15. Amor verdadeiro

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Park Jimin

— Posso saber o que faz aqui a essa hora da noite? — Perguntei ofegante ainda enquanto estava no andar de cima. A corrida, assim como o que aconteceu minutos atrás, acabou com o meu fôlego.

— Céus! — Samuel arregalou os olhos. — Você está muito vermelho! — Me analisou atentamente e engolir em seco foi inevitável. Só esperava que ele não percebesse nada. — Vendo que está molhado, deduzo que estava na sauna.

— Aqui tem sauna? — Arqueei uma sobrancelha. Interessante.

— Tem — o homem riu fraco e franziu o cenho enquanto eu descia na maior velocidade que podia. — Não estava lá? — Neguei com a cabeça.

— O que quer?

— Bom... — suspirou. — Preciso te mostrar algo muito bom.

— Não podia fazer isso amanhã? — Questionei impaciente. — Por que teve que aparecer?

— Atrapalhei algo? — O seu olhar curioso me despertou e... Puta que pariu! Eu fiz uma merda gigante naquele banheiro. — Jimin? — Chamou baixo.

— O quê? — O encarei ainda atônito, mas logo recobrei os meus sentidos. — Não, não atrapalhou. Eu só estava tomando um banho quente e relaxando.

— Relaxando, é? — Sorriu lateralmente e me empurrou pelo ombro. — Safado! — Riu, porém eu continuei sério. — Não deve ser fácil fingir que é impotente quando você tem todo o gás.

— Não é, de fato — murmurei, falando aquilo mais para mim do que para ele. — Você ainda não disse o que veio fazer aqui, Samuel. Eu estou com muito sono e quero dormir.

— Ah, claro — ele retirou o seu celular do bolso e eu bufei ao perceber que o assunto era alguma bobagem. — Aqui — sorridente, ergueu o aparelho na minha direção.

— Fotos minhas e de (s/n)? — Franzi o cenho quando vi as imagens. Li uma parte da matéria e vi que falavam sobre a nossa visita ao abrigo, além da ida à arena. — Como sabiam que nós dois passeamos pela rua depois que saímos de uma casa de sinuca? — Eu realmente fiquei chocado quando cheguei nessa parte. Alguém nos seguia, então?

— Você é muito famoso — riu fraco antes de negar com a cabeça — Na verdade, o seu irmão é — falou mais baixo. — Ele e (s/n) quase não saíam e isso despertava a curiosidade da mídia, então saiba que vocês vão atrair muitos fotógrafos agora que fazem programas de casal.

— E como eu vou fazer? — Arregalei os olhos, nervoso. — O Jisung vai odiar quando vir isso aqui.

— Não se preocupe, vai dar tudo certo — sorriu abertamente. — Ele vai entender.

— Não acredito cegamente nisso — suspirei com pesar, olhando mais uma vez para a fotografia.

— Vocês devem manter esse ritmo — aconselhou. — Isso foi uma sacada ótima, Jimin — manteve o tom amigável. — Os investidores estão muito satisfeitos porque, de acordo com eles, esses passeios estão trazendo uma imagem boa para o presidente da construtora.

— Como é?

— Trouxe uma visão de um verdadeiro marido romântico que ama a sua esposa — riu soprado. — O nosso presidente é um homem de família!

— Eu não fiz pensando em nada — falei em completa seriedade, causando a confusão de Samuel. — Eu te disse que queria que (s/n) fosse feliz, que faria de tudo pra que ela se sentisse bem.

— Falou, mas achei que as aparições públicas... — interrompeu a sua justificativa e me encarou firmemente. Droga. — Você se apaixonou mesmo.

Impostor | Park JiminWhere stories live. Discover now