos meus olhos, com aquele sorriso apaixonado e meio tímido que me amolecia inteirinha. Logo, meu foco estava totalmente nela e em como a palavra "esposa" coube nessa sensação.

Ao final, após contermos os nossos ânimos e lágrimas, ela colocou o anel de noivado na minha mão direita, beijando-a toda carinhosa em seguida. Eu refiz seu gesto. Só que ao invés de beijar a mão que coloquei cuidadosamente o anel, eu preferi beijar brevemente os seus lábios, sentindo-a arfar quente contra a minha pele. Lauren estava sentindo esse momento tanto quanto eu. Seu coração deveria estar explodindo de felicidade e ansiedade, afinal, ela também vinha de uma experiência de casamento mal sucedida - e era tão bom pensar que a minha demonstração de carinho diária foi capaz de cortar esse vínculo sobre as suas concepções errôneas de relação.

Pois bem, após a troca de alianças, nosso jantar foi servido em pequenas entradas. Quatro, no total. E para ser bem sincera? Na segunda já estávamos desejando pular fora daquele restaurante. Por algum motivo o nosso foco deixou de ser aproveitar a vista ou a deliciosa refeição.

Eu estaria mentindo se dissesse que já não era assim, mas minha tensão sexual com Lauren sempre foi uma coisa de outro mundo. Meu estômago revirava apenas por olhar a minha mão e enxergar a aliança delicada banhada a ouro, além do anel com uma lindo e pequena pedra - onde não me arrisquei a perguntar, mas eu tenho certeza que é um diamante de verdade.

Meu coração está bombeando muito forte no meu peito. São muitas sensações para se assimilar. Lauren não olha mais para o prato dela. Ela está olhando a todo momento para os meus olhos enquanto beberica um pouco do vinho italiano. Ela o faz como se buscasse uma resposta minha. Uma resposta que já estava clara.

— Vamos? — me levantei da mesa, onde a terceira entrada mal havia sido tocada pelo meu garfo. — Já está tarde, amor. Precisamos ir. — eu já não estava me aguentando.

Lauren não se faz de rogada. Pelo contrário, também se levantou, chamou o garçom responsável pela mesa, agradeceu aos serviços e ainda o deixou uma gorjeta generosa. Como já havia pagado antecipadamente pela reserva, apenas fomos orientadas a descer o elevador panorâmico em sentido ao jardim de saída da Torre.

— Está sentindo isso também? — Lauren segurou na minha mão após voltarmos a parte térrea. Entramos no primeiro taxi que avistamos.

Ela me olhou como quem não quisesse fazê-lo. Manter o contato visual com Jauregui nesses instantes era uma coisa perigosa e quente, pois qualquer gestozinho errado, poderíamos estragar tudo e expor nosso desejo a público.

— Okay. — ela entendeu o meu silêncio intencional.

Lauren respirou fundo enquanto eu virava o rosto em direção contrária do seu ainda que de mãos dadas, fazendo carinho. Era uma tensão sexual fodida! Impressionante como tudo aquilo se tornou mais intenso que o habitual, apenas pelo simples fato de haver uma declaração, um jantar e um anel de noivado. Então, sim. Havia ansiedade para experimentar tudo isso na cama, chamando Lauren apenas por "minha esposa".

Era tão forte, tão intensa essa sensação, que eu juro que eu sentia falta de ar durante todo o caminho. Para dificultar minha situação, a mão de Lauren que eu segurava trocou intencionalmente de "posição". Seus olhos ainda direcionados a mim, onde começa a tocar a minha coxa e eu sei que ela está apenas tentando aliviar um pouquinho da excitação maluca que de repente tinha nos tomado.

Nos provocamos o caminho inteiro até chegarmos no nosso destino final. Lauren cede uma nota de cem euros para uma corrida que foi vinte e sete. Ela não espera pelo troco, até porque já estávamos do lado de fora do automóvel, e eu sequer me lembrei que tínhamos que pagar a corrida, já me direcionando para a entrada do hotel.

— Escada? — foi o que perguntou no que suspirava aflita devido ao tesão que estava sentindo. Eu amava quando ela ficava assim.

Em contrapartida, não respondo a pergunta de Lauren, apenas retiro os meus saltos, os seguro na mão e apresso os meus passos sentido a escada de emergência.

Não precisou dez degraus para a minha mulher vir cheia de vontade, rosnando palavras sujas, me segurar por trás, beijando o meu pescoço enquanto apalpava a minha bunda de mão cheia. Assim como eu, Lauren sentia essa sensação de urgência que somente a excitação era capaz de nos trazer.

— Você gosta disso, hm? — provoquei, jogando minha cabeça para trás conforme Lauren devorava o meu pescoço com sua boca e língua. — Gosta de beijar a sua esposa assim? — ela se arrepiou quando eu disse aquela palavra pela segunda vez, o que me fez gemer de olhos fechados para Lauren.

— Ah, Camila, precisamos ir para o nosso quarto! — demonstrou sua pegada ao me segurar pelos quadris com as duas mãos, me trazendo mais para si, onde me desejou, roçando sua cintura e cinto da calça na minha bunda. Era bom demais ser tomada dessa forma. — Gostosa! — estralou um tapa delicioso na minha nádega direita, que balançou até que fosso tomada novamente por sua mão cheia. Lauren adorava maltratar essa parte do meu corpo. — Sobe, vai... — ia lambendo o meu pescoço, o que de certo modo me fazia não cumprir seu pedido, pois minhas pernas bambearam. — Sobe pro nosso quarto para eu gozar em você.

Era maravilhosamente bom subir sete andares dessa maneira: sobe dois degraus, recua três. Caminhávamos rindo, gemendo, nos beijando, se agarrando loucamente contra uma parede e corrimão. De fato, uma das experiências mais bem vividas da minha vida.

Nos beijamos tão gostoso entre as paredes, que em algum dos andares que passamos, eu deixei o salto que eu segurava cair no chão. Não me importo de perdê-lo, pois eu mesma já estava perdida quando Lauren mordeu e sugou meu lábio inferior com sua boca.

Bons minutos após, conseguimos com muito custo e poucas roupas chegar em nosso quarto. Lauren perdeu o blazer, brincos, enquanto eu, além dos saltos, tinha meu cabelo todo bagunçado. Não nos limitamos a pensar nas câmeras de segurança. Pelo contrário, voltamos a nos beijar de língua antes de entrar no nosso quarto. Um beijo selvagem que envolvia muito desejo. Lauren segurava meus quadris enquanto eu puxava suas mechas. Ela estava me enlouquecendo, e tudo só melhorava ao pensar que estávamos apenas no começo.

— Onde pensa que vai sem mim? — Lauren bateu a porta e franziu as sobrancelhas ao me ver desvencilhar de seu corpo, parar de massagear seus seios. Ela adorava quando eu tocava eles.

— Tenho uma surpresa para você. Deixe-me tomar um banho. Será rápido.

Eu nunca tinha feito isso na vida: parar uma preliminar, esfriando tanta a excitação dela, quanto a minha, para sugerir uma coisa dessa.

Lauren continuou parada na porta. Não negou nem concordou. Talvez estivesse achando que eu fosse falar que era uma piada. Mas não.

Com o silêncio, optei ser uma resposta positiva, logo, me virei de costas para ela.

— Amor... — sua voz rouca ecoa bem baixa, me arrepiando da cabeça aos pés.

— Sim? — respondi ainda de costas.

— Eu estou excitada. — disse simples, provavelmente sem saber se seguia seus instintos ou se não, apenas se mantinha ali, na porta, parada, sem entender o que eu estava fazendo.

Eu precisei respirar fundo.

Como que se recusa essa mulher mesmo quando não se quer recusá-la?!

—... eu vou te recompensar, amor. — a olho de ombro, sendo isso tudo que me palpitei a dizer. — Me espere na nossa cama e não entre no meu banheiro. Você não vai se arrepender. Eu prometo.

Lauren concordou com a cabeça? Sim. Insatisfeita? Muito provavelmente. Então se ela concordou, era porque tinha me dado alguns minutos.

Corri para pegar algumas coisas na minha mala e já fui direto para o chuveiro, trancando a porta caso minha mulher decidisse mudar de opinião.

Após me banhar, passo o hidratante corporal que ela adorava e escovo os dentes. Meus cabelos ainda estão escovados, então apenas opto por ir sem nenhum resíduo de maquiagem no rosto.

A melhor parte com certeza estava nas peças que eu havia escolhido para ela nesta noite.

Por sinal, era longe dos meus pensamentos ser pedida em casamento por Lauren hoje, amanhã ou em qualquer outro dia desta maravilhosa viagem. E como este passeio era um presente dela para mim, por que que eu não poderia presenteá-la todas as noites com um conjunto apertado e rendado de cores diferentes?

Hoje, era o sexto dia que estávamos a passeio. Nesta noite, o conjunto tinha a cor branca. Tão rendado e pequeno que se fazia dispensável.

Eu amava comprar minhas peças com essas características, sobretudo porque aquilo enchia minha mulher de tesão. Era de testar sua paciência ver-me brincando com o conjunto - uma coisa tão desnecessária e sexy, pois Lauren conseguia ver tudo da minha intimidade ainda que eu o usasse - enquanto eu o tirava lentamente sobre a sua visão.

— Demorou...

Foi a primeira coisa que me chamou a atenção quando saí do banheiro. Lauren já está sem sutiã, sentada no colchão, me esperando enquanto me chama com uma das mãos.

Noto que também tomou banho, pois sua toalha estava pendurada em um dos cabides da porta.

Seus cabelos soltos, meio molhados. Seu rosto sem nenhuma maquiagem. Sou incapaz de raciocinar em tamanha perfeição de seus detalhes. Em como suas covinhas na barriga, definida pelos treinos árduos de boxe que faz, são atraentes. Suas coxas grossas, abertas para mim, enquanto ela bate a outra mão para que eu sente ali. Quando me dou por mim, já sinto minha calcinha molhar. Sozinha, e repito, sozinha Lauren Jauregui colocou o presente que eu lhe dei de aniversário. A gargantilha de couro preta com meu nome estampado mais uma vez cobrindo seu pescoço. Eu adorava ver o meu nome ali, marcando a pele dela. Em contraparte, Jauregui adorava se sentir pertencida. E ela era minha. Minha mulher. Minha esposa.

— Que delícia, Camila... — apertou as duas coxas com a própria mão, suspirando enquanto falava. Ela estava muito excitada. — Vem pra sua mulher, vem... — meu corpo queimava por dentro quando ela falava isso, deslizando as palavras. — Senta aqui... — deu duas batidinhas na própria coxa esquerda para em seguida começar a auto massagear os seios.

Essa, sem dúvidas, era uma das cenas que me fazia perder o resto de sanidade que me restava: Lauren massageando os próprios seios enquanto me cortejava cheia de tesão.

Foi a minha vez de suspirar.

— Isso, Lauren, aperta. — digo com voz firme. Ela estava apertando seus próprios mamilos, onde rapidamente me fez molhar a calcinha, querendo tomar o lugar de seus dedos para envolver minha boca ao redor deles. — Aperta bem gostoso que eu sei que você goza assim.

Ela continuava me olhando enquanto o fazia. Portanto, começo a caminhar lentamente, descalça, para então me posicionar sentada entre sua cintura, de frente para ela, assistindo-a se auto dar prazer em uma das regiões mais sensíveis do corpo de Michelle.

— Você gosta assim, Lauren? — já em seu colo, me esfreguei para frente e para trás. O tecido era rendado, inútil, e eu estava tão molhada que com certeza minha mulher já podia sentir o meu líquido tocar sua pele.

— Ah... Eu adoro foder você, meu amor... — fechou os olhos quando eu segurei seu maxilar e direcionei minha boca até a parte que não estava coberta pela gargantilha do seu pescoço. — Oh, sim..

— Vou te marcar inteirinha, Lauren... — ela revira os olhos conforme eu sentia contrações no meu ventre. Estava tão gostoso que a lubrificação melava minha calcinha de segundo a segundo.

— Você está tão molhada.. — choramingou com voz dengosa, tombando a cabeça para trás. — Porra! — parou de apertar os próprios seios para agarrar e estapear com força a minha bunda. Uma mão para cada nádega. Eu mordi e chupei sua pele quando ela o fez. Tinha sentido minha lubrificação escorrer. — Eu estou com tesão, quero te sentir na minha boca, Camila! — eu me esfregava para frente e para trás em suas coxas. Lauren usava uma cinta.

— Você quer que eu goze na sua boca, amor? — ela riu nasal da minha pergunta. Estava tão excitada que não conseguia controlar os próprios atos. Seu riso era de desespero, ansiosa. — Me responde. Eu estou te perguntando. — parei de segurar o seu maxilar e comecei a puxar a fivela da gargantilha. Com aquele pedaço de fio, eu tinha Lauren de todas as maneiras na minha mão.

Ela sorria toda safada olhando pra minha boca. Era impressionante como Lauren adorava ser colocada no seu devido lugar na hora do sexo.

— Sim, baby.

— Então fala pra mim quem é que manda em você, Lauren... — minha boca bem próxima a dela, onde não a deixo iniciar um beijo.

Jauregui sorriu de lado após escutar a minha provocação.

Ela gostava disso.

E sinceramente? Não tinha nada mais prazeroso do que ouvi-la com aquela maldita voz rouca pronunciar:

— É você, baby.

Isso. Sou eu. É claro que sou eu.

Gemi, fechando meus olhos.

— Você quem manda em mim, Camila. — apertava as minhas nádegas para hora ou outra estapeá-las. Mordi meu lábio inferior. Eu estava quase gozando. — Eu sou toda sua, meu amor. Toda sua.

Como ela estava sentada na beirada da cama, eu empurrei com cuidado o peitoral de Lauren, onde fiquei entre suas pernas, que estavam rentes ao corpo. Meu joelhos apoiados no colchão. Pedi para que subisse e se deitasse perto da cabeceira. Tudo isso enquanto nós trocávamos um contato visual capaz de me levar a outra dimensão de tão intenso que era.

Somente olhando para os olhos turvos da minha mulher, eu consigo saber exatamente o que ela está esperando de mim nessa noite, quais posições deseja, como ela quer gozar e o que ela quer fazer comigo.

Agora, eu fico de pé na cama. Caminho até que meus pés se mantenham ao redor do rosto de Lauren. Era maravilhoso estar por cima, ter o poder sobre aquela mulher.

— Tira, Camz.. — gemeu. Ela se referia a minha desnecessária calcinha de renda branca fio dental.

Em provocação, eu puxo o tecido rendado para o lado, mostrando para ela o quão molhada eu estava. Lauren segurou meus tornozelos. Em olhar, implorava para que eu tirasse logo aquela peça inútil. Eu estava amando ser cortejada assim.

— Ah, meu deus! — me puxava para si, estava ficando maluca. — Eu vou enlouquecer, Camila...

Ao final, lentamente vou tirando a minha calcinha após ter mostrada a minha boceta para ela. Lauren apertando as pernas uma na outra enquanto rosnava e suspirava, toda excitada.

Em seguida, eu joguei o tecido para ela, onde a mulher de trinta e sete anos pegou-a, beijou e cheirou a parte que estava mais molhada, depois guardou-a entre a cinta preta que usava. Essa eu sei que ela levaria pra Miami e guardaria junto com as outras calcinhas que já tinha pegado de mim.

Me acomodo em seu rosto, segurando os seus fios. Lauren olhava fixamente para mim. Seus olhos brilhavam enquanto sua boca murmurava coisas desconexas e safadas com a minha intimidade pertinho de si.

— Sente o meu cheiro, Lauren. Olhe como estou excitada por você, vida.

O que antes segurava os meus tornozelos, rapidamente agarraram e estapearam a minha bunda. Não perco tempo, solto um gemido alto e longo quando ela me puxou para baixo e sua língua devorou e lambeu toda a minha boceta. Assim como eu, ela sentia prazer em fazer isso, então movimentava o rosto para cima e para baixo, lambendo e sugando, em busca de sentir o meu líquido quente escorrer em sua boca.

— Ah! — revirei meu olhos, arfando muito, dando leves quicadinhas em sua boca e língua.

— Delícia! – estapeou mais uma vez os meus quadris. Depois, puxou minha cintura contra seu rosto, desejando talvez aquela sensação gostosa e temporária que era quando minhas coxas e boceta tomavam sua boca e nariz, a fazendo ficar sem ar por alguns segundos até que eu arqueasse meus quadris novamente e a deixasse respirar. — Porra! Eu amo a sua boceta, Karla! Goza na minha boca, amor! A sua esposa está louca para te sentir!

Não sei qual era o efeito que desejava conseguir com aquelas palavras, mas a resposta involuntária do meu corpo para essa fala veio de imediato. Deixei de segurar suas mechas para enfiar dois dos cinco dedos da minha mão esquerda na minha boceta. Pertinho de seus lábios, começo a me masturbar rápido e fundo. Lauren gemia comigo. Lambia o próprio lábio inferior à espera do meu gozo acertar a sua boca.

— Mete com três! — ela gemeu e o fiz — Isso! — o cheiro da minha excitação invadindo o quarto. Os gemidos manhosos. Meus dedos sendo enfiados em uma velocidade cada vez mais rápida. — É assim que você gosta! Mais rápido, vai! — Não demorou muito tempo para eu arquear a coluna, retirá-los de dentro, e com a outra mão livre, direcionar o rosto de Lauren até a minha entrada para que ela pudesse tomar tudo do que eu tinha para lhe oferecer. — Camila!! Hm!! — contrai minha boceta antes que ela pudesse me lamber.

Eu gritei, contorcendo os dedos dos pés e coluna, quando os lábios quentes e macios começaram a acariciar a minha entrada sensível. Meu clitóris estava exposto, duro, então Lauren o massageava com a mão direita. Eu estava gozando na boca dela. Gozando enquanto ela gemia para mim.

Para não perder o equilíbrio, me apoiei com as duas mãos na cabeceira da cama. Estava cansada. Nada superava a delícia que era o sexo oral com Lauren. Nem dedos, nem brinquedos sexuais, nada. O oral da minha mulher era o melhor, e nada melhor do que começar a noite recebendo-o.

— Eu te amo, Camz. — ao final, beijou o meu clitóris, guiando sua boca pelas minhas antecoxas. O contato trazia-me uma série de arrepios e contrações, sobretudo porque eu estava sensível. — E amo o seu gosto, o seu cheiro, tudo!

— Eu te amo, Lo. – comentei entre suspiros. Lauren ainda tocava o meu corpo com muita devoção. Estava excitada e eu sabia que precisava fazer alguma coisa após recuperar as energias.

Tudo no nosso sexo envolvia intensidade. Se fazíamos amor, era intenso. Transar? Super intenso. Foder? Oh, nem se fale.

Não gostávamos de denominar aquilo que estávamos fazendo, pois sabíamos muito bem que havia uma mistura dos três em cada um de nossos atos. Era gostoso ser apertada e fodida com força assim como era o paraíso receber carinho e beijos após um orgasmo.

E era isso que Lauren fazia comigo neste momento: carinho, beijos e confissões lindas sobre seu amor por mim. Me ajudou a me acomodar entre sua cintura, a após me beijar de língua, passando o gosto do meu gozo para a minha boca, acariciando minhas costas com a mão, ela me perguntou após cortar o nosso beijo:

— Você quer o strapon agora? — ela abre seu sorriso de lado para acabar de vez com a minha sanidade. Envolvo meus braços ao redor de seu pescoço, acariciando suas mechas.

— É claro que quero. — respondo no que olhava dentro de seus olhos. — Quero você dentro de mim. — Verbalizar o que desejávamos, durante um contato visual intenso como este, era uma das melhores formas de recarregar nossas energias. Lauren mordeu o próprio lábio inferior, e para pegar o brinquedinho que estava dentro da caixa, na comodo ao lado, pediu para que eu o entregasse a ela.

Não havia cerimonia, destampou a caixa e me mostrou o dildo novo que havia escolhido para a ocasião. Apenas ao vê-lo, meu corpo reage por si só, movendo-se contra as coxas grossas de Lauren à medida que seus olhos devoravam cada pedaço da minha pele exposta. Era tão gostoso sentar na minha mulher quando ela usava seu brinquedo favorito. Estava louca para gozar assim.

— Karla? — sem pressa e com cuidado, segurou meu maxilar com uma das mãos. Experiente, eu paro meus movimentos e retomo minha atenção a sua boca e olhos. — Fique entre as minhas pernas e coloque o dildo na cinta.

Ela poderia fazer isso sozinha. Eu sei que poderia. Mas não era de agora esse fetiche que Lauren tinha em ver uma mulher ajoelhada, chupando e melando um brinquedo de plástico, apenas para demonstrar sua autoridade. As posições, de repente, haviam se invertido. E se ela foi obediente quanto às minhas ordens, por que eu ousaria fazer diferente, sim?

— Engatinhando. — ordenou e eu fui me ajeitando mais para a beirada da cama, ao que Jauregui me dava espaço entre as suas pernas. Assim como pediu, eu engatinhei até a posição desejada. Meus quadris empinados para a porta do banheiro. Meu rosto à mercê de sua mão, que alisava a lateral da minha bochecha como forma de estímulo ao que eu estava prestes a fazer. — Isso. — me entregou o dildo, e aprovou minha atitude de lumbrificá-lo com saliva antes de encaixá-lo na cinta. Passo minha língua e lábios pela extensão. O formato era semelhante com o de um pênis. A glande, as veias. A cor sendo de acordo com a pele de Lauren. Ali, ela me dizia que o dildo não era apenas um brinquedo. Gostava que eu o tratasse bem com minha boca da mesma forma que eu o fazia quando chupava sua boceta. Eu entendi o que ela queria, então prontamente encaixei o pênis de borracha na cinta. — Você sabe o que deve fazer?

Assenti com a cabeça.

— Quero ele bem molhado. — alisava o meu rosto, olhando nos meus olhos com seriedade. — Vou te foder com a cinta.. — suspirei no que sentia minha boceta se contrair sozinha, empinada para o nada, desejando Lauren dentro dela. — E só te fazer gozar com a minha boceta. Capriche para mim, Camila. Capriche para a sua esposa.

Jogo meu cabelo de lado. Primeiro, fazendo charme, depois, para possuir maior praticidade.

Minha boca desliza pela glande enquanto estou entre as pernas de Lauren, chupando-a da maneira que ordenou. Minha língua percorre a extensão. O tamanho sendo médio, e a grossura um pouquinho mais alinhada. Eu adorava sentir a minha boceta preenchida, alargada a cada estocada. Talvez tenha sido por isso que escolheu desse formato.

— Tudo. Engole tudo... — com uma das mãos, preparou um rabo de cavalo sem liga nos meus cabelos, facilitando os meus movimentos.

O tamanho não me era um "problema", mas a grossura? Oh, essa sim era um dos grandes.

Eu preferia assim. Ela sabia disso.

Tento a primeira vez engolir o brinquedo de borracha por completo, mas não consigo. Lauren sorrindo de canto ao me ver retornar ao trabalho na glande. Aparentemente ela adorava quando eu falhava, pois demonstrava que aquilo que ela havia escolhido para a noite era mais que o suficiente para mim.

Passou-se mais de dois meses que não transavámos com o strapon. Em minha defesa, esta grossura era muito maior do que as anteriormente experimentadas. Eu estava louca para senti-la me comer assim que lumbrificasse o dildo com a minha boca. Portanto, comecei a lambê-lo pelas laterais.

— Não ouviu o que eu falei? — me provocou com aquela voz carregada em lúxuria, rouca. Tenho certeza que estava amando assistir o que eu estava fazendo com a boca, lambendo o objeto pelas laterais e glande, bombeando ele, embora em sua concepção tudo isso não fosse suficiente ainda. — Eu mandei você engolir o strapon, Karla Camila. — seu olhar sério para o meu, tão sério que eu senti a minha boceta se contrair, molhar e escorrer pelas minhas antecoxas. Balanço meus quadris toda sugestiva para Lauren, a fim de demonstrar que eu estava me deliciando desta versão mandona, cheia de postura que impôs. — Vamos, baby... você é uma garota gulosa, me mostre como deseja ter-me te comendo por trás assim que você terminar o seu trabalho.

Ah, e como eu queria e precisava.

Tento a segunda... e mais uma vez tusso, me engasgando com a própria saliva. Essa sensação era maravilhosa quando se tinha uma Lauren me desafiando do outro lado, segurando o meu cabelo, me enchendo de palavrões e apelidos sujos como forma de me estimular a prosseguir.

Não desisti. Eu queria que ela realizasse tudo o que estava me prometendo com palavras. Gozar com ela me comendo por trás era uma das oitavas maravilhas do mundo. Eu precisava ir atrás disso.

Na terceira e última tentativa, eu abocanhei aquela extensão. Levei uma das minhas mãos até onde a de Lauren estava segurando - no meu cabelo. Naquele gesto, eu implorava para ela ditar os movimentos das sucções. Em resposta a isso, Jauregui começou a rosnar e xingar palavrões. Perdia a linha quando eu agia toda safada da maneira que estava ansiando.

— Ah, isso! — vibrou. — Engole!

Minha boca subindo e descendo pelo dildo. Lauren assentindo com a cabeça conforme o ritmo que ela mesma ditava, segurando meu cabelo. Eu poderia gozar assim. Logo, comecei a esfregar uma perna na outra enquanto Lauren me assistia.

— Não é para esfregar as pernas assim, Camila. — segurou mais firme as minhas mechas, fazendo-me encará-la nos olhos, deixando de chupar o dildo. — Eu estou aqui para isso... — apoiei minhas duas mãos no colchão, com a respiração desregulada pela falta de ar, minha boca toda melada de saliva após a sessão de sucções. — Estou aqui para te fazer gozar, vem cá.

Ao menos sabia para onde ela desejava que eu fosse, somente segui suas direções e foi aí que eu percebi que ela queria que eu ficasse de costas para ela, ajeitando-me com os joelhos entre a sua cintura.

— Encaixa ele na sua boceta. — ela segura a extensão com uma das mãos enquanto eu estou sentada em sua cintura, de costas para ela, desnorteada.

Em seguida e após dar duas respiração fundas, arqueei um pouco meus quadris, encaixando o dildo na entrada da minha intimidade, gemendo e tombando a cabeça para trás quando ele começou a separar minhas dobras.

— Devagar, amor... — ela disse e eu gemi novamente, mais manhosa, de olhos fechados, tentando me acostumar com o brinquedo que agora me alargava por dentro. — Isso... É assim que eu gosto de ver. Olha como a sua boceta engole tudo, Karla. — controversa ao que me dizia com voz baixa, Jauregui estralou um tapa na minha nádega direita, para depois, outro na esquerda. — Cavalga para mim, Camila. — meu corpo se arrepiando e excitando mais e mais. Ela sabia me tratar do jeito certo! — Que boceta gulosa, baby.. — eu posso gozar somente com essas palavras e essa sensação de estar sendo preenchida por ela. Comecei a sentar em Lauren lentamente, hipnotizada por conta dos seus comandos. Eu não sabia mais o que estava sentido. Apenas entendia que era delicioso ser explorada por Lauren enquanto ela murmurava palavras sujas no pé do meu ouvido. — A mami adora te ver toda melada! Senta bem gostoso...

— Ah, Lauren! — meu gemido saía sofrido, porque de certo modo, aquele tesão já tinha consumido todas as células do meu corpo. Eu precisava gozar em Lauren sentando nela. — Díos, que rico! Ah!

— Geme mais alto! — com uma mão estapeava a minha bunda, com a outra, apertava os meus mamilos. Lauren não se aguentou, onde lambeu e mordeu a pele da minha coluna. — Porra! Que delícia de mulher! — movimentava a cintura, para cima e para baixo, me fodendo. Aquele quarto estava parecendo o inferno de tão quente!

— Não para! Que gostoso, mami!

Eu já estava fora de mim. Passava minhas mãos pelo próprio cabelo, soando, gemendo, quicando devagar enquanto ainda não me acostumava com o tamanho do dildo. Sentia-me sexy, desejada, sempre que Lauren segurava a minha cintura com as duas mãos ou me tocava toda selvagem da forma que bem estava fazendo agora.

Ela me incentivava a continuar rebolando ao que usava palavras sujas e besteiras que eram a todo momento sussurradas. Logo, tiro e arremesso meu sutiã de renda para algum canto qualquer do quarto, em seguida, rebolo, sento, cavalgo no strapon da minha mulher, sabendo que estava lhe propiciando uma ótima visão ao empinar minha bunda e sentar de costas para ela que assistia tudo por baixo, aos poucos se escorando na cabeceira da cama para poder apertar os meus seios.

Quando estava prestes a gozar, gritando aos quatros cantos do mundo o quanto eu desejava isso, Lauren inverteu as posições. Eu juro que estava tão alucinada, tão excitada para gozar com ela metendo em mim, que não percebi quando ela segurou minha cintura, me pôs de joelhos e cotovelos no colchão, obrigando-me a ficar de quatro na cama. Tudo muito rápida, onde mal consegui arranjar ar para respirar.

Em seguida, ela já se ajoelhou no colchão, voltou a enfiar o strapon entre as minhas dobras para começar outra deliciosa sessão de estocadas na minha boceta. Seu polegar estimulando o meu ânus, pouco a pouco entrando ali. Ela desejava penetração dupla.

— Enfia! Eu quero tudo! Me faz sua, amor!

Comecei a gemer mais alto, rebolando contra cada impacto da sua cintura na minha bunda. Aquele vai e vem me deixava maluca! Lauren gemendo por trás, o som da minha boceta sendo fodida, ah! Era disso que eu gostava e era exatamente isso que estava recebendo da minha mulher enquanto ela me comia de duas formas.

Ela revezava entre puxar as minhas mechas e estapear a minha bunda com a mão livre, onde mordia e lambia o meu lóbulo sempre que eu tombava minha cabeça para trás, com meu corpo chacohando a cada investida de sua cintura. Minha intimidade já estava pingando porra, o que deixava o som das investidas muito mais erótico do que qualquer tipo de provocação jamais proferida. Eu e ela estávamos choramingando de tesão, soando, gritando de prazer, mesmo assim ela não parava, ou melhor, parava.

Mas só parava quando eu dizia que iria gozar.

Como o jogo era ditado seguindo as suas regras, Lauren me explorou ainda em outras duas posições: de lado e por cima do meu corpo. Não me deixou gozar em nenhuma delas, embora estivesse se divertindo disso. Nesta última, inclusive, ela viu meus olhos lacrimejarem pedindo para ser aliviada.

Ela adorava isso. Sempre admirou o quão dela eu poderia ser nesses momentos.

Lauren num piscar de olhos tirou a cinta que usava. Com a luminosidade baixa do abajur ligado, eu vi como suas antecoxas estavam lubrificadas após essa sessão insana de estocadas e quase orgasmos que tivemos. Estava fazendo o que mais excitava ela: me levar ao limite, me ver implorar para que ela me fizesse gozar. Isso explicava o porquê de estar tão melada e quente quando se juntou entre as minhas pernas. Pernas estas que estavam fracas e bambas, mas que ainda assim se abriram um pouco mais para recebê-la.

— Porra... que tesão é me esfregar na sua boceta, Camila. — eu estava nas minhas últimas, não sabia o que estava falando ou em qual idioma estava proferindo, eu somente implorava por Lauren, e pedia toda manhosa para que ela me fizesse gozar entrelaçando nossas mãos, enquanto deslizava pela minha boceta e olhava nos meus olhos. — Goza comigo, meu amor. — seus dedos enrolando-se ainda mais nas minhas mechas lisas e castanhas, onde se curvou e escorou os dois cotovelos ao redor do meu rosto. Eu estava por baixo, já Lauren, por cima, não apoiando seu total peso no meu corpo. O toque das peles soadas. Era tudo tão gostoso. — Goza com a sua mulher que é completamente apaixonada por você e pelo seu corpo, Camila. Eu te desejo, amor.. goza para mim.

Assim que ela se declara, eu prontamente a obedeço sem cerimônia alguma. Os movimentos dela iniciaram, e eu a acompanhei com a minha intimidade, que se esfregava em sua coxa e boceta por baixo, bem devagar, melando-a de porra da maneira que queria. Sua boca hora ou outra deslizando por meu lóbulo, sugando-o e levando-me ainda mais à loucura.

— Eu te amo, Camila. — sua mão esquerda se entrelaçando com a minha mão direita na cama. Nós olhamos para o gesto espontâneo e eu tenho certeza que o calor que invadiu o meu corpo de dentro para fora era resultado de enxergar aliança banhada à ouro brilhar no meu dedo anelar direito. Eu gemi mais longo e dengosa. Ela fazia tão gostoso e do jeito que eu sempre ansiei. — Eu vou gozar, amor... — arfa, prendendo as unhas curtas no meu cabelo conforme eu gemia bem manhosa para ela. — Olha pra mim, Camila. — ainda segurando meu cabelo com cuidado, me obrigou a olhá-la nos olhos. Meus olhos estavam lagrimejando. — Olha pra mim enquanto goza se esfregando na minha boceta, baby. — novamente gemo, com o lábio inferior preso entre os dentes frontais, tentando ao máximo não fechar os olhos enquanto aquela sensação forte no ventre me consumia. Seu ponto de prazer exposto e duro esfregando entre as minhas dobras apertadas. Aquilo era demais para mim. Comecei a gozar na boceta da minha esposa quando senti seu líquido atingir a minha. Lauren contorcia os músculos de suas pernas e sexo. Ela estava ejaculando em mim após se esfregar na minha boceta como nunca fez antes. Em resposta, comecei a apertar e arranhar suas costas. Gritando para todo o mundo o seu nome. Gozando com ela. — EU TE AMO, CAMILA! AH! — apertava sua intimidade contra a minha. As contrações nos atrapalhavam. – P-porra!!!

— Ah! Eu te amo, Lauren! — a puxei mais pra mim, sentindo os nossos corações baterem forte e rápido. Seio no seio. Pele na pele. Cansadas e satisfeitas.

Abraçada em meio a um orgasmo com Lauren, sentindo todas as sensações em um único segundo, eu fechei meus olhos e refleti uma verdade que acho pertinente comentar.

Era isso que eu esperava de Lauren e era isso que queria para o resto da minha vida:

Muito sexo, muitas conexões verdadeiras e olhares apaixonados.

Não era pelo dinheiro, muito menos pelo lugar, era apenas por esse tipo de relação que eu vim buscando.

Eu me lembro de todos os detalhes desta noite e de como ela havia acabado no assunto de futuramente adotarmos uma bebê e um cachorro para a nossa suposta casa na praia que iríamos morar. Em como eu queria ser levada até um altar, e chamar Keana, Mani, Ally, Vero e Dinah para serem minhas madrinhas.

Se me parassem há nove meses atrás e me dissessem que eu desejaria e futuramente formaria uma linda família com essa mulher de olhos verdes, dona atualmente de uma das empresas da indústria da moda mais bem sucedidas, eu diria que você provavelmente estaria louco, que eu amava meu marido, e que eu jamais seria capaz de desrespeitá-lo estando em nosso casamento.

Bobagem.

A vida esteve e sempre estará aqui para isso: para nos surpreender nos  momentos menos prováveis que possamos imaginar.

A minha vida, por exemplo, começou a ser boa a partir de um erro e desconfiança de minha parte, seguindo a Mercedes errada, implicando com a pessoa certa.

Aliás, nunca pensei que o engano fosse a melhor alternativa. Entretanto, para mim, ele foi.

O meu erro veio no pior momento do meu casamento.

No instante que eu mais precisava.

Meu engano se apresentou em um carro conversível preto, roupas caras e refinadas, com um sorriso ganancioso nos lábios, como quem já soubesse o estrago que estava para fazer na minha vida.

Veio para me tomar por inteira e para mudar tudo que eu havia planejado há anos.

Veio como amante do meu marido.

 

Fim

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Obrigada por tudo, pessoal❤ Termino esse capítulo emocionada e orgulhosa de tudo que conquistamos juntos!

Eu espero que vcs tenham gostado da história que foi desenvolvida com mt carinho e amor por longos dois anos.

Meu twitter: @OlivinhaRodrigo.

Até em breve.

Leiam Shark Tank❤

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