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Candy, she's sweet like candy in my veins
    Baby, I'm dying for another taste... — Cantarolo.

Estava sentada no chão apoiando minhas costas na cama de Billie, a mesma estava concentrada lendo um livro que a ajudaria a fazer um trabalho futuro enquanto eu fazia os meus famosos resumos.

— De novo? É a vigésima vez que te vejo cantarolar essa música. — A ouço contestar baixo. 

... And every night my mind is running around her
      Thunder's getting louder and louder... — Canto mais alto colocando meus cadernos ao meu lado e levantando me virando para olhá-la.

Seus olhos azuis se reviram antes de me encarem.

—...BABY YOU'RE LIKE LIGHTNING IN A BOTTLE
    I CAN'T LET YOU GO NOW THAT I GOT IT
   AND ALL I NEED IS TO BE STRUCK BY YOUR ELECTRIC LOOOOOOOOOOOOOVE...!! — Praticamente grito.

Não era cantora, e nem se quisesse muito ser conseguiria tem coisas que só nascendo talentosa para de fato acontecer. Todavia era divertido, vergonhoso tenho que admitir mas me divertia, fazia outras pessoas rirem. E isso aconteceu com Billie, que riu mostrando brevemente seus dentes brancos e alinhados. Desconecto os fones do meu celular e aumento o volume da música a estendendo a mão.

— Não! Nem vem Charlotte, vai estudar. — Recusa. 

— Li uma pesquisa que comprova que se pararmos 'pra relaxar quando estamos estudando melhora a forma como os estudos fluem. — Rebato sorrindo ainda com a mão estendida.

A sinto não só como pegar minha mão mas entrelaçar nossos dedos e antes de levantar colocar o livro cuidadosamente sobre a cama. A puxo gentilmente passando meu braço esquerdo pela sua cintura começando a dar leves passos sendo acompanhada por ela. 

Quando pegamos o ritmo uma da outra, coisa que não demorou muito, a fiz dar uma voltinha que foi imitada respectivamente e tive de dar uma volta para então o seu braço passar pela minha cintura. Demos mais alguns passos comuns de dança até começarmos a dançar do nosso próprio jeito entre brincadeiras e risadas, a música tocou mais umas duas vezes até sermos interrompidas por batidas rudes na porta.

Segui rumo ao celular sobre o criado mudo do lado ao qual Billie dormia e a mesma foi em direção a porta, ela a abriu ao mesmo tempo que fechei a guia de onde a canção soava. 

— Por que não está no refeitório?!  — Uma Drew indignada entra no dormitório como um furacão.

— Estava estudando com a Charlotte e perdi a hora. — Explica simplista.

— Estudando ouvindo música? — Indaga brava. 

Não dou importância para suas implicâncias e começo em silêncio a juntar minhas canetas após escrever a última palavra que precisava em meu resumo. Estava com fome, realmente perdemos um pouco a hora do jantar. 

— Uma pesquisa comprovou que se divertir entre os estudos ajuda eles a fluírem melhor. — Explica como uma repórter de jornal local o que me fez rir enquanto colocava minhas coisas sobre a minha escrivaninha.

— Vocês estão de brincadeira comigo?! — Questiona furiosa.

Billie e eu a encaramos dizendo um "não" em uníssono, e Eilish riu no final, aquela cena toda era patética. Drew não esperou mais nenhum segundo após ouvir aquela resposta para sair de lá em passos fortes deixando a porta aberta.

— Me espera, só vou guarda as minhas coisas antes de irmos. — Pede.

— Se quiser ir falar com ela, pode ir, estarei no refeitório de qualquer forma. — Sugiro dando de ombros. 

— Me acerto com ela depois e, além do mais 'tô morrendo de fome. — Chega a essa conclusão largando o livro sobre a sua escrivaninha me fazendo rir.

[...]

—  O que vai fazer no próximo final de semana? — Pergunta curiosa dando um gole em seu suco.

Transar com homens desconhecidos e outros nem tanto assim.

— Vou 'pra casa da minha avó ficar com ela, na cidade vizinha. — Minto dando de ombros levando o macarrão a boca.

O refeitório já estava para fechar portanto estava vazio. Era quinta-feira e por isso o cardápio era flexível com algumas opções para escolhermos, diferente dos outros dias da semana, amanhã era dia de pizza; a famosa sexta da pizza. 

— Hm.. — A ouço resmungar.

— Ela 'tá doente mas quando melhorar te levo lá se quiser. — Invento.

— Sinto muito pela sua avó, manda melhoras. — Me encara entrelaçando seus dedos nos meus, sobre a mesa.

— Ah ela é uma chata, eu que sou legal de ir lá todo o final de semana. — Sorrio piscando uns dos meus olhos para a garota bonita em minha frente que ri. 

— Boba. — Repreende e dou risada.

[...]

Estava fazendo minha corrida em volta do campus como comumente fazia, já estava no final tanto que me aproximava do banco tão conhecido para pegar a garrafa de água sobre o mesmo enquanto cantarolava uma música aleatória que soava aos meus ouvidos. Era uma manhã gelada me deu uma dor no coração de acordar Billie que dormia tranquilamente entre suas cobertas, então a deixei dormindo.

Tiro os fones dos meus ouvidos os deixando cair sobre meus ombros e assim que abro a garrafa de água meu celular toca. Era Amélia, a senhorinha que alugou o trailer, já era esquisito o fato dela me ligar, agora a essa hora da manhã tornava tudo ainda mais estranho.

— Bom dia Amélia, tudo bem? — Questiono curiosa e preocupada após o breve cumprimento.

— Seus pais vieram aqui atrás de você. — Fala de uma vez.

— O que? — Falo incrédula me sentando no banco próximo.

{···}

Hey,

A música citada nesse capítulo se chama Electric Love by Borns.

Bom final da semana pra vocês. Até sábado.

Cuidem-se.










 

Call 666 • Billie EilishWhere stories live. Discover now