Call 666 • Billie Eilish

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Havia voltado para o campus a algum tempo, tomei um longo banho e deitei de barriga para cima fitando o teto intensamente.

Me sentia realmente aliviada e isso me fez ter noção que ainda não estava preparada para lidar com as consequências dos meus atos, não relacionados a Billie pelo menos.

Ela era uma boa garota não queria a perder ainda mais depois de aprender a conviver com a mesma. Estava ficando muito apaixonada e não queria jogar tudo isso no lixo por algo que talvez nunca seja descoberto.

Só consegui pegar no sono assim que apaguei minha conta no Call 666, um peso que nem mesmo sabia que carregava sai dos meus ombros mesmo que não totalmente já era o suficiente.

Meu celular tocando me desperta e acordo meio perdida alcançando o mesmo sobre a mesa de cabeceira, era Eilish. Concedo a ligação.

— Oi Bills. — Falo baixo, sonolenta.

— Estava dormindo? — Indaga, escuto o barulho conhecido de quanto se dá seta ao carro.

— Sabe que não gosto que fale no celular enquanto dirige, não é? — Mudo de assunto.

— Está tarde e as ruas estão vazias, estou perto do campus. Pode autorizar minha entrada? — Pergunta.

— Vai passar a noite aqui? — Questiono curiosa.

— Sim, acho que vou voltar amanhã mesmo. — Revela.

— Faltam alguns dias 'pro retorno das aulas e estou trabalhando vai ficar sozinha aqui. — Relembro.

— Estou cansada da praia e do calor. — Justifica. — Estou te esperando 'pra passar o crachá 'pra mim. — Avisa.

— Um minuto. — Digo e encerro a ligação.

Deixo a cama e calço um par de tênis pegando meu cartão de identificação antes de descer de encontro a Eilish.
Sem demora estávamos retornando.

— Dormindo na minha cama? — Sorri satisfeita me fazendo revirar os olhos.

— Estava com saudades. — Digo baixo e retiro os tênis os guardando antes de voltar a deitar.

Estava curiosa sobre o motivo dela estar aqui, afinal se tivesse tão incomodada com o fato da praia era só não ir até ela não precisava necessariamente voltar ao campus levando em consideração que eu passava boa parte do dia fora.

— Que tanto pensa? — Murmura e deita ao meu lado.

A abraço sentindo sua cabeça ser apoiada sobre meu peito, apoio meu queixo sobre a mesma me aproveitando do seu cheiro pós banho.

— Nada, só fiquei curiosa. — Falo sem dar muita importância, a fazendo carinho.

— Curiosa sobre? — Me encara.

— Você vindo agora, sei lá, no seu lugar se estivesse enjoada da praia ficaria na casa. — Sugiro.

— Não gostou de me ter aqui antes? — Brinca e reviro os olhos rindo.

— Não é isso e você sabe Billie. Só fiquei curiosa 'pra saber se podia existir algum outro motivo. — Dou de ombros.

— Estou com alguns problemas com a minha mãe e... E eu não sei, só quero ficar distante. — Conta e faço uma expressão levemente surpresa.

Afinal sabia da discussão mas não exatamente sobre o quê e nem como aquilo aconteceu. Não sabia se Eilish havia descoberto realmente ou alguma desculpa havia sido dita.

— Quer conversar sobre isso? — Indago fazendo carícias em seus cabelos.

— Não, eu só queria dormir e esquecer isso. — Resmunga.

— Tudo bem. — Ficamos em silêncio por um período de tempo. — Drew desapegou de você. — Conto baixo.

— Como sabe? — Pergunta imediatamente.

— Eilish que fofoqueira. — Sorrio escutando sua risada. — Meu colega de turno, o filho do dono da lanchonete, está saindo com ela. — Revelo.

— Faz tempo será? — Deita sua cabeça novamente.

— Acho que é a primeira vez, hoje era o encontro. — Falo.

— Amanhã pergunta tudo 'pra ele e me conta quando chegar. — Pede.

— Fofoqueira demais essa menina. — A aperto fazendo cócegas.

— Para Lotte! — Repreende e aproxima o rosto do meu.

Paro gradativamente e levo uma das minhas mãos ao seu rosto a olhando de forma intensa.

— Bills? — A chamo sussurrando, mesmo que o seu olhar estivesse no meu.

— Hm? — Roça nossos lábios.

— Eu te amo. — Assumo e sua boca vem de encontro a minha em um beijo afoito.

— Eu também te amo. — Sussurra rente ao meu ouvido e beija o meu pescoço.

Trago seu rosto para perto do meu sentindo sua respiração descompassada.

— Vou te levar à Tóquio. — Pisca um dos olhos e passa a língua pelos meus lábios, ofego baixo e algumas lambidas descem pelo meu pescoço.

{···}
Notas da autora:

Hey,

Não sei se conhecem mas levar alguém a Tóquio é uma indireta para uma boa transa/orgasmo. Aqui no Brasil a gente tem levar as nuvens é meio brega, nuven só quero ver depois de morrer. Agora, ir até Tóquio que delícia.

É isso, até amanhã.

Cuidem-se.