A Amante do Meu Marido (Concl...

By OlivinhaRodrigo

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+18 (hot fanfic) Camila Cabello vai atrás da suposta amante de seu marido para tirar satisfações. O que não... More

Apresentação das Personagens
01 • Treason
02 • Overcoming
03 • You again?
04 • (L) The Biggest Mistake
05 • Camila Mendes
06 • Jaguar's Agency
07 • You're Welcome
08 • From Home
09 • (F) Sweetest
10 • Bets and Surprises
11 • (F) Without commitment
12 • The pression
13 • Good and Hot Blackmail
14 • (L) All Night
15 • (C) She Loves Control
16 • Revenge
17 • Lauren's back
18 • Charlotte
19 • (L) Take a Shower
20 • Hackers
21 • Loyalty
22 • Meeting
23 • Karla Camila
24 • Miami Beach
25 • (F) This Love
26 • Discovery
27 • Precipitation
28 • Playing dirty
29 • (L) Lustful desire
30 • November 25th
31 • If there's love...
33 • (L) Tokyo
34 • Gift
35 • (C) Leash
36 • Christmas Night
37 • Alexa Ferrer
38 • Back to Black
39 • (L) Solutions
40 • Last Piece
41 • (L) Table
42 • The Judgment
43 • Santa Maria, Cuba
44 • Michael's Promise
45 • (F) My Husband's Lover
(L) ESPECIAL 1 MILHÃO DE VIEWS

32 • Fifteen minutes

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By OlivinhaRodrigo


[...]

— Eu também te amo. — Camila respondeu o mais sincera e apaixonada que podia. Seus olhos se enchem de lágrimas, pois sabia que era recíproco o sentimento que partilhava. — Eu te amo muito, Lauren! — as testas coladas, os olhos conectados enquanto expressavam pela primeira vez a frase mais poderosa de um relacionamento. Como era bom poder sentir os corações em um só ritmo como se as almas estivessem conectadas.

Então elas se beijaram e abraçaram por longos minutos. Tantos minutos que não repararam o tempo passar. A luz do luar estava tão bonita, caindo perfeitamente com o clima romântico instalado, que prefeririam ficar por ali, somente apreciando o momento.

Lauren, exausta do dia produtivo e especial, se demonstrou indisposta em estender a noite pela madrugada, assim como costumavam fazer. Camila a entendeu de muito bom grado. Na verdade, a ideia de fazerem suas higienes bocais e partirem para aquela cama ultra mega gigante foi da própria latina, que não via a hora de se perder nos lençóis mais macios e gostosos que já experimentara na vida.

As mãos entrelaçaram antes de fecharem os olhos, já deitadas. Algumas declarações foram feitas sob vozes carregas de sono e cansaço. Ao fim, dormiram juntinhas após aqueles longos cinco dias separadas do toque uma da outra.

. . .

Na semana seguinte, as coisas pareceram acontecer mais volúveis que o normal. Jauregui fora pega desprevenida um dia desses entrando as escondidas pela porta dos fundos. Com isso, teve que conceder as entrevistas, até mesmo para acalmar a euforia imposta pela imprensa.

Recebeu também a péssima notícia que Ariana iria cumprir a pena preventiva em regime fechado até o momento que o julgamento fosse acontecer, que segundo as autoridades americanas, se daria daqui a 2 meses.

2 meses.

Lauren não se desesperou.

Tentou ligar para Normani, falou com Ally, mas nenhuma das tentativas de fato funcionou, visto que a decisão vinha de um cabinete, totalmente fora do controle das outras duas mulheres que nada podiam fazer senão arranjarem provas para o julgamento.

Se lamentar não era uma opção, na verdade, nunca foi para Lauren. Precisava crescer, abrangir o reconhecimento da Jaguar's. Precisava trazer confiança a seus investidores. Assim ela o faria.

Tinha que ganhar público e dinheiro, em outras palavras, precisava fechar patrocínios.

E nada melhor que ir para a capital das oportunidades a fim de encontrá-lo.

— Tóquio! – Dinah bateu palmas, contente, ao que segurava sua bagagem de mão. — Que lugar mais lindo! — seus olhos analisando prédio por prédio, maravilhada.

Alexa, Verônica e algumas outras modelos também a acompanhavam. De fato, nenhuma das mulheres seriam necessárias ali já que não haveria desfiles pela cidade.

Acontece que Lauren não poderia chamar Camila sem que isso levantasse suspeitas de Alexa e mídia. Para tanto, e como queria um momento mais particular com sua modelo principal, a magnata decidira convidar boa parte de sua equipe, deixando o restante em Miami sob a supervisão de Clara.

— Meu Deus, quanta gente! — Vero se assustou a princípio, tinham acabado de sair do aeroporto, prontas para pegarem táxis separados. Ela olhou para a faixa de pedestres e se surpreendeu ao não enxergá-la mais quando o sinal para pedestres ficara verde. — Não soltem a minha mão nem fodendo! — disse a própria, se agarrando com unhas e dentes na mão de Dinah.

Tóquio é a capital do Japão. Por ser  metrópole, centro financeiro e tecnológico do país, tornava-se propícia para investidores e empreendedores como Lauren, que estão em busca de  uma oportunidade.

— Alguém sabe onde tem uma farmácia por aqui? — Dinah mudou o assunto.

— Por quê? — Vero perguntou.

— Esse voo e fuso horário me deixaram com dor de cabeça. — a ponta dos dedos masssageando as próprias têmporas. — Não estou acostumada com viagens longas, sabe?

— Eu tenho remédio para dor de cabeça, Srta. Jane. — Alexa disse.

— Obrigada, Srta. Ferrer, mas eu gosto de ter minha própria medicação, porque quando a dor ataca, ela ataca pra valer. — Alexa assentiu. — Alguém pode ir comigo naquela farmácia? — apontou para o outro lado da rua.

A placa indicava '薬局', e como a boa poliglota que não era, Dinah apenas pressentiu que a lojinha seria uma drogaria por enxergar os símbolos de medicação e avistar alguns remédios e uma balança de longe.

Camila estava olhando tão encantada para os belos arranha-céus da cidade, que mal se dera conta da pergunta que sua melhor amiga fizera. Lauren, do outro lado, se mantinha ocupada ao celular, negociando local e horário que se encontraria com o empresário nesta noite.

— Alguém? — Dinah persistiu após notar Iglesias com a mão levantada, onde fingiu que não tinha a visto.

— Eu! — Vero responde esperançosa para Dinah, que abriu um sorriso amarelo e concordou por fim.

Não que tivesse algo contra Verônica, pelo contrário, o fato era que nenhuma das duas falavam japonês e a única coisa que entendiam — e ainda entendiam mais ou menos — era  "Arigatō".

De qualquer maneira, foram com a cara e coragem que tinham à farmácia. Ligaram o tradutor no telefone para se comunicar com o rapaz do caixa e ainda o usaram para discutir tamanho preço do remédio que estava um absurdo de caro. Tão caro e diferente daquele que tomavam nos Estados Unidos, que Dinah quase hesitou em deixá-lo para trás, afinal, estava usando de suas moedas de câmbio na compra.

Mas como essa era sua primeira viagem no exterior, não poderia bancar a mão de vaca no primeiro ponto estrangeiro, não para um rapaz novo e na frente de Verônica, que estava se pesando na balança pela terceira vez seguida.

Dinah pegou o medicamento, tomou um desta e como estava sem bolsa, entregou-o para Veronica para que ela pudesse guardá-lo em um lugar mais prático que uma mala de rodinhas por enquanto.

Logo após o alvoroço, as duas voltaram para a calçada, ainda extremamente movimentada, onde ficaram a espera do táxi junto das outras mulheres.

Quando pronto, Vero fora no carro junto com uma das modelos secundárias, ao que Alexa acompanhava as outras duas.

Dinah, sem ter como contestar, acompanhou Camila e Lauren, estas que desde que fecharam a porta e o carro dera partida, não pararam de se beijar.

— Ai, gente, tem cabelo caindo na minha boca, calma aí, caramba! — sem medir força, Dinah acertou um tapa nas costas de Camila, que nada fez, pois estava entretida demais no momento que seu pescoço era envolvido por dedos e boca. — Eu sei que vocês estão com saudades ou sei lá o que, mas são sete horas da manhã aqui, vamos ter um pouco mais de respeito! — resmungou, sendo cada vez mais imprensada contra a lataria do carro. — Camila! — empurrou para baixo, para o assento do carro, a cintura da cubana que estava subindo como quem fosse de mansinho para o colo de Lauren. E realmente iria. Por sorte, Dinah estava ali e impediu que ela o fizesse e piorasse ainda mais a situação. — Eu nunca mais viajo com vocês, sinceramente... – olhou com o canto dos olhos a melhor amiga dar continuidade no beijo gostoso ao que Lauren tateava com carinho a cintura dela. — O tiozinho ali 'tá assustado com essa pegação lésbica de vocês duas, dá pra vocês duas pararem ou esperarem chegar na porra do hotel?!

Camila e Lauren se separaram num solavanco, soltando sorrisos cúmplices uma a outra após verem o estado que ficaram após o beijo quente: bocas inchadas, sujas, os cabelos com fios desalinhados. Como estavam com saudades disso.

— Obrigada. — Dinah fechou a cara, cruzando os braços, onde automaticamente pegou o celular para encarar qualquer coisa, menos os olhos culpados de Camila ou as esmeraldas furiosas de Jauregui em sua direção.

Chegaram ao grande e luxoso hotel pouco tempo depois do incoveniente. Com direito a quarto separados e refeições típicas do serviço de quarto, as mulheres aproveitaram o restante do dia e tarde para conhecerem melhor a cidade de Tóquio enquanto a dona da Jaguar's Agency gastava seu tempo agendando reuniões ao telefone.

A cubana odiou o cronograma de conhecer um novo país sem Lauren ao  lado.

Então quando retornou ao hotel, Camila começou a jogar olhares implícitos, sussurrando besteiras no ouvido da mulher mais velha e, não sendo suficiente, ainda invadiu a suite de Lauren mesmo sabendo que para terem um momento de privacidade, precisariam, antes, distrair Alexa.

Pois bem, para seu alívio, fora avisada em audio por Jauregui que entre às oito horas da noite, ela, Camila e Verônica iriam para um dos mais badalados clubes de Tóquio realizar uma reunião, ao que Alexa, Dinah e demais modelos também trabalhariam em busca de patrocínio, só que em outro estabelecimento também da cidade.

Dinah, que segundo Alexa esteve mais estranha durante a tarde, se apresentava melhor pela noite. Logo, pode acompanhá-las e ajudar no plano de sua superior.

Em ansiedade, Karla estava pronta às sete e cinquenta. Seu vestido vermelho, colado, beirando cinco dedos acima do joelho, a deixava mais ousada e sexy do que o usual. Não economizou nos saltos ou maquiagem, queria ser desejada a noite inteira, e sabendo do fetiche de Jauregui por saltos e batom vermelho,  assim o fez.

— Boa noite, baby... — Camila esperava ansiosa o elevador de Lauren descer até que ouvira a própria sussurrar um cumprimento atrás de si, no pé de seu ouvido, cheirando o seu cabelo, descendo este carinho para o cangote. — Isso tudo é para mim, hm? Está tão cheirosa...

Sentiu seus joelhos fraquejarem somente pelos dedos escorregarem para tatear sua cintura em posse. 

Não tinha dúvidas sempre que a outra apertava com desejo sua carne. Ela era de Lauren. dela.

— Ah, deixe-me olhar para você, Camila... — Segurando a cubana com uma das mãos pela cintura, a mulher se afastou um pouco, olhando-a da cabeça aos pés, sem tirar aquele sorriso encantado, mas ao mesmo tempo sacana, do rosto. Karla sentiu sua nuca suar com aquele olhar que lhe era, era um olhar de cobiça, de saudade, repleto de amor. — Linda.. — umedeceu o lábio inferior mirando os seios pequenos tão apertados no vestido colado. Com certeza faria um bom trabalho quando chegasse em casa com cada um deles. — Perfeitamente linda, Karla.

— Você também está fantástica, amor. — a latina completou com um sorriso para lá de tímido. Adorava sentir sua mulher tão imponente quando esta se apresentava com ternos femininos e saltos.

Ah... o terno. Camila pensou entre suspiros.

Terno preto com saltos do mesmo caráter: social. A postura já lhe era característica, os cílios distendidos  trazia-lhe charme ao que os lábios carnudos cobertos por um delicioso gloss, deixavam a boca daquela mulher mais apetitosa, convidativa à Camila, que mal via a hora de poder tomá-la com um beijo.

— Você gostou? — soltou brevemente a cintura de Camila para segurar a gola do blazer aberto. Camila não só assente, bem como suspira mais descompassada após o perfurme de sua chefe tomar o curto espaço que se mantinham. — Também amei o vestido, baby... — tentava não morder o lábio inferior sempre que tocava Camila no que seu olhar descia pelas curvas do corpo latino, mas era impossível. — Amarei ainda mais quando puder tirar ele do seu corpo...

Já havia tensão sexual. Bastavam selar as bocas que nenhuma reunião ou pessoa seria capaz de atrapalhá-las.

Mas por sorte, ou azar, Verônica chegou segundos antes que elas pudessem avançar mais um passo.

— O carro que você alugou, chegou, Lauren. — Verônica disse, inocente de toda a luxúria e cortejo que estava acontecendo naquele momento.

Lauren continua olhando para Camila,  numa tentativa implícita de dizê-la "se você quiser, eu desisto de tudo e continuamos aqui, só eu e você, na minha cama". E embora a modelo estivesse extremamente excitada, morrendo de saudades dos toques e beijos, sabia bem a importância que essa reunião tinha para o futuro da empresa que trabalhava, logo, tomou a frente em silêncio, sendo a primeira a sair pela porta do hotel, e entrar dentro do carro conversível alugado ao qual Lauren iria dirigir.

Para evitar a troca de olhares a fim de atiçar ainda mais o desejo que estava sentindo, sentou-se no banco traseiro, junto de Vero, onde com ela conversou durante o percurso.

Karla Camila percebeu com sete minutos de trajeto uma ligeira dor de cabeça tomar espaço. Isso porque Camila odiava viajar de avião, ela tinha medo. Pela manhã já tinha tomado alguns medicamentos, que até então estavam fazendo efeito, porém agora as coisas pareciam ter mudado.

Novamente, por sorte, ou azar, Verônica a avisou que o remédio que Dinah tinha comprado pela manhã ainda estava em sua bolsa que levava para todo lugar. Camila o tomou sem pensar duas vezes — sabia que a noite com Lauren seria longa, e depois de tanto tempo sem sentir o corpo de sua mulher no seu, queria ficar bem logo para aproveitá-la.

Engoliu dois comprimidos.

. . .

As três mulheres chegaram em seu destino exatamente dez minutos após Camila ingerir os comprimidos. Vero e a modelo principal foram orientadas a ficarem na pista de dança, enquanto Jauregui, por sua vez, deveria fechar o contrato antes de se direcionar para onde as outras duas estavam.

E assim fizeram até dado momento.

Elas eram uma das poucas que dali falavam inglês fluente e somente o inglês, logo, Camila e Veronica não tiveram muitas opções que não fosse aproveitar a playlist do DJ, dançando amigavelmente juntas, enquanto esperavam a decisão de Lauren pós fechamento dos negócios.

Aproveitaram para beberem também, visto que em certo ponto, quinze minutos após chegarem, Camila já se sentia muito mais animada e disposta que o habitual.

— Eu vou lá em cima falar com a Lauren! — gritou para Verônica, que jogava a cabeça de um lado para o outro, curtindo o toque da música como se sua vida dependesse disso.

— Ela disse que era pra gente esperar aqui! — retribuiu no mesmo tom, dado a música alta do ambiente.

— Eu sei! — abriu um sorriso sapeca, que por desleixo, Verônica acabou por não entender. — Mas não custa nada tentar saber se ela já está acabando!

— Vou ficar por aqui!

— Tá bom!

Não seria difícil de encontrar Verônica no meio daquela multidão. Primeiro, porque a morena era alta e uma das únicas a usar um look no bom e velho estilo americano. Segundo, porque sua blusa era da cor verde neon.

Camila seguiu sem muita dificuldade ao andar superior do clube. O lugar que Lauren se mantinha junto de alguns empresários e investidores japoneses, além de reservado e pouco iluminado, era um que dava acesso direto à pista de dança.

Assim que a latina deixou o piso térreo, subindo as escadas, Lauren entendeu que era com ela que Camila gostaria de falar. Logo, gentilmente pediu licença aos homens de negócio, se direcionando a uma outra parte mais privada do local, perto do banheiro.

— Aconteceu alguma coisa? — estava com as mãos para trás, em uma postura séria, respeitosa, postura tal que Camila adorou.

— Aconteceu sim. Me segue. — puxou Lauren pelo pulso, entrando na primeira porta que avistou. Por sorte, o banheiro feminino. — Você vai demorar muito nessa reunião?

— Ainda estou negociando os preços com alguns deles, amor. — a magnata responde sincera no que mirava apenas a boca de Camila e o modo que a latina molhava o lábio inferior com a ponta da língua, sugerindo mais e mais o quão quente e carente estava naquele instante.

— Não sei se vou conseguir esperar muito tempo... — Lauren arfou pesado, sendo tomada por uma tensão sexual que sequer lhe pertencia. — Não me olha assim, Lauren... — Camila soltou um suspiro. — Você sabe que estou excitada desde o nosso voo. Tivemos três preliminares apenas hoje, e não completamos nenhuma delas. — a modelo aproximou as bocas, ao passo que o corpo da mulher mais velha era imprensado pelo seu contra a parede. — Então eu quero saber em quantos minutos você resolverá a reunião, para ficar comigo e me satisfazer.

— Até o hotel?

— Aqui, Lauren. — Camila enrijereceu o maxilar, olhando fixamente para os olhos verdes. Dentro deles. Olhava para dentro deles.  — Eu não vou aguentar esperar a gente chegar no hotel.

Lauren engoliu em seco. 

Fazia muito tempo que não presenciava sua mulher tão fogosa, tão safada... o que seja! Jauregui era acostumada a provocar, mas nunca tinha experimentado ser provocada tão descaradamente em público.

O detalhe a fez fantasiar ainda mais o quão delicioso seria foder sua modelo ali.

— Você aguenta mais 25 minutos? — no entanto, se lembrou de suas limitações, sendo os contras maiores que os prós em transarem em um lugar como este, durante uma reunião.

— É muito tempo, amor... — choramingou dengosa, massageando em chantagem os ombros de Lauren.

— Quinze... — umedeceu cada vez mais tensa os lábios, sentindo seu corpo queimar de dentro para fora a cada segundo que era suplicada por Camila. — Quinze minutos e eu volto para você.

— Não... — fez um biquinho, enfiando o rosto dentro da curva do pescoço de Lauren à medida que seu corpo roçava no da mulher mais velha. — É muito tempo ainda...

— Eu não consigo fazer em menos tempo do que isso, baby... — Camila lambeu a região que sua boca estava escorada — Camila, amor... — gentilmente afasta a boca e corpo pecaminoso da latina de perto do seu. Uma mordida em seu pescoço seria o bastante para fazê-la mudar de ideia, por isso recuou. — Eu prometo que passarão voando esses quinze minutos. 

— Você vai me deixar assim mesmo, então? 

Camila sentia seu corpo queimar em desejo de dentro para fora. Uma sensação incontrolável. Sua boceta se contraindo várias e várias vezes ao redor do nada. Estava tão sensível que o simples olhar de Lauren lhe excitava, lhe instigava a querer mais, a exigir mais, a desejar mais.

— Eu preciso de você agora, Lauren..

O tesão parecia lhe rasgar ao meio, lhe deixando tonta, fazendo as contrações  cada vez mais dolorosas ao invés de prazerosas.

— Eu não vou te deixar... — cortejava o corpo da menor. Sabia que a qualquer momento poderia se deixar ser seduzida por aquele vestido vermelho e acabar numa cabine com ela ao invés de estar numa mesa, assinando papéis. — Eu vou voltar. Só te peço um pouquinho de paciência, tudo bem?

— "Tidi bim?" — usou um tom irritante para imitar a indagação de Lauren — Arght!! — bateu o pé no chão, abaixando a barra do vestido que tinha levantado apenas para provocá-la. — 'Tá bom! Quinze minutos e nenhum segundo a mais, Lauren. — sua mão direita foi direto para segurar o maxilar de Lauren. — Entendeu?

— Sim, amor. — mordeu a ponta do lábio inferior, adorava ver sua mulher nervosa, ainda mais quando o assunto era satisfazê-la: nunca tinha provado nada parecido com isso.

— Eu vou descer.

E Camila o fez. Desceu, bebeu um pouco mais para aliviar o calor que minuto a minuto parecia tomar suas veias, enquanto dançava cada vez mais lento à companhia de Verônica.

Olhava no celular vez ou outra para se certificar do horário, e quando os prometidos quinze minutos chegaram, Camila subiu as escadas o mais rápido que poderia, segurando a barra de seu vestido que insistia em subir a cada degrau que se arriscava.

Lauren novamente percebeu a movimentação. Sabia que estava encrecada, porque os quinze minutos passaram e ela não estava sequer na metade do contrato pré estabelecido.

As duas seguiram mais uma vez em direção ao banheiro.

— Camil-

— Sí, sí, bésame, Lauren. — tratou de interromper a contestação ao distribuir selinhos pela boca carnuda. — Quiero que me beses toda la noche, hm... — falava manhosa, arrastada, não demorando para imprensar o corpo da magnata novamente contra parede, do jeitinho que Jauregui tanto gostava, sem chances ou espaços para sair. — Estou louca para gozar em você.

Camila gemeu em prazer com a simples fricção do joelho de Lauren entre suas pernas. Não a tocava no ponto que latejava e ainda assim a latina gemeu, louca de prazer, louca para sentir a mulher mais velha tocando o seu corpo.

— Amor, não podemos ainda... — disse com um nó na garganta, visto a tamanha tensão e excitação que sua mulher estava sentindo e que diretamente lhe atingia. — Camil-

—  Prometiste que eran quince minutos.

— E eram, amor, mas-

— No quiero saber explicaciones. Quiero correrme, Lauren. Quiero y necesito disfrutarlo... — sussurrou com voz rouca e sotaque cada vez mais pesado perto do ouvido da empresária, que automaticamente se arrepiou da cabeça aos pés. — ahora...

— Baby, você precisa entender que eu estou trabalhand-

— Pode ser uma rapidinha... — tentou levantar a própria barra do vestido, mas Lauren a impediu, forçando-a para baixo. — Não seja má comigo, Sra. Jauregui...

"Sra. Jauregui"

Há quanto tempo não era chamada dessa forma por Camila durante as preliminares? Sua imponência aumentava, seu ego era massageado.

— Escute-me, Karla.. — finalmente o timbre saiu mais firme e rouco. — Você acha que eu não quero isso...? — Lauren muda as posições, agora colocando  Camila contra a parede e seus cotovelos ao redor do rosto da modelo. — Acha que eu não quero te colocar de costas para mim, levantar a porra desse vestido e te foder até você melar os meus dedos? — a calcinha da menor estava num estado deplorável, vergonhoso de tão molhada depois desse sussurro.

— Então me fode! — agarrou a magnata pelos ombros. — Eu estou tão fácil pra você... — Lauren voltou a friccionar, apenas de maldade, o joelho entre as pernas da outra. — Estou louca para te dar... — a mais alta sentindo uma pontada forte e gostosa no ventre. — Você ama quando eu falo essas putarias no seu ouvido, não ama? — tentava novamente levantar o vestido enquanto sussurrava as provocações. Lauren sorria de canto ao que ouviu o tom dengoso praticamente a implorar no pequeno banheiro.

— Amo ouvir você me desejar, Camila. Mas não quando estou trabalhando. — e se antes esboçava nem que fosse um sorrisinho, se divertindo pelo estado da outra, tornou-se um semblante sério. — Não podemos agora. Abaixa esse vestido. Eu estou mandando. — ordenou com voz carregada em rouquidão à medida que as esmeraldas se conectaram com os olhos castanhos.

— Vai fazer o que se eu não abaixar? — Karla trincou o maxilar.

— Camila.. — riu nasal, aparentemente nervosa pelo jogo de provocações da outra.

— Fala... — mordeu o próprio lábio inferior. — O que você vai fazer comigo se eu continuar levantando o vestido?

— Você não vai querer saber... — repetiu o gesto anterior de Camila, mordiscando a boca, tensa, presa na fodida tensão sexual que tinham.

— Talvez eu queira.

— Safada... — a puniu com um delicioso tapa na nádega direita, sendo retribuída por um gemido arrastado e um sorriso ainda mais malicioso da latina. — ...você sabe que agora eu não posso...

— Me sente antes de me negar, Lauren... — puxou um pouco mais da barra do vestido, esfregando a calcinha melada em uma das pernas de Lauren. Ambas olharam para onde Camila estava se esfregando. — Sente, amor..  — a latina mordeu o lábio inferior. — Estou tão excitada que estou sujando a sua calça, ainda de calcinha.

— Vagabunda... — a garganta ardendo a ponto de fazê-la gemer tal frase. 

— Se você meter com três dedos... — segurou a lateral do rosto de Lauren com uma das mãos — Eu gozo rapidinho... — mais uma vez, levantou o vestido suficientemente para Lauren avistar a calcinha de renda que pouco cobria sua intimidade. Suas antecoxas meladas de pré gozo. Tão quente. Tão molhada. — Mete que eu te deixo em paz na reunião por mais dez minutos.

— Eu sei como você goza quando está muito excitada. — Lauren deu um beijo de boca aberta na curva de seu ombro, deixando a língua desenhar círculos sobre a veia saltada de seu pescoço. — Com três dedos? — sussurrou com um sorriso covarde na pele bronzeada — Metendo do jeito que você gosta? — Camila ia se movendo para frente e para trás enquanto Lauren lhe advertia. — Você vai esguichar, Camila. — impediu que a menor continuasse se divertindo ao agarrar sua cintura com as duas mãos. — Vai esguichar que nem uma puta bem gostoso em mim. Vai me sujar inteira. E você sabe como eu amo ter o cheiro da sua excitação no meu corpo, mas estou no meio de uma reunião importante.

— É tão gostoso quando você sussurra assim.. — resmungou cheia de chamego. — Me come, amor, me fode interinha, hmm..

— Camila... — umedeceu os lábios, tensa por nunca ter conseguido negar a modelo quando dengosa. — Chega de conversa fiada. — alisou, ao fim, a região que agarrava os quadris largos e gostosos da mais nova. — Mais quinze minutos e eu juro que venho.

— E eu juro que vou me masturbar se você sair desse banheiro e não me aliviar AGORA.

— Não estou te proibindo. — respondeu, ainda sorrindo como quem estivesse achando o máximo da cena.

— Mas deveria! — tentou empurrar o peitoral da magnata com as duas mãos, mas não conseguiu, uma vez que a própria a agarrou pelos punhos.

— Falo isso porque você é uma boa garota, baby... — o dedo indicador acariciando sugestivamente o maxilar da latina, que estava com os pulsos presos perto do rosto. — Você sabe que será muito mais gostoso se esperar alguns minutinhos.

— Eu não aguento mais esperar!

— Aguenta... — depositou um selinho carinhoso nos lábios pintados de sua modelo. — É claro que você aguenta.

—  Você não me entende mesmo... — choramingou, suspirando, negando a cabeça. — Lauren, eu acho que a saudade ajudou a intensificar tudo isso...  está doendo muito!

— Mas não é uma dor boa? — tornou a segurá-la pelo queixo, forçando a todo custo a troca de olhares. — Responda-me... — Camila continuava lhe encarando de olhos cerrados, dando a entender que a resposta apesar de clara, jamais seria silabada. — Vou matar a sua vontade. — olhou e olhou a boca carnuda, coberta por aquele batom vermelho mais do que convidativo. — Te fazer gozar me esfregando em você... — Como era difícil se manter no controle quando se tinha uma latina tão quente e gostosa como Camila só para si. — Eu prometo. — disse em prontidão. — 15 minutos e nada mais que isso.

Camila, por fim, se desvencilhou um tanto frustrada do corpo cheiroso e forte. Se Lauren soubesse que quinze minutos para aquela onda de excitação que estava perambulando seu corpo equivalesse a uma eternidade, Jauregui jamais se prestaria a sugerir aquilo. Mas tudo bem. Camila sabia que não tinha cabimento apelar para a masturbação tendo uma mulher como Lauren para satisfazê-la, logo, tratou de alertar a dona da Jaguar's Agency com as seguintes palavras:

— Quinze minutos. — segurava a maçaneta da porta, de costas para Lauren. — Se você não vier nesse tempo, eu desço naquela pista e procuro qualquer pessoa para me foder a noite inteira.  — Jauregui arfou mais excitada e ao mesmo tempo enciumada com o desafio proposto. — Contando a partir de agora. — mirou o celular, mas não os olhos verdes. — Boa sorte. — e saiu batendo a porta, deixando perfume, o rastro de sua excitação na calça da outra mulher, além de uma Lauren completamente hipnotizada pela submissão que era submitida às ordens sexuais dela. 

Demorou alguns minutos para voltar a raciocinar, limpar o terno e retornar à mesa. Temerosa do que sua mulher era capaz de fazer, Lauren tratou de cortar o assunto pela metade com os investidores, apressou algumas assinaturas ao que fazia de tudo para acabar aquela reunião o mais rápido e antes dos "quinze minutos" possível.

Do outro lado, Camila já não bebia ou dançava. Passou o restante da festa escorada no balcão de bebidas, olhando fixamente para o andar superior, onde Lauren estava conversando, sentada, com os homens de negócio. Qualquer movimento que fizesse suas pernas se esfregar uma na outra já seria capaz de excitá-la ainda mais, nunca se sentiu tão sensível e quente como agora, então era melhor negar os pedidos de Vero antes que resolvesse fazer uma besteira ainda em público.  

Assim que o prazo se esgotou para Lauren, Camila olhou totalmente esperançosa para a magnata. Ela viu Lauren Jauregui puxar a manga do blazer preto, aparentemente para checar o horário, e voltar a tampar o pulso logo após.

Karla continuou lhe encarando, desta vez zangada, nervosa, mas Jauregui nada fez — isso porque estava coletando as duas últimas assinaturas dos investidores no exato momento que  os "quinze minutos" bateram. 

— Ah, é? — e Camila que nada tinha a ver com o descumprimento do prazo, resolveu tomar uma atitude, já que se dependesse de Lauren, ela ficaria ali, excitada, esperando para sempre. — Então 'tá bom, Lauren Michelle Jauregui. — suas narinas inflaram quando dera os primeiros passos rumo a pista de dança, pronta para realizar o que havia desafiado mais cedo. 

Foi o tempo de um aperto de mãos para Lauren perder Karla Camila de visão. A magnata que antes era apenas sorrisos por fechar o contrato, engoliu em seco, sentindo o coração pulsar em sua garganta quando olhou ao redor, para Verônica, e mesmo assim não avistara a latina.

Achava que Camila estava blefando no banheiro. Pensava que seria divertido levar sua latina ao limite através de negações e brincaderinhas pervesas como bem fizeram no banheiro.

Mas o que Lauren com toda certeza não desconfiava, era que a modelo principal já estava no limite antes mesmo de pisar neste maldito e luxuoso clube. 

— Droga.. —  segurando a taça de vinho, Michelle resmungou mais nervosa, onde se levantou para procurar Camila em meio a multidão. — Cadê você, Camila? — sussurrava para si mesma, arrependida por ter brincado com o fogo, conforme seu coração pulsava mais acelerado. — Vamos... apareça...

 Zion & Lennox Ft. Daddy Yankee - Yo Voy

O toque do reggaeton se fez presente no clube a fim de atender o pedido da pobre empresária. 

Se antes a latina queria apenas a atenção de Lauren, agora conseguiu a do público em geral, pois Karla Camila tinha acabado de subir na bancada que há quinze minutos ficou escorada, derrubando com os saltos:  copos,  garrafas e bebidas que ali estavam.

O erotismo desestabilizava Lauren, e felizmente, Camila era mestre naquele jogo.

Suas mãos começaram a deslizar provocante e lentamente por todo o vestido, apertando os seios enquanto curtia a batida da música. Lançou um sorriso diabólico para Lauren, que agora trincava o maxilar, furiosa, apertando com força a barra de alumínio da grade.

A modelo rebolava no ritmo, mordendo o lábio inferior, mostrando para todos o quão sexy poderia ser. Sabia também que poderia estar cedendo a visão de sua calcinha aos que a apreciavam debaixo do balcão, mas prosseguiu, visto que estava excitada, não raciocinava muito bem o que estava acontecendo, só sabia que a cena irritava e puxava a atenção de Lauren para si: tudo o que mais queria. 

Porra, que delícia aquela mulher ali. — um dos sócios alegou a um companheiro que estava ao lado. Infelizmente, audível até demais para os ouvidos de Lauren. 

Séria, ela se virou para o homem.

Tem cara de ser latina. — os senhores conversavam pela primeira vez no idioma nativo para não despertar o incômodo na empresária Jauregui, que era uma mulher e poderia se sentir "ofendida" com tais comentários apelativos. — Que saudades de comer uma dessas. Elas fodem mais gostoso que as europeias.

Somente esqueceram-se de consultar o currículo de Lauren e verem que na última publicação da revista Vogue de mulheres norte-americanas promissoras, cá estava ela, ali, estampando os resultados de sua empresa, juntamente com os sete idiomas que sabia falar, e claro, entre eles: o japonês.

— A bunda dela é uma delícia mesmo... — outro deles comentou. — Acham que se eu chegar, eu consigo algo? Elas são fáceis, não são?

Lauren não pensou duas vezes antes de retornar à mesa, pegar o contrato que tinham acabado de assinar e o rasgar até que ficasse parecido com os cacos de vidro da taça que deixou cair. Os senhores a olharam assustados, pois de fato, não sabiam que ela entendia o idioma, muito menos que aquela mulher que estava sensualmente dançando em cima da bancada se tratasse de sua modelo, ou melhor dizendo, sua mulher. 

Sem dever satisfações àqueles senhores, Jauregui desceu para o andar inferior enxergando vermelho. As luzes da boate, eram azuis, mas ela, via vermelho. Enxergou "vermelho" no momento que parou de respirar e raciocinar. No auge de sua ira.

Esbarrou em algumas pessoas, que reclamaram de sua falta de educação, enquanto marchava entre a pista. Seu corpo inteiro tremia em uma brasa que parecia lhe queimar de dentro para fora. 

— Tem dinheiro para pagar um táxi?! — puxou sem nenhuma sutileza Verônica pelo ombro, que estava admirada com os movimentos que Camila fazia com o quadril. — Heim?! — sua voz saía séria como Iglesias nunca tinha escutado na vida. — Você está surda, caralho?!! 

— T-TENHO! — engoliu em seco. — Tenho sim!!

— Eu já vou. — mirou Camila e a viu acenar para alguns rapazes, mandando beijos com a mão direita, enquanto a esquerda tateava sem nenhuma pressa o próprio quadril. Vagabunda...— Vou levar a Camila pra casa...  — inconformada, continuou assistindo-a para logo após negar com a cabeça o espetáculo que Camila fazia a todos. Um espetáculo que deveria ser só dela. — O tempo dela já deu por aqui...  — Vero assentiu ainda sem entender a última frase, estava assustada e não conseguia ouvir os sussurros. — Tem certeza que tem dinheiro, Verônica?!!

— Tenho!!! — mostrou as mãos em sinal de inocência, sabia que o stress de Lauren nada tinha a ver com ela, mas não podia negar o quão influenciada e impotente se sentiu quando analisou a magnata de cima a baixo. — Eu tenho, pode ficar despreocupada!!

— Quando sair, coloque a despesa da sua comanda no meu nome. — Vero assentiu. — O que é isso na sua taça? — apontou curiosa com os olhos para o copo que Iglesias segurava. 

— Awamori. É uma bebida tradici-

— Serve. — tomou a taça das mãos de Veronica, virando todo o líquido em um só gole, e devolvendo o recipiente vazio logo após a ela. — Não deixe a Alexa saber que você voltou sozinha. Aliás, volte sóbria. Se precisar de alguma coisa, liga pra Dinah. 

Antes que Vero pudesse protestar alguma coisa, a mulher mais velha saiu andando, só que agora em direção de um local específico. 

Camila não evitou de abrir um sorriso de canto ao ver a aproximação repentina, porém nem um pouco contente da outra. Não precisou ser ornada sobre o que deveria fazer, o olhar sério das esmeraldas verdes voltado ao seu corpo era suficiente para avisá-la que sim, ela deveria descer imediatamente daquela bancada, e de preferência, segurando as barras do vestido para não mostrar aquilo que por alguns minutos ficou exposto. 

Ela sorriu com duplas intenções para Lauren. Desceu com a ajuda de alguns rapazes, sorriu enquanto era cortejada pelos homens e se aproximou, sozinha, de uma empresária para lá de furiosa, enciumada.

— ¿Te gustó el espectáculo, mi amor? — provoca com sotaque, ciente do estrago que estava fazendo sobre a sanidade de Lauren. — Hm? — chegou perto do ouvido da empresária, rindo nasal. 

Por sua vez, Jauregui tinha as mãos enfiadas no bolso de sua calça tão quanto seu maxilar, que há muito estava enjirecido, sem muita expressão que não fosse a raiva.

— Você esteve... — agarrou o celular que tinha deixado entre os seios, dentro do bojo. — ... esteve dois minutos e quinze, dezesseis, dezessete segundos atrasada. — umedeceu o lábio inferior.  — Não vai falar comigo, Lauren? — perversa, ainda arqueou a sobrancelha como quem estivesse certa na situação. — Não sei quanto a você, mas aqueles homens ali.. — apontou para os jovens japoneses que a admiravam, agora de longe —... pareceram querer e muito falarem comigo após esse sh-

Com a mesma postura séria, Lauren caminhou em direção à porta que usaram para adentrar sem ser avistadas ou reconhecidas pela multidão. 

A latina novamente riu nasal, compreendia que tinha conquistado aquilo que tanto desejava. Teria uma noite repleta de altas emoções.

Por entender que não estava na posição de ordenar nada, não se limitou a contestar, somente acompanhou Lauren em silêncio até o lugar mal iluminado e vazio onde se situava o carro alugado.

Chegaram ao estacionamento desolado, paradas. Camila cogitou abrir a porta passageira do veículo, mas o carro ainda estava travado. A cubana olhou para Lauren, que mantinha aquele maldito semblante nada amigável, e depois para a chave que a própria segurava. 

— Não vai abrir? — jamais expressaria em voz alta que a tensão circunspecta de Lauren a intimidava, porém, estava queimando de excitação por dentro, louca para ver o que experimentaria quando chegasse no quarto de hotel. — Lauren?

E novamente a magnata nada lhe respondeu. Seus olhos unicamente focados nos fios desalinhados do cabelo da modelo. No quão carnudos sua boca estava de tanto que a mordeu durante a noite. Seu vestido, tão curto e apertado, a poucos centímetros de descobrir a polpa da bunda dela. Jauregui suspira.

— Lauren... ? — o corpo pequeno estremeceu assim que os olhares, mesmo diante de pouca luz, se encontraram.  

— Você é boa em cumprir combinados. — suas mãos continuavam enterradas no bolso da calça. Apertava em nervoso hora ou outra o tecido de linho. — Para ser no mínimo sincera, estou surpresa. 

— Você atrasou e-

— Acha que está certo o que fez? — Lauren a interrompeu.

— Eu acho que eu fi-

— Sim ou não, Srta. Cabello. — finalmente retirou uma das mãos para checar o horário em seu relógio de pulso. 

— Fiz para te provocar. 

— Eu disse sim. ou. não. — parafraseou cada palavra, paciente, atenta aos movimentos inquietos e ansiosos de Camila.

A latina refolegou por alguns segundos. Já estava ali, não tinha muito o que fazer após entendido as circunstâncias.  

— Não. — sussurrou.

Como se fosse um jogo, Lauren lentamente umedeceu com a ponta da língua o lábio inferior mirando os olhos castanhos. A sinceridade na resposta de Camila pareceu aflorar ainda mais a sensação de posse que estava tomando seu corpo.

— Não? — Jauregui questionou em ironia. Depois, se aproximou com dois passos, fazendo Camila tão ansiosa, mais tão ansiosa e ao mesmo tempo receosa, que a latina, por instinto de defesa, recuou com três, esbarrando sem intenção no carro preto. 

— Não.  — a voz saiu bem mais falha e trêmula que a da última vez. 

— Muito bem. — não se deixou levar pelo recuo de Camila. Continuou fitando-a na mesma intensidade, senão pior. — Agora me diga, Camila... — seus dedos indo até a fivela do cinto que usava. Brincando com o objeto. Torturando Camila. — Como acha que estou me sentindo ao ver aquele bando de desgraçados te olhando enquanto dançava provocativa em cima daquela bancada? 

Karla se mantinha atenta na maneira que Lauren retirava o cinto e em como a saliva ficava presa em sua garganta somente em fantasiar o que viria a seguir.

— Eles estavam te desejando, Camila... — negou a cabeça, retirando sem nenhuma pressa o cinto de sua cintura. — Te desejando de uma forma que só eu posso. Eu não acho isso justo... — seu rosto minimamente inclinado, esta posição lhe concedia maior imponência. — E você... ? — por fim, aproximou-se o suficiente do corpo de Camila. — Você acha isso justo? — não chegou a colar os corpos, o que causou uma série de arrepios e frustrações em Camila por tê-la tão perto, mas sem poder senti-la.

— N-não. — seus joelhos bambeando quando sentiu uma das mãos de Lauren levantar a barra de seu vestido. — L-Laur-

— Shhh... — colou o dedo indicador sob os lábio pintados. Fez movimentos circulares por cima da boca, lentos, instigando a latina, antes de retomar a posição anterior. — Fica quietinha... — excitada, ela mordeu o lábio inferior. — Você não precisa se explicar. Não mais. — riu sarcasticamente nasal. — Afinal, já está feito. Não vamos voltar no tempo. — o couro do cinto e o metal da fivela gelada deslizava tão sutil quanto uma pena na coxa de Camila, esta que sentia seu ventre ser esmagado pela forte onda de prazer que estava a consumindo. — E o que eu vi, Camila... — subiu o cinto dobrado em sua mão até o quadril da outra. — Oh, eu lamento muito, mas o que eu vi... — negou a cabeça — ...não tem perdão. — sua voz pontuou tão séria a frase que Karla gemeu, praticamente amolecendo nos braços de sua mulher. — Eu vou ter que te punir nesta noite, Camila...

A modelo prontamente estremeceu e Lauren pode senti-la por estar tão perto. Maravilhada com a cena, a magnata sorriu satisfeita.

— Já foi punida alguma vez, Srta. Cabello?

Karla já não escutava mais nada, por isso, ficou alguns segundos em silêncio, apenas encarando os olhos turvos da outra, tentando assimilar o que estava acontecendo. Seu corpo tinha sido apossado pela excitação e ansiedade. Sentia-se quente como inferno, mas não estava soando ou sequer sendo tocada como das outras vezes. Por que tudo de repente pareceu tão confuso? Tão difícil?

— N-não.

— Não? — Oh, poderia gozar com as ideias sujas que invadiram a sua mente ao saber que seria a primeira pessoa a "domar" a modelo latina.

— Não... — longe de Camila que haveria timidez. Estava louca, louca para receber prazer. Não importava o que, apenas o queria e ponto.

— Perfeito... — novamente deslizou para cima e para baixo a tira do cinto pela pele desnuda de Karla. Fazia-o como quem fosse acertá-la em punição, o que de certa forma estava deixando a cubana maluca. — Você vai gostar... — a tranquilidade de Lauren até em pontuar uma frase irritava, mas também excitava a outra mulher. Como poderia? — Oh, sim, você vai adorar...
— inclinou o rosto até alcançar o lóbulo da menor, sussurrando maldades roucas em seu ouvido: — Se você se comportar, claro... — beijou sultimente o pescoço de Camila. — Vai ser uma boa garota, hm? — Karla sentia a lubrificação quente escorrer pelas antecoxas. — Vai fazer tudo o que eu mandar?

— Vou... — dizia de olhos fechados, gemendo, tentando levar o corpo para junto do de Lauren, mas esta sempre se afastava um pouco mais quando via que Camila estava conseguindo o contato que tanto desejava. E o plano não era satisfazê-la por agora.  — Eu vou, amor. Eu faço o que você quiser. — Lauren assistia com um sorriso de canto o estado carente e necessitado de sua mulher. Como lhe excitava ser implorada daquela forma. — Eu sou toda sua. Me leva pro carro. Me leva pra qualquer lugar. Eu só quero que você me foda be-

— A regra número um dessa punição é você me obedecer. E a partir de agora, quero que fale somente aquilo que eu perguntar. — Lauren a interrompeu. — Assente com a cabeça se me entendeu. — e assim ela o fez. — Isso mesmo. — apertou com a mão livre a carne macia e gostosa de seu quadril, pouco, ou quase nada, coberta pelo vestido vermelho. — Agora vira de costas pra mim, Camila. — seus joelhos bambos a fizeram se escorar com os cotovelos na janela do carro. — Eu mandei você empinar? — Lauren perguntou mal sabendo que naquele instante, Karla sequer tinha controle dos movimentos e sons que fazia. — Mandei?! — finalmente, fora penalizada com uma cintada no quadril, fazendo Camila ir do céu ao inferno até que a carne começasse a arder um pouco mais. Uma dorzinha singela perto do tesão que estava sentindo.

— Não! — gemeu, e a deliciosa sensação de ser uma submissa a fez empinar de novo apenas para ser penalizada mais uma vez.

— Ah, baby... — Sorriu negando a cabeça. — ... eu sabia que você  entenderia rápido e iria gostar disso. — sabia que se acertasse mais uma daquelas, faria as vontade da modelo. E isso ela não queria. — Quero seus pulsos. Coloca eles para trás. Para mim. Agora.

— Amor... — choramingou, empinando cada vez mais a bunda desnuda para Lauren, em uma calcinha fio dental preta de renda. — Eu nã- Ahh!! — essa saiu mais fraca que a primeira, de qualquer forma, ainda a excitava estar naquela posição, sendo "educada" após causar uma cena e tanto em cima da bancada. — Que gostoso! —  se possível, empinou até que pudesse se esfregar na cintura de Lauren. Queria ser penalizada mais uma vez. Lauren sabia disso. Portanto, nada fez a não ser assistir a cena, sorrindo de canto.

— A cada minuto que você me desrespeita, você adia o seu orgasmo. — sussurrou, alisando suas costas. — Eu posso ficar a noite inteira nessa brincadeira gostosa: fazendo tudo ao contrário do que você quer, para no final, te deixar excitada e não te fazer gozar. — Karla pensou em contestar, porém, entendeu que estaria burlando a regra número 1 se o fizesse. — Eu tinha dito que queria os seus pulsos. Estende eles para mim. — Ela o fez tão prontamente, que fizera o sexo da maior contrair em desejo. Adorava ter o controle das coisas. Adoraria ainda mais marcar aquele corpo com beijos, tapas e mordidas a noite inteira.  — Vou prender eles. Teremos uma viagem longa, em torno de vinte a vinte e cinco minutos. — falava com a boca praticamente escorada no ouvido de Camila. — Dentro do carro, não quero que você aperte suas pernas uma na outra ou que se remexa no banco do passageiro.

— Isso é impossí- hmmm! — essa saiu tão forte quanto a primeira. Lauren segurava seus pulsos com a mão livre quando diferiu outra cintada nos quadris de Camila. — Porra! Me come, amor! Me fode! — rebolou contra as coxas da magnata. — Me come aqui mesmo! Eu quero gozar!!! — puxou as alças do vestido para baixo, mostrando para Lauren como seus mamilos estavam enrijerecidos e carentes. — Me chupa, vida! Eu estou louca por você!!! — Lauren lhe acertou com outra cintada. — Ahh, eu vou gozar assim...

— Quieta... — ordenou, deixando de segurar os pulsos, para puxar os cabelos de Karla. — Não seja desobediente, Camila... — grunhiu raivosa, fazendo Camila se contorcer entre seu corpo. — Você não vai gozar agora. Só vai gozar quando eu deixar. — começou a envolver os pulsos da latina em torno do cinto, prendendo-na. — Está me ouvindo?

— Eu quero gozar em você...

— Karla...

— Come a sua mulher, amor... me mostra como você está zangada pelo o que fiz para te provocar... — murmurou com voz inocente, alucinada por estar pela primeira vez completamente rendida, de pulsos atados, presa contra a lataria de um carro.

— Vagabunda... — sussurrou no pé de seu ouvido, soltando os braços, para apalpar os seios pequenos e expostos da mulher como ela tanto desejava. — O que você quer, Camila... fala pra mim... fala o que você quer que eu faça com você nessa noite... — seus pedidos saíam hipnotizados pela tensão sexual.

— Me chupa, me aperta, Lauren... eu quero sentir você... — os corpos roçando em só ritmo ao que a empresária se deliciava apertando os mamilos de Camila com a ponta dos dedos. — Ah, isso... assim... — fechou os olhos, suspirando, sorrindo sapeca. —  Quero que você esfregue a sua boceta gostosa na minha. Quero que você goze no meu corpo todo.. Eu quero te sentir a noite inteira, Lauren.

— Quer, é?

— Sim, hmm...

— E você vai, baby...— Deixou um tapa na nádega direita da outra sem que houvesse necessidade. Queria mostrar que estava no comando. — Vai me sentir hoje, amanhã, depois de amanhã... — outro tapa acompanhado de uma risada sacana. — Vou te foder com o strapon e o vibrador hoje. — ciente dos efeitos que cada toque lento tinha sobre o corpo da modelo, Lauren calmamente colocou uma das mechas de Karla atrás da orelha. — E hoje vai ser diferente daquela noite... — Camila gemendo, se contorcendo de dor e tesão enquanto era tocada. — Farei diferente pra ser mais gostoso... — Camila gemeu abafado. — E você, como uma boa garota, vai ficar de quatro... vai empinar bem gostoso pra eu escolher onde eu vou meter primeiro... — não tinha sido indagada, nem mesmo sabia do que se tratava, mas concordava com a cabeça as falas de Lauren. — Vou te foder com força e vamos estar em um quarto de hotel.. sabe o que isso significa? — a outra se mantinha com os olhos fechados, julgava já estar gozando somente com a preliminar. — Não vamos poder fazer barulho, Camila...

°¤°¤°

Que remédio pra dor de cabeça é esse que a Dinah comprou? kkkkkkkkkkkkk

Até a próxima que será um capítulo INTEIRAMENTE dedicado ao hot❤ não se esqueçam de votar, por favor.

Até !

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