thirteen

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Shawn Mendes P.O.V

Eu despertei. 
A primeira coisa que eu vi naquele dia foi a imagem do teto branco, e a segunda coisa que veio em minha mente foi as lembranças da noite anterior.
Eu sorri e me virei para o lado esquerdo da cama.

— Bom di... — Estranhei após ver apenas o lençol branco, todo bagunçado. Me sentei na cama e olhei em volta do quarto.

Vazio, não tinha nada, exatamente nada, a não ser minhas roupas no chão.

Ah merda, vai se foder, eu não acredito.
Ok, talvez eu esteja errado ou só esteja  precipitado, eu vou procurar melhor, ela pode estar tomando banho, não é?,

O quarto vazio estava congelante, talvez porque nada mais me cobria a não ser um lençol fino. Enrolei minha cintura no mesmo, levantei e fui até a janela, a abrindo.
Pude contemplar a bela visão do sol acabando de nascer no horizonte, é, estávamos na praia, eu esqueci disso.

Comecei a caminhar até a porta do banheiro, ela estava fechada. E eu não sei porque isso me deu a mínima esperança de que eu não estava sozinho.

Respirei fundo e encostei a mão na porta, hesitando em bater. Encostei minha testa na porta e suspirei.

— Camila? Hey, você está ai? — Chamei e foi em vão.

Eu chamei outras três, cinco, oito, dez, quinze vezes e ninguém me atendeu.
Oh merda, eu não acredito.

— Olha, eu vou abrir ok? — Eu encostei a mão na maçaneta e tomei coragem, abrindo a porta.

Nada.

A única coisa que dava pra se ouvir era a torneira pingando. A pia estava molhada, sinal de que alguém havia a usado recentemente.

— Merda! — Gritei com ódio dando um murro na parede.

Gemi de dor com o ato.

Ótimo, além de tudo isso eu ainda consegui uma mão ferida. Você quer mais algo, Deus?

Eu acho que só... Não esperava por isso. Ela realmente me fez acreditar que ela havia curtido, que ela havia sentido a mesma coisa que eu.
Não é possível que isso tudo, tenha sido apenas uma noite qualquer em um motel barato.

Não é possível.

Me aproximei da pia e vi em cima dela um anel fino, com algumas pedrinhas em frente a ele.

Era dela.

Eu segurei ele em minhas mãos e suspirei.

Eu espero que ela tenha um bom motivo para isso, porque eu sei que ela se divertiu, ou ao menos pareceu se divertir...

Sai do banheiro e comecei a vasculhar no quarto, procurando um bilhete, uma mensagem, não sei, qualquer coisa que fosse, ela explicando o motivo por ir embora.

Sei lá, algo como "ah, minha irmã tá doente e eu precisei ir" ou qualquer outro motivo. Eu aceitava até diarréia como motivo.

Nada, eu não achei nada, nem a merda do número de telefone.
Nem o número!

Nem a porra de um número!

Como ela poderia sair sem deixar nada? Isso era um absurdo!

Bufei e me joguei na poltrona do quarto encarando o carpete, sentia que uma careta havia se formado no meu rosto, mas eu nem ligava.

Não sei de onde vem esse sentimento de necessidade que tenho sobre ela, e muito menos me importo com isso, tudo o que eu quero é achar ela, não ligo os motivos disso, eu só preciso encontrar a garota do sorriso bonito, eu só preciso olhar para ela mais uma vez, eu preciso e vou, eu vou encontrar a Camila nem que seja a última coisa que eu faça.

Particular Taste • HIATUSWo Geschichten leben. Entdecke jetzt