Capitulo 28

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Juliana POV

Chego no banco e solicito o meu agente, ele logo aparece, e me olha com um olhar estranho, não sei, mais eu não estava com um pressentimento bom.

- Bom dia Juliana.- Ele estende mão e eu a aperto.

- Bom dia.

Ele nos leva para a sala que ele geralmente me atende e sentamos na mesa de vidro.

- O que gostaria de saber?.- Pergunta meio sem jeito.

- Eu quero saber quanto tem na minha conta poupança?.- Eu estava nervosa.

- Bom, eu ia até te chamar para conversar.- Respirou fundo.- A sua conta está zerada.- Me olhou com um pesar.

Como assim zerada?

E todos os anos que eu juntei dinheiro? Como assim zerada? Eu não acredito que a Marcela fez isso comigo. Que filha da puta.

- Co-como assim zerada?.- Eu não estava acreditando.

- Bom, todo o dinheiro foi retirado aos poucos, não deu para perceber.- Respondeu simplesmente.

- COMO MILHÕES DE REAIS FORAM SACADOS E VOCÊ NÃO PERCEBEU ?.- Me levantei e bati na mesa.- VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE ESTA ME DIZENDO? EU TE CONTRATEI PRA ISSO NÃO ACONTECER.

- Se acalme Juliana, você quer um copo de água?.- Ele estava assustado.

- SE VOCÊ ME DAR UM COPO DE ÁGUA EU VOU JOGAR NA SUA CARA.- Ele arregalou os olhos.- Meu Deus! O que eu vou fazer?- Sentei novamente e coloquei as mãos na cabeça.- Isso não vai ficar assim.- Me levantei peguei a minha bolça e sai daquele banco,  completamente desnorteada. Entrei em meu carro e dei partida.

Dirigi pelas ruas do Rio em uma velocidade completamente alta, com certeza eu levaria multas, e o pior não era nem isso. O pior era que eu não tinha dinheiro para paga-las. Eu nunca pensei que eu fosse chegar a esse ponto, de não ter dinheiro.

Estacionei na frente da casa da Marcela, peguei a chave que ela havia me dado e entrei na mesma, quando abri a porta, avistei caixas de mudanças e pessoas pra todo o lado.

- Bom dia, você quer falar com a dona Marcela?.- Um rapaz alto que estava com uma caixa enorme na mão me perguntou.

- Sim, não so falar.- Dei um sorriso debochado e amargurado.

- Ela está no quarto, pode subir! Ah, eu te vi na televisão, minha filha de adora.- Disse com um sorriso bobo no rosto.

Eu não estava com cabeça para isso, mais resolvi ser simpática, ela não tinha culpa disso.- Diga a ela que eu mandei um beijo.- Sorri.- Agora preciso ir.

Sai correndo e subi as escadas, eu estava com sangue no olho. Mais quando abri a porta do quarto dela o que eu vi me desmontou completamente.

- Nicolas?.- Eu falei com os meus olhos ja marejados.

- Juliana.- Ele me falou friamente. Marcela me olhou com um pequeno sorriso no rosto. Eu não pensei, fui até ela e agarrei seus cabelos com força.

- ME SOLTA JULIANA.- Ela tentou se soltar, mais eu a segurei mais forte ainda.

- Juliana para com isso.- Nicolas tocou em meu braço e eu o olhei.

- Não toca em mim! Esse assunto não tem nada haver com você.- O encarei com raiva. Ele se afastou.- Por que em Marcela?.- A olhei novamente, ela me olhava com um olhar de superioridade.

- Você é burra.- Sussurrou. Acertei seu rosto com um tapa, muito forte. Ela caiu no chão.- EU TE ODEIO JULIANA!- Gritou.

- POR QUE PORRA?- Eu estava chorando de raiva.- O QUE EU TE FIZ CARALHO? ME DIZ!

- SO DE VOCÊ EXISTIR!- Se levantou com a mão no rosto.- Eu sempre fiz o trabalho pesado, e so você era reconhecida! A modelo Juliana Paiva, com o sorriso mais bonito, com o corpo mais bonito! Saindo em capas de revista, viajando pra fora do país! E eu Juliana, o que eu sou? Como você mesma disse! Nada.

- Isso não justifica Marcela! VOCÊ ZEROU A MINHA CONTA NO BANCO.- Me aproximei.- Você está com todo dinheiro que é MEU. E tudo isso so por inveja? Você é louca?

- Bom, acho que sou um pouco louca.- Se recompos e se aproximou de mim.- Mais agora isso não importa, eu tenho quase tudo o que eu quero.- Me acertou também um tapa na cara, me desequilibrei e senti os braços de Nicolas me segurar.

- Por favor se acalmem.- Ele disse.

- Vai embora da minha casa, AGORA.- Ela disse autoritária.

- ESSA CASA É MINHA.- Eu gritei. Eu ia avaçar nela mais uma vez, mais Nicolas me segurou.

Ela deu uma risada sarcástica, quase diabólica.- Querinha, essa casa está no meu nome! Ela é minha! Agora vocês dois, saiam da minha casa.

Me soltei de Nicolas e peguei a minha bolsa que estava no chão, mais antes de sair, dei com a bolça na cara dela, e sai de seu quarto como um furacão.

- DESGRAÇADA.- Ouvi a sua voz quando estava descendo as escadas.

Sai da casa chorando, não so pelo meu dinheiro, mais também pelo Nicolas, o que ele estava fazendo lá?

Abri a porta do meu carro e senti um corpo que ja conhecia, me imprensar contra a lataria.

Se arrependimento matasse, eu estava morta e enterrada.

- Juliana, não é nada disso que você está pensando.- Disse ao pé do meu ouvido. Estremeci, eu estava com saudade do seu corpo, da sua voz, dele inteiro. Mais também estava com raiva, dele ter me abandonado e por ele estar na casa daquela louca da Marcela.

- Eu não estou pensando nada.- Facilei a voz. Merda.

- Eu não deveria nem estar aqui, ja que a fila andou para você.- Ouvi a sua voz. Ele estava meio triste. Me virei e fiquei de frente para ele.

- Quem te disse isso?.- Franzi o cenho.

- É melhor agente conversar em outro lugar! Na sua casa na verdade.- Fez uma cara maliciosa.

- Idiota!- Revirei os olhos.- Mais tudo bem.

- Vai com o seu carro que eu vou com o meu, na verdade o da loja da minha mãe.- Ele veio fazer uma entrega? Fiquei com duvida mais resolvi não questionar. Assenti com a cabeça e entrei no meu carro.

Acasos do Destino (Concluída)Where stories live. Discover now