39. Intimidade

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⊶⊷

Depois de ouvir aquela autorização tão importante e necessária e de perceber o forte significado por trás de cada palavra de Jimin, não tive receio e não pensei em mais nada a não ser em nós dois. Uni os nossos lábios em um selinho duradouro, segurei a sua mão e o guiei até o ponto de táxi localizado no final da rua. Eu já tinha o lugar perfeito em mente. Embarcamos em um veículo livre e enquanto fazíamos comentários sobre o que vimos no bar, o carro seguiu o trajeto até o hotel mais charmoso da localidade. Não era o mais luxuoso e caro, porém era o que mais me encantava por seu conforto. Sempre gostei de me hospedar nele quando vinha para Seattle e fazia isso até no período em que estudava na cidade e compartilhava uma residência alugada com Claire e Peyton. Às vezes eu só queria ficar sozinha em um espaço aconchegante e lindo, duas coisas facilmente encontradas nesse estabelecimento.

— Aqui é bem bonito... — Park disse durante a análise que fazia no quarto que reservamos. — Chique sem ser metido a besta — falou com seriedade, mas eu ri alto. — É sério.

— Você solta cada uma... — Descansei o meu corpo na porta fechada de vidro que dava acesso à varanda e o encarei. O moreno sorriu e eu logo o retribuí.

— Só que agora... — Pausou para se aproximar de mim em passos largos, porém lentos. Ainda sorrindo, esperei pacientemente a sua chegada. — Agora eu vou segurar — brincou e o meu riso voltou a ecoar pelo cômodo. — Estive esperando por este momento.

— Eu também — confessei em um sussurro, focada em seus olhos que transbordavam euforia. Nós dois sabíamos muito bem o que estávamos fazendo quando reservamos um quarto e o que isso significava. — A noite toda.

— Tenho que admitir que espero há muito mais tempo — segurou os meus quadris e me puxou ao seu encontro, não permitindo que o meu suspiro viesse antes que seus lábios vorazes se apossassem dos meus em um beijo necessitado.

Envolvi o seu pescoço com os meus braços e pressionei o meu tronco contra o seu, correspondendo ao beijo da melhor forma que conseguia. Jimin praticamente devorava os meus lábios, beijava-me com tanta energia que tirava todo o meu fôlego. As suas mãos permaneciam fincadas em meus quadris e me impediam de sair daquela posição, algo que eu jamais seria capaz de desejar. Enquanto as nossas línguas se tocavam e o beijo assumia um ritmo frenético, o arrepio se espalhava por meu corpo, as minhas pernas perdiam a força de sustentação aos poucos e os meus dedos, ansiosos, se emaranhavam e apertavam os fios pretos do cabelo daquele homem tão sedutor. Park Jimin não precisava de mais do que alguns sorrisos e palavras bonitas para seduzir alguém. Ele era um conquistador nato, fazia isso sem esforço e agora eu me via completamente entregue ao seu poder arrebatador.

Quando a nossa respiração ofegante nos alertou sobre a urgência de interromper aquele beijo tão longo, Park afastou minimamente os seus lábios e os arrastou, entre prazerosos suspiros, por minha bochecha antes de descer para o meu queixo. O coreano envolveu essa região com as partes carnudas e úmidas que segundos atrás me beijavam com tanto desejo e não hesitou em sugá-la ao mesmo tempo em que, tão entregue quanto eu, levava as mãos firmes para as minhas nádegas e me apertava contra o seu corpo como se pudéssemos ficar ainda mais próximos. Estremeci no momento em que a sua língua atrevida tocou o meu queixo e sem cerimônia abriu um caminho molhado pelo meu pescoço. Totalmente rendida, fechei os olhos e pendi a cabeça para trás em um ato involuntário.

Jimin subiu uma das mãos pelas minhas costas para que chegasse à minha nuca e com a boca refez o trajeto até o meu queixo, dessa vez distribuindo breves beijos. Após apertar o meu pescoço – e me deixar ainda mais arrepiada –, Park roçou a sua bochecha na minha e não demorou a dar início a mais um beijo. Eu o retribuía e tinha total consciência de que era impossível ter qualquer outra reação. Sentir o seu desejo, reconhecer a dimensão do quanto ele me quer, estar nos braços de alguém que me admira... Isso me deixou desnorteada durante alguns minutos. Quando enfim despertei, o sul-coreano já se ocupava de tirar os sapatos e me fazia um aviso silencioso de que eu deveria dar algum sinal de que pretendia continuar. E não havia sinal mais claro do que arrancar as próprias roupas. Assim fiz. Comecei pela jaqueta, puxando-a para longe do meu corpo e jogando em um canto do quarto. Depois, levei as mãos para trás com o intuito de retirar o vestido e fui interrompida pelas mãos quentes do moreno.

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