Capitulo 50

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O meu plano inicial ao bater com toda a minha fúria na porta do meu vizinho ou vizinha era gritar com essa pessoa até que o ouvido dela doesse do mesmo jeito que meu ouvido e o de meu bebe doeram ao sermos acordados bruscamente por um som alto, mas, agora que vejo quem é o meu vizinho, estou muda, não consigo parar de observar seus belos olhos esmeraldas como uma verdadeira idiota, não sei o que sinto verdadeiramente por ele pois já se passaram tantos anos desde aquela fatídica noite.

Eeer olá John, a quanto tempo.-Digo nervosa enquanto continuo encarando seus belos olhos que no momento estão arregalados. Desço meu olhar por um momento por seu corpo mas me arrependo, ele está tão diferente desde a última vez, mais definido, mais forte... Mordo meu lábio enquanto sinto o meu corpo esquentar. Distancio esses pensamentos mais que pecaminosos para longe enquanto me foco em seu rosto ainda surpreso.-Você poderia por favor abaixar o volume do seu som, meu filho e eu estávamos dormindo e acordamos muito assustados com o volume do seu som.-Ele continua me encarando sem palavras o que acaba me deixando desconfortável.-então é só isso mesmo, tchau.-Digo rapidamente, quando me viro para andar em direção a minha casa sinto sua mão em meu braço fazendo com que uma corrente elétrica passe por meu corpo o deixando arrepiado.

-Espere por favor.-Diz em um sussurro rouco. O sinto muito perto de mim o que faz com que eu fique tensa.-Me desculpe pela minha grosseria, não sabia que havia pessoas morando em frente ao meu apartamento. O seu namorado certamente está para chegar para ficarem juntos com seu filho não é mesmo?-Meu coração fica ainda mais acelerado enquanto tudo o que quero é entrar dentro de casa.

-Não que seja da sua conta, mas eu não tenho namorado, sou mãe solteira pois o pai foi um cretino que nunca irá merecer receber uma gota de amor e carinho de meu bebe.-Digo amargurada com a voz embargada, olho para o seu rosto e o vejo me olhando com um olhar compreensivo e em silêncio me soltar. Antes que eu comece a andar novamente vejo Simon vindo em minha direção, droga, droga droga!

-Quem é esse moço mamãe?-Pergunta Simon curioso, observo a expressão de John enquanto sinto meu coração acelerado e um frio intenso na barriga. Ele se abaixa na altura de meu filho enquanto sorri abertamente, vejo um brilho diferente em seus olhos enquanto ele começa a conversar com meu filho.

-Olá campeão, qual é o seu nome?

-Meu nome é Simon, e voxe como se chama?-Pergunta com seu jeitinho extrovertido e encantador com seu belo sorrisinho.

-Meu nome é John muito prazer.-Diz sorrindo para meu filho enquanto aponta a sua mão para ele que a pega e a apertam em um sinal de cumprimento. A semelhança entre ambos é gritante, qualquer pessoa que os vissem poderiam confirmar o mesmo.

-Voxe vai ser o meu papai?-Pergunta me fazendo ficar de queixo caído enquanto sinto meu rosto esquentar.

-Filho isso não é uma pergunta que se faça!-O repreendo enquanto observo John rir.

-Não precisa brigar com ele coitadinho. Eu não serei seu novo papai infelizmente, mas se quiser posso ser seu amigo já que iremos ser vizinhos, então caso queira aparecer aqui em casa com a permissão de sua mamãe, eu ficarei mais que feliz em recebe-los. Sabia que tenho uma coleção enorme de jogos de videogames?-Diz fazendo Simon ficar eufórico.

-xelio???-Diz dando pulinhos.-Um dia voxe deixa mamãe? Deixa pufavoooo.-Diz eufórico me olhando com seus olhinhos verdes suplicantes. Nem fodendo que eu vou deixar. Olho seus olhinhos e o biquinho que ele faz como forma de manipulação barata me fazendo ficar derretida.

-Não podemos atrapalhar nosso vizinho meu filho.-Digo olhando com os olhos estreitos em direção a John que olha toda essa situação com um sorrisinho.

-Se esse é o problema não é incomodo algum, adorei conversar com esse campeão e bom, nos dois já somos velhos conhecidos então não haveria problema algum.-Diz ainda sorridente.

-Pufavo mamãe deixaaaa.-Respiro fundo enquanto olho em seu lindo rostinho.

-Tudo bem filho, em algum dia desses eu te levo na casa dele para jogarem videogame.-Digo me rendendo derretida aos seus olhinhos.

-Mas quando vai ser esse dia mamãe?

-Que tal amanhã que é domingo e não temos compromissos?-A minha vontade de matar John agora é enorme.

-Entaum tá combinado tio John, amanhã a mamãe e eu vamu vir aq pla genti jolgar videogame, e naum liga esse som alto dinovu naum titio puq dói o meu ouvidinho e o ouvidinho da minha mamãe.-Diz meu filho me fazendo ficar surpresa com a audácia desse menino enquanto vejo John rir mais e mais com um brilho diferente no olhar.

-Pode deixar Simon, não ligarei tão alto assim da próxima.-Diz sorrindo.

-Ate amanhã tio John.-Diz Simon o surpreendendo com um abraço apertado que ele retribui ainda surpreso. Sinto meu coração doer enquanto esse frio na barriga se intensifica, ver os dois dessa maneira faz com que meu peito doa por meu filho, ele nunca teve um pai presente e por mais que eu dê todo o meu amor e carinho, ele sempre quis ter uma figura paterna.

John onn...

Vê-lo em meus braços dessa maneira faz com que eu sinta um carinho muito grande por ele, não sei explicar, é como se ele fosse parte de mim, como se fosse meu... Meu filho. O solto de meu abraço e fico ainda mais encantado com seus belos olhinhos verdes, são tão parecidos com os meus, o seu cabelinho liso e castanho, o mesmo tom de castanho que o meu, será que... Por Deus, será que há uma possibilidade de essa criança ser minha? Sinto meu coração se acelerar com essa suposição, e se, e se ela tiver ido embora grávida, e se essa criaturinha bela for uma criação minha e de Vanessa? O vejo entrar pra dentro e antes de ela se virar a chamo em um sussurro.

-Ele é meu... Meu filho?-Digo baixinho ainda receoso. Vejo suas costas ficarem tensas e depois relaxarem enquanto ela me responde.

-Não, ele não é seu.-Diz séria

-Mas ele se parece tanto comigo, os olhos, o cabelo, tudo!-Exclamo em um tom baixo enquanto ainda me agarro na pequena esperança de ele ser meu.

-Por favor John, eu estava em Londres, depois do evento traumático que tive a primeira coisa que fiz foi encher a cara e nessa mesma festa eu transei com um inglês desconhecido e engravidei dele. Quando soube que estava grávida dele eu o procurei e ele não acreditou, brigamos e eu decidi criar meu filho sozinha, ele ter algumas semelhanças como cor dos olhos e de cabelo é pura coincidência.-Diz ainda de costas para mim assim matando o meu último resquício de esperança que tinha de que ele poderia ser meu filho.

-OK, desculpe o incomodo.-Digo somente isso enquanto me dirijo até o meu apartamento, quando fecho a porta deixo com que todas as minhas lágrimas e dor transpareçam, não consigo acreditar que ele não é meu, eu sinto aqui dentro de mim que o que ela disse é a mais pura mentira. Respiro fundo enquanto tento me acalmar, ela está de volta, morando em frente a minha casa, em meio as lágrimas sorrio com a nova chance de tentar reconquista-la na qual a vida está me dando. Dessa vez eu irei fazer da maneira certa, a vida me deu uma puta chance e eu não vou ser o babaca imbecil que fui com ela há quatro anos atrás, agora eu não tenho só uma razão para lutar pelo amor da mulher que em todos esses anos continuei amando e amando, tenho duas razões, ou melhor dizendo, duas pessoas por quem lutar.

Possessivamente MEUWhere stories live. Discover now