Capitulo 22

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Nicolas POV

Coloquei a senha para abrir a porta de Juliana e a minha entrada foi liberada. Quando abri a mesma o apartamento estava em um absoluto silêncio, estava tudo escuro. Fechei a porta do apartamento, coloquei a minha mochila no chão e subi as escadas em direção ao quarto de Juliana.

Quando abri a porta do quarto vi Juliana caída no chão de bruços, agonizando e colocando pra fora toda a bebida que estava em seu corpo.

- JULIANA, PELO AMOR DE DEUS!- Fiquei desesperado. Corri em direção a ela me abaixei e a peguei no colo. Juliana vomitou a minha roupa inteira. A coloquei em cima da cama, foi aí que reparei que ela estava em um coma alcoólico.- Porra.- Passei as mãos pelo cabelo. Peguei um lenćol dentro do seu closet e a enreolei, a coloquei em meu como novamente e desci as escadas saindo de seu quarto com ela em meus braços.

Peguei a chave do carro e a sua carteira, ali deveria ter a sua carteira de identidade.

(UM TEMPO DEPOIS)...

Quando cheguei ao hospital com Juliana em meus braços, logo o pessoal da emergência veio com uma maca. Fui com eles até o limite permitido, depois disso eles seguiram com ela sem mim. Sentei em um dos bancos de espera, era isso que me restava, esperar.

(UM TEMPO DEPOIS)...

Eu ja havia entregado os dados de Juliana na recepção, e estava esperando, eu ja estava ficando louco.

(UM TEMPO DEPOIS)...

Depois de uma eternidade um médico veio em minha direção.

- Boa noite! Você está com a paciente Juliana Paiva?.- Ele perguntou formalmente.

- Sim!- Me levantei da cadeira.- Como ela está?

- Bom, a paciente entrou em um coma alcoólico, pelo fato de ter ingerido muita bebida alcoólica, e o corpo não conseguiu mais responder aos estímulos do coração.- Ele olhou a prancheta.- Voce é o que dela mesmo?

- Namorado.

- Ok! Não tem mais ninguém da família dela?.- Me fitou.

- Não.

- Você ja pode a ver, ela está tomando soro e ainda está um pouco atormentada, ficará aqui pelo menos até amanhã.- Suspirou.- Ah, mais uma coisa, ela usou maconha, o que ajudou com que ela tivesse esse coma! Você sabia disso?

- Não! Mais desconfiei.- Dei de ombros.

Ele me levou para o quarto onde a Juliana estava. Abri a porta do quarto gelado e entrei. Juliana estava com os olhos entre abertos e tomando soro.

- Oi.- Falei e sorri fraco.

- Oi.- Ela virou o rosto pro outro lado. Revirei os olhos.

- Eu não vou discutir, com você nesse estado.- Sentei em um pequeno sofá que ficava em frente a sua cama.

- Eu estou bem.

- Se você estivesse bem, não estaria na emergência de um hospital.- Sorri debochado.

- A culpa é sua! Se você tivesse me falado que queria ir pra farra eu não teria me decepcionado.

- Juliana, eu não fui pra farra. Eu estava apenas com os meus pais.- Eu não estava mais com paciência para aquilo tudo.- Você tem que entender que eu tenho uma vida também.- Juliana colocou as mãos no rosto e começou a chorar.- Não chora por favor.- Me levantei e fui até ela, e a abracei de lado. Juliana chorou ainda mais forte.

- Desculpa.- Disse soluçando.

- Tudo bem! Shiii.- Fui tentando a alcalmar.

Eu precisava ter uma conversa seria com Juliana, mais eu ia esperar ela sair do hospital.

(DIA SEGUINTE)...

Logo pela manhã o médico deu alta a Juliana mais com algumas recomendações: ela teria que ficar um tempo sem beber e ficar três dias sem fazer muito esforço e comer direito.

Por mim ela ficaria sem beber para sempre. Não tem controle algum.

Chegamos em seu apartamento e a levei pro quarto, ela ainda estava um pouco fraca, a coloquei na cama e lhe dei o seu remédio.

- Você está bem?.- Sentei ao seu lado na cama.

- Sim! So estou sentindo você um pouco distante.- Passou a mão no meu rosto. Tirei sua mão do mesmo e a beijei.

- Precisamos conversar.- Falei sério.

- Eu não estou gostando desse tom!- Suspirou.- O que está acontecendo?

Resolvi ser direto.- Juliana eu acho que não dá mais para mim.

Juliana POV

Meu chão caiu, meu coração parou, minha respiração pesou, as lágrimas vinheram, não consegui segurar.

- Nicolas, como assim?.- Enxuguei as lágrimas que insistiam em cair.- Meu amor, não fala isso! Por favor Nicolas, não me deixa. E os nossos planos?- Ele continuava calado me olhando, seus olhos marejados. Pulei em seu colo com uma perna de cada lado e o abracei forte.- Eu te amo, eu te amo, eu te amo.- Comecei a beijar todo seu rosto. Ele não podia me deixar, ele não tinha esse direito.- Caralho Nicolas, fala alguma coisa.- Parei e o olhei nos olhos.

- Desculpa! É muita coisa na minha cabeça.- Beijou o meu rosto.- E você não mudou por você, na verdade você nem mudou Juliana, e essa recaída so deixou isso mais claro. Você mudou por mim.- Sai de seu colo completamente furiosa. Como assim ele me diz que eu mudei por causa dele?

- Então é assim?.- Dei um sorriso amargurado. Levantei e fiquei andando de um lado para o outro no quarto.- QUE RAIVAAA.- Peguei uma foto nossa que estava no meu criado mudo e arremessei na parede, so vi o vidro do porta retrato se despedaçando na parede.- Aaaaaaaah.- Comecei a rasgar a roupa que eu estava vestida. Nicolas me segurou pelo pusso e em silêncio se deitou comigo na cama e me abraçou.

- Dorme, por favor.- Me fez cafuné na cabeça, meus olhos começaram a ficar pesados e eu apaguei.

Acasos do Destino (Concluída)Where stories live. Discover now