"Eu tive tudo, e então a maior parte de você. Um tanto, e agora nada de você. Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos. Eu não sei o que devo fazer. Assombrado pelo seu fantasma. Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos."— Lord Huron (The Night We Met)
STELLA MARTINELLI
Praguejei de todos os nomes possíveis ao ter que me levantar da minha cama quentinha e ir para mais um dia de luta. Mas graças aos céus hoje era sexta-feira e eu poderia descansar um pouquinho.
Me arrumei correndo e fui para a padaria, como de costume o Victor estava lá tomando café com a minha nona paparicando ele de todas as formas possíveis.
— Quer mais um pedaço de bolo, Victor?— ouvir ela perguntar enquanto eu me aproximava.
— Obrigado, Dona Ester, mas se eu comer mais um pedaço vou explodir.— Victor falou e eles riram.
— Vou colocar um pedaço para você levar então.
— Bom dia! Pega um pão de canela pra mim, nona?— perguntei me sentando na banqueta ao lado do Victor.
— Deixa de ser folgada, menina. Eu tô trabalhando.— ela disse.
— É, pro Victor você até arruma bolo pra ele levar pro serviço né?
— Ciúmes, Stellinha? O que eu posso fazer se a sua vó gosta mais de mim do que de você?— Victor riu e eu revirei os olhos.
— Você é ridículo!
— E ele te leva na aula todos os dias, o mínimo que a gente pode fazer é servir um bom café pra ele.— vovó disse e me entregou meu pão de canela.
— O que você vai fazer hoje?— Victor perguntou quando a minha vó se afastou.
— Acho que a Gio vai vir aqui pra casa pra gente fazer um trabalho da faculdade. Por que?
— Ela vai vir pra cá é?
— E esse sorrisinho aí?— ele revirou os olhos e eu ri.— Nem esconde que é todo apaixonadinho nela né?
— Pra merda, Stella. Nós somos amigos, ué.
— Porque ela quer que seja assim.
— Giovanna e eu somos amigos e eu quero continuar amigo dela, mas também quero dormir com ela.— falou e eu gargalhei.
— Stella, por que você não namora com o Victor? Ele é um ótimo rapaz e é tão bonito.— minha vó perguntou se aproximando novamente.
Ela sorriu para o Victor que ficou se achando.
— Ai que nojo, nona. Esse garoto é um porre!— falei de boca cheia.
— Olha os modos, Stella, desse jeito não vai arrumar um namorado.— ela me repreendeu.
— Quem vai querer isso daí, nona? A Stella vai morrer encalhada.— Daniel falou.
— Hoje vocês tiraram o dia pra encher o meu saco né?— eu disse e dei um tapa na nuca do Victor que não parava de rir.— Anda logo antes que esses dois se juntem pra falar mal de mim.
— Beleza. Obrigado pelo café, Dona Ester.— Victor falou e deu um beijo na bochecha da minha vó. Puxa saco!— Tchau, Dan!
— Até mais, Victor.
— Você é muito puxa saco mesmo né?— falei pro Victor quando saímos da padaria.
— Para de ciúmes, Ste.— ele me entregou o capacete e subiu na moto.
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Amor Proibido II
Teen Fiction"A gente se tinha, não no sentido literal porque a gente não podia. A gente era alguma coisa, mas a gente não podia ser nada. Mas pelo menos a gente foi um clichê, amor proibido, frases de efeitos e noites escuras. A gente não aconteceu, mas a gente...