Particular Taste • HIATUS

nine

Eu estava aqui no bar a uma hora e meia e ela ainda não havia aparecido. eu estava boladão bebendo uma cerveja. Claro, que para conseguir beber, eu tive que mentir minha idade e dar meus pulos. Quando se tem dezessete anos, meio difícil conseguir beber, porém, nada que dinheiro contatos não resolva.

— Cara, tem certeza que essa sua mina é real mesmo ou foi só uma miragem da sua cabeça por vários tempos na seca? — Connor veio encher meu saco pela milésima vez, Brian e Joseph haviam ido embora com Nash por algum motivo irrevelante.

— Para de me encher e vai se agarrar por alguém por ai, me deixa em paz.

— Desculpe incomodar a cinderela, mas cara, já está na hora de irmos, não acha? Ela não vai aparecer, talvez até mesmo ela nunca tenha aparecido e você precise procurar um psiquiatra.

— Vai se foder Connor, que coisa chata — Bufei o empurrando do sofá de canto vermelho.

— Bem, eu vou pedir um Uber, você vai comigo ou vai ficar mais um pouco?

Pensei, pensei e pensei. Real ela era, com certeza eu não estava ficando louco ao ponto de criar alguém que não era real na minha cabeça, mais, talvez, ela não estivesse por aqui. Suspirei e levantei-me.

— Ok, você ganhou, vamos. — Connor começou a vasculhar o seu celular, talvez indo pedir o carro e eu terminei de beber minha última dose de tequila, deixei algumas notas em cima da mesinha quando meu amigo anunciou que o carro já estava em frente ao estabelecimento.

Ele saiu em minha frente e antes de sair, eu dei uma última olhada para o bar com luzes vermelhas e azuis em um tom neon e suspirei, saindo dali logo em seguida.

Camila Cabello P.O.V

Eu me acordei era por volta das oito da manhã, tomei banho, troquei minha roupa para um vestido azul soltinho e comecei a fazer meu café.

— Bom dia. — Ouvi a voz sonolenta e cansada e sonolenta de Diana ecoar na cozinha, ela sentou na pequena mesa da cozinha, estava com uma cara acabada. Quando ela ficava até mais tarde no bar, ela dormia aqui, e quando não tinha bar, ela ia para casa. Queria eu esse privilégio.

— Bom dia. Puts, amiga, está muito cansada? — Peguei uma xícara de café e coloquei, com uma colher de açúcar e duas de leite, entregando para a minha amiga e sentando de frente pra ela, enquanto minhas torradas estavam ficando prontas.

— Obrigada. — Ela murmurou assim que pegou a xícara e fez uma expressão de alívio após tomar um gole. — Mais ou menos cansada, fui dormir era umas quatro horas da manhã, o movimento foi intenso ontem, pelo menos nós conseguimos o que faltava para pagar o aluguel do bar, deste mês, pelo menos.

— Bem, isso é bom não é? Desculpe por te deixar sozinha ontem, eu realmente não estava muito bem.

— Não precisa pedir desculpas, relaxe. Tenho duas notícias pra você, uma muito boa e talvez uma nem tanto.

— Pode contar a ruim primeiro.

— Aquele embuste do seu namorado passou a noite toda me atazanando procurando por você, ele queria até invadir seu quarto, acredita?

— Deixa ele, eu disse a ele que não ia passar a noite em sua casa porque eu iria trabalhar, mais eu não estava nem aguentando ficar em pé, na verdade.

— Ah sim. Pelo o que eu vi, ele estava com uma menina, eu não reparei muito, mas, parece que eles estavam se beijando. — Ela ficou com uma expressão séria e eu respirei fundo. Claro que ele não faria isso, ainda mais aqui, onde eu moro?

— Deve ter sido impressão sua. Tá, e qual supostamente é a boa? — Mudei de assunto rapidamente.

— Lembra daquele gatinho da semana passada que veio aqui, e você zuou com a cara dele?