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"Me diga que me ama, volte e me assombre. Oh, e eu corro para o começo, correndo em círculos, perseguindo nossas caudas. Voltando a ser como éramos."— Coldplay (The Scientist)

GABI ALBUQUERQUE

Acordei e o Guto não estava mais na cama, peguei meu celular desesperada achando que tinha perdido a hora.

Guto voltou para o quarto com o cabelo molhado ainda pingando nos ombros com a toalha nas mãos. Eu dei uma leve babada em seu corpo molhado, os gominhos da barriga dele pareceram estar mais salientes e as tatuagens marcadas no braço dele me fizeram salivar. Ele pendurou a toalha em uma cadeira do quarto dele e veio pra cima de mim.

— Você tá molhado...— reclamei e ele riu, segurou meu rosto e me beijou.

— Reclama não — sussurrou e mordeu o meu lábio inferior. — Gostoso pra caralho ver você aqui na minha cama, sabia?— sussurrou enquanto cheirava o meu pescoço. Eu acabei rindo de nervoso quando sua barba rala roçou na minha pele, o Guto se encaixou entre as minhas pernas e roçou a ponta do nariz pelo meu pescoço.

— Hum... a gente tem que ir pra faculdade.— falei enquanto ele beijava o meu pescoço.

— Eu só tenho aula 9:30.

— O quê? Por isso tava enchendo o meu saco pra vim pra cá né.— dei um tapa em seu ombro e ele riu.

— Vai falar que você não gostou?— deu um sorriso safado e mordeu meu lábio.

— Mas eu tenho aula 8:30, vou tomar um banho rapidinho.— falei e o empurrei, catei minhas roupas no chão e fui para o banheiro.

Como tinha dito, tomei um banho bem rápido mesmo, Guto não estava no quarto quando eu sai do banheiro, mas senti o cheiro de ovos vindo da cozinha, peguei a minha bolsa e fui até lá.

— Fiz seu café, madame.— falou colocando um prato com ovos mexidos na minha frente.

— Por isso que eu...— deixei a frase no ar.

— Que você me ama? Eu sei que você me ama, Gabizinha.— eu revirei os olhos e dei uma colherada no ovo.— E sobre aquela parada lá, tu já pensou?

— Que parada, garoto?

— Você sabe do que eu tô falando.— eu tomei um gole do café e quase queimei a língua.— Só depende de você.

— Tá gostoso do jeito que tá, não é?— ele assentiu.— Então pra que complicar?

— Porra, Gabi, eu tô querendo ficar só contigo,
ter uma parada séria.

— Já vimos que não dá certo, bem.— falei e me levantei, me sentei em seu colo e olhei em seus olhos.— Vamos deixar assim, é mais gostoso, a gente fode quando dá vontade e depois cada um segue sua vida.

Sussurrei com a boca a centímetros da sua, Guto desceu o olhar dos meus olhos para a minha boca, fisgou meu lábio e apertou a minha bunda. Eu segurei em sua nuca e o puxei para um beijo, sua boca tinha uma hálito bom de pasta de dente de hortelã.

— Vou chegar atrasada desse jeito — falei interrompendo o beijo.

— Eu te levo, ruiva.— me deu mais um selinho, eu me levantei do seu colo e terminei de tomar o café. Lavei as xícaras e esperei o Guto na sala, nós saímos do apartamento e fomos para o estacionamento do prédio, entramos no carro e Guto dirigiu até a faculdade.

Meu celular tinha dezenas de mensagens, que eu não estava nem um pouco a fim de responder, Giovanna e Carina tinham me mandado várias, só então lembrei que não tinha avisado que ia dormir fora.

Amor Proibido IIWhere stories live. Discover now