29. De volta para casa

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Jimin:

É verdade o que Samuel disse?

Você quer continuar com a farsa?

(S/N):

Quero.

A razão da sua ida à Portland foi essa, não foi?

Vamos fazer valer todo o nosso sofrimento.

Nada vai apaga-lo, mas podemos pelo menos chutar o motivo para longe de nós dois de uma vez por todas.

Jimin:

É uma boa maneira de pensar.

Como se sente?

(S/N):

Vou melhorar.

Jimin:

Você voltou de verdade para o Jisung?

Pra valer?

Ainda está casada com ele?

Quando terminei de ler, bloqueei a tela do celular e respirei fundo ao focar na paisagem bastante iluminada que a janela do meu quarto no hospital me oferecia. Eu já podia imaginar a expressão de tristeza que Jimin esboçava naquele instante e, inclusive, já conseguia até sentir um pouco do seu desconforto. Seguir adiante não seria fácil para nenhum dos envolvidos nesta história horrível, porém, com certeza, os próximos meses teriam um peso a mais para nós dois porque sentíamos algo um pelo outro e deveríamos fingir ser um casal apaixonado em público enquanto, na verdade, estávamos envolvidos em um amor impossível de ser bem-sucedido. Afinal, um relacionamento entre cunhados me parecia muito desonesto. Eu havia chegado à conclusão de que não teria coragem de enfrentar todas as barreiras que ficar com Jimin me traria e me convenci de que optar por continuar tentando com Kevin foi o melhor caminho.

(S/N):

Sim.

Ele está diferente e eu resolvi tentar.

Jimin:

Depois de tudo?

Sério?

(S/N):

Você não deveria me julgar.

Eu só quero ser feliz, Jimin.

Jimin:

Ao lado do Kevin?

Acho que você fez uma péssima escolha e deveria pensar um pouco mais.

Porém, boa sorte.

Você vai precisar.

(S/N):

O que quer dizer com isso?

Você tem que vê-lo! Ele não é mais o mesmo!

O seu irmão teve medo de morrer e mudou de atitude.

— Não acredito que não vai me responder, Park — sussurrei após esperar qualquer mensagem sua durante dez minutos.

(S/N):

Impostor | Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora