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— Final de semana que vem venho te buscar de novo. — Billie diz assim que estaciona na frente do complexo de quartos fornecidos pela universidade.

— Você sabe que não gosto de ir 'pra lá e acabar atrapalhando os planos de vocês. — Digo retirando o cinto de segurança.

— Lotte você não atrapalha e além do mais é o último final de semana antes das aulas retornarem. Deveria descansar, logo vai ter que trabalhar e estudar e isso vai te estressar a longo prazo. — Insiste com uma breve explicação.

Respiro fundo e concordo com a cabeça.

— Tudo bem, só o final de semana que vem. — Concordo e a mesma sorri e rapidamente solta seu cinto de segurança juntanto nossos lábios em um rápido selar.

Levo uma das minhas mãos ao seu pescoço a mantendo perto beijando sua boca mais algumas vezes.

— Talvez eu apareça alguma noite nessa semana. — Um sorriso travesso dança sobre seus lábios, meu coração dispara e diante dessa reação preocupada apenas sorrio e ergo uma das minhas sobrancelhas. — Só 'pra te agarrar um pouquinho. — Completa.

— Um pouquinho. — Repito e a mesma concorda deixando alguns selares em meu pescoço. — Preciso muito ir, tenho que sair cedo amanhã. — Resmungo em um tom de voz desanimado.

— Certo, dorme cedo e amanhã manda mensagens 'pra mim saber se está bem.
— Relembra e beija meu rosto antes de se afastar colocando, novamente, o cinto de segurança.

— Okay Billie Eilish. Preciso ir, até qualquer hora. — Murmuro e abro a porta de seu carro o deixando em seguida.

— Até amor. — A mesma responde assim que estava prestes a entrar.

Sorrio para Eilish e aceno a vendo fazer um movimento com mão me mandando entrar. Ela sempre esperava que entrasse para ir embora, era fofo.

Retiro a identificação de um dos bolsos externos da mochila e logo sou autorizada a adentrar o campus. Dou passos largos mas não rápidos apreciando o vento de início de noite de verão contra o meu rosto.

Uma parte de mim estava extremamente feliz em estar tendo algo com Billie, gostava dela. Realmente gostava e estava disposta a tentar com muito afinco entretanto tem um outro lado me preocupando.

E não é nem mesmo a mãe dela, o fato é que na primeira vez que transamos estávamos alteradas com tesão e no breu total. Óbvio que não iremos fazer assim mais vezes, ela vai querer ver o meu corpo com clareza e é tão fácil de me descobrir.

Tudo bem que não tenho tatuagens e minha pele é mais clara, mas ainda assim sou eu. Ela não vai ser tão idiota ao ponto de não perceber e não sei o que fazer direito. No momento ir desviando é o que me vem em mente.

Apesar de saber que sexo não é tudo, fazer isso desse jeito me machuca. Gosto dela, queria poder ser verdadeira e contar a verdade até porque tudo começou por conta de uma mentira. Muito da mal contada, muito do mal caratismo. Eu odeio a minha vida.

Adentro o meu complexo e rapidamente subo as escadas, devolvo a identificação ao bolso e de lá pego as chaves abro a porta e rapidamente a fecho trancando em seguida.

Esvazio a mochila e guardo as roupas que não estavam sujas. Depois que chegasse no dia seguinte iria na lavanderia, separo as coisas que iria levar para o trabalho e as deixo sobre o criado mudo. Me analiso no espelho e dou um jeito no cabelo antes de sair para jantar.

O refeitório estava quase vazio, geralmente o pessoal ia para casa nas férias de verão. Como pouco, só o suficiente para garantir que não iria acordar com fome no meio da noite. Limpo a bandeja e a deixo no mesmo lugar que as outras antes de sair.

Call 666 • Billie EilishWhere stories live. Discover now