"De vez em quando penso nos momentos em que estávamos juntos, como na vez em que você disse que se sentia tão feliz que poderia morrer. Eu disse a mim mesmo que você era a pessoa certa para mim, mas eu me sentia tão sozinho em sua companhia. Mas aquilo era amor e é uma dor que eu ainda me lembro."— Gotye feat. Kimbra (Somebody That I Used To Know)
GIOVANNA RAMIREZ
— Não vai entrar?— Victor perguntou e eu neguei, abracei as pernas e deitei a cabeça no joelho.— Vai... entra. Em nome dos velhos tempos.
— Já tá tarde, o sol já tá indo até embora e a água deve tá um gelo.
— Tá boa, te garanto.— ele riu.
— Minha roupa não vai secar.
— Entra sem — eu o olhei e Victor gargalhou.— Tô brincando!
Me levantei e tirei meu short e a camiseta, pulei na água e me arrependi no momento em que meu corpo inteiro estremeceu.
— Tá um gelo. Puta merda, Drummond!— Victor gargalhou e eu joguei água nele.
— Você já foi menos fresca.— revirei os olhos.
Mergulhei e depois comecei a bater os braços para que meu corpo se acostumasse com a água.
— Minha maior saudade de morar aqui é poder vir aqui todo dia. — eu disse.
— Mas tu pode ir na praia.
— Mas quase não vou, não tenho tempo.
— Eu senti tanta falta disso daqui também.— Victor olhou ao redor.— Dessa paz. De você.
Eu dei de ombros e voltei a nadar, fui até a queda d'água e me enfiei em baixo dela, era tão gostoso sentir as gotas grossas caindo nas minhas costas.
— Ai isso é tão gostoso — disse e Victor riu vindo para de baixo da queda d'água também.
— Parece massagem.— eu concordei. Comecei a andar em direção as pedras tomando cuidado para não escorregar.— O que você tá fazendo?
— Vou pular daquela pedra.— apontei e Victor veio atrás.
— Tá doida? Tá escorregando muito.
— Depois eu que sou a fresca.— falei e continuei a subir, quando já estava numa altura que eu considerasse boa e não muito alta, tomei coragem e pulei na água. Quando voltei a superfície Victor estava lá me olhando.— Você não vem?
Victor riu e mergulhou na água, eu comecei a boiar. Fiquei na água por bastante tempo, mas eu comecei a sentir frio e achei melhor sair para dar tempo do meu corpo secar, Victor também saiu e se sentou na pedra.
— Já foi ver o Miguel?— perguntei depois de um tempo em silêncio.
— Já, porra, ele tá grandão.— falou todo bobo.
— Tá mesmo, vi a foto que a Nick postou dele hoje, que vontade de esmagar.
— Tá com uns bochechão.— diz e eu concordo.— Lembra da primeira vez que eu vim aqui? Você ficou toda emburradinha.
Eu ri.
— Claro, ué, eu queria ficar na paz e você não parava de tagarelar.— ele riu. — Como você achou esse lugar?
— Já tinha visto você vindo pra esses lados algumas vezes, e naquele dia eu vi você entrando na mata e fiquei curioso.
— Você tinha dito que não me seguiu.
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KAMU SEDANG MEMBACA
Amor Proibido II
Fiksi Remaja"A gente se tinha, não no sentido literal porque a gente não podia. A gente era alguma coisa, mas a gente não podia ser nada. Mas pelo menos a gente foi um clichê, amor proibido, frases de efeitos e noites escuras. A gente não aconteceu, mas a gente...