"Não somos quem costumávamos ser."— Harry Styles (Two Ghosts)
BRUNA RIZZIO
Alguns meses depois...
— João Paulo, você já terminou de arrumar as suas coisas?— eu gritei do corredor, quando entrei na sala vi o JP brincando com o Bernardo.
— Mostra pra a mamãe o carro — ele falou olhando para o Bernardo que começou a fazer barulho de carro.
— Ai, que coisa mais linda, minha vida — dei um beijo na bochecha gorducha dele. — Você tem que arrumar sua coisas logo, eu arrumei a minha bolsa e a do Bernardo e você nada.
— Eu tava cuidando o moleque ué.
— Para de enrolar, anda!— ele riu e me deu um beijo no canto da boca antes de ir para o quarto.
Eu coloquei o Bernardo de volta no carrinho e ele começou a se entreter com um dos ursinhos de pelúcia. O Bernardo acabou de fazer cinco meses, eu não sabia quem é mais babão, eu ou o João.
Minha vida tinha mudado completamente esses meses, é muito louco a sensação de ter uma parte de você no mundo. E amar incondicionalmente uma coisinha tão pequena e em tão pouco tempo.
Me tornar mãe foi a coisa mais linda e gostosa do mundo, claro que tinha seus altos e baixos, as vezes o cansaço deixava tudo estressante, e tem a amamentação que foi uma das coisas mais difíceis, nos primeiros dias eu chorava com dor. Mas tudo isso compensava quando eu via aquele sorrisinho banguela.
Eu aproveitei que o Bernardo estava quietinho e recolhi os brinquedos espalhados pela sala, coloquei as almofadas no sofá. Como estava de bobeira, peguei o porta retrato que tinha comprado para colocar a foto que eu, o João e o Bernardo tínhamos tirado na praia a algumas semanas atrás. Eu tinha amado essa foto, a minha família.
É bem louco tudo, eu nunca tinha imaginado viver a vida que eu tenho hoje, tudo parece um sonho. É claro que eu e o João queríamos filhos, mas não agora. Porém, eu não me arrependo do Bernardo, ele é simplesmente o amor da minha vida, e o João é um verdadeiro paizão.
— Terminei, amor!— o João disse, eu coloquei o porta retrato no móvel e olhei para ele.
— Então vamos, quero chegar em Ventura logo.
— O pessoal já foi?
— Já, mandei mensagem pra Stella e a Anaju, elas estão esperando a gente lá em baixo.
Peguei a minha bolsa e empurrei o carrinho do Bernardo, o João pegou o resto das coisas e nós descemos.
— Oi, amores — Stella falou e já foi apertando as bochechas do meu filho.— Coisa linda!
— Deixa eu pegar ele — Anaju diz e pega o bebê no colo, eu aproveitei para fechar o carrinho e guardar no porta mala, colocamos as malas também e a Anaju me ajudou a colocar o Bernardo no bebê conforto.
— Vai na frente, Ste, eu vou aqui trás com o Bernardo.
— Tá bom então — falou e entrou no banco do carona.
O Bernardo dormiu a viagem inteira, só resmungou um pouquinho quando já estávamos chegando, provavelmente era fome.
João passou na casa da Gabi para deixar a Anaju e a Stella, as duas ficariam ali junto com o Cadu, Fred, Dan, Ravi, Pedro e Sol. A casa da Gabi era bem grande e o pai dela não estava lá.
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Amor Proibido II
Teen Fiction"A gente se tinha, não no sentido literal porque a gente não podia. A gente era alguma coisa, mas a gente não podia ser nada. Mas pelo menos a gente foi um clichê, amor proibido, frases de efeitos e noites escuras. A gente não aconteceu, mas a gente...
