It's okay not to be happy

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Te amar não me consome por inteiro, apenas me faz ser delicadamente adoçado pelo seu amor.
(G.C.A)

Dizem que a saudade é um sentimento injusto, um sentimento que nos muda de formas diferentes, e muitas vezes essa forma é dolorosa e fria. E não estão errados quanto a isso, afinal quem é que gosta de sentir a ausência de alguém?

Mas muitas vezes o que diferencia a forma como a saudade nos atinge são as formas que encontramos de não pensar nela, e é nesse momento que cada pessoa decide como vai evitá-la. E como qualquer ser humano confuso e internamente triste, HyeMin procurava ocupar seu peito e mente com o trabalho, sequer se lembrando de que fora daquela empresa ela ainda tinha uma vida.

- Jisoo você viu o meu pendrive? - a jovem perguntou olhando em cada canto de sua mesa.

- Era aquele que parecia com um chaveiro de coelho?- a morena perguntou sem tirar os olhos do monitor a sua frente.

- Não, aquele eu deixei com o Sehun ontem. Estou falando daquele do homem aranha, você viu? - ela bufou após não encontrar o pequeno objeto, e olhou diretamente para a amiga.

- Ah, esse o sr Takashi levou para a sala de finalização. - após a informação a Park arregalou os olhos, não tardando em se levantar e correr até o andar onde ficava a sala mencionada - Eles já devem ter imprimido Hye!

- Pelo meu bem, espero que não! - a Park gritou já virando o corredor apressada.

Não que naquele pendrive alguém fosse encontrar uma lista de pastas vergonhosas, ou um plano sórdido para conquistar o mundo. Mas também não continham coisas que ela quisesse dividir com o mundo, pois HyeMin tinha seus pequenos projetos paralelos, e talvez as pessoas não conseguissem compreender exatamente o que duas daquelas cinco pastas significavam.

Ok, ela poderia ter colocado o conteúdo delas em um pendrive pessoal, ou ter deixado salvo no seu próprio notebook, mas ela infelizmente não era à pessoa mais focada do mundo. HyeMin tinha uma facilidade de perder o foco terrível, ainda mais quando se deixava mergulhar na caixinha de idéias que era sua mente.

Mas quem poderia culpá-la de criar enredos e cenários, todas as vezes em que tinha de desenvolver um projeto importante? Ela ainda possuía uma mente criativa, e já era um fato para todos que a conheciam.

Era como se toda a ansiedade do mundo caísse sobre ela, a cada vez que não tinha sequer um pedacinho de papel em mãos para rabiscar as frases que vinham em sua mente.

- Opa cuidado aí! - a Park cessou sua corrida, ao chocar seu corpo com outra pessoa.

- Me desculpa. - a jovem pediu erguendo seu olhar para a pessoa em questão.

- Estava fugindo da polícia, ou tentando salvar o mundo do aquecimento global? - o acastanhado perguntou risonho.

- JongSuk você estava na sala de finalização? - ela ignorou a brincadeira do mais alto, e obteve sua afirmação - Sabe me dizer se...

- Aqui, esse pendrive é seu não é? - ela se permitiu respirar fundo, e logo o pegou aliviada.

- Sabe se mais alguém viu as pastas? - ele negou tranquilo e sorriu.

- Só eu estava na sala quando o sr Takashi levou ele, e só eu mexi nele. - o jovem declarou entregando as pastas para ela - Não sabia que era mangaká nas horas vagas, HyeMin.

- E eu não sou, quer dizer, eu não pretendo ser. - ela coçou a nuca e notou que ele ainda a observava - Não foi só essa pasta que você viu, não é?

The Light Of Hope 》KTH/ PJMWhere stories live. Discover now