Capítulo 24

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     Deixei-me levar pelo seu toque, a língua dele passa por entre os meus lábios, macia e quente e eu sinto o meu corpo despertar,  a respiração acelera e eu passo a mão pela nuca puxando-lhe ligeiramente o cabelo. O corpo dele rodeia-me e eu sou encostada contra a parede fria arrepiando-me ainda mais, uma das mãos rodeia-me o pescoço e puxa a corrente caída sobre o meu peito enquanto entrelaço as minhas pernas à volta da sua cintura:

-Olha para mim- e eu obedeço sem sequer hesitar

Sinto-me tentada a desviar quando sinto os seus dedos dentro de mim, estou presa contra o seu corpo contudo não o faço. Estou dorida e no entanto desperada por receber mais dele ao perceber isso ele aumenta a velocidade e eu contorço-me sem conseguir manter os olhos abertos, não demoro muito até sentir o meu corpo ir ao limite. Andy aperta-me ainda mais contra si e roça o indicador nos meus lábios que acaba por entrar na minha boca e eu chupo o meu próprio sabor.

Sou deitada em cima da colcha e é me dada a visão de o ver tirar a roupa em breves segundos, estou a tremer de um modo controlável e ele deita-se em cima de mim . Não há palavras, não há nada sem ser eu e ele ali e as nossas respirações ofegantes:

- Tenho de me arranjar para ir ter com as restantes, eu vou não vou?- ele dá gargalhada baixa e ergue-se o suficiente para me fazer fitar novamente aqueles olhos azuis

-Vais, mas pequena - a sua mão envolve novamente a corrente- eu mal comecei

Sustenho a respiração enquanto ele se curva sobre mim fazendo pequenos chupões, apertando-me e mordendo-me ao mesmo tempo que eu o sentia completamente rijo a roçar no interior das minhas pernas, saem-me tímidos gemidos e eu mordo o lábio a fim de os evitar.

Consigo sentir a pulsação a latejar pelo meu corpo como se a minha temperatura tivesse aumentado drasticamente, estou mais lúcida que nunca e em simultâneo  mal consigo abrir os olhos ou ter uma linha de raciocino, estou  cada vez mais perdida nele.

Sou virada de costas e as mãos deles apertam-me a cintura, e eu arqueio-me ao senti-lo dentro de mim, de novo aquela sensação, o seu corpo encosta-se ao meu e mal consigo prestar atenção às palavras que  me murmura ao ouvido.

Quando o meu corpo treme de uma maneira incontrolável pela segunda vez, Andy deixa-se cair ao meu lado ao ser tomado pela mesma sensação que eu, e eu dou por mim a sorrir ao ver que fui eu a causa:

-Agora sim vais..-ele diz deixando-me surpresa ao vê-lo recuperar tão rápido- Depois de tomares banho volta a pôr a gargantilha, quero que a uses hoje

Levanto-me hesitante e dirigo-me para a casa de banho com as  pernas bambas. Ver-me ao espelho é algo que me assusta, estou despenteada, a boca inchada, vários chupões pelo corpo e uma marca vermelha à volta do pescoço, por cima do meu ombro a sua figura aproxima-se e eu olho constrangida para a borda do lavatório:

-Estás bem?- é uma pergunta que já ouvi demasiadas vezes e nunca sei exatamente a resposta

-Acho que sim- os seus lábios desenham mais uma vez um sorriso perverso

Arrasto-me para debaixo da água quente e tento recuperar as forças, estou sem dúvida a meter-me na boca do lobo mas não tenho outra solução. Não me demoro nem dou continuação às minhas reflexões. 

Quando acabo de me arrumar Andy já não está no quarto, devia ter almoçado com as outras raparigas e estar a ajudar nas tarefas e por isso apresso-me, respiro fundo e saio do quarto como se nada tivesse acontecido.

TORTURADAWhere stories live. Discover now