•70•

1.3K 64 8
                                    

"Eu já sabia que te amava naquela época, mas você nunca saberia, porque eu me calei. Quando estava com medo de te perder, eu sei que eu precisava de você, mas eu nunca demonstrei. Mas eu quero ficar com você até nós ficarmos bem velhinhos. Apenas diga que você não vai embora."—  James Arthur ( Say You Won't Let Go)

GIOVANNA RAMIREZ

A festa durou até de manhã e o bonde obviamente foram os últimos a irem embora. Nem lembro como cheguei em casa, tinha bebido pra caramba.

Acordar foi uma tortura, fui me arrastando para o banheiro, depois de tomar um banho gelado, fiz um café forte e me senti curada.  A Gabi e a Carina ainda não tinham acordado e provavelmente não acordariam tão cedo.

Eu tinha marcado com os meus pais de irmos no Pão de Açúcar, já que a vovó Mimi queria conhecer, passeamos um pouco e eles foram embora no fim da tarde.

Depois que eles foram embora, eu fiquei um pouco na casa do Inácio conversando.

— Vem cá, quando tu pretende contar para nossos pais sobre o Victor? — ele perguntou e me entregou uma colher, nós estávamos na sala assistindo um filme que passava.

— Não sei.— falei e peguei um pouco de sorvete no pote.

— Você não pode mentir e nem esconder pra sempre. Acha mesmo que o pai acreditou naquele lance de Lorena?— eu olhei pra ele.— Ele fez a maior cena com o Victor.

— Puta merda!

— Pois é, melhor contar logo. Nossos pais não são bobos.

— Eu sei disso. Só não sei como contar — bufei.— Por que a minha vida é tão difícil?

Inácio riu.

— Por que tinha que se apaixonar logo pelo Victor Drummond? — nós rimos.— Você é a própria Maria Encrenca, Giovanna, sempre arruma uma confusão.

Pegou um pouco de sorvete no pote e levou a boca.

— Mas sabe, acho que invejo um pouco isso de você. Você não abaixa a cabeça pra nada, você é a pessoa mais determinada e perseverante que eu conheço, se coloca uma coisa na cabeça não tira até conseguir.— eu sorri e olhei para ele.

— Obrigada! Por tudo, maninho!— ele sorriu também.— Sabe de uma coisa? Você tá diferente, nem tá parecendo aquele Inácio pé no saco e cabeça dura.— ele deu risada.— É, sabe o que é isso? Efeito Carina...

— Efeito Carina?— eu concordei e nós rimos.— Na verdade, eu acho que amadureci, vir para o Rio foi a melhor coisa que aconteceu, poder crescer e sair das asas dos nossos pais. Mas é claro que a Carina tem dedo nisso, ela traz o melhor de mim, sabe? E foi ela que me ajudou a enxergar com clareza esse teu lance com o Victor.

— Sério?— dei uma colherada no sorvete.

— É, e sabe, Giovanna, me desculpe por ter me metido tanto na sua vida, por não ter visto antes como vocês se gostam, vocês poderiam está juntos até hoje.

— Ou então, a distância podia ter nos separado. Acho que o que aconteceu a cinco anos atrás, tinha que acontecer, o Victor tinha que ir para São Paulo e eu tinha que vir para o Rio, nós tínhamos que nos separar, pra nos encontrarmos agora. Mais maduros e decididos.

— Então foi o destino?— Inácio riu.— Ou o universo?

— Gosto de pensar nisso!

Amor Proibido IIWhere stories live. Discover now