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"Todos esperam a queda do homem. Todos rezam pelo fim dos tempos. Todos esperam que possam ser a pessoa certa. Eu nasci para correr, eu nasci para isso. Me quebre e me construa. O que for preciso, pois eu adoro a adrenalina nas minhas veias. Eu faço o que for preciso, pois eu adoro a sensação de quanto eu quebro as correntes."— Imagine Dragons (Whatever It Takes)


VICTOR DRUMMOND

Já fazia dois meses que eu tinha me mudado para o Rio de Janeiro, e eu não me arrependo nem um pouco de ter topado essa loucura de vir pra outra cidade. Eu até que me adaptei bem rápido, bem mais fácil do que quando eu fui pra SP, não sei se foi por ter feito amigos logo de cara ou se foi por ter encontrado com a galera de Ventura.

Mas eu tava morrendo de saudade de casa, da minha coroa e do resto da minha família. Kauã e o Vinicius estavam botando maior pilha pra eu ir para Ventura no feriado.

O feriadão ia cair numa quinta-feira, na sexta o escritório não ia abrir, então eu ia passar o final de semana todo em Ventura. Eu queria ir hoje mesmo depois que saísse do trampo, mas pegar estrada a noite era foda, portanto decidi ir amanhã bem cedinho, para aproveitar o resto do dia.

Deixei minhas coisas tudo arrumado, dei uma geral na casa e fui cair na cama, estava mortão do dia hoje.

Acordei na manhã seguinte antes do despertador, estava ansioso pra caralho. Me troquei, arrumei o resto das coisas que faltava e fui tomar café. Quando terminei, mandei uma mensagem pra minha mãe só pra avisar que já estava saindo. Peguei a minha mochila, tranquei tudo e fui pra garagem, coloquei o capacete e subi na moto.

Era bonzão a sensação do vento gelado batendo no rosto.

Cheguei rapidinho em Ventura, fui direto para a casa da minha mãe, não tinha ninguém em casa, então deixei as minhas coisas no meu antigo quarto e fui tomar um banho. Quando sai do banheiro dei te cara com a Natasha sentada na minha cama.

— Oi, priminho!— ela se levantou e veio me abraçar.— Vi sua moto no portão e vim ver se você tava aí.

— E aí, Nat.

— Achei que não ia vir visitar a gente nunca.— ela se sentou novamente na beirada da minha cama.

— Até parece.— eu ri.— Tem como me dar licença? Preciso me trocar.— segurei a toalha em volta da minha cintura.

— Não tem nada aí que eu já não tenha visto, Victor.— mordeu o lábio e me olhou de cima a baixo.

Eu peguei uma cueca na mochila e uma bermuda, me vesti rapidamente e passei a toalha no cabelo.

— Como é morar no Rio?— perguntou.

— Bom pra caramba.

— Tô esperando o seu convite para ir na sua casa.

— As portas estão sempre abertas, Nat.— ela sorriu.— E aqui, como estão as coisas?

— A mesmice de sempre.— eu ri.

— Cadê o Vinicius e a minha mãe?

— Foram no mercado, eu acho.— me sentei na cama e peguei o celular para mandar mensagem no grupo.

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Coleguinha❤️

Victor: cheguei cambada (11:39)
Kauã: to indo aí rapaz (11:40)
Nick: já tô vendo que o Kauã vai morar aí esses dias
Kauã: meu amô voltou rexpeitaaa
Victor: KKKKKKKKKKK
Lari: então já vamos marcar o churras
Nick: vamooo
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Fiquei conversando com eles no grupo, a Natasha tava me contando as fofocas que estavam rolando na cidade.

— Victor?— minha mãe gritou e eu sai do quarto, ela tinha acabado de deixar as sacolas de compras em cima da mesa.— Ai meu filho, que saudade.

Amor Proibido IIOnde histórias criam vida. Descubra agora