Introdução

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"Por alguma vez na vida já pensou que pudesse chegar a se apaixonar tão profundamente por alguém de verdade...?"

Essa não é uma história de amor puro caloroso e romântico. Essa não é uma narrativa simples e direta, mas sim complexa e intrigante. Essa não é uma literatura mecânica, mas não chega a ser um conto de fadas, na verdade está bem longe de ser uma. Eu trago a você que se interessar minha mais pura realidade, caótica porém divertida de se acompanhar.

Meu nome é Hyunjae, Lee Hyunjae. Sou filho único de uma mãe solteira, trabalhadora, esposa em seu tempo livre e exausta em todo o tempo, é uma esposa pois na verdade minha mãe possui um marido, porém como minha criação foi unicamente e exclusivamente exercida por minha mãe então ela possuir um marido não significa que eu automaticamente possua um pai, como fui gerado pelos dois ele é somente meu progenitor, cientificamente falando.

Antes de tudo não me leve a mal, não é como se eu o odiasse ou estivesse ressentido por algo que o mesmo tivesse me feito, eu simplesmente não possuo nenhum laço afetivo com o tal por culpa dos dois, nunca fomos "pai e filho" e nunca seremos. Ele é bom para minha mãe e ela é boa para nós dois, tudo numa boa.

Eu cresci e vivo muito bem, em geral eu seria chamado de sortudo por muitos dos que são menos afortunados, mas é justamente por estar nessa situação mais favorável que muitos, que meu cérebro acabou por encontrar outras "preocupações". Eu confesso que não gosto quando diminuem a dor de outros com certas justificativas já que cada um sofre igualmente de uma certa forma, mas também confesso que eu mesmo cometo uma ato hipócrita ao fazer muito isso...quando trata-se de mim mesmo.

Essas ,"preocupações" que eu sempre insisti em fingir que não sentia me acompanham desde que eu me lembro por gente e foi aos 18 anos que eu resolvi abraçá-las sem medo, esse medo que senti por tanto tempo acabou me libertando mais cedo do que eu achei que libertaria. Não se esqueça que a coragem só existe porque existe o medo, um alimenta sucessivamente o outro até que um se sobressaia.

Sei que posso parecer extremamente melancólico na maioria das vezes então desde já peço paciência. O meu medo não surgiu tão facilmente. Primeiro surgiram as minhas perceções filosóficas e sociológicas sobre tudo, lembro-me de ler uma vez em um livro sobre algo parecido, tudo se deve ao amadurecimento do ser quanto a suas experiências, é normal.

Nunca possuí interesse participativo por crenças religiosas, relações amorosas com sua força absurda que excede o gênero e até relações sexuais já, leis ou condutas de ética e muito menos sobre a psicologia humana em si. Isso pois eu sempre as vi como uma mera criação acompanhada de invenções coletivas. Descobri muito cedo que tudo que era usufruído e desfrutado diariamente por todos, não só os bens matérias ou atividades comercias, profissionais, domésticas, lúdicas, políticas, éticas e até essências para um bem maior, literalmente tudo presente na vida de cada um fazia parte apenas de um mundo idealizado, um mundo criado, uma bolha pequena porém cheia de detalhes, segredos e regras que eu chamei de Mundo Fabricado.

Eu sei que poderia muito bem me revoltar já que estava infeliz, mas foi aí onde eu descobri qual era meu medo, afinal eu também fazia parte desse mundo fabricado desde meu nascimento, de que adiantaria eu sair por aí em busca da felicidade se eu seria o único? Ou melhor, o que eu buscaria se eu precisava antes esquecer até sobre a felicidade ou a tristeza? já que essas também faziam parte do tal mundo ilusório eu teria que estar aberto ao desconhecido por todos.

Meu medo estava relacionado ao que eu me tornaria deixando de vez o mundo fabricado, se eu chegasse a encontrar o mundo real o que eu me tornaria? Por muito tempo eu tive medo da verdade mas foi isso que me deixou mais e mais curioso, nunca diria em voz alta ou admitiria para mim mesmo que estava ansioso ou ainda morrendo de curiosidade e medo para ir atrás do que eu sentia meus instintos chamarem, pois por muito tempo eu tentei chegar o mais perto possível do mundo real então não falava sobre essas atitudes ou sensações fabricadas.

Com o tempo passei a identificar melhor observando tudo ao meu redor que eu precisava largar e esquecer para sair daquela vida, esse foi um.grande desafio pois sei que qualquer um enquanto são diria ser impossível alcançar tal virtude enquanto ainda tão jovem e tão dependente de tais sensações, esse tipo de questionamento só me deixou mais focado em conseguir tal virtude, sempre fui bastante competitivo, mas não pense que eu me isolei ou sumi da vista de todos. Um dos hábitos que eu nunca poderia arrancar de mim era a arte de fingir, por anos eu estive fingindo para que tudo saísse como eu queria e quanto mais eu me dava conta de que mantinha apenas uma máscara criada por mim mesmo para lidar com os outros, mais fácil foi de me livrar dela depois.

Você pode me considerar um louco incoerente, mas saiba que eu não discordaria disso, apenas não entenderia. Eu não julguei as outras pessoas em si por não enxergarem o que eu vi, porque a única coisa que eu pude identificar ser capaz de transitar entre o mundo fabricado e o real somos nós, cada um de nós. Os animais e plantas não podem deixar o mundo real mesmo quando os trazemos para nosso mundo. No mundo real não haveria a necessidade de julgar ninguém e nem ter que apelar para coletividade então deixei isso de lado também.

Antes de tudo não se assuste, a história que você acompanhará ainda não é a minha e sim a do maior empecilho que eu fui destinado a ter que suportar. O ponto de vista que você terá acesso no início é o de Lee Juyeon de 18 anos também, meu colega de classe. Ele os acompanhará pela narrativa sem ao menos perceber que você está lá, ele nunca foi esperto como eu. Confesso que se eu pudesse ler a mente dele tudo seria mais fácil no decorrer da narrativa, mas também confesso que brincar no escuro e só acender a luz depois para ver no que deu foi com certeza bem mais interessante.

Primeiramente desculpa por qualquer erro ortográfico acima, não esqueçam de votar e comentar o que estão achando :)

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