Particular Taste • HIATUS

sixteen

Há várias formas de amor.

Tem aquele amor familiar, que no caso, é o carinho e a admiração pelas pessoas que criaram você, no caso mãe, pai, avó, avô, tio, tia, parente afastado, parente próximo, ou simplesmente alguém que te acolheu.
Mais, ao mesmo tempo, sua família pode não ser a sua família de fato. Família são aquelas pessoas que além de casa, comida e roupa lavada, te dá amor e carinho.

Existe a amizade. O amor, diríamos que verdadeiro, onde você não ama aquela pessoa porque você se relaciona com ela.
Para mim, esse é o tipo de amor que eu mais admiro. Você conhece outra pessoa, que você não se apaixona por ela simplesmente por ela ser bonita. Não, aquela pessoa provavelmente não vai casar com você. E é simplesmente por isso que você a ama.

Bem, a amizade são simplesmente pessoas que você conhece durante a sua vida e você a escolhe para conviver com você. Geralmente, você ama essa pessoa porque ela esta com você sempre, em qualquer tipo de situação. E você sabe que para tudo vai poder contar com aquela pessoa, e vice e versa.

E existe a paixão.
Bem, a paixão, ou mais conhecida como o amor romantizado, é simplesmente o amor que você sente por outra pessoa. E não, não é como o familiar e nem como uma amizade. É diferente.

Você sente que morreria por aquela pessoa. Você sente que, faria de tudo por ela, que você cometeria qualquer tipo de erro por ela.
Esse sentimento, pelo o que dizem, é diferente se tudo já experimentado.
Quando se está apaixonado, você fica de alguma forma, irracional.
Para você não importa, você não vê mais ninguém, você não pensa mais em ninguém, você não gostaria de tocar mais em ninguém, você não quer mais ninguém, apenas aquela pessoa. É uma sensação indescritível, onde você se sente único, aonde você se sente especial - se for correspondido. O amor pode ser alegre. Ele pode fazer suas mãos suarem quando você vê a determinada pessoa. Você pode tremer e até mesmo ter uma dor de barriga. Mais isso são sensações boas.

Se apaixonar é admirar outra pessoa, imperfeita como você. Uma pessoa de outra família, com uma criação diferente da sua, com outros costumes, outros pensamentos. Mas mesmo assim, você sente que é por aquela pessoa que você está aqui. Você sente que foi feito para aquela pessoa, que você foi criado exatamente para aquela pessoa. Você sente que o amor que aquela pessoa te dar é o suficiente para você ter fôlego para prosseguir com os seus dias.

Nós não podemos nem ver e nem tocar o amor. Ele faz arder, te faz delirar, te leva a lugares incríveis que você nunca imaginou estar, te proporciona sensações nunca sentidas, mas você não o vê nem o toca. Mas, você pode o sentir com a sua alma, com o todo seu coração.

Porém, no meu caso, tipo, não é como a ansiedade, não é animação... é aterrorizante, na verdade. É aterrorizante porque, quando você se apaixona por alguém, ela tem esse poder [sobre você].
Você fica tipo ‘eu morreria, se perdesse essa pessoa’. Soa um pouco dramático, mas é assim que eu me sinto. É o sentimento mais mágico do mundo quando recíproco, mas, enquanto você não sabe, é o mais desesperador.

E é como eu me sinto. Um desesperado prepotente.

Por que eu estou aqui, entrando no bar que eu prometi nunca mais pisar.
Se você está se perguntando, não, eu não sinto raiva dela. Só me sinto triste, eu não queria ter que passar novamente por essa situação.
Eu fui abandonado, eu criei esperanças, eu senti coisas que simplesmente ela esmagou, pisou, destroçou e todo os sinônimos de magoar.

Minha mãe sempre me aconselhou a não voltar a persistir em situações que me fizeram mal. Mas só por hoje eu resolvi não ouvir minha mãe. Apenas por hoje eu vou me arriscar e amanhã eu vejo o que eu faço. Porque eu gosto de insistir no erro, não me julguem.