16. Família Park

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— Boa noite, Kevin — Kim sorriu para o meu marido e o cumprimentou com uma breve reverência, apertando a sua mão em seguida. — Boa noite, senhora Park — manteve o mesmo sorriso para mim e apenas me reverenciou. Certo, isso é novo.

— Boa noite, Namjoon — respondi antes de ocupar a cadeira que o meu marido havia puxado para mim.

— Eu comecei a beber, espero que não se importem — o rapaz de cabelos pretos riu e nós fizemos o mesmo. — Podemos tomar algo antes de comer.

— Eu vou querer uma cerveja — Kevin disse para o garçom e isso atraiu a minha atenção, assim como a de Namjoon.

— Vai beber cerveja? — Perguntei e ele assentiu com o cenho franzido.

— É muito bom, você não gosta? — O loiro sorriu.

— Não, é só que... — parei de falar e ri. Kevin está mudado, (s/n). — Nada.

— Você quer? — Meu marido questionou em tom normal.

— Eu? Beber cerveja? — Arregalei os olhos. Até que não seria má ideia, porém isso não é considerado muito educado em um jantar formal e ele sabia disso.

— Qual é o problema? — Kevin deu de ombros. O que acontecia? Perdeu a memória?

— Vou pedir vinho.

— Tem certeza, amor? — Me olhou atentamente. Namjoon apenas assistia tudo com curiosidade. — Ah, vou pedir cerveja pra você também — disse por fim. — Quer, Kim?

— Ah, eu... — Namjoon riu, tão surpreso quanto eu. — Vou trocar esse uísque por uma cerveja também — deu de ombros. — É sempre bom dar uma mudada.

— Concordo — Park disse antes de sorrir e beijar a minha mão. — O que você tanto deseja conseguir com esse jantar? — Foi direto ao ponto, realizando a pergunta com seriedade.

— Podemos falar sobre depois que estivermos bem alimentados — o moreno disse animado. — Você, como o belo empreendedor que é, vai adorar o que tenho a te oferecer.

Kevin revirou os olhos e eu ri baixo ao notar que ele não estava nem um pouco ansioso por aquilo. Acredito que o meu marido esteja cansado de viver entre tantos negócios e reuniões e isso me tranquiliza muito, já que fui trocada por essas coisas quando estávamos em uma fase péssima. O jantar seguiu tranquilo e nós falávamos sobre amenidades até o instante em que o assunto dinheiro entrou em jogo. O negócio tão precioso de Namjoon era apenas um terreno em Seattle. De fato, seria um ótimo investimento, pois o lote valia muito e o rapaz estava disposto a negociá-lo em troca de um prédio residencial de pequeno porte. Sem muita animação, o meu marido simplesmente encerrou a conversa dizendo que iria analisar com o pessoal da PLC.

— Você está feliz com ele? — Kim perguntou assim que Kevin saiu para ir ao banheiro.

— Muito, completamente, totalmente — sorri largo. — Estou feliz demais, Namjoon — completei. Ele balançou a cabeça afirmativamente e sorriu fechado. — Park é o homem da minha vida.

— O que me chama atenção é que ele parecia não se importar com você e de repente virou um príncipe encantado. Se quer um conselho, sugiro que fique de olho nas saídas do seu marido — falou com seriedade. — Kevin deve estar tentando disfarçar o belo par de chifres que colocou sobre a sua cabeça.

— Não fale assim do meu marido — aumentei o volume da voz, revoltada. — Eu exijo respeito.

— Seu marido não é santo, (s/n) — continuou. — Ele pode não ter feito nada de mais com a minha noiva, mas eu já o vi encarando algumas mulheres na PLC — pressionou os lábios enquanto negava com a cabeça. — Kevin sempre fingiu pra você.

Impostor | Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora