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"Eles esperam a perfeição, então como nós podemos ser diferentes."— Straykids (Not!)

BRUNA RIZZIO

Passei o sábado e o domingo de molho, fiquei curtindo o meu ninho com o João e aproveitei para já preparar as aulas dessa semana.

A segundona chegou daquele jeito, minha vontade era de passar o dia inteiro deitada, não ir na faculdade e nem para o trabalho. Mas a vida não é tão fácil assim.

Tomei um banho gelado para acordar, vesti uma calça jeans e uma camisa preta, prendi o meu cabelo em um rabo e passei um corretivo para disfarçar as olheiras. Peguei a minha bolsa e fui para a cozinha, João estava passando o café, me aproximei e o abracei por trás.

— Bom dia, coisa linda!— beijei sua nuca.

— Bom dia, amor!— ele se virou para me dar um selinho.

Eu peguei a Mantega na geladeira, o pão e as torradas, JP me entregou uma xícara de café e se sentou ao meu lado.

— Não vou vir almoçar em casa hoje, vou direto para a escola.— falei e tomei um gole do café.

— Tá, eu também vou almoçar lá no trampo mesmo. Que horas tu vai sair? Dependendo eu passo pra te pegar.

— Devo sair da escola umas 17:30, mas sempre tem uns pais que vão buscar a criança atrasados.

— Dá pra mim te pegar 18 horas.

— Beleza então. Aí a gente já passa no mercado e faz uma compra.— João assentiu.— Vai trocar de roupa ou a gente vai atrasar.

— Tá bom, chatinha — João se levantou e eu dei um tapa na sua bunda, ele riu e foi para o quarto.

Eu terminei meu café e guardei as coisas, escovei meus dentes rapidinho e peguei minhas coisas. Saímos e JP trancou o apartamento, quando entramos no elevador uma garota baixinha e de pele negra sorriu para nós.

— Bom dia!— eu disse.

— Bom dia.— ela sorriu com simpatia e mexeu no cabelo cacheado.— Vocês são os moradores novos do 505?

— Somos!— JP respondeu.

— Arrasaram na festinha sexta!— a garota riu.

— Ah mas parece que os outros vizinho não curtiram tanto.— falei.

— Com certeza foram esses velhos chatos que não deixam nem o povo ser feliz. Eu também gosto de fazer uma farra de vez em quando, essa gente sempre reclama, mas eu nem ligo.

— Parece que felicidade alheia incomoda. Mas eles que lutem.

— Gostei de você, mulher!— ela riu.— Eu sou a Ana Júlia, mas podem me chamar de Anaju, Naju, Ana ou do que vocês quiserem.— eu ri dela.

— Eu sou a Bruna e esse é o João Paulo.

— Mas pode me chamar de João, JP ou do que você preferir.— nós rimos, a porta do elevador se abriu quando chegamos no térreo e nós saímos.

— Bom, bebês, a gente se vê por aí, se precisaram de alguma coisa eu moro no 510.

— Tchau, Naju!— ela me deu um tchauzinho antes de sair do prédio, eu e o João fomos para a garagem e pegamos o carro.

JP foi dirigindo enquanto eu escolhia as músicas e ia mexendo no celular vendo as fofocas dos famosos no Instagram, adorava acompanhar as tretas. João diz que eu sou muito à toa por ficar tomando conta da vida dos outros, mas ele também é uma Maria Fifi.

Amor Proibido IIWhere stories live. Discover now