Afinal, toda dama se amarra num vagabundo!
- Você tem que parar de fazer isso... - sussurrei perto de seu ouvido e pude ver bem de perto ele sorrir. - E esse seu sorriso que todo dia explode minha mente... Adoro! - sorri também.
- Você me dropa e ainda reclama... - riu em seguida.
- Olha, eu não sei como você consegue. - ergui uma das sobrancelhas e o encarei.
- Você que deixa. - colocou total culpa em mim e o silêncio se fez presente.
- Do que você mais gosta? - perguntou, mudando de assunto.- Ahhhhhh, para. - reclamei. Tudo o que eu gosto se defini em comida.
- De açaí. - mexi os ombros.- Não, perguntei errado. - fez um grunhido.
- De que frase você mais gosta? O que te define?Lá estávamos nós, com poucas roupas e definitivamente despidos de alma também.
- "Não importa onde estamos, nossa mente é nosso lar." - olhei pra ele - Essa frase me faz refletir bastante.
- Nossa, me fez refletir também. - colocou-se a pensar e ficamos mais alguns segundos em repleto silencio.
- Arrumei uma nova...- Hum, solta aí!
- Na pista discreta e ponto, flutua como uma dama mas se solta na hora certa quando deita na minha cama... Nessas horas que eu afirmo...
- Afirma? - demonstrei ansiedade.
- Nessas horas que eu afirmo, vagabundo também ama. - os olhos dele brilharam tanto que pareciam estrelas cadentes.
- Deixa o relógio correr, daqui a pouco o sol vai nascer... Foda-se o mundo lá fora! Eu, você e o colchão. - eu agarrei o rosto dele e o beijei novamente, atrapalhando e cortando todo o assunto. Cobrindo com um beijo carimbado!Deviam ser 4 da manhã.
E eu comecei tudo de novo, acendeu um fogo que não me acalmou. Eu não sabia nada sobre ele e nem ele nada sobre mim, mas parecíamos ter uma conexão sem fim. Eu terminei de tirar a roupa dele e transformei a noite num cabaré.
Dancei e fiz stripper pra ele, tornei tudo um espetáculo, até que meu celular tocou. Eu não podia deixar de atender.- Alô? - fiz "xiu" pro Daniel.
- Ana? Cadê você filha? Seu quarto esta aberto e você não tá aqui. - olhei a hora e pensei "qual desculpa inventar?"
- Não cheguei em casa ainda. Diz que tô na Clara, beijos... Amo você. - e desliguei imediatamente.
Daniel me olhou. Pareceu me analisar e queria entender o motivo daquela desculpa.
- Eu queria conhecer seus pais. - cruzou as mãos por trás da cabeça.
- Mas... Sério? - olhei espantada.
- Claro. Ou você prefere que não? - pensei seriamente no assunto mas teria que responder de forma imediata.
- Imagina, acho legal... Bom. - ajoelhei na cama, ainda estava de calcinha e sutiã.
- Mas então, pensa nisso depois. - ele aumentou o som, tocava uma sequência épica de Cartel MCs e eu me apaixonava por ele fácil fácil.
Fique de pé na cama e voltei a dançar como antes. Tomei conta do corpo dele intensamente, analisando as curvas, o volume e as tatuagens.
Beijei sua barriga, descia e subia, fazia provocações mas no final eu que pedia pra parar. Ele me tinha na palma da mão, pela primeira vez.
E o Sol nasceu, fiz amor, no segundo andar, admirando toda aquela visão magnífica de tudo ao mesmo tempo.
Passamos bastante tempo nas cenas censuradas depois de 00:00, imaginem... Posições, gemidos, puxões de cabelo, mordidas, chupões e tapas. Lembro-me de tudo, exatamente tudo, todo detalhe minucioso.Depois de dormir nos braços dele (de novo) acordei por volta de dez da manhã. Do nada, o tempo ficou chuvoso e nublado.
Levantei devagar, vesti uma camisa larga e branca do Daniel, sentei na poltrona ao lado da enorme janela, abraçada comigo mesma observava o tempo lá fora. Um frio gostoso que eu não queria nunca sair dos braços do Daniel, me senti na necessidade de passar o dia com ele.
Trovões caiam na Terra e cada flash de luz eu voltava no tempo. Ao mesmo tempo que admirava a natureza, observava Daniel deitado, de um jeito espetacular e meigo.
E aí, Ana. Ele é um mistério... Tá disposta a desvendar?- Ana? - ouvi ronronar vagarosamente.
- Sim...? - aconchegada na poltrona, apenas virei a cabeça pra ele.
- Feliz aniversário. - ele sorriu lindamente e eu também. - Eu gosto muito de você, tomara que seus sonhos deem certo.
Fiz um biquinho de carência, ele se levantou devagar, vestido apenas de samba-canção e se sentou do meu lado, me espremendo no cantinho da poltrona.
- Achei que já tivesse me deixado... Gostei de ver o seu rosto pela primeira vez ao acordar e espero que seja assim daqui pra frente.
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linda, louca & mimada [1] - Caroline Raicco
Teen FictionPRIMEIRA TEMPORADA. Essa é uma ficção. PRIMEIRA fic com esse nome. NÃO AO PLÁGIO! Fic inspirada na canção da banda de Rap Oriente. Ela só quer viajar, ela só quer viajar Da night pra praia, da praia pra casa, da casa pro lar No drop alucinante c...