City Lights

Oleh autorabrunamonteiro

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Para conquistar seus sonhos, Darrell e Rose precisaram um do outro. O problema é que nem sempre os opostos se... Lebih Banyak

BOOK TRAILER
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
capítulo 3
Capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18 (Parte 1)
Capítulo 18 (Parte 2)
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29 (Parte 1)
Capítulo 29 (Parte 2)
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36 (Parte 1)
Capítulo 36 (Parte 2)
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Epílogo
AGRADECIMENTOS
Aviso importante!!

Capítulo 23

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Oleh autorabrunamonteiro

          Rose Clark

"Eu estive em todos os lugares
À procura de alguém
Alguém que possa me agradar
Me amar a noite toda
Eu estive em todos os lugares
Procurando você..."

Where Have You Been - Rihanna
_________________________________

Eu não sei o que aconteceu. Meu coração está acelerado e meu corpo está energizado. Darrell ainda está no palco, mas faz mais de uma hora que tocou a minha música favorita. Mesmo assim, meu corpo permanece com cada batida. As pessoas continuam pulando ao meu redor e eu faço o mesmo. Meu cabelo voa de um lado para o outro, mas eu não estou nem aí. Nunca me senti tão viva, como hoje.

Estou muito perto do palco, dançando com Natalie e Olivia. Deixei de ser invisível no momento em que coloquei os pés no bar. Todos falaram comigo, ignorei muitos olhares furiosos de meninas para mim e cumprimentei alguns amigos de Darrell. Vi quando Ethan chegou para falar com Natalie, mas por sorte não conseguiu terminar, porque o show logo começou. E Ethan, nem ninguém, estragaria esse show para mim.

Eles continuam tocando, mas agora são as produções próprias. Darrell nunca me falou sobre. Queria saber quem compõe as músicas, porque são simplesmente incríveis.

Em um determinado momento da noite, depois de umas duas horas e meia de show, Natalie some pelo bar com Ethan. Olivia não está das melhores companhias, pois se emaranhou com dois caras. Então, quando o DJ assume e coloca uma música aleatória para tocar, eu simplesmente continuo dançando. Ao meu redor, todos parecem entorpecidos pela bebida.

Meu quadril balança com a batida da música e me mexo sem nem perceber. Não bebi nada desde que cheguei, então isso é uma reação natural do meu corpo. Como se eu estivesse acostumada com cada movimento. Fecho os olhos e continuo dançando. A cada momento, tudo fica mais intenso.

De repente, um calor me invade. Sinto um perfume familiar e abro os olhos. No mesmo momento, a mão de Darrell toca a minha cintura. Sei que é ele, mesmo estando de costas, porque seu toque faz com que todo meu corpo entre em curto. Um calor que experimentei naquele estacionamento, onde só existia a gente e mais ninguém. Ele segura a minha cintura mais firme, com as duas mãos e me vira. Seus olhos pegam fogo, totalmente enevoados. Minha bochecha queima, só de pensar que esse olhar é para mim.

Sua mão sobe pelo meu corpo, deixando a cintura e adentrando o tecido fino da blusa. Seus dedos roçam na minha barriga, subindo lentamente até contornar minha tatuagem. Sigo sua mão com o olhar, depois esquadrinho seu rosto. Ele umedece o lábio inferior, enquanto fita o meu. Imito o movimento, já inerte ao que Darrell faz comigo. É como se meu corpo queimasse. Eu preciso que ele me toque, me beije e vire o meu mundo de cabeça para baixo mais uma vez. Sorrio quando sua outra mão encontra meu rosto, alisando minha boca. Ele parece lutar contra o impulso de me beijar.

— Tem que me pedir para parar, Rose... - A voz dele está arrastada, saindo como um sussurro perto da minha orelha. Seu cheiro é intenso e só pertence a ele. Mas sinto um sofrimento contido, como se me tocar fosse errado e arrancasse uma parte dele.

— Não posso. - Sussurro de volta, fitando seus olhos castanhos. Preciso achar um pingo de arrependimento. Um resquício de que ele não quer isso e de que não está tão envolvido como eu. Porem tudo que vejo é desejo.

— Por quê? - Ele quer que eu diga. Quer que eu fale o quanto preciso dele e o quanto eu o desejo.

— Porque eu te quero. - Digo. Fico nas pontas dos pés e passo a mão pelo seu maxilar, depois entrelaço os dedos em sua nuca. - Porque eu quero que você me beije... - Sussurro em seu ouvido. Meus lábios entram em contato com a pele quente e minha respiração falha. Diminuo mais ainda o tom de voz e passo por cima de toda a minha vergonha. - Quero sentir você dentro de mim, Darrell...

Com uma simples frase eu consigo tudo que quero. Ele me puxa pela cintura e encosta seu corpo ao meu. Sinto-o duro contra a minha barriga e uma onda de calor se concentra entre as minhas pernas. Sua outra mão puxa o meu cabelo e deixa a curva do meu pescoço exposta. O bar inteiro some. Tudo desaparece, quando sinto os lábios de Darrell em meu pescoço. A música está alta o suficiente para que ninguém escute o ruído desesperado que solto.

Porém ele afasta o rosto do meu pescoço e me encara, inclinando a cabeça para me fitar. Minha boca está seca. Ele movimenta o quadril e o pressiona na minha direção para que eu sinta sua ereção, depois sussurra perto da minha boca:

— Olha o que você faz comigo. - Abafado um gemido, quando o sinto mais uma vez contra a minha barriga. - Rose, eu estou tão duro agora... - Sua voz falha, saindo ainda mais grossa e ofegante. - Só de pensar em te foder, eu...

— Não pensa, Darrell. - Peço. Seguro seu rosto mais uma vez, para que ele me escute por cima da música. - Me fode.

Ficamos em silêncio por pouquíssimos segundos até ele colar a boca na minha. Sua língua pede passagem e encontra a minha. Solto um grunhido com o beijo quente e lento. Ele o engole e continua me beijando, como se nada mais importasse. O beijo se intensifica, conforme ele pressiona nossos corpos.

Preciso dele dentro de mim. Longe daqui. Precisamos sair daqui.

— Darrell... - Interrompo o beijo, para que ele me escute. - Vamos para sua casa, pra minha, tanto faz. Só me tira daqui. - Quase imploro. Ele abre um sorriso malicioso em resposta e deixa um selinho em minha boca antes de se afastar.

— Vou avisar para os outros que estamos indo. Me espera na escada.

Concordo com a cabeça e passo as mãos pelo cabelo, para me ajeitar. Olho ao redor para checar se alguém viu o que aconteceu entre a agente, mas estão bêbados demais. Ninguém nem nota a minha presença, só continuam dançando. Decido procurar Natalie, para avisar que estou indo. Não a encontro em lugar nenhum. Espero ter uma mensagem dela em meu celular. O procuro em meu bolso, mas esqueci no banco do carona do jeep. Merda.

Ando até a escada, onde Darrell disse que me encontraria. Está mais vazio do que quando chegamos. Todos estão perto do bar e da pista de dança. Meu corpo continua pegando fogo e não vejo a hora de sair daqui. Pelo canto do olhos, percebo que alguém está se aproximando, vindo do bar. Olho para o lado e um medo percorre meu corpo, acabando com tudo que sentia a segundos atrás. Colin se aproxima com um copo na mão e a única coisa que consigo lembrar, é dele no Riger me segurando pelo braço.

— Rose. - Ele me cumprimenta, com um sorriso exagerado. Não respondo e viro o rosto. Ele dá um passo em minha direção e eu recuo, chegando para o lado. - Ah, qual é. Estou aqui em sinal de paz, gata. Só quero pedir desculpa. - Ele afirma, levantando o copo de Cosmopolitan. Cruzo os braços e o ignoro. - Sério, eu vim pedir desculpa. Te trouxe um drink por isso. - Ele ergue o braço em minha direção esperando para que eu pegue. - Vai, é só um drink. - Pego o copo, só para me livrar dele mais rápido. Não confio nesse babaca para tomar, só quero que ele saia daqui.

— Ok, muito obrigada. Agora já pode ir. - Digo, levantando o copo em um pequeno agradecimento. Ele ergue a sobrancelha e solta uma risada abafada.

— Você é difícil mesmo em gata. Toma, eu quero saber se você gostou. Pedi que o barman fizesse especialmente para você. - O sorriso dele me dá vontade de vomitar. Antes que eu possa responder, Grace aparece ao meu lado e pega o copo da minha mão.

— Colin, por que quer tanto que minha amiga tome o drink? - Ela pergunta, como se já soubesse a resposta. Não sei a quanto tempo está aqui, mas escutou a conversa. Fico mais aliviada e endireito a postura, ficando do lado da mesma. - Por que você não bebe, pra saber se tá bom? - Ela inclina a cabeça e ergue o copo para ele.

— Não, to bem. Cosmopolitan não é muito a minha cara. - Ele desdenha, mas vejo raiva em seus olhos.

— Ah, não? Mas drogar garotas é? - A pergunta dela sai fria. Engulo seco, só de pensar que a bebida está batizada. Ele não responde, porque a conversa ganha outro rumo.

— Do que você está falando, Grace? - Darrell aparece bem ao nosso lado, cerrando o maxilar. Merda, de novo não.

— Ah, Darrell, que bom que você chegou. O Colin só estava me falando sobre como batizou a bebida que ia dar para a Rose. - Grace dá um passo para frente e inclina a cabeça. Tenho certeza que se pudesse, matava Colin aqui mesmo.

— Eu não sei do que você está falando. Ficou maluca agora, Grace? - Colin rebate, cruzando os braços. Os dois se encaram com muita raiva.

— Não sabe mesmo? Então por que não bebe o drink? - Darrell pergunta, dando um passo à frente. - Meu coração dispara, e seguro o braço dele. Não sei o que falar e nem consigo falar. Só me preocupo com o punho cerrado dele. Ele se desfaz do meu toque e dá mais um passo. - Em seu desgraçado, bebe. - Ele ordena e Grace levanta o copo.

— Não vou beber essa porra. - Colin empurra o copo e nega com a cabeça. Depois, olha para os dois lados, antes de se render a uma confissão. - Olha cara, eu só queria que ela se soltasse um pouco mais. Rose estava muito fechada. - A bile invade a minha garganta. Que garoto escroto.

Quero responder, mas Darrell não deixa. Olho para o lado e vejo que temos mais alguns olhares focados na pequena confusão. Dylan e Cal atravessam a multidão para nos encontrar e Grace respira fundo ao meu lado. Darrell pega Colin pelo colarinho e o prensa na parede mais próxima. O rosto do menino é pressionado com o antebraço de Darrell.

— Seu merda! - Ele cospe, cheio de raiva. - Eu te avisei na primeira vez. Só esqueci de falar que não haveria uma segunda. - O punho de Darrell se fecha e encontra o maxilar desenhado de Colin. Uma vez, duas vezes, três vezes...

Fecho os olhos e dou um passo para trás. Alguém me segura e me forço a abrira os olhos. Grace passa o braço por cima do meu ombro e Cal e Dylan tiram Darrell de cima do loiro. O nariz de Colin sangra, assim como os nós dos dedos de Darrell. Grace anda comigo até Colin, quase me carregando, e joga a bebida bem na cara dele. Ele grita, pelo contato do álcool com o corte.

Grace solta uma risada abafada, antes de murmurar um 'babaca' e me aperta, tentando me consolar. Darrell tira os olhos do babaca caído no chão e me fita com desespero. Ele se desvencilha dos amigos e caminha até mim.

— Ela tá bem, Darrell. Tá tudo bem. - Grace garante.

— É... Eu estou bem. - Balbucio. Não estou machucada, só confusa e preocupada. - Por que... O que aconteceu? - Pergunto para Grace, já que ela foi a primeira a aparecer.

— Eu vi ele jogando um pozinho na bebida, aí o segui até aqui.

— Filho da puta... - Dylan murmura para Colin. Ele tenta se levantar, mas Calvin o mantém no chão.

— Você só sai daí quando ela for embora. - Cal afirma. Colin não obedece e tenta se levantar. Calvin o empurra no chão causando um pequeno grito do babaca. - Tá surdo agora, porra?!

— Darrell. - O chama, tentando não prestar atenção nas pessoas ao meu redor. - Me leva embora, por favor. - Peço. Depois de um segundo me encarando, ele assente e Grace se afasta, abrindo caminho.

— Obrigada. - Digo aos três antes de sair e subir as escadas.

A todo momento, até chegarmos ao jeep, Darrell segura a minha mão. Ele aperta como se sua vida dependesse disso. Ao entrar no carro, a primeira coisa que faço é checar meu celular, em busca de notícias de Natalie.

Natalie

Ele sente a minha falta!
Vai p casa e dá para o seu namorado.

Sorrio e bloqueio o meu celular. Só Naty para me fazer rir depois de um momento desses. Darrell entra no carro e antes de dar partida, me encara com cuidado.

— Dorme no meu apartamento hoje. Eu fico na sala ou no quarto do Dylan, provavelmente ele não volta para casa. - Ele afirma, abrindo um meio sorriso. - Só fica comigo.

O pedido faz meu coração transbordar e sei que é um sentimento perigoso. Concordo com a cabeça e ele dirige até seu apartamento. Deveria prestar atenção no pulinho idiota que meu coração deu, mas não ligo. Nessas últimas duas semanas, conheci um Darrell que nem poderia imaginar que existia. Quero ficar com ele. Nem que seja por uma noite.

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