Amor Virtual

miarrossi tarafından

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Após a morte do pai, Lara se fechou completamente do mundo. Indo contrariada à escola e vivendo uma vida sem... Daha Fazla

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epílogo
Agradecimentos
NOVA HISTÓRIA PUBLICADA!

s i x t y t w o

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miarrossi tarafından

LARA

Nunca senti tanta ansiedade como nos próximos dez minutos.

Eu balanço a perna desesperadamente embaixo da mesa, oscilando meu olhar entre os meus avós e a tela do celular. Preciso dar um jeito disfarçado de escapar daqui, mas não faço a menor ideia de qual.

E, agora que minha mãe fugiu, não posso ter a falta de educação de deixá-los sozinhos. Até poderia, mas não tenho muita coragem para isso.

Quando meu celular finalmente vibra, desbloqueio a tela feito uma louca, sem nem me esforçar para esconder o aparelho dos meus avós agora.

Quase morro de alívio ao ler a mensagem.


Nem tenho tempo de pensar melhor e raciocinar se essa seria mesmo uma boa ideia, pois poucos segundos depois o som da campainha realmente ecoa pela casa.

Minha avó parece acordar de algum feitiço, olhando assustada ao redor; como se tentasse localizar a origem do som.

Empurro minha cadeira para trás, nem me preocupando mais em esconder o meu desespero em escapar dali agora.

— Já volto — eu aviso para eles rapidamente, sumindo da sala de jantar antes que possa ver suas reações.

Abro a porta da frente com uma velocidade que até me assusta.

A imagem que vem de encontro comigo poderia ter sido congelada em minha mente, como em um daqueles momentos onde queremos paralisar o tempo. Ou, no mínimo, guardar para sempre na memória. Logan ergue os olhos para mim, as sobrancelhas perfeitas um pouco arqueadas sob o cabelo perfeito, e sorri, de um jeito que ele deve saber que abala as minhas estruturas.

Chego a pensar em como um garoto incrível desses pode ter se interessado por mim. Como isso pode não ser uma aposta louca como as que vemos nos filmes, do tipo "conquiste a garota estranha que nunca fala com ninguém". Talvez porque esse seja um daqueles momentos que não parecem ser reais, que, mesmo quando acontecem, a gente para pra pensar e fica confuso sobre o que fizemos exatamente para conseguirmos aquilo.

Acho que nem na minha imaginação eu seria capaz de criar algo tão perfeito quanto a realidade.

— Ei, tudo bem? — pergunta Logan da porta, o sorriso transformando-se em algo como se ele segurasse uma risada. Como se soubesse que estou louca para fugir daqui.

— Depende do ponto de vista — eu respondo sombriamente, me apoiando na porta e soltando um suspiro. Abaixo então o tom de voz, adicionando para ele: — Eles estão na sala de jantar. Minha mãe sumiu pra cozinha.

Ele arqueia as sobrancelhas, olhando por trás de mim como se pudesse enxergá-los daqui.

— E não pensou em ir lá falar com ela?

Fico envergonhada em responder que não. Na verdade, fiquei tão focada em chamar por Logan que sequer pensei se seria o certo ir lá falar com minha mãe. Não sei por quê, mas o fato me incomoda. Faz uma nuvem de incertezas subir pelo meu corpo, incertezas e vergonha.

— Na verdade, não.

Ele me observa por um tempo, me analisando com cuidado.

— Talvez você devesse ir. Seria legal se vocês se apoiassem nesse momento.

Assinto, embora a ideia não me anime. Eu prefiro fugir daqui ou simplesmente ficar na porta, conversando com ele, olhando para ele. Não quero enfrentar aquelas situações todas. Estou cansada de enfrentar coisas que não me animam. Será que estou sendo egoísta? Pensando só em mim?

— Acha... que eu devia falar com ela agora? — eu pergunto finalmente, me apoiando na porta como se esta pudesse me proteger. — Mas e você?

Logan dá de ombros, parecendo tranquilo com a ideia.

— Posso esperar no carro.

Não quero que ele espere no carro. A não ser que eu também vá com ele. Não quero voltar para lá e enfrentar tudo aquilo. E não ligo se estou sendo egoísta, se estou fugindo das minhas responsabilidades. Meu desejo é agarrar Logan e sumir daqui.

Ele deve notar que fico com uma cara aflita, porque se aproxima mais de mim, entrando um pouco dentro de casa. Me arrepio de imediato com a proximidade de seu rosto.

— Se você demorar muito, posso tocar a campainha pra te salvar. — Sua voz é um sussurro confortante e envolvente, me atraindo inevitavelmente para seus lábios. — O que acha, hum?

Balanço a cabeça afirmativamente, lançando um olhar de esguelha para trás; imaginando meus avós ainda à mesa. Sinto um pouco de arrependimento por tê-los deixado sozinhos.

— Tudo bem. Por no máximo uns dez minutos — eu murmuro comigo mesma, tentando me convencer ao respirar fundo. Então olho nervosamente para Logan, que me abre um sorriso consolador.

— Vai dar certo. Você vai ver.

Ainda estou assentindo e respirando quando ele se despede carinhosamente de mim, murmurando palavras como: "vou estar aqui o tempo todo, ok? Qualquer coisa mande mensagem", e tentando me tranquilizar com aquele sorriso lindo que só me faz querer escapar mais rápido daqui.

Quando fecho a porta e me viro, volto a me sentir sozinha, triste e incomodada. Desejando desesperadamente estar com Logan de novo.

Mas, tenho algo a fazer antes.

Endireito os ombros e volto até a sala de jantar, as cabeças de meus avós virando-se imediatamente em minha direção. Eles não parecem estar muito contentes.

— Pode chamar sua mãe para retornar à mesa, Lara — diz minha avó firmemente, mais como uma ordem do que um pedido. — Temos que pegar a estrada em algumas horas. Não temos muito tempo.

E só. A observo bebericar mais um gole de vinho e esperar, como se minha presença aqui já tivesse sido dispensada. Na minha casa. Tá bom.

Como não tenho outra opção, vou rápido até a cozinha, tendo certo medo da reação de minha mãe ao me ver. Nós raramente ficamos em situações assim, ainda mais quando estou na posição de chamá-la... como se, sei lá, tivéssemos de funcionar como uma equipe. Nós não somos assim. Esses momentos não costumam acontecer. É estranho.

A encontro debruçada sobre o balcão, examinando as próprias unhas, com uma aparência cansada. Nem dá sinais de que me vê me aproximando.

— Precisa voltar pra lá.

Isso é tudo o que eu falo. Sem nenhum sinal de emoção, de intimidade, de nada. Apenas uma pessoa chamando à outra. Encosto-me no balcão perto dela, cruzando os braços ao esperar por uma reação.

Parece que fico uma eternidade aguardando uma resposta.

— Preciso? — Sua voz é baixa, tediosa.

— Sim, precisa. — Abro a boca para continuar, mas fecho de novo ao ficar insegura. Porém, por fim, decido mesmo falar, ainda que saiba que estou correndo um risco muito grande ao me deixar vulnerável dessa forma: — Não pode me deixar sozinha com eles.

Minha mãe finalmente levanta a cabeça para mim.

— Não? Mas eles são seus avós.

Não identifico nenhuma emoção em seu olhar. Parece... vazio.

— Você sabe o que eu quero dizer. — Me forço a manter o tom de voz baixo, para que eles não escutem de lá. Chego a me encolher mais contra o balcão, desconfortável de novo. — Eu nem os vejo direito, e... é estranho. Desconfortável.

Juro ver um brilho de algo como irritação brilhar em seus olhos agora quando minha mãe muda de posição, colocando uma mão na cintura ao me ver falar.

Mas eu não quero mais falar. Apenas fico quieta, esperando que ela diga algo e eu possa correr logo para longe daqui.

— Você quer que eu volte pra lá por causa dos seus avós ou pra que você possa fugir daqui com aquele garoto?

Ela solta essas palavras todas de uma vez, de forma tão abrupta que tenho que piscar, surpresa.

— O quê? Eu...

— Eu te vi atendendo a porta, Lara — interrompe ela, o mesmo timbre firme que minha avó usou hoje mais cedo. Chego a pensar se minha mãe percebe as semelhanças que tem com Maureen Johnson. — Acha que não ouço a minha própria campainha?

Agora é mais fácil de enxergar o brilho de raiva em seu olhar.

— Não vou nem mencionar o fato de você pretender fugir daqui sem dar explicações pra mim e seus avós, aliás. É o mesmo garoto? O do hospital?

Ela não se preocupa em falar baixo agora, então sei que há grandes chances de meus avós estarem ouvindo tudo da mesa.

— Sim, é o mesmo garoto. Por quê? Algum problema?

Chego a me impressionar com a raiva com que digo isso, o que com certeza não foi planejado. Faz tempo que não discuto assim com minha mãe. Quando nos mudamos pra cá, ficamos ocupadas demais se fechando para tal e, antes... bem, antes tínhamos meu pai.

Minha mãe me queima com aquele olhar afiado por mais um tempo, até que diz:

— Vou ter mesmo que falar isso pra você acordar? Agir como a droga de uma mãe idiota?

Fico confusa, mas ela continua antes que eu possa perguntar alguma coisa:

— Esse garoto não é o que você pensa, Lara.

Quase dou risada na cara dela. Oi? Ela está mesmo me dizendo isso?

— Não digo no sentindo de quem ele é, mas na forma como você o trata — continua minha mãe, adivinhando meus pensamentos, conforme me encara daquele jeito afiado e totalmente sério. — Isso não é amor, Lara. Eu sei porque já fiz o mesmo. Então não se iluda fingindo que é.

Sinto meu mundo desmoronar enquanto a observo se virar de frente para o balcão de novo, como se a conversa tivesse acabado, e encher mais a taça de vinho.

Fico a observando, espantada que ela realmente teve a coragem de me dizer essas coisas. Meu peito se enche de tristeza e raiva, e talvez mais alguma coisa que não consigo identificar.

— Por que tá me dizendo isso? — Não gosto de como minha voz soa fina e afetada. — Não é verdade.

Ela solta um suspiro completamente impaciente, virando-se contrariada para mim de novo.

— Não é? Tem certeza? — Minha mãe arqueia a testa de novo, de um jeito que me faz ficar extremamente irritada. — Não tô falando pra te magoar, Lara, mas você precisa se dar conta da verdade. Isso é dependência.

Dou um passo para trás.

— O quê?

Dependência. Igual você tinha com seu pai. E ainda pior agora, já que tá usando esse garoto pra substituir o que tinha com ele. Não percebeu ainda?

Eu não sei se ela está falando isso porque simplesmente decidiu que odeia a sua filha ou se existe algum outro motivo, mas não tenho tempo de perguntar. Estou chocada demais para falar.

Minha mente é rápida em guardar suas palavras. Não é mesmo algo que eu não tenha pensado antes... principalmente nos últimos dias.

Tudo bem que meu pai realmente era a pessoa que estava sempre comigo, num nível de necessidade, porque eu não me sentia segura sozinha. Mas com Logan é diferente, não é? Não estou criando uma dependência nele. Quando meu pai se foi, tive que aprender a me virar. A fazer as coisas sozinha.

Ou apenas esperei que outra pessoa surgisse para fazer por mim.

Por que você me agendou uma consulta? — Minha voz está baixa, e tão acusatória quanto eu queria que soasse. Forço meu olhar a tornar-se afiado para ela, com o mesmo brilho frio que ela sempre usou comigo. — Uma consulta pra mim? Por que agendou, se pretende destruir meu psicológico antes que eu possa ir?

— Porque saber o problema antes já vai facilitar muito pra doutora — responde minha mãe rispidamente, aproximando-se brava de mim. Sinto o cheiro adocicado de seu perfume, o que só me deixa com mais raiva. — E o problema eu já sei faz tempo qual é. Só você que ainda não percebeu, pelo visto.

Controlo minha respiração por uns segundos antes de ter força para dizer algo.

— Isso tá sendo muito rude.

Ela ri, revirando os olhos. O gesto só me causa mais raiva, mais tristeza. Mais dor. Me sinto como uma criancinha de novo, diminuída. Se controlando para não chorar.

— É a verdade, Lara. E querendo ou não, uma hora temos que ouví-la. E essa é a verdade. — Seus olhos nos meus não tem a menor sensibilidade. São neutros, são vazios de emoção. — Agora você já sabe e pode falar na consulta. Falar que você tá usando esse garoto pra não se sentir mais sozinha. Que está sendo dependente.

Meus olhos se embaçam. Já sinto-os molhados, mesmo que me recuse a piscar. Cerro meus punhos, os braços abaixados defensivamente.

— Para. Isso tá me magoando.

— Eu estou conversando com você, Lara! Mas não dá certo se for se magoar com tudo. Já tem idade suficiente pra ouvir as coisas sem chorar. Você está quase indo para a faculdade, mesmo que não tenha notado ainda. Tá na hora de crescer.

Ela aumenta seu tom com a última fala, os olhos faiscando para mim. Está agindo como uma mãe furiosa, brava por seu filho ter feito algo de errado. Mas eu não fiz nada. Não fiz nada... não mereço ser tratada assim.

Eu sei que ela é bruta, sei que fala comigo da maneira errada, mas, e se... apesar de tudo, ela estiver certa?

Não digo mais nada. Apenas a encaro, destruída, e dou meia-volta; saindo da cozinha e marchando em direção à saída sem nem olhar para meus avós à mesa.

Não olho para trás. Só para frente. E tudo o que quero, tudo o que preciso, é de Logan.

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