"Você é perfeição, minha única direção. É fogo em chamas."— Sam Smith (Fire on Fire)
GIOVANNA RAMIREZ
Eu estava na sala comendo pizza velha e assistindo desenho, a Carina entrou na sala com a cara amassada e o cabelo desgrenhado.
— A cara da derrota!— ela riu e se jogou no sofá ao meu lado.— Chegou que horas? Achei que tinha dormido no Inácio.
— Eu já tinha dormido lá sexta, só queria a minha caminha e o Inácio é espaçoso pra caramba — eu ri. — E tu, também achei que tava no Victor.
— Ah, eu resolvi vir para casa, ele ia jogar bola com o Cadu e Pedro hoje cedo e eu não queria ter que acordar cedo também. — disse.— E a Gabi? Tá em casa?
— Acho que não, não ouvi barulho de noite.— ela pegou o último pedaço de pizza do meu prato e eu olhei para ela furiosa. — Deixa de ser egoísta.
Eu revirei os olhos, a Carina começou a contar algumas fofocas do trabalho dela e nós ficamos a manhã toda assim, até a Gabi chegar.
— Bonjur — ela disse animada e jogou os saltos no chão.
— Isso é hora de chegar, dona Gabriela?— cruzei os braços e ela riu.
— Tá achando que é a minha mãe, flor?— ela colocou a mão na cintura e eu ri. — Aí, gente, tô cansada. — ela se sentou entre eu e a Carina no sofá.
— Que animação é essa?— Carina perguntou.
— Vocês nem imaginam — sorriu.
— Pois conte tudo, quero saber onde você foi depois do desfile.
— O desfile foi perfeito, incrível. Depois nós fomos para um after em uma boate e a noite terminou na casa do Guto.— Gabi deu um sorriso malicioso.
— Como assim na casa do Guto?— perguntei e ela riu.
— A gente ficou, ué.
— Eu sabia que vocês iam acabar tendo uma recaída e rolaria um remember — digo.
— Mas dessa vez é sério, nós voltamos!— falou e eu e a Carina nos olhamos.
— Rápido assim?
— Sim, nós já passamos por coisa demais para ficar complicando e enrolando.
— Tá certo, amiga, se os dois querem e estão dispostos a fazer dar certo não tem porquê não tentar de novo.
— Isso ai!— Carina concordou. — Olha só pra gente, as três com a vida amorosa resolvida.
— Verdade, as três namorando.— falei rindo. — Coisa rara de acontecer.
— E com os mesmos caras de cinco anos atrás.— Gabi riu.
— Que doido, o tempo tá voando mesmo. Parece que foi que a gente tava na praça dando o primeiro beijo.— nós rimos.
— Paquerando os garotos da banda — digo e ri logo em seguida.
— Você e a Bruna, né? Ela paquerava o João e você o Leonardo— Carina fala.
— Você também tinha um crushzinho no Edu que a gente sabe — disse e Gabi concordou.
— Tu já até deu uns pegas nele.
— Que mentira, eu nunca fiquei com o Eduardo.— Carina falou e eu e a Gabi começamos zoar ela.— Isso é palhaçada de vocês.
— Vou mandar mensagem pra Bruna agora.— peguei meu celular.
YOU ARE READING
Amor Proibido II
Teen Fiction"A gente se tinha, não no sentido literal porque a gente não podia. A gente era alguma coisa, mas a gente não podia ser nada. Mas pelo menos a gente foi um clichê, amor proibido, frases de efeitos e noites escuras. A gente não aconteceu, mas a gente...