OLÁ!!! AAAAA EU SEI! EU ESTOU VOLTANDO RÁPIDO, QUEM AMOU?????♥♥♥ Mais um cap escrito do ZERO em cerca de 3 dias + A NOVA CAPA!
Se tudo der certo, acredito que consigo terminar a fic ainda em dezembro!
Como vcs estão e quais são as expectativas para esse cap?
Não se esqueçam de votar e de deixar um comentário sobre oq estão achando das retas finais da estória! BEIJOS ♥♥
•°•°•
O ponteiro do relógio apontava para meia noite, dia 27 de dezembro, enquanto as duas esposas se amavam na cama macia.
— Mais rápido, vai... — a mulher pedia enlouquecida de olhos fechados, com a boca completamente escorada no pescoço de sua esposa enquanto gemia sem pudor. — Ah, isso! — sua cabeça agora tombando para trás, estava por cima, no colo da policial, apertando seus ombros e braços torneáveis enquanto era penetrada por dois dedos.
Faziam sem pressa, sem se comprometer com a hora.
— Dinah... — clamou de maneira obscena o nome da mulher que lhe excitava há mais de nove anos de relacionamento. — Hm! — foi a vez de Normani ao rolar e fechar os olhos. — Assim, amor!
E foi justamente durante o ápice mútuo, à meia noite e um, que o celular de Normani começou a tocar no meio da euforia.
— Continua! — Jane firmou o jeito que segurava-se nos ombros de sua esposa, apenas com o olhar lhe ordenava a prosseguir o movimento que Normani fazia com as mãos. — Porra! — se frustrou ao novamente ouvir o toque do celular e sentir a policial recuar com o ritmo, preocupada provavelmente. — É o seu celular?
— Eu esqueci de desligá-lo. — o tom saindo meio sem graça ao pensar que estava quase lá, quando um maldito telefonema as atrapalhou.
— Tudo bem. — Não! Não estava nada bem. Foi interrompida às margens de um orgasmo. Pensava Dinah, inconformada.
— Veja quem é, amor.— sorriu entre suspiros, Dinah estava lhe dando uma canseira desde as onze da noite. — Se não for ninguém importante, desligue o celular e volte para mim...
"Volte para mim".
Ah... Não era preciso dizer que a gerente de RH se derreteu inteirinha ao ouvir tal frase, era?
No final, se levantou do colo de Normani, caminhando nua até a penteadeira para capturar o celular.
— É a delegada Evans. — disse após olhar o nome do contato na tela do celular.
Já Normani arregalou os olhos, rapidamente se cobrindo até o busto com o edredom. Em gesto, pediu para sua esposa lhe passar depressa o celular. E assim Dinah o fez.
:. Boa noite, Delagada Evans. Kordei falando. — sua voz ainda rouca e um pouco cansada graças a transa que estava tendo. Por sorte, a outra mulher nada percebeu.
:. Boa noite, agente Kordei. Lamento ter lhe despertado do seu sono. — a ligação estava em viva voz, onde Dinah precisou segurar o riso para não denunciar aquilo que de fato estavam fazendo antes de serem atrapalhadas. — :. Acabamos de capturar um terceiro suspeito que participou da tentativa de homicídio da Srta. Stella Adams, segundo a ajuda de um de seus companheiros já detidos. — Normani rapidamente entreolhando Dinah, que agora coçava as mãos, voltando para a cama onde estava a sua mulher. — :. Este rapaz é mais velho, e pelo jeito, inexperiente no que fazia. Conseguimos o nome da mandante do crime.
Normani em completo silêncio sentindo seu coração bombear mais forte à medida que Jane lhe fitava aflita, também com o coração pulsando na garganta.
:. Rosalía Vila Tobella.
— Porra! — Dinah socou o colchão em punho.
Em seguida, pulou da cama que estava e já foi procurando a primeira calça e camiseta que encontrou pelo guarda-roupa para vestir. Ela precisava contar pessoalmente para Camila e Lauren o que tinha acabado de descobrir.
:. Rosalía quem ordenou a falsa tentativa de homicídio naquela tarde, segundo as palavras do próprio rapaz. — Normani ia assentindo com a cabeça como se pudesse ser vista pela delegada. — Assim, entendemos que a tentativa do dia 24 de dezembro foi intencionalmente mal executada, visto que Stella é uma integrante do grupo e participava igualmente do plano a fim de lesar a imagem de Lauren Jauregui. O tiro de raspão também foi acidental. Desta forma, concluímos a partir daqui que a senhora Jauregui é inocente das acusações e que seu depoimento consta como a verdade do inquérito a ser solucionado.
:. Muito obrigada pelo repasse das informações. Irei notificá-la prontamente, Sra. Evans. — em compensação, Dinah segurando seus seios para pular, nua, de felicidade, no canto do quarto enquanto ouvia as boas novas. — Apenas gostaria de acrescentar um adendo, se me permitir. — sua voz e respiração já estavam mais controlados neste ponto da conversa.
:. À vontade, agente.
:. Rosalía está envolvida com o caso de Ariana.
:. Sim, nós sabemos disso e já repassamos para o DP. — a mulher respondeu.
Após se vestir, Dinah calçava seu sapato ao que também ligava seu celular para discar para Karla Camila e Allysson em seu grupo de amigas. Estava desesperada e muito feliz com a série de notícias.
:. O que provavelmente pode ser uma surpresa para a senhora e para a empresária Jauregui, é justamente o nome do suspeito que capturamos nesta noite.
Jane abaixou o celular que estava em seu ouvido, e ficou em silêncio. Normani lhe encarava enquanto conversava com a delegada. O segundo de silêncio da outra mulher foi o suficiente para atacar os nervos de Dinah, ansiosa para saber o nome do tal rapaz.
:. Shawn Peter Raul Mendes.
Horrorizada, Dinah deixa o celular cair no chão conforme sua esposa lhe olhava de olhos saltados, boquiaberta, também deixando o celular que usava para conversar com a delegada Evans cair no colchão da cama.
. . .
Dinah e Normani convocaram uma reunião de emergência em seu apartamento às uma da manhã.
Camila chegou atrasada de camisola e Allysson trouxera Nicky chorando consigo. Por sua vez, a magnata foi a única a encontrar disposição para se vestir de social naquela madrugada.
As três mulheres se sobressaltaram quando descobriram o envolvimento do ex-marido de Camila no caso. Karla em especial não se aguentou, queria porque queria descobrir a delegacia que Shawn estava para ir até lá e lhe falar algumas verdades, além de ameaçá-lo a nunca mais repetir o ato. Lauren a impediu de descobrir o endereço, até porque nesta altura do campeonato, nenhuma das mulheres pareciam conhecer quem era Shawn Mendes e o que ele seria capaz de decretar a fim vingança após descobrir ser traído em sua própria casa ou em como sua ex-mulher enriquecera após deixá-lo para trás.
Por fim, decidiram se concentrar em Rosalía, pois essa sim parecia mais suscetível ao diálogos após articular um plano de dentro da penitenciária que se mantinha. As quatro mulheres concordaram que a melhor pessoa para conversar com a ex-modelo era Camila. Primeiro, porque tinham assuntos em comum a tratar. Segundo, porque acharam pertinente Camila dar-lhe um "susto" assim como Alexa Ferrer fizera com Lucy Vives na tarde passada, onde conseguiu resultados inesperados.
. . .
Na manhã seguinte, o acordo das mulheres rapidamente começava a ser executado, onde cancelaram o dia útil de trabalho na Jaguar's a todas as funcionárias da companhia e se dedicaram exclusivamente a resolução de mais um caso.
Camila não conseguia pregar os olhos desde a madrugada no apartamento de Dinah. Seu coração estava agitado, um filme passava em sua cabeça após descobrir o atentado que seu ex-marido participou.
Shawn não era um homem ruim quando o conhecera. Então por que estava agindo assim? Será que seria capaz de machucá-la por não aceitar a separação da maneira que ocorreu?
Bom, Camila não conseguiria ter as respostas de suas perguntas. Até porque não estava autorizada a confrontar Shawn Mendes até que a prisão temporária dele fosse decretada pela delegada Evans. Shawn estava cumprindo a preventiva até então.
— Você está bem? — Lauren aperta sua mão direita, percebendo que a modelo se encontrava dispersa e muito pensativa ao longo da viagem.
Dinah era quem dirigia o carro até a penitenciária de Rosalía. Allysson as acompanhava, estava no bando do passageiro da frente, enquanto Michelle e Karla se acomodavam sozinhas no detrás. Por sua vez, Normani estava trabalhando no quartel da delegada Evans, conseguindo mais informações privilegiadas.
— O que está sentindo, Camz?
E se nunca mais conseguisse ter uma tarde tranquila com Lauren? E se outras tentativas de homicídio fossem acionadas? O que Ariana e Shawn seriam capazes de fazer para terem aquilo que queriam?
Quanto mais Camila pensava no assunto, mais angustiada e ansiosa se tornava. Tudo que queria ter com Lauren era uma vida de um casal normal. Não pensava em luxuria, muito menos mídia assim como estavam tendo nos últimos dias. Karla só queria poder dormir e acordar sem a preocupação de que poderia estar sendo vigiada ou ameaçada por terceiros.
— Medo. — respondeu sincera. — Eu estou com muito medo de tudo o que está acontecendo, Lauren.
— Ele foi preso, amor...
— Rosalía também foi presa e organizou um plano de dentro da penitenciária.
— Mas é diferente, Camila. — Allysson entrou no assunto, pois sentiu-se no dever de que precisava acalmar os pensamentos ansiosos da amiga. — Rosalía só conseguiu executar o plano porque Shawn a auxiliou do início ao fim. Foi ele quem organizou a ida de Stella ao apartamento de Lauren no dia que ela gravou a sua confissão de que você e Lauren era um casal. — a advogada já tinha conversado com Evans e Normani sobre o ocorrido. Foi esclarecido detalhe por detalhe do plano da outra. — Foi ele também quem contratou os rapazes que atiraram intencionalmente no carro de Stella após ela divulgar a gravação nas mídias sociais a fim de colocar a culpa na Lauren. Sem o Shawn presente, Rosalía não conseguiria colocar em prática o que planejava.
— Eles podem contratar e convencer mais pessoas com o dinheiro que tem! Eu não sei do que o Shawn é capaz! Eu achava que conhecia ele!
— Não após a divulgação que reforçamos ao jornais fazer.
O nome de Shawn Mendes e Rosalía já estava sendo estampado em todas as telas dos principais noticiários do país.
A vingança formulada pelo ex-marido de Camila era chocante e revoltante até mesmo aos indivíduos que não defendiam Lauren antes das verdades serem reveladas. Raros eram os casos na América ao qual pessoas de má índole ou com uma ficha criminal a esconder se envolviam por dinheiro com criminosos expostos pela mídia nacional.
Especificamente se tratando de Ariana Grande, e agora Rosalia e Shawn, para conseguirem articular alguma vingança atrás das grades que estavam, precisariam se filiar à pessoas realmente perigosas e se prestar a algum tipo de favor que não relacionava diretamente a troca do valor em dinheiro, mas, sim, a lealdade.
Os três não estavam dispostos a isso. Aliás, sequer chegariam a ser convidados a tal, pois como já mencionado, o que essas pessoas experientes no mundo do crime fazem ou deixam de fazer na penitenciária necessita-se, em primeiro lugar, de discrição. Sendo Shawn, Ariana e Rosalía as figuras públicas mais odiadas pelos cidadãos norte-americanos no momento, não teriam chances de se filiar a algum nome ou entidade poderosa dentro da cadeia, visto que esses casos que geralmente são divulgados e narrados pelos telejornais, permanecem na visão estrita da polícia, além de continuar para sempre na lembrança dos telespectadores.
Allysson explicou para Camila a atual situação. E apesar de seus argumentos não serem plenamente convincentes à latina, ainda assim a ajudou a se acalmar e pensar mais otimista.
Posteriormente, era dez e meia da manhã e as quatro mulheres já se encontravam na penitenciária, perto do estacionamento. Camila havia ensaiado três vezes o que falaria com Rosalía. Após repetir para Ally a quarta vez, todas concluíram que a mais nova estava pronta para o diálogo e que poderia entrar.
Assim ela o fez.
Sem contestações e com a ajuda de um dos guardas, Karla adentrou na salinha particular, onde a detenta e amante de seu ex-marido já se mantinha sentada e em silêncio.
Camila se surpreende ao observar o estado da outra. O uniforme laranja meio sujo. O cabelo longo, solto, e com pontas ressecadas. Ela estava vivendo os piores dias de sua vida lá dentro, mas nem por isso iria abaixar a cabeça. Rosalía achou espaço para confrontar Karla Camila apenas lhe lançando um sorriso de canto.
Esboçou para, então, a cubana repetir o seu gesto ousado à altura.
— Quem diria, heim.. — cruzou as pernas, sustentando um falso tom de hospitalidade. — Ao que devo a honra da sua presença, Camila?
— Quis testemunhar com os meus próprios olhos a sua derrota, Rosalía. — seu olhar calmo assim como seus passos. Estava em vantagem. Precisava segurar e demonstrá-lo ao longo da conversa isso. — É um prazer revê-la.
— Eu já posso te chamar de corna ou ainda preciso fingir que desconheço Shawn Mendes? — após concluir a fala, imediatamente gargalhou satírica, mas Camila não ficou para trás. Acompanhou sua risada da mesma forma, mesmo que não achasse graça no que preferiu. — Como o destino surpreende, você não acha? Tantas pessoas no mundo, e eu fui logo conhecer o seu marido...
Era patético, para a latina, Rosalía se glorificar por aquilo. Finalmente conseguia enxergar que Shawn não era um prêmio a ser disputado. Era um fardo a ser evitado.
— Sobre a sua primeira pergunta, pode me chamar de Karla Camila. — e apenas com essas palavras, Camila conseguiu estabelecer o silêncio na sala por alguns instantes. — É assim que sou conhecida mundo afora tanto como modelo principal da Jaguar's, quanto como companheira de Lauren.
— Estou contando os dias para quando ela enjoar de você e te descartar assim como ela faz com todas as outras, corninha... — ela umedece o lábio inferior. — Ou você acha que isso vai durar para sempre?
Ainda em pé na sala, Camila deixa ecoar uma lufada de ar nasal.
Rosalía estava disposta a atiçá-la além de seus limites. Entendido isso, a latina resolveu entrar no jogo.
— À vontade, querida. — responde após pensar e raciocinar rápido. Estava acostumada a lidar com esse tipo de gente não era de agora. — Enquanto você conta os dias para o término, eu conto os cheques que vou receber do desfile de Luis. Aliás.. — fez uma pausa dramática e intencional. — Cogito que deve estar sendo difícil ver todos os seus planos darem errado de aí de dentro, não está? — foi a vez de Camila de abrir um sorriso ganancioso, sem mostrar os dentes, pois Rosalía ficara em silêncio. — Não conseguiu me tirar da posição de modelo principal... Não conseguiu desbancar a minha mulher... Falhou com o plano de Stella...
— Isso é o que você pensa e vê. — blefou, uma vez que a única carta que tinha na manga foi tirada de suas mãos em contragosto.
E pior, Shawn delatou com detalhes à delegada Evans a formulação do plano, na esperança de ter a pena reduzida.
— Vai me dizer que não? — riu nasal.
— Espere e verá com seus próprios olhos. — dar certo tom de ameaça era a única saída para Rosalía naquele instante. Não tinha mais com quem contar, sua família estava tão envergonhada com o que aconteceu, que até o advogado que estavam pagando para defendê-la contra Lauren, eles dispensaram.
— Você se parece muito com a sua prima. E pensar que quando entrou na empresa, achei que tivesse um sangue diferente do dela.
— É claro que sou diferente da Alexa! — gargalhou novamente. — A Alexa é burra! Burra por essa tal de Lauren! Ela teve oportunidades de subir e nunca se aproveitou por conta dessa maldita mulher.
— Ah, e você acha que conseguiu alguma coisa "se aproveitando" das "oportunidades" que você e suas amigas forjaram haver?
— É clar-
— Você é soberba, Rosalía. — falar aquilo rasgou sua garganta, pois, na cabeça de Camila, era impossível haver pessoas ruins e de má-fé como a mulher que estava a sua frente. — Céus... eu vim aqui para tentar entender o que te motivou a fazer tudo isso. — havia indignação em sua fala. — Mas agora eu sequer preciso perguntar! Eu já consigo ver nos seus olhos que a soberba e o seu oportunismo que te trouxeram para onde você está agora!
— Posso te falar uma coisa, Camila? — a latina se mantém em silêncio. Sentia seu corpo vibrar ao não ver marcas de arrependimento presentes no olhar de Rosalía. Ela fez e com toda certeza faria novamente tudo o que trouxe dor e tristeza a Lauren. Era imperdoável o que acabava de presenciar. Imperdoável! — Você tem razão... — ela se levantou, por fim, de onde estava sentada. Seu tom de voz sério, com leves pitadas de sarcasmo sempre que proferia algumas palavras sem pressa. — Eu queria a sua posição de modelo na Jaguar's desde que Alexa me contou sobre o acordo com Luis. — seus passos em direção de Camila, que não se afugentou. Pelo contrário, manteve o maxilar cerrado enquanto a morena caminhava até si. — Pois há de se concordar que... — riu nasal ao medi-la de cima a baixo. — ...o seu cargo não é mérito do seu trabalho ou esforço. — sorriu imponente. — Você só está onde está porque a magnata Jauregui adorou foder você e por isso arrumou um jeito de te conquistar mais facilmente do que pagando alguns jantares a parte...
— Estou na minha posição porque as características que Luis estipulou, se enquadram perfeitamente com as minh-
— É? — questiona em ironia. — O que você tem de diferente de mim, Camila? Os olhos? — Rosalía ria enquanto desmerecia o ótimo trabalho que Karla vinha fazendo na Jaguar's. — A boca carnuda? O cabelo castanho escuro e ondulado? — em poucos segundos a menor ia fazendo esta comparação. Finalmente, percebeu que embora houvesse uma estética convergente, Camila e Rosalía pareciam ter o mesmo perfil para a vaga de modelo principal. — Ou os quadris, hm? Me diga... me diga por que você foi a escolhida e eu não?!
A cubana se encontrou em um mar de dúvidas naquele instante. Jamais iria contestar sua posição de modelo, pois a confiança e investimento cedido por Lauren eram consideráveis o bastante para abrir mão de tudo e questionar se merecia ou não estar na posição que ocupava atualmente.
Mas aquilo lhe trouxe um gosto amargo na garganta ao pensar ter sido escolhida para a função não porque Lauren acreditava no seu potencial, mas por mero e estrito interesse sexual da magnata.
— Mais experiência e profissionalismo no mercado não foi, pois eu sou muito mais bem estudada e competente no ramo que você!! — Rosalía concluiu para, neste exato instante, a mais nova se recordar do motivo que a trouxe até aqui:
O breve desfile que concedera a Lauren naquela boate há mais de cinco meses atrás.
Camila era um talento e Lauren, como uma boa olheira, reconheceu suas características na primeira passada que dera na pista de dança. A maneira que desfilava, que encarava o investidor e platéia, era diferente de tudo que Lauren já tinha visto na vida e sabia que somente aquele olhar sedutor seria capaz de satisfazer às necessidades de Luis Fonsi.
Estava ali por destino, e não por privilégios. Senão fosse ela, não seria ninguém.
— Sou tão boa em passarelas quanto uma pessoa que passou estudando a teoria por anos como você. — estavam frente a frente. Camila de braços cruzados. Já Rosalía, com as mãos na cintura. — A diferença foi que eu não precisei me submeter a eventos baratos para atestar a minha capacidade. — retrucou.
— Você é uma mimadinha que acha que é digna da posição que ocupa... — cuspiu as palavras na face de Camila. — Eu deveria ter fodido mais vezes com Shawn na cama que você dormia quando tive a oportunidade! Corna!
— Que se foda você e esse cara! Você é uma oportunista, invejosa, que não sabe o significado da palavra limite quando isso lhe atribui uma derrota!
— Você acha que pode comigo, não é, Camila? — rosnou entre dentes, lhe fitando com fúria e de olhos cerrados. — Eu não sou a Alexa, ouviu bem?! — novamente abriu aquele sorriso sarcástico. Estava desesperada para que Camila perdesse a linha. — Não tenho nada a perder ferindo a mulher que vocês duas são loucas de paixão!
Novamente estava blefando.
Rosalía não tinha com quem contar, muito menos renda sobrando em suas contas para comprar a lealdade de pessoas dentro ou fora do presidio que se mantinha. A partir do momento que perdeu o contato com Shawn e Ariana, sabia que tinha perdido também aquele caso. Entretanto, nem por isso poderia sair por baixo de uma conversa com a mulher ao qual sentia rancor e emulação.
A falsa ameaça pareceu a solução perfeita para os seus problemas.
— Está ameaçando a Lauren? — Karla Camila perguntou em ótima pronuncia.
— Entenda como quiser.
— Estou entendendo isso como uma ameaça, Rosalía. — a modelo principal arqueou o cenho, se aproximando e finalmente ficando a um palmo do corpo da outra mulher.
Rosalía fitou os olhos castanhos de Camila. Não dizia uma palavra durante o gesto ou esboçava um sorriso de canto que pudesse evidenciar suas intenções. Karla se arrepiou por dentro. Mesmo Lauren e Allysson atestando que aquela mulher não poderia fazer nada contra si ou contra as pessoas que amava, Camila ainda se sentia ameaçada.
Não havia câmeras de segurança naquela sala.
Apenas a gravação da confissão de Rosalía não era suficiente.
Pensava.
Camila percebeu que precisava atestar à uma autoridade que essa mulher a sua frente era uma ameaça à seu bem-estar. E que por ser uma ameaça, precisaria de uma atenção redobrada e uma pena a cumprir diferente das outras colegas filiadas à Grande's Empire.
— Vou entender isso como uma ameaça pelo seu silêncio e gestos expressivos. — Camila deixando de cruzar os braços, para levar sua mão direita até o decote de sua camiseta com mangas. — E acho que não só eu vou entender isso como uma ameaça... — ao final, revelou à morena o motivo que a trouxera para aquela sala na manhã de hoje. Uma escuta. Camila capturou e mostrou sem nenhuma pressa com a mão direita a escuta que trouxera consigo.
Rosalía prontamente sentindo as batidas do seu coração apertar e sufocar o peito. Um frio na barriga e um aperto ruim no estomago. Tinha falado bobagem. Estava furiosa. Era tarde demais.
— Vagabunda... — seu queixo vergonhosamente tremia ao pensar na besteira que tinha feito. Se antes havia alguma chance de um advogado do Estado lhe ajudar a sair em liberdade no dia do julgamento que ocorreria apenas em janeiro, agora essa possibilidade se dissipou em pó assim como a paciência e estabilidade de Rosalía, que ao tentar capturar o objeto das mãos de Camila, acabou iniciando uma briga feia, à tapa, no meio da extensão. — Eu vou acabar com você, sua desgraçada!!!
Camila jogou a escuta em um canto qualquer da pequena sala após sentir o toque forte da mulher em seu antebraço direito. Não pensou duas vezes de atacá-la pelos cabelos. Era mais forte e experiente em briga de braço. Portanto, a levou até a parede mais próxima.
— Desgraçada!!! Puta!!!! — Rosalía gritava na defensiva. Naquele instante era Camila quem estava lhe acertando tapas na cara, ao que a detenta tentava arranhá-la e afastá-la de si, mas não conseguia. — Eu vou matar você!!! VOU MATAR A LAUREN!!!!
Camila murmurava de dor como quem estivesse sendo agredida violentamente sem chances de contragolpe. A escuta ainda estava na sala, ativa, captando com detalhes os xingamentos de Rosalía e os gemidos dolorosos de Camila, que agora acertava socos e ao mesmo tempo chutes na mulher que provocou aquela confusão.
— Guarda!!! Socorro!!! — feito uma vítima indefesa, e satisfeita após acertar os tapas que ansiou desde o princípio, Camila correu em direção da porta, onde socou em punhos várias e várias vezes o objeto de metal, clamando desesperada por ajuda. — Socorro! Eu preciso de ajuda!!
Rosalía estava apenas respiração descompassadas, tentando se recuperar do outro lado da sala dos golpes que sofrera no rosto e barriga.
— Por favor!! Alguém me tira daqui!!! — Karla começa a se auto arranhar nos braços enquanto grita desesperada por ajuda, até porque Rosalía pouco tinha conseguido lhe ferir. Para dar a impressão de briga justa, ela precisou fazer à mão seus próprios hematomas. — A detenta me agrediu!!! Abram a porta!!! Me ajudem!!!
Para completar com chave de ouro o seu belo teatro de vítima indefesa, uma das autoridades invadiu a sala com cassetete e algemas no mesmo instante que Rosalía se recuperava dos golpes e partia para cima da mulher que tinha lágrimas nos olhos e os braços completamente arranhados.
Rosalía foi retirada da sala com ajuda de dois guardas, ao qual tentavam imobilizá-la. Saiu ameaçando Camila aos quatro cantos do estabelecimento, já que havia aceitado sua derrota no instante que descobrira que a modelo tinha trazido uma escuta consigo.
Por sua vez, Camila ficou por cerca de mais dez minutos numa salinha reservada, tentando se "acalmar" do ataque sofrido. Suas mãos tremiam e as lágrimas escorriam abertamente para que se tornasse mais convincente aos olhos de terceiros. Nem mesmo água com açúcar era capaz de acalmar os ânimos da mulher, que segundo suas palavras, "estava muito assustada com tudo aquilo que aconteceu". Fez o boletim de ocorrência, mostrou a um agente competente a gravação que havia feito pela escuta, onde não deixava de enfatizar as marcas de arranhões que constavam em seu braço — ao qual ela mesma havia feito — para assegurar maiores provas de que Rosalía comprometia não só a sua segurança, mas também a de pessoas que Camila amava.
Ao final de tudo, retornou ao carro, rompendo o disfarce de pobre moça indefesa que sustentou após cruzar a entrada do estacionamento, e adentrou o automóvel que Dinah dirigia.
Até convencer as três mulheres que tudo aquilo que estavam vendo havia sido forjado e que apenas não passava de uma atuação, foi um longo caminho. Principalmente para Lauren, que ao avistar Camila repleta de arranhões, além do supercílio ferido, quase teve que ser levada para o hospital no lugar da própria Camila.
A melhor das notícias, no entanto, foi revelada: haviam conseguido a confissão de Rosalía e derrubado mais uma das testemunhas de Ariana.
O recuou de Rosalía tirou de mira as acusações de assédio feita por Demi Lovato e demais ex-modelos aproveitadoras, sobrando, agora, apenas o inquérito de Keana sobre o assédio moral e o processo a ser julgado de Ariana.
. . .
1 semana depois.
O réveillon havia passado, onde Lauren e Camila puderam comemorar pela primeira vez a festividade, declarando-se como casal, no sítio que Jauregui reservou para a noite especial — com direito a fotos e vídeos carinhosos publicados no Instagram.
Hoje, era o segundo dia de janeiro, faltando o total de quinze dias para o julgamento final com Ariana. Para tanto, não houve descanso, nem festividade para as amizades mais próximas da magnata. Verônica até tentou convencer Lauren para fazer uma pausa, levando-as para um resort em "agradecimento" por tudo o que estavam fazendo por ela, mas Jauregui afirmou que deixaria as regalias somente para quando o caso dela se desse por solucionado. Assim sendo, prometeu um presente muito melhor que um simples "resort" às funcionárias, deixando em aberto quando e onde comemorariam após a condenação de Ariana.
A novidade da vez era Olivia Rodrigo, que quatro dias após a revelação da imagem pelo número desconhecido, pediu as contas da companhia e se mudou com seu marido do apartamento que tinham em Miami, para uma outra residência com endereço desconhecido.
Lauren não estava muito preocupada com a mulher. Deixaria que Olivia fugisse para o mais longe que pudesse, achando que Jauregui não sabia que era ela a mensageira anônima que estava lhe subornando — pois quando o julgamento de Ariana passasse, seguindo seu raciocínio, Lauren teria provas claras de que sua assistente pessoal era a responsável pela coação, por isso estava fugindo; e assim, também conseguiria colocá-la atrás das grades sem muitas implicações.
— Licença, Lauren. — a gerente de RH chamou a atenção da empresária, que digitava algumas coisas em seu notebook, fechando alguns negócios em Dallas, no Texas, para este mês. — Chegaram mais duas. — segurava a porta, sem necessidade de adentrar na sala já remobiliada da outra.
— Ótimo. Pode entrevistá-las. Depois, as mande para mim, por favor.
A Jaguar's Agency passava por um processo de admissão após o escândalo que ocasionou a demissão em massa de algumas de suas melhores funcionárias.
As etapas agora eram acompanhadas de perto por Dinah Jane, gerente de Recursos Humanos; Allysson Brooke, advogada e a mais nova assistente pessoal de Lauren; e Verônica Iglesias, sócia terciária da empresa.
A variedade de perfis analíticos presentes no momento da escolha, colaborava para que conseguissem captar talentos compromissados e em busca de fazerem os seus nomes na companhia que crescia exponencialmente desde que seus caixas pararam de ser furtados.
E era exatamente isso que Lauren buscava após recuperar seu nome e respeito diante de um mercado tão competitivo quando o da moda: fortalecer a empresa de seu pai, com pessoas qualificadas, técnicas e leais cujo objetivo era alinhado com os seus.
Para que essa mudança da cultura institucional fosse implementada do zero, a primeira pessoa que precisou deixar para trás as suas convicções de "certo e errado" foi Lauren.
Jauregui deu adeus aos aprendizados que "Maquiável" lhe concedeu ao longo dos anos, desde então partindo para o pressuposto mais ligado a Rousseau, este que dizia que "o homem nasce bom, quem o corrompe é a sociedade".
Após ter sofrido na pele as consequências que as suas atitudes passadas geraram à empresa, e que poderiam ter sido evitadas, Lauren adotou um novo comportamento com suas funcionárias. A partir de janeiro, excluiu do vocabulário de suas funcionárias o pronome "senhora", onde estas poderiam chamar-lhe apenas de Lauren ou Jauregui, a fim de passar maior conectividade com as novas e antigas colaboradoras.
Não flertaria mais com nenhuma delas também. Primeiro, porque tinha aprendido com os erros do passado. Segundo, porque era uma mulher comprometida e conhecia bem o que o ciúmes de Camila era capaz de causar.
Se encerrou o ciclo da chefe superior e intocável que criou desde a época que seu pai comandava a companhia. Agora os tempos eram outros, as políticas eram outras e as pessoas que ali estagiavam eram diferentes. Embora ainda passasse a postura de uma mulher correta e dedicada após se safar das acusações que fora indiciada, Lauren andava muito mais aberta a um diálogo do que comparado meses atrás.
Flexibilidade no horário, bônus para a funcionária destaque do setor e tantos outros benefícios que foram implementados em prol de estimular essas mulheres a sentirem prazer em estar trabalhando na companhia.
Jauregui e sua equipe conseguiu, em apenas uma semana de trabalho limpo, fazer com que as novas contratadas sentissem orgulho ao afirmar que passaram no processo de seleção da empresa. Elas vestiram a camisa.
— Amor? — assim como sua amiga fez minutos atrás, Camila adentrou na sala para só depois bater na porta.
Lauren deixou o que estava digitando para ouvir o que a modelo mais bela da agência tinha para falar. Ela estava linda nesta manhã.
— Está muito ocupada? — Karla segurava o celular, parecia um pouco ansiosa.
— Não, Camz. Aconteceu alguma coisa? — ajeitou o óculos de grau entre o nariz. Tinha muito o que fazer naquela tarde, mas se tratando especificamente de Camila, nunca haveria tempo ou horário ruim para atendê-la.
— Minha mãe. — suspirou. — Após aquele incidente que ela viu na casa do Shawn, ela resolveu se pronunciar hoje.
— E o que ela falou, baby?
A mais nova adentrando e fechando com cuidado a porta branca.
— Ela descobriu que o desfile final de Luis será em Cuba, algumas horas de onde meus pais atualmente moram. — as mãos de Camila tremiam depois de contar a novidade. — E ela está nos convidando para ir visitá-la quando estivermos lá.
— Ela está me convidando para a casa dos seus pais? — suas sobrancelhas arquearam e seu coração começou a palpitar mais forte.
Tudo que mais queria era conquistar a confiança de Sinuhe após aquele incidente.
— Está, mas... — Camila demorou para responder. Demorou tanto que não conseguiu completar a frase.
— O que houve? — Lauren afastou a cadeira de seu escritório, sinalizando com uma das mãos para que sua mulher se aproximasse e se sentasse em seu colo. Por estar intimidada e receosa, Camila preferiu ficar onde estava, em pé.
— Ela não entendeu que eu e você éramos um casal naquele dia. — arfou. — Eu acho que ela pensa que você é uma amiga que estava me ajudando.
— Ela não viu o noticiário sobre a nossa relação? Não viu as declarações de Shawn na mídia?
— Provavelmente não, amor. — discretamente se aproximou apenas para mostrar as mensagens para Lauren. Mensagens essas que eram objetivas. Não dava a entender se a mãe de Camila sabia ou não sobre o fato da filha estar se relacionamento com uma mulher. — De qualquer forma, acho que precisamos nos preparar para a pior das situações: sermos tratadas com espanto ao descobrirem que uma mulher pode se interessar por outra mulher.
— Mas ela me pareceu assimilar alguma coisa naquele dia, vida... — franziu a testa, coçando a cabeça. Para Lauren, deveria ser claro a qualquer um indivíduo o quanto ela amava Camila. Mesmo que não precisasse tocar em sua mão ou chamá-la de amor a todo momento. Apenas a maneira que ela a olhava já era suficiente. — Tanto é que ela saiu sem se despedir da gente.
— Ela age desse jeito quando está brava, amor. — vendo a angustia de sua mulher, Camila rapidamente tomou uma postura mais confiante. — Ela fecha a cara e não conversa com ninguém quando está assim. — aos poucos, a ideia ia se firmando na cabeça da magnata, que assentia às explicações da latina. — O motivo de ela ter agido assim naquele dia foi por eu não ter contado a ela que meu casamento com Shawn estava arruinado por mais de sete meses.
— Por Deus, Camz... — coçou as mãos uma na outra, sentindo um frio na barriga. — O que pretende fazer agora que ela não sabe sobre nós? — a ansiedade que a tomou de repente fazia parecer que era Lauren quem iria se assumir para Sinuhe, e não Camila.
— Eu não sei ainda.
— Caso não esteja pronta para se assum-
— Não, não. Não é isso, Lo... — chacoalhou mãos e cabeça. — Não tenho vergonha de nós ou do que eu sou, eu apenas não quero ouvir desaforo ou que te tratem mal na minha frente, ainda mais pelos meus pais.
— Não precisa se preocupar comigo, baby. — ao final, Jauregui se levantou percebendo que a aproximação e beijos carinhosos poderiam ser um bom negócio. — Se hoje me posiciono tranquilamente sobre minha orientação sexual, é porque já precisei passar por algum tipo de situação indelicada no passado. — Camila não recusou a tentativa de Lauren ao lhe dar carinho. Estava precisando até. — Não vou respondê-los de maneira grosseira, por mais que eu não concorde com o que provavelmente eles vão falar, nem vou fazer você se sentir constrangida. — as mãos segurando a cintura da menor, ao que a própria guardava o celular dentro da barra da saia e circulava o pescoço de Lauren com seus braços. — Eu prometo.
— Olha, eu não quero que tenha uma péssima impressão dos meus pais... — tentou abaixar a cabeça, mas sabia que estaria sendo covarde ao fazer isso no momento que Lauren lhe mirava nos olhos. Manteve o contato visual. — Eles são pessoas boas, eu juro... — sussurrou com um sorriso meio tímido e sem graça. Aquele contato mais íntimo de Lauren em seu corpo foi o suficiente para corroer a tensão que se acumulava em seus músculos.
— Não vou ter essa má impressão, Camz. — lhe deixou um selinho, sorrindo de volta. — Eu amo a filha deles. Os tratarei com o máximo de respeito e amor possível.
Após proferir as palavras que acalmaram todas as angustias de Camila, a morena aproximou a boca da de Lauren para que pudessem encerrar aquele assunto incomodo da melhor maneira. De pronto, a magnata cedendo passagem para a língua da outra mulher poder explorar os cantos de sua boca. Era fascinante o desejo que sentia sempre que os membros se tocavam, dando sinais ao restante de seu corpo que algo quente e gostoso estava a caminho. Lauren aperta mais para si a cintura de sua mulher ao que a modelo acariciava a nuca da mais velha, numa troca apaixonante de carinho durante o beijo encaixado e lento.
— Não senhora. — sutilmente a empurrou com uma das mãos. — Nada de "descer a mão" agora, porque eu ainda preciso conversar com a minha mãe em cinco minutos. — Camila "brigou" com Lauren após sentir a tentativa de Michelle de apalpar uma de suas nádegas por cima da saia social preta que usava.
— Você está uma delícia vestida assim... — subiu a mão que tocava os quadris de Camila, porém não deixou de enlaçar sua cintura com as duas mãos. Queria-a totalmente para si, e após aquela abertura que o beijo gostoso a trouxe, Lauren queria-a agora.
— Obrigada, meu bem. Você está maravilhosa com esse terno preto também... — Jauregui fazendo menção de dar prosseguimento ao beijo. — Mas agora eu preciso conversar com a sua sogra. — Karla virou o rosto, com um sorriso sapeco nos lábios. — Lamento.
— Amor... — Lauren resmungou.
Camila adorava fazer esses momentos de pausa, onde atiçava Lauren e logo depois se esquivava dado que tinha um compromisso a cumprir. Amava observar a carinha de "cachorro pidão" que a magnata fazia sempre que ficava na vontade de avançar um casa após o beijo, e não conseguia.
— Não quer que eu fale para ela que demorei de responder porque você estava tentando transar comigo no seu escritório, quer, Sra. Jauregui? — arqueou a sobrancelha e um sorriso sugestivo. Lauren adorava ser provocada no limite. Adorava o quão quente e malvada sua mulher poderia ser consigo.
— Você poderia muito bem ocultar a parte que envolve "transar no escritório", e colocar um "compromisso" inesperado ao invés. Não seja má comigo, vamos... — foi como quem fosse tentar puxá-la novamente para seus braços, mas Camila lhe lançou o olhar característico de que deveria manter a distância.
Como Lauren já estava atenta a esse toque desde a primeira vez que a modelo viera fazer entrevista na sua agência, ela prontamente acatou o pedido. No entanto, não deixou de provocar:
— É a segunda vez só hoje, Camila. — umedeceu o lábio inferior, arrumando o colarinho de sua blusa, enquanto media de cima a baixo o corpo definido de sua mulher. — Em casa vamos precisar conversar sobre esses desencontros...
— Que conversemos em casa então, mami... — soltou uma piscadela, ciente das sensações selvagens que estava causando em Lauren ao afirmar tão descaradamente suas intenções ao iniciar o beijo de língua.
Era fato que as coisas, desde que captaram as confissões e Alexa Ferrer deixou a empresa, estavam acontecendo muito mais tranquilas e leves para Lauren. Estava muito mais confiante, pois agora possuía não só a confiança dos investidores e acionistas sobre a sua inocência, mas também contava com uma nova equipe que poderia lhe auxiliar a expandir o nome da empresa de seu pai a outros países.
Para decretar que estava plenamente em paz consigo e com a vida que tinha construído até seus trinta e sete anos, restava apenas quatro desafios para Lauren concluir.
O primeiro, envolvia conhecer os pais de Camila e fazer com que estes senhores gostasse dela.
O segundo, que executasse com maestria o evento mais lucrativo da história da Jaguar's Agency que estava prestes de ocorrer em menos de três meses, em março.
O terceiro, se tratava da empresária conseguir criar uma ocasião especial para formalizar aquilo que ela e Camila tinham como relação.
E o quarto, e o mais importante para que as outras metas fossem realizadas, vencer o julgamento de Ariana Grande.
•°•°•
GOSTARAM DO CAP?!!!! E DA NOVA CAPA??? CURTIRAM???
AAAAAAA esses quatro pontos simplificaram bem os capítulos restantes... VAI SER MUITO BOM ENCERRAR A FIC COM ESSES ACONTECIMENTOS!